segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Monotrilho irá ligar Simões Filho à Salvador



 05/11/2019
person Fala Simões Filho (Blog)
  
 Divulgação/ Simões Filho - BA
O Veículo Leve de Transporte (VLT) - do tipo monotrilho -, movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente será implantado e irá Salvador a Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
"Ele vai chegar à Ilha de São João, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, a partir do bairro do Comércio, em Salvador. Serão quase 20 quilômetros de extensão, 22 estações, e capacidade para transportar cerca de 150 mil usuários por dia", informa a superintendente de Mobilidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Grace Gomes.
Ainda conforme suas palavras, "a integração física do VLT Monotrilho com o sistema de metrô de Salvador se adequará à lógica de mobilidade do Governo do Estado, o que viabiliza o funcionamento dos modais em um sistema de rede, através de serviços complementares. O projeto prevê uma ligação com quatro estações entre a região de São Joaquim, passando pela Via Expressa e fazendo a integração com o sistema metroviário no Acesso Norte", complementa a gestora pública estadual.Viabilizado pelo Governo do Estado, via parceria público-privada (PPP) com o consórcio MetrogreenSkyRail Concessionária da Bahia, o VLT vai receber um investimento total que chega a R$1,5 bilhão. O secretário da Casa Civil, Bruno Dauster lembra que, "como o projeto foi formulado, cada quilômetro vai custar R$75 milhões, o que representa um dos preços mais baixos já pagos no Brasil para a construção de um transporte nos mesmos moldes".
CANTEIRO DE OBRAS
O contrato para implantação do novo modal foi assinado em fevereiro passado pelo Governo do Estado. A previsão é que as intervenções sejam concluídas em 24 meses após serem iniciadas."No momento, o consórcio está implantando o canteiro de obras, no pátio de manutenção dos atuais trens do subúrbio, no bairro da Calçada", reforça a superintendente da Sedur Bahia.
Quando estiver operando, o VLT substituirá o atual sistema de trens do subúrbio, que faz a linha Estação da Calçada ao bairro de Paripe, beneficiando os mais de 600 mil moradores da região. O investimento total previsto do VLT Monotrilho é de 1,5 bilhão para a fase 1 (trecho entre o Comércio e a Ilha de São João). A obra será realizada por meio da modalidade de Parceria Público-Privada (PPP).
FASES DO PROJETO
Movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente; rápido, seguro e confortável, o monotrilho será equipado com sistema de ar condicionado e wi-fi.
A Fase 1 do projeto compreende 19,2 quilômetros, com 21 estações e vai ligar o bairro do Comércio, na cidade baixa da capital, até a Ilha de São João, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A segunda etapa terá mais quatro quilômetros, divididos em outras cinco estações, e irá ligar o bairro da Cidade Baixa à Estação Acesso Norte do Metrô. A proposta é que o equipamento também chegue à estação Acesso Norte do metrô, através de uma ligação que levará o VLT a um total de 23.28km de extensão saindo da Ilha de São João, em Simões Filho.
Devido à tração elétrica, que não envolve a emissão de gases poluentes, o impacto ambiental local que o VLT trará é mínimo. Silencioso, o modal será equipado com eixo único, rodas de propulsão e rodas estabilizadoras de borracha, garantindo estabilidade. Além disso, o VLT demandará uma faixa estreita na via, o que causa menor impacto urbano durante a operação e implementação.
Segundo Grace Gomes. "o VLT do tipo monotrilho só é possível ser construído sobre vigas. A obra completa levará aproximadamente dois anos, mas será entregue em etapas, proporcionando a possibilidade de utilização antes desse prazo. No que diz respeito ao seu impacto ambiental local, ela diz que é mínimo, devido à tração elétrica - não emite gases poluentes.
"Ele é equipado com eixo único, rodas de propulsão e rodas estabilizadoras de borracha, sendo um modal estável e silencioso. Além disso, o VLT demanda uma faixa estreita na via, o que causa menor impacto urbano durante a implementação e operação. No longo prazo, os VLTs também ajudam a reduzir os custos e o consumo de energia.Sobre possíveis desapropriações, Grace Gomes informou: "Serão retirados apenas os imóveis que estão localizados na faixa de operação do VLT monotrilho. Os proprietários receberão indenizações assistidas de acordo com as benfeitorias". Quanto à manutenção dos empregos dos trabalhadores dos trens urbanos ela antecipou: "Atualmente existe um grupo de trabalho entre CTB e Sindiferro que tem discutido a questão. Há um planejamento de capacitação de parte do corpo técnico da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) para trabalhar em outras funções na própria Companhia enquanto outros grupos serão remanejados para o metrô e para as atividades de implantação e operação do VLT".
APRESENTAÇÕES
Responsável por fazer a apresentação do projeto na Assembléia Legislativa da Bahia (Alba), o secretário da Casa Civil do Estado, Bruno Dauster, destacou na oportunidade "que o VLT monotrilho complementa, com mais 24 quilômetros, o projeto de expansão de mobilidade urbana na Região Metropolitana de Salvador (RMS).Já o diretor-presidente da CTB, Eduardo Copello, também presente na audiência, acrescentou: "Esse projeto vem sendo elaborado e discutido desde 2015, por meio de sessões de audiências, consultas públicas e reuniões e hoje se configura como mais uma oportunidade de demonstrar o processo de melhoria e de qualificação que a ação vai trazer principalmente para a região suburbana". Lembrou, ainda, que a implantação do VLT é tão importante quanto foi e está sendo a do Metrô para a RMS.Agora, em outubro, o Governo do Estado encerrou o primeiro ciclo de apresentações do VLT, após dez reuniões sucessivas com representantes de cerca de 20 comunidades. As 'oitivas' foram finalizadas no último dia 22 e lotou a área interna do Colégio Almirante Barroso, em Paripe. Ao longo dos encontros, que começaram no dia 2 de outubro, a superintendente Grace Gomes palestrou para integrantes das comunidades do entorno do projeto, apresentando traçados, detalhes técnicos e questões referentes a desapropriações.
AUDIÊNCIAS COMUNITÁRIAS
"Foram dez reuniões, onde tivemos a oportunidade de, não apenas apresentar o projeto, mas de esclarecermos todas as dúvidas da população com relação ao próprio equipamento; as áreas de lazer e a urbanização que virá acoplada a implantação desse veículo de mobilidade e também quanto à remoção das famílias e da empregabilidade que esse projeto vai trazer" disse Grace Gomes que acrescentou: "O saldo das reuniões é extremamente positivo, porque fomos acolhidos de braços abertos pelas comunidades e todas as pessoas, em todos esses encontros, aplaudiram o projeto do Governo do Estado, que está ampliando a mobilidade de Salvador, fazendo com que todas as áreas se comuniquem com um transporte estruturante, moderno, com conforto e segurança", completou.O Governo do Estado ainda realizará outras reuniões, desta vez, envolvendo grupos específicos, como pescadores, marisqueiras e quilombolas, em Simões Filho.


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