Testes marcam tradição e futuro nos trilhos
O Dia
Rio - Dois eventos marcaram nesta quarta o resgate da tradição e a sinalização do futuro nos transportes do Rio. Enquanto o bondinho de Santa Teresa atravessou, pela primeira vez depois de três anos, os Arcos da Lapa, o trem de levitação magnética desenvolvido pelos pesquisadores da Coppe, da UFRJ, iniciou a fase de testes na Ilha do Fundão.
Na Cidade Universitária, os principais especialistas em levitação magnética do mundo, reunidos para uma conferência, acompanharam de perto a primeira viagem do veículo pelos 200 metros que ligam dois centros de tecnologia do campus. Batizado de Maglev-Cobra, o trem será o primeiro a utilizar a levitação magnética por supercondutividade no transporte de passageiros.
Foto: Divulgação
“O próximo passo será buscar financiadores e parceiros para que o projeto entre em operação comercial”, afirmou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ. A etapa de testes dura até 2015, quando alunos, professores e funcionários poderão utilizar o veículo para se locomover. Segundo os pesquisadores, o novo trem é mais econômico do que as tecnologias já existentes e poderá alcançar até 100 quilômetros por hora.
Em Santa Teresa, o novo trecho de testes para o bondinho foi inaugurado ontem, mas os moradores continuam sem poder usar o transporte. No fim de agosto, quando o novo bonde chegou à Rua Joaquim Murtinho, o subsecretário da Casa Civil, Rodrigo Vieira, previu que, em um mês, o transporte de passageiros já estivesse liberado naquele trecho, o que ainda não aconteceu.
Cerca de 3,5 km de trilhos e rede aérea já foram instalados no bairro
Foto: Divulgação
A Secretaria da Casa Civil explicou, em nota, que a demora para a volta do bondinho é uma medida de segurança. Os testes agora ocorrem da Carioca ao Curvelo, em um trajeto de 1,6 quilômetro. O percurso total previsto é de 10,5 quilômetros.
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