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01/08/2019
Com cerca de 20 km de extensão e 22
estações, o monotrilho terá capacidade para transportar cerca de 150 mil
usuários por dia
A
cidade de Salvador e a região metropolitana contarão, em pouco mais de dois
anos, com um novo transporte. O Veículo Leve de Transporte (VLT) substituirá o
atual sistema de trens que faz a linha da Estação da Calçada ao bairro de
Paripe, no Subúrbio Ferroviário, beneficiando os mais de 600 mil moradores da
região. O VLT operará todos os dias do ano, das 5h à 0h.
As
atuais dez estações dos trens serão desativadas e reaproveitadas para a
prestação de outros serviços à comunidade, como postos da Polícia Militar e
centros de atendimento.
De
Salvador à região metropolitana
O
transporte vai ligar o bairro do Comércio, em Salvador, à Ilha de São João, no
município de Simões Filho, região metropolitana. Com cerca de 20 km de extensão
e 22 estações, o sistema terá capacidade para transportar cerca de 150 mil
usuários por dia – acomodando 600 passageiros, no mínimo, por composição. O VLT
será do tipo monotrilho, movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes
poluentes que prejudicam o meio ambiente.
A
escolha do modal se deu a partir de estudos realizados sobre viabilidade
técnica, econômica e de demanda. De acordo com o entendimento do Governo,
implantar um Veículo Leve de Transporte era a melhor opção pela vantagem financeira,
sendo definido como o modal mais apropriado para substituir os atuais trens do
Subúrbio. Focou-se também na inovação e no uso da energia limpa.
Além
disso, o governador Rui Costa destacou que o transporte também contribuirá para
o crescimento da região. “A população do Subúrbio passa a ter um transporte
rápido, confortável, que abre espaço para o desenvolvimento da cidade. Novos
negócios surgem, a gente atrai a iniciativa privada para construir equipamentos
comerciais, residenciais, de lazer, e que geram empregos”, afirmou Rui.
Integração
com o metrô
A
integração do VLT Monotrilho com o sistema de metrô de Salvador vai se adequar
à lógica de mobilidade do Governo do Estado, que viabiliza o funcionamento dos
modais em um sistema de rede, por meio de serviços complementares.
O
presidente da Companhia de Transporte da Bahia (CTB), Eduardo Copello, associou
o novo projeto do VLT à qualidade e modernização trazida pelo transporte
metroviário. “Seguro, rápido, acessível, pontual e que atenderá plenamente aos
que precisam de um transporte público de qualidade. Depois da modernidade
trazida pelo metrô, vem aí mais uma revolução na mobilidade urbana da região
metropolitana”, ressaltou.
O
projeto prevê uma ligação com quatro estações entre a região de São Joaquim,
passando pela Via Expressa e fazendo a integração com o sistema metroviário na
Estação Acesso Norte. O contrato foi assinado em fevereiro de 2019 pelo Governo
e pelo consórcio Skyrail Bahia, composto pelas empresas BYD Brasil e Metrogreen
– responsável pela implantação e operação do sistema.
De
acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), a previsão é que a
obra tenha início em setembro deste ano e seja concluída em 24 meses. “O
calendário previsto está sendo seguido. Neste momento, questões e adequações
são discutidas com o governo. Mas o projeto conceitual já foi entregue”,
informou a Sedur.
O
investimento total é de R$ 1,5 bilhão para a fase 1 – trecho entre o Comércio e
a Ilha de São João. A obra será realizada por meio da modalidade de Parceria
Público-Privada (PPP).
Vantagens
do modal
O
projeto do VLT Subúrbio foi elaborado visando diretrizes e vantagens que
poderiam ser oferecidas aos cidadãos. A intenção é implementar um sistema de
transporte público coletivo de qualidade, integrado e rápido, que consiga
minimizar o impacto do fluxo de veículos em Salvador e na região metropolitana.
Para
desafogar o trânsito, o VLT será vinculado aos sistemas de transporte
existentes na cidade. Inclusive, a integração tarifária com ônibus e metrô
também está prevista no projeto.
Além
disso, o tipo de modal foi escolhido com o intuito de não afetar negativamente
o meio ambiente, como acontece com a maioria dos sistemas de transporte. O
desenho urbanístico prevê a construção de uma área verde e a implantação, ao
longo da malha férrea já existente, de passeios, travessias, áreas para
serviços, estacionamentos e sinalizações .
Os
cidadãos poderão contar, ainda, com bicicletários, paraciclos e ciclovias no
entorno imediato às paradas, o que contribui para a acessibilidade no local.
O
projeto também prevê o fechamento lateral da via no trecho Calçada – Ilha de
São João, a fim de garantir a segurança operacional e das pessoas. Passagens
para pedestres e veículos serão construídas em pontos estratégicos para
facilitar a experiência do usuário.
01/08/2019 – Bahia.ba