sábado, 8 de janeiro de 2022

Rio pode ter metrô ligando o Santos Dumont ao Galeão

 10/12/2021 Diário do Rio de Janeiro Notícias da Imprensa

 

Rio de Janeiro | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Diário do Rio de Janeiro – O Governo Federal vem cogitando algumas alternativas para tentar convencer as autoridades do Rio a privatizar o Aeroporto Santos Dumont, na região central da Capital Fluminense. O receio de integrantes das gestões municipal e estadual é de que haja um enfraquecimento do Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, com a perda de mais voos internacionais.

Uma das opções em pauta, segundo divulgou o jornal O Globo, é a possibilidade de usar os recursos das outorgas dos terminais para a construção de um metrô ligando os dois aeroportos, em um projeto estimado em R$ 5,5 bilhões.

A outra saída seria limitar o crescimento do Santos Dumont para dar tempo de recuperação do aeroporto internacional.

O aeroporto Tom Jobim, privatizado em 2013, nunca atingiu o número de passageiros previsto na concessão e viu voos internacionais migrarem para Guarulhos (SP).

A ideia que vem sendo discutida, é que tanto o Santos Dumont quanto o Galeão tenham autonomia para operar sem que o funcionamento de um prejudique o outro, inclusive, os voos internacionais só seriam liberados depois que o Aeroporto Internacional consiga ter uma atuação sustentável. Com isso, o Rio teria dois terminais para atender a demanda de viagens para outros países.

Para isso, serão realizadas mudanças operacionais no Santos Dumont: o prazo para que o operador do terminal execute a obra que permitirá a obtenção de certificação internacional para aumentar os voos vai subir de três para cinco anos. Dando tempo, que os especialistas consideram necessário para que ambos possam atuar simultaneamente.

Após esses ajustes, a previsão é de que o Santos Dumont amplie os atuais 23 movimentos por hora (pouso e decolagem) para 30 movimentos por hora. Fazendo com que o volume de usuários por ano suba algo em torno de 13 milhões de passageiros.

Segundo a última versão do edital, o Santos Dumont será leiloado em blocos de terminais com lance mínimo de R$ 355 milhões. O investimento total está estimado em R$ 1,3 bilhão. A expectativa é que leilão seja realizado até abril de 2022.

Outro ponto para ser definido será a parte dos recursos a serem pagos pelos concessionários dos dois aeroportos à União a título de outorga poderão ser aplicados na construção do metrô para ligar a área central do Rio (Santos Dumont) à Ilha do Governador (Galeão).

Fonte: https://diariodorio.com/rio-pode-ter-metro-ligando-o-santos-dumont-ao-galeao/

Ônibus rápido e VLT perderam força após os Jogos

 22/07/2021 Valor Econômico Notícias da Imprensa


BRT TransOeste em Guaratiba: pista deteriorada e piora no serviço — Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Valor Econômico – Encarada como uma das principais heranças para a população, por ter circundado a cidade e facilitado o acesso à zona oeste, a malha formada por três linhas de ônibus rápido (BRT), se deteriorou nos anos seguintes aos jogos e vive a segunda intervenção da prefeitura em cinco anos.

Este ano, com aprovação da Câmara Municipal, a prefeitura deu início a um plano de investimento com valor previsto de R$ 133 milhões. O dinheiro será destinado a reparos na estrutura dos corredores, estações e ônibus, além de um programa de segurança específico para o serviço, até que a gestão do sistema seja redesenhada por meio de novas concessões.

Para sanear o sistema estruturalmente, diz a economista Maína Celidônio, secretária municipal de Transportes, a pasta prepara duas licitações diferentes para os serviços de operação e provisão de 500 novos ônibus.

A ideia é dividir responsabilidades para diminuir riscos ao serviço e sanar o déficit da frota, regularizando a oferta de viagens. Isso eliminaria o problema de superlotação, que persiste mesmo num cenário de queda da demanda – em cinco anos houve queda de 55% no número de passageiros devido à crise econômica e à pandemia.

Em dificuldade, os concessionários permitiram que 52 das 125 estações fechassem e que, desde 2018, o número de ônibus em circulação caísse abaixo da metade, de 440 para 195. Por ora, a falência da rede vem sendo revertida com a injeção dos recursos públicos.

Além dessas duas concessões, o BRT ainda vai entrar na licitação única da bilhetagem de todos os modais da cidade, anunciada ontem pela prefeitura. No novo modelo, um consórcio, provavelmente formado por uma empresa de tecnologia e um banco, vai gerir a arrecadação das tarifas, cujo montante será transferido para uma conta municipal a partir da qual o governo vai remunerar os concessionários por quilômetros rodados. Tanto Maína quanto o prefeito Eduardo Paes (PSD) admitem subsidiar os serviços com recursos do Tesouro Municipal.

Outro projeto-chave dentro dos investimentos em mobilidade urbana que antecederam a Rio 2016, a Linha 4 do metrô – conexão entre as zonas sul e oeste da cidade – gerou dano ao erário de R$ 3,76 bilhão de acordo com auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). O valor ainda está sujeito a revisão, já que há processos em tramitação no órgão de fiscalização que se encontram em fase de recurso, portanto, sem decisão definitiva.

O investimento total, incluindo a conclusão da estação da Gávea, que não saiu do papel, somaria R$ 10,3 bilhões, de acordo com um levantamento publicado em 2018 pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP). O custo estimado pelo governo fluminense para conclusão da estação da Gávea é de R$ 700 milhões.

Inaugurado em julho de 2016, dois meses antes da abertura da Olimpíada, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) também enfrenta dificuldades, mas numa escala menor. O contrato de concessão, com duração de 25 anos, previa investimento total de R$ 1,157 bilhão, em valores de junho de 2012.

Até o fim do ano passado, já haviam sido investidos R$ 1,69 bilhão, em valores nominais. Só a prefeitura do Rio de Janeiro injetou R$ 642,5 milhões. Embora seja vista como alternativa ao investimento público direto, a PPP equivale a um endividamento de médio e longo prazos, similar ao de uma compra parcelada.

No caso do Veículo Leve sobre Trilhos, a estimativa é de que as despesas da Prefeitura com a Concessionária VLT Carioca somem R$ 115,68 milhões por ano entre 2022 e 2030, conforme projeções incluídas no Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) da prefeitura. O gasto total previsto para todo o período é de R$ 1,04 bilhão.

Em julho de 2019, ainda na administração de Marcelo Crivella, a concessionária do VLT Carioca – que tem CCR e Invepar como maiores a VLT Carioca.acionistas – ajuizou ação na Justiça com o objetivo de rescindir o contrato de concessão.

A empresa alegou “inadimplementos financeiros da Prefeitura do Rio”, conforme indicado nas demonstrações financeiras de 2020. Em outubro, a concessionária e a prefeitura assinaram memorando de entendimento que permitiu a continuidade dos investimentos e da operação. A dívida da prefeitura com a concessionária está hoje em torno de R$ 300 milhões, diz

Fonte: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/07/22/onibus-rapido-e-vlt-perderam-forca-apos-os-jogos.ghtml