O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, vai ganhar um terminal ferroviário para abrigar três linhas de trem e uma de metrô. O primeiro a chegar será o da Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em 2014. Depois, um trem expresso vindo do centro de São Paulo, em 2016. O metrô é prometido para o ano seguinte e o Trem de Alta Velocidade (TAV), o trem-bala, para 2019.
Epitácio Pessoa/EstadãoLigação entre estação, ao lado do Terminal 4, e outros terminais será por meio de monotrilho O anúncio foi feito ontem pela concessionária que administra o aeroporto, agora chamada GRU Airport, que assumiu anteontem a operação, ainda assistida pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Em fevereiro, a estatal sai de cena e a empresa passa a comandar o aeroporto sozinha pelos próximos 20 anos, tempo estipulado para a concessão.
Como uma estação já será construída no começo do ano que vem para o projeto mais avançado - o da CPTM -, a intenção da concessionária é ampliá-la para, futuramente, servir como hub ferroviário da região. O terreno fica na Rodovia Hélio Smidt, na frente do Terminal 4. A conexão entre este terminal - que é remoto e fica a 2 km dos demais - e a circulação dos passageiros pelo aeroporto deve ser feita por monotrilho. "Como em vários aeroportos do mundo", afirma Antonio Miguel Marques, presidente da GRU Airport. É assim em aeroportos como o de Miami e o Gatwick, em Londres.
Os projetos da Linha 13-Jade, do trem expresso e do metrô são da Secretaria dos Transportes Metropolitanos; o TAV é do governo federal. Como nada vai sair a tempo do mundial de 2014, a GRU Airport negocia com o Comitê Gestor da Copa um plano para melhorar a mobilidade em Guarulhos. A ideia é oferecer serviços de van e ônibus de e para o aeroporto, provavelmente saindo de algum ponto do centro de São Paulo.
A concessionária reforçou o cronograma das duas maiores obras em andamento no aeroporto: o Terminal 3, para abril de 2014, e o edifício-garagem com 2,3 mil vagas, pronto até abril do ano que vem. Até a Copa serão 10 mil vagas com serviço de valet e preços diferenciados. Hoje, uma diária no bolsão principal (que tem 3 mil vagas) custa R$ 50. Uma hora, R$ 9.
Nova marca. Algumas mudanças já podem ser percebidas em Cumbica. As placas indicativas de portões, check-in e terminais agora têm fundo amarelo e letras pretas, seguindo um padrão internacional de sinalização aeroportuária. As que mostram restaurantes e serviços têm fundo azul. Cerca de 75% das placas foram trocadas e, como algumas têm iluminação de LED, o aeroporto está mais claro.
Os monitores que indicam horário de vôos também tiveram o layout modificado. Nos próximos dias, outras opções de lojas tanto para compras quanto para alimentação vão começar a surgir. Dois restaurantes - uma lanchonete americana e um brasileiro chique - serão inaugurados nos terminais 1 e 2. Um deles vai ficar em um lounge no mezanino, área hoje subutilizada.
Banho de loja.
Os oito banheiros da área comum do aeroporto - antes de entrar na parte restrita de embarque e desembarque - também foram reformados, ganharam novo piso, mais luzes e ficaram maiores.
Quase não há mais sinal da presença da Infraero em Cumbica - do lado de fora do aeroporto e no terminal de cargas, a marca GRU Airport já aparece em letras garrafais. No alto falante, o anúncio dos voos também já é feito com a devida chamada "A GRU Airport informa".
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