quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Governo do estado assina contrato para a compra de mais 60 trens chineses

Por Rogério Daflon (rogerio.daflon@oglobo.com.br) | Agência O Globo – 20 horas atrás

RIO - O governo do estado assina nesta quarta-feira o contrato para compra de mais 60 trens referentes à licitação vencida pelo consórcio chinês CMC, CNR, CRC. As composições custaram, ao todo, 306,5 milhões de dólares (R$ 543 milhões). Os primeiros carros desta leva, segundo a Secretaria estadual de Transporte, começam a chegar daqui a 18 meses. Em 2009, o governo já comprara 30 trens do mesmo consórcio, após processo licitatório. A secretaria informou que cada trem desse novo contrato custou 18,58% mais barato do que cada um dos adquiridos em 2009. Desses 30 trens já adquiridos, 26 já estão em operação, e quatro vão entrar, no máximo, daqui a um mês, segundo a SuperVia. A entidade calcula que, até 2014, haverá uma frota de 191 trens, todos com ar-condicionado. Atualmente, a frota é de 163, mas há 49 com mais de 50 anos de existência. Estes serão todos substituídos, assegura a secretaria, até a Copa do Mundo. Hoje, a idade média dos trens é de 30 anos; em 2014, será de 16 anos.

Pelo contrato de concessão, a SuperVia terá de investir na aquisição de mais 30 novos trens. Mas a assessoria de imprensa da concessionária não informou de quanto será o investimento e quando os trens chegarão.

As informações - que projetam uma melhora do sistema ferroviário no estado, inclusive com a diminuição dos intervalos entre os trens -foram apresentadas nesta segunda-feira a representantes do mercado imobiliário pelo secretário estadual de Transporte, Júlio Lopes, e pelo presidente da SuperVia, Carlos José Cunha. Eles querem disponibilizar áreas no entorno das estações e da linha férrea, a fim de incentivar novas construções e, por consequência, adensar os bairros por onde passa a linha férrea, na capital e na Região Metropolitana.

Presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário, José Conde Caldas afirmou que o mercado deve responder positivamente à oferta do governo do estado.

- Em áreas como Méier, Santa Cruz, Bangu e Campo Grande, o grande problema é o transporte. Com a chegada de novos trens, reforma das estações e melhora na operação do sistema, esses lugares passam a ser atraentes ao investimento de moradias para a classe C, pois, com o transporte sobre trilhos desenvolvido, eles ficam mais próximas de seus centros de trabalho - disse Conde Caldas.

O principal investimento em estação é na Central do Brasil. Carlos José Cunha disse que nela está prevista a construção de um shopping. Ele informou que, entre as condições impostas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), está a restauração completa do prédio da Central do Brasil. De acordo com a assessoria de imprensa do Iphan, o projeto do shopping na Central ainda não chegou à entidade, e a SuperVia ainda não apresentou um projeto que abranja não só as dependências utilizadas pela própria SuperVia como também as dependências ocupadas pela Polícia Civil no prédio da Central do Brasil.

Governo carioca quer triplicar uso de trem, metrô e BRT

25/10/2012 - O Globo

A possibilidade de o Rio chegar a 2017 com uma proporção de 424 veículos por quilômetro de via disponível deverá ser reduzida nos próximos anos, segundo cálculos da prefeitura. Conforme mostrou O GLOBO na primeira reportagem “Nós do Trânsito”, iniciada domingo passado, a entrada de novos carros em circulação pode tornar a situação semelhante ao que acontece hoje na congestionada cidade de São Paulo. Para reduzir esse risco, o município e o governo do estado trabalham com a meta de ampliar, até 2016, de 18% (1,1 milhão) para 63% (3,8 milhões) o percentual de viagens diárias por meio de transporte de alta capacidade (BRT, metrô e trem).

— O trânsito do Rio está ruim? Está, mas não está como São Paulo, e não deverá ficar como lá porque estamos investindo pesado em transporte de alta capacidade que deve atrair muitos usuários — diz o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão.

Entre as obras previstas ou em andamento, o secretário cita a ampliação da oferta no sistema sobre trilhos (mais trens e a nova Linha 4 do metrô), de responsabilidade do governo do estado, e a implantação dos 4 corredores exclusivos para ônibus, os BRTs (Transoeste, já em operação; Transcarioca e Transolímpico, ambos em obras; e Transbrasil, a ser licitado). No total, serão 150km de BRT que deverão transportar juntos cerca de 1,3 milhão de passageiros por dia.

A aposta no sistema de alta capacidade não impede que o município tome, no futuro, outras medidas para reduzir os congestionamentos. O prefeito Eduardo Paes não descarta, por exemplo, a adoção do rodízio de placas, como é feito em São Paulo. Ele garante, no entanto, que não adotará essa medida até que se observe o impacto dos novos sistemas. Mas há a possibilidade de que alguma medida seja aplicada durante os Jogos Olímpicos.

— O rodízio e o pedágio pressupõem que você tenha uma alternativa. Mas, em algum momento, alguém vai ter que fazer. Pode ser que seja eu; pode ser que seja o meu sucessor. Tudo isso está dentro de um contexto. Hoje não dá para chegar para o carioca e dizer: vou implantar pedágio ou rodízio e você vai de “buzum” para o Centro para trabalhar, porque é um horror. Não farei isso agora. Temos que ter o sistema funcionando para ver qual será a reação. Se você tiver as pessoas aderindo ao transporte de alta capacidade tranquilamente, não precisa forçar o rodízio. Se não tiver essa adesão, precisa forçar.

Sistema ferroviário pode render R$ 1,6 bi no Rio

23/10/2012 - O Estado de S.Paulo

A Supervia, consórcio liderado pela Odebrecht Transport e que explora o sistema ferroviário no Estado do Rio, pretende movimentar R$ 1,6 bilhão na venda e cessão de direito de uso de terrenos, além de parcerias para construção de empreendimentos imobiliários ao longo de ferrovias na região metropolitana do Rio.

"O montante de R$ 1,6 bilhão é o que estimamos inicialmente. Mas espero que movimente até mais. O mercado é que vai dizer se (o negócio) vale mais", disse o presidente da Supervia, Carlos José Cunha. Segundo a concessionária, metade do valor virá da modernização e ampliação da Central do Brasil.

Estão previstas a ampliação da estação para aumentar a capacidade de circulação de passageiros, a construção de um centro comercial de dois andares sobre os trilhos e a conversão em hotel de um prédio ao lado. "O projeto da Central será feito de qualquer forma, com ou sem parceria. É a nossa prioridade", disse Cunha.

Também há planos de construir shoppings integrados às estações de Caxias e Nilópolis, além de ampliar as instalações comerciais sobre a estação de Madureira. Foram feitos projetos para terrenos em Belford Roxo e Bonsucesso, entre outros. "Os tipos de contratos (que serão feitos) ainda estão em aberto. As empresas podem comprar direito de uso ou propor sociedade para implementar um empreendimento em algum terreno", contou o executivo.

A Supervia diz que há potencial ainda não desenvolvido para empreendimentos em Campo Grande, Pavuna, São João de Meriti, Méier, Bangu e Santa Cruz. O consórcio afirma que os terrenos estão legalizados e com aproveitamento aéreo liberado. Porém, Cunha disse que as áreas disponíveis pertencem à Supervia em regime de concessão, com direito de exploração por 36 anos. Depois, passam ao Estado.

"Qualquer empreendimento deverá ter como premissa os 36 anos de concessão. Mas pela nossa experiência e pelo que se tem visto no mercado internacional, este prazo é absolutamente suficiente para que se faça a amortização do investimento", disse o secretário de Transportes do Estado do Rio, Julio Lopes.

Os números foram apresentados ontem a representantes do setor de construção, como José Conde Caldas, da Concal Construtora e presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-Rio). A intenção era convencer o empresariado de que a modernização da rede ferroviária empreendida pela concessionária apresenta boas oportunidades de negócios no subúrbio e na baixada fluminense. "Algumas regiões eram ótimas para empreendimentos imobiliários, mas não aconteciam porque para morar em Bangu a pessoa levava horas para ir trabalhar", disse Caldas.

A Supervia prevê investimentos de R$ 2,4 bilhões nos próximos quatro anos para modernização e aquisição de trens, além da recuperação da malha ferroviária e estações. Os recursos vêm de financiamentos do Banco Mundial (R$ 1,2 bilhão) e do BNDES (R$ 900 milhões), além de investimentos da própria companhia (R$ 300 milhões). A meta é aumentar o número diário de passageiros transportados, dos 600 mil atuais para 1,5 milhão até 2016. Para tanto, a concessionária espera diminuir o intervalo entre os trens.

O Estado comprou 30 novos trens chineses, dos quais 26 já estão em operação, e assina a aquisição de outros 60 trens amanhã. A Supervia comprará ainda outros 30 trens, que já estão em negociação, aguardando aprovação dos acionistas. A Odebrecht Transport têm 60% da Supervia, e os 40% restantes pertencem a fundos de investimentos. O contrato de concessão com o Estado vale até 2048.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Governo dá início ao projeto de trens de passageiros em Minas

Bruno Porto - Do Hoje em Dia
18/10/2012

A Secretaria de Gestão Metropolitana (Segem) do governo de Minas Gerais selecionou duas empresas para o desenvolvimento do plano básico de engenharia para dois trechos previstos na PPP das ferrovias.

O plano é de restauração da malha ferroviária da Região Metropolitana de Belo Horizonte e sua utilização para transporte de passageiros, em traçado que abrange, no total, 21 municípios, com extensão de cerca de 450 quilômetros.

Dados preliminares de um estudo encomendado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou um potencial de demanda de 120 mil passageiros ao dia. Como comparação, o metrô de Belo Horizonte transporta uma média de 215 mil passageiros diariamente.
As empresas selecionadas deverão entregar os estudos até fevereiro de 2013 e, até meados do mesmo ano, deverá ser desenvolvido o edital de licitação para concessão dos trechos à iniciativa privada. O início da concessão está previsto para 2014.
Traçado


No primeiro lote, de Divinópolis a Sete Lagoas, dos 245,4 quilômetros de extensão, 110 deles são duplicados. Em cinco quilômetros, de General Carneiro a Sete Lagoas não haverá revitalização, mas a construção do trecho.

O projeto básico e a proposta de modelo de concessão ficará por conta da Brasell Gestão Empresarial, sediada em São Paulo.

O segundo lote, de Belo Horizonte a Brumadinho, com derivação até o Eldorado (Contagem) e outra para Águas Claras (Nova Lima) terá o projeto e a modelagem de concessão elaborada pela construtora mineira Aterpa M. Martins e a Vertran Gerenciamento e Controle de Tráfego.
Investimento

A Segem estima que essas empresas deverão desembolsar entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões nos levantamentos. “Haverá o ressarcimento a essas empresas somente no caso de seus projetos serem implementados”, afirmou o diretor de Planejamento Metropolitano, Articulação e Intersetorialidade da Segem, Adrián Machado Batista.

Em um terceiro trecho, que vai de Belo Horizonte a Ouro Preto, não houve interessados na iniciativa privada e o Estado vai confeccionar o projeto por conta própria. Já o lote que pretendia revitalizar ferrovias no Vale do Aço foi suspenso. Nenhuma empresa manifestou interesse e o Estado decidiu suspender o projeto

Obras do VLT de Fortaleza atingem 15%

16/10/2012 - Diário do Nordeste

O Ramal Parangaba-Mucuripe do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), uma das alternativas para o transporte na Copa de 2014, atingiu 15,44% de conclusão das obras, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) do Ceará.

Com mais de uma frente de serviços, o principal avanço registrado no último mês, foi no bairro Parangaba. Lá começaram a ser construídas 52 vigas de 93 toneladas para os elevados por onde passarão os VLTs. Cada viga tem volume de 40,47 m³ e área de 235,31 m².

O maior entrave são trechos no projeto em que são necessárias desapropriações de moradores, o que já motivou até desacordo entre Prefeitura e Governo.  O equipamento fará a conexão ferroviária de 12,7 km entre a Estação Parangaba e o Porto do Mucuripe.

Desse total,  11,3 km serão em superfície e 1,4 km em elevado, passando por 22 bairros da Capital. A previsão é que a obra seja concluída até dezembro de  2013  e deve atender cerca de 100 mil passageiros por dia, quando estiver operando plenamente.

O VLT será movido a diesel e terá como principal item de conforto a climatização. Serão construídas dez estações, sendo que as da Parangaba e do Papicu possuem projeto diferenciado, uma vez que permitirão a integração com os terminais de ônibus.

As demais estações serão localizadas no Montese, Vila União, Rodoviária, São João do Tauape, Pontes Vieira, Antônio Sales, Mucuripe e Iate.

Vigas dos elevados começam a ser construídas
As obras do primeiro elevado ferroviário, de 900 metros de extensão, estão sendo executadas entre a rua Germano Frank e o terminal de ônibus da Parangaba.  No bairro de Fátima está sendo construído o segundo elevado sobre a av. Aguanambi, próximo ao Comando Geral da Polícia Militar.

A execução da via de carga, numa extensão de 500 metros, está sendo feita no limite da lateral direita da faixa de domínio (sentido Parangaba-Mucuripe), entre a rua Luciano Magalhães e o início do residencial Maravilha. As duas frentes estão na fase de construção das estacas, blocos e recebimento das vigas.
Já na Via Expressa, os trabalhos se voltam para a construção dos viadutos sobre a av. Dom Luís, por onde trafegará  as linhas do VLT e de carga. Outro trecho em obras é a construção do muro de arrimo entre a avenida Santos Dumont e a Av. Dom Luís.

A quarta frente de trabalho está situada na confluência das avenidas Virgílio Távora  e Pontes Vieira onde será construído um viaduto para o VLT , relocado o viaduto atual da linha de carga. Os demais trechos somente serão iniciados quando definida a realocação das famílias atingidas.

Rio vai construir o maior túnel em área urbana do Brasil

Passagem alterará o cenário da área portuária e ligará a região do cais à Igreja da Candelária; obra terá início amanhã

19 de outubro de 2012 | 8h 38
HELOISA ARUTH STURM / RIO - O Estado de S.Paulo
A prefeitura do Rio vai construir na cidade o maior túnel em área urbana do País. A obra será realizada na zona portuária, uma das regiões que mais se modificarão até a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Inicialmente projetado para ter uma extensão de 2.010 metros, ligando a área próxima aos armazéns do cais do porto e à Igreja da Candelária, o novo traçado terá 3.450 metros de comprimento - quase o dobro do tamanho do Túnel Ayrton Senna, na zona sul de São Paulo - e vai se estender até o Aeroporto Santos Dumont e o Aterro do Flamengo.
Parte do traçado será executada em substituição ao elevado da Perimetral (uma espécie de Minhocão carioca), que será demolido para dar lugar às obras de revitalização da zona portuária, com recursos da Concessionária Porto Novo, responsável pelas obras do projeto Porto Maravilha.
A prefeitura ainda abrirá uma licitação para construção dos outros 1.440 metros que compõem a expansão do projeto original do túnel. A expectativa é de que as obras de remoção do elevado comecem no próximo ano e terminem em 2015.
Valores.
Os investimentos para construção do traçado original estão incluídos no pacote de R$ 4,1 bilhão do consórcio destinado somente à execução de obras de infraestrutura e melhorias no sistema viário da região - como o aumento do número de faixas de rolamento, a demolição do elevado da Perimetral, a construção de outros dois túneis e a implementação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Projeta-se que tais mudanças viárias permitirão elevar a capacidade de tráfego em 38%, passando dos atuais 7,6 mil veículos por hora para 10,5 mil nos horários de pico.
A ligação subterrânea permitirá que todo o espaço entre o Armazém 6 e a Praça Mauá, próxima da Igreja da Candelária, seja transformado em um boulevard. Esse passeio público arborizado, além de valorizar a passagem de pedestres e ressaltar a paisagem local, também vai abrigar a passagem do VLT em alguns trechos.
Apesar de o Rio de Janeiro contar com muitas áreas aterradas, a escavação do túnel será feita em maciços rochosos, a uma profundidade de 40 metros. As obras terão início amanhã, quando começarão as escavações para construção de um poço de serviço que dará acesso a operários e máquinas, servindo de local de entrada e saída de material. A previsão é de que o túnel esteja pronto em 2015.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

SuperVia renova malha ferroviária

Rio -  A SuperVia anunciou que um lote de 1.850 toneladas de novos trilhos que serão substituídos chegará dos Estados Unidos. O valor do investimento em renovação de trilhos em 2012 é de R$ 10 milhões.

Segundo a concessionária, até o final do ano, terão sido adquiridos um total de três mil toneladas de novos trilhos, que serão transformados em 53,5 km de via férrea. O cronograma de reforma da malha ferroviária do Rio prevê, para os próximos três anos, a substituição de outros 200 km de trilhos e também a troca de 100 mil dormentes.

O Dia – 17/10/2012

Rio monta canteiros para as obras da Linha 4 do metrô

20/10/2012 - O Dia

Começa segunda-feira a ocupação gradativa do Jardim de Alah e da Praça Antero de Quental, no Leblon, para a instalação de canteiros da nova etapa das obras da Linha 4 do metrô, que vai ligar a Estação General Osório, em Ipanema, à Barra da Tijuca.

A praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, também terá um trecho fechado ainda este mês, mas o dia não foi definido. As intervenções no trânsito, com os desvios, começam mês que vem. A Av. Ataulfo de Paiva, no Leblon, terá 500 metros bloqueados ao trânsito.

A previsão é que a Linha 4 comece a funcionar em 2016. Serão 16 km de extensão e seis estações: Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico.

Conclusão no final de 2015

Na Praça Antero de Quental, a instalação do canteiro levará uma semana para ser concluída e 62% da praça ficarão livres até 6 de novembro.

Depois, só 26 % do espaço serão da população. Daqui a um ano e meio, a área será devolvida aos poucos para o lazer. A obra deve ser concluída em dezembro de 2015. Durante a construção, a área de lazer ficará junto à Rua General San Martin.

O Jardim de Alah será quase todo tomado por máquinas e operários e servirá como estoque de pré-moldados. Pequeno espaço será preservado para recreação entre a praia e a Lagoa. A Praça N. S. da Paz, em Ipanema, terá 40% de sua área isolados por tapumes este mês.

Conforme a obra avançar, restarão só 8% do espaço para lazer. Só após um ano e meio, a população terá metade da praça de volta. O parque infantil e a academia de idosos serão mantidos junto à R. Maria Quitéria.

A coordenadora do Projeto de Segurança de Ipanema, Ignez Barreto, ficou surpresa ao saber das mudanças a partir de segunda-feira:

“Não avisaram os moradores, não discutiram nada com a gente. Entramos na Justiça contra a obra, porque defendemos que ela seja toda subterrânea.”

Avenida Ataulfo de Paiva será interditada em dois trechos

Apesar de as intervenções no trânsito, como desvios, iniciarem apenas em novembro, já está decidido que será fechado o tráfego de veículos nos dois trechos da Av. Ataulfo de Paiva.

A interdição abrangerá o equivalente a 500 metros de pista, entre as avenidas Borges de Medeiros e Afrânio de Melo Franco, onde vai ficar a Estação Jardim de Alah, e entre a Rua General Urquiza e a Av. Bartolomeu Mitre, onde ficará a Estação Antero de Quental.

Nestes trechos, haverá quatro canteiros de obras, que vão ocupar uma parte da calçada e uma faixa da pista.
Na segunda fase, o tráfego de veículos será todo interditado, por 18 meses, em dois trechos da Ataulfo de Paiva, entre a Av. Bartolomeu Mitre e a Rua General Urquiza e entre as avenidas Afrânio de Melo Franco e Borges de Medeiros.

Maior alojamento será no Centro

A obra da Linha 4 terá três canteiros de apoio, para reduzir o tempo de deslocamento dos operários e diminuir a circulação de caminhões no Leblon e Ipanema.

O maior deles ficará na Leopoldina, no Centro, onde será instalada a fábrica de pré-moldados, responsável pela produção dos anéis de concreto que formarão o túnel subterrâneo. O local terá três alojamentos para 300 operários.

No Jardim de Alah, ficará o canteiro principal da obra. E outro será no 23º BPM (Leblon). As praças Nossa Senhora da Paz e Antero de Quental terão 100% de suas áreas verdes restabelecidas.

A promessa é que quase a totalidade das árvores será preservada e haverá replantio com mudas daquelas que forem removidas. Além disso, serão plantadas outras 400 espécies.

Linha 5-lilás do metrô chegará à Vila Mariana

07/10/2012 - 06h30
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A linha 5-lilás do metrô chegará ao distrito da Vila Mariana. Atualmente, duas linhas passam pelo distrito, que fica na zona sul da capital: a linha 1-azul e a 2-verde.

O prolongamento da linha está em obras desde 2009 e deve ficar pronto em 2015, segundo informações da assessoria de imprensa no Metrô de São Paulo. Após a conclusão, a Vila Mariana não ganhará novas estações, mas seus moradores terão acesso rápido à zona sul da cidade.

A nova linha, que sairá da estação Adolfo Pinheiro e chegará a estação Chácara Klabin, na Vila Mariana, também fará integração com as linhas 1-azul e 2-Verde.

As novas estações serão: Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin.
De acordo com o Metrô, as obras têm um custo estimado de R$ 6,9 bilhões.

Cumbica: trem ficará longe de terminais

19/10/2012 - Jornal da Tarde

Esperado há anos por passageiros e funcionários do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o trem que servirá o local não atenderá os principais pontos de embarque aéreo. A estação final da Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) será construída na frente do chamado Terminal 4 do aeroporto (o 'puxadão'), que responde por apenas 1,3% do movimento de viajantes e está a cerca de dois quilômetros dos terminais mais antigos e movimentados, o 1 e o 2.

Não há integração física entre eles: hoje, os deslocamentos são feitos com ônibus gratuitos. Apesar disso, o governo do Estado colocou a obra em sua lista de prioridades para a Copa de 2014, cuja abertura ocorrerá em São Paulo. Também não está definido, conforme informou a CPTM, como será a ligação entre a estação de trem e o Terminal 4 do aeroporto. Eles deverão ficar a cerca de 300 metros de distância um do outro, com uma estrada de duas pistas no meio.

As informações foram passadas pelo diretor de Planejamento e Projeto da CPTM, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro. "Vamos ficar perto do que chamam de Terminal 4. O deslocamento a partir dali vai ser (responsabilidade) da própria concessionária aeroportuária." A construção desse ramal, que sairá da Estação Engenheiro Goulart, já existente na Linha 12-Safira, na capital, está prevista para começar no primeiro semestre de 2013, faltando quase um ano para o mundial de futebol.

Procurada pela reportagem, a Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A. divulgou que ainda não definiu como pretende fazer o transporte dos passageiros entre os terminais, uma vez que depende da conclusão do projeto da CPTM, prevista para ser entregue em dezembro. Em grandes aeroportos do mundo, como o Heathrow, em Londres, existem sistemas metroviários subterrâneos ligando cada terminal. No Fiumicino, que atende Roma, a conexão é feita por um monotrilho.

O engenheiro aeronáutico Jorge Leal Medeiros, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), diz que "é ruim" a solução de levar a Linha 13 só até o Terminal 4. "É preciso fazer a integração com os terminais maiores, senão haverá incômodo para os passageiros, que precisarão de três modais: metrô, trem e ônibus. É um desconforto a mais."

Os oito trens para compor a frota desse ramal ainda não foram comprados. Mas, caso a linha fique pronta antes da chegada deles, composições de outras linhas poderão ser deslocadas. Rocha Ribeiro diz que ainda está avaliando a possibilidade de incluir bagageiros nesses trens, para facilitar o deslocamento das pessoas com malas, a exemplo do que ocorre na Europa.

Plataforma elevada. A Linha 13-Jade, que deve transportar 120 mil passageiros nos dias úteis, custará R$ 1,2 bilhão. A estação que atenderá Cumbica terá plataforma central elevada e será erguida em uma faixa de grama entre o Rio Baquirivu-Guaçu e a Rodovia Hélio Smidt. A parada deverá receber cerca de 20 mil passageiros por dia, conforme aponta uma projeção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Esse é o número médio de usuários que embarcam mensalmente no Terminal 4, que hoje oferece voos somente da Webjet.

A Linha 13-Jade, em sua extensão entre a Estação Engenheiro Goulart e o Aeroporto de Cumbica, será construída em via elevada na maior parte do traçado. O bairro residencial Cecap, em Guarulhos, que fica no meio do caminho, também ganhará uma estação. Mas ela deverá ser concluída só depois que o ramal for entregue, uma vez que não é vista como prioridade para a Copa pelo governo do Estado. Embora seja a segunda maior cidade paulista, Guarulhos não tem nenhuma ligação ferroviária.

Baixada: início de obra de VLT tem novo atraso

A Tarde - 08/10/2012
Bruno Ribeiro e Mônica Reolom | Agência Estado

Problemas burocráticos devem atrasar mais uma vez o começo das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT, uma espécie de metrô leve) que interligará as cidades da Baixada Santista. As obras deveriam ter começado em junho, mas agora estão prometidas só para janeiro.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), estatal responsável pelo projeto, diz, em nota, que o atraso é decorrente de "pedidos de esclarecimentos e recursos impetrados pelos licitantes durante o processo de pré-qualificação". Essa pré-qualificação deveria selecionar empresas aptas a executar as obras. Há sete consórcios pré-qualificados. A divulgação do consórcio vencedor e a assinatura do contrato estão previstos para novembro.

O projeto é discutido há quase uma década. O VLT deverá retirar 23% dos ônibus em circulação nas saturadas vias da ilha de Santos. Cada trem do VLT deve transportar 400 pessoas, com velocidade máxima de 80 km/h. O traçado tem extensão total de 24,8 quilômetros e haverá integração tarifária com a rede de ônibus intermunicipal - que hoje transporta os moradores de São Vicente, Praia Grande, Itanhaém e Mongaguá até o trabalho, em Santos.

A entrega de todos os trens deve ser concluída até abril de 2015 e a previsão de investimento é de R$ 284,3 milhões nos veículos. O total do projeto é estimado em R$ 670 milhões.

Complexidade
A execução da obra passa por um complicado processo de licitação. São três certames diferentes em andamento ao mesmo tempo: um para compra dos 22 trens, outro para a elaboração dos projetos executivos dos quatro trechos e o terceiro para a escolha das empresas que farão as obras civis.
Esse modelo de licitação foi adotado após o fracasso da proposta estadual de executar a obra por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O processo foi lançado em fevereiro do ano passado e pretendia repassar à iniciativa privada a responsabilidade para execução das obras. O problema foi que o projeto não atraiu nenhum interessado.

Com o desinteresse, o Estado assumiu o projeto sozinho e passou a selecionar as empresas. As obras que devem começar em janeiro serão do chamado "trecho prioritário", entre o Terminal Barreiros, no leste da ilha, e o Terminal do Porto, no oeste. Os demais trechos não têm data prometida para início das obras.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Após 40 anos de abandono, País pode ganhar 21 linhas de trens de passageiro

De olho na melhoria da mobilidade, governos estaduais e federal estudam construir 3,3 mil km de trilhos em 14 Estados até 2020
13 de outubro de 2012 | 3h 02
BRUNO RIBEIRO, RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo

Depois de quatro décadas de abandono, os trens regionais voltaram à pauta dos governos estaduais e federal. Atualmente, está em estudo pelo poder público a construção de 21 ramais ferroviários para passageiros. Caso todos os projetos planejados no Brasil saiam do papel no prazo previsto, o País pode ganhar 3.334 km de trilhos para transporte em 14 Estados até 2020.
O número é mais que o dobro do que está em operação. Apenas duas linhas de passageiros funcionam hoje no País: uma liga Belo Horizonte (MG) a Vitória (ES) e outra, São Luís (MA) a Carajás (PA) - ambas são operadas pela Vale.
O atual cenário contrasta com o que era esse mercado há meio século: na década de 1960, cerca de 100 milhões de passageiros eram transportados em trens interurbanos anualmente. Hoje, esse número é de cerca de 1,5 milhão de pessoas por ano.
Para Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), o ressurgimento de projetos de trilhos pelo País é reflexo do recente aumento da preocupação com a mobilidade. "O transporte ferroviário de passageiros é normalmente rápido, seguro, confortável e não poluente. Trens de velocidade média, entre 100 e 150 km/h, são uma alternativa para a mobilidade entre as cidades, que hoje está um desastre."
Entre os projetos mais avançados estão a ligação entre Brasília e Goiânia, passando por Anápolis (GO), e cerca de 500 km de trilhos em Minas Gerais que fariam a conexão entre Belo Horizonte e cidades como Sete Lagoas, Ouro Preto e Brumadinho. O primeiro, orçado em R$ 800 milhões, está prometido para 2017 e deve vencer todo o trajeto em cerca de uma hora. Já o segundo está divido em três trechos e deve ser feito por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) que já tem 18 interessados em preparar estudos de viabilidade. A expectativa é de que as obras comecem em 2014.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Metrô reformará 20 estações até a Copa de 2014

Postado por Estadao.com.br em 1 outubro, as 0:05 Em Brasil/Mundo

Quase um terço das estações da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) deve ganhar um banho de loja. O motivo? A Copa do Mundo de 2014. Para o evento esportivo, a empresa quer deixar mais apresentáveis 20 das suas 64 paradas, algumas inauguradas 38 anos atrás.

Entre as que passarão pelo “embelezamento” estão Sé, Santa Cruz, Paraíso, Palmeiras-Barra Funda, Marechal Deodoro, Artur Alvim e Corinthians-Itaquera (as duas próximas do Itaquerão, palco da abertura do Mundial de futebol).

O concreto aparente que predomina na Linha 1-Azul – a mais antiga – ganhará tratamento especial, por exemplo. Já o tradicional piso preto de borracha cheio de círculos dará lugar a um material mais nobre, o granito, que atualmente decora plataformas como as da Consolação, na Linha 2-Verde.

Ao todo, 62 mil m² de chão devem receber o novo revestimento. Além da estética, a vantagem dessa troca é que ela poderá trazer ganhos com a iluminação, pois o índice de reflexão de luz do granito é maior que o da plurigoma (nome técnico dado ao revestimento negro).

Segundo uma apresentação feita no mês passado pelo arquiteto do Metrô Edgard Georges El Khouri, essa intervenção, aliada ao uso de “novos e mais econômicos elementos de iluminação”, reduzirá o consumo de energia elétrica.

O piso de pedra também é mais resistente. “O plurigoma, em áreas com muita gente, como acontece no metrô, é ineficiente, porque é preciso trocá-lo toda hora. E o granito é o melhor piso que existe, com maior rigidez e longevidade”, explica Nestor Tupinambá, um dos representantes do Metrô no Sindicato dos Engenheiros.

Calçadas. As calçadas no entorno de parte das estações também serão reformadas, ganhando blocos intertravados. Nesse caso, a estimativa é de que 19 mil m² de calçamentos sejam trocados, incluindo os feitos de mosaico português.

Dentro das paradas, os forros serão substituídos por novas estruturas, similares às que já existem nas estações da Linha 2-Verde sob a Avenida Paulista, como a Trianon-Masp. Trata-se da colocação de tábuas na posição vertical, deixando o teto vazado. O raciocínio dos técnicos do Metrô é que esse material permite “fácil limpeza”, com a redução do uso de produtos químicos e um menor tempo para a manutenção de equipamentos de serviço instalados acima. Cerca de 22 mil m2 de forros serão reformados.

As estações devem ter nova demão de tinta em 360 mil metros quadrados de estruturas de concreto. Por último, também serão trocadas as laterais das coberturas de metal das estações em superfície da Linha 3-Vermelha, como Corinthians-Itaquera.

O Metrô não informou quanto vai gastar nessas obras nem quando elas serão iniciadas. Mas a reportagem apurou que os trabalhos devem começar entre o fim deste ano e os primeiros meses de 2013. Mas os trabalhos serão entregues até a Copa, que começa em junho de 2014? O engenheiro José Geraldo Baião, presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô (Aeamesp), acredita que sim. “São serviços contratados de empresas terceirizadas, com cronogramas de obras”, diz.

Divergências. Passageiros diários do Metrô divergem sobre as reformas. A universitária Raquel Bressan, de 21 anos, diz ser contra. “Deveriam se preocupar mais em melhorar a qualidade do transporte. Quase sempre tem alguma pane.” O atendente Ivan Márcio Correia, de 44, concorda que as prioridades deveriam ser outras. “Que tal pegar o dinheiro que vão gastar com isso e contratar mais funcionários para auxiliarem idosos e cegos nos horários de pico?” Mas o engenheiro Sergio Woisky, de 55, prevê que as obras serão benéficas. “No caso do piso, colocarão um que desgasta bem menos.”

Governo altera prazos para apresentação de propostas ao PAC da Mobilidade das Médias Cidades

Renata Giraldi Repórter da Agência Brasil Brasília - O Ministério das Cidades alterou a partir de hoje (12) o calendário destinado à apresentação de propostas referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades. Segundo o governo, os projetos referem-se às ações que visam à melhoria e ao aperfeiçoamento do sistema de transporte coletivo urbano dos municípios com população de 250 mil a 700 mil habitantes, segundo dados de 2010.

A Portaria 462, que fixa os novos prazos, está publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, Seção 1, página 37. O texto completo pode ser obtido na página da imprensa nacional http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=37&data=12/09/2012

Pelo texto, o cadastramento de cartas-consulta por meio de formulário eletrônico vai até sexta-feira (14). O período para o enquadramento e a hierarquização de propostas vai da próxima segunda-feira (17) a 15 de outubro.

Segundo a portaria, as reuniões presenciais para entrevistas e análises de propostas serão realizadas de 22 de outubro a 10 de dezembro. A divulgação da seleção será feita pelo Ministério das Cidades no dia 14 de dezembro. Já a divulgação das regras do processo de seleção foi mantida até o dia 20 de julho.

 Em julho deste ano, o governo federal lançou o PAC 2 Mobilidade Médias Cidades. De acordo com as autoridades, o objetivo é melhorar o trânsito nas cidades até 700 mil habitantes. A previsão é liberar R$ 7 bilhões por meio de financiamento para 75 médias cidades - selecionadas - ou para os governos estaduais. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as 75 cidades têm destaque na economia nacional e estão distribuídas em 18 estados. Entre elas estão Uberlândia e Uberaba, em Minas Gerais, Ribeirão Preto e Limeira, em São Paulo, e Cuiabá e Várzea Grande, em Mato Grosso. Além disso, 51% estão localizadas em regiões metropolitanas.

Agência Brasil

Sobre a “cidade” e “sustentabilidade”

Valeska Peres Pinto | Coordenadora Técnica da ANTP
A Rio+20, Conferencia da ONU realizada em junho deste ano no Rio de Janeiro, colocou de vez a expressão “sustentabilidade” no vocabulário das instituições, empresas e midia. Com a expressão vieram os fundamentos que fazem referência a três pilares – econômico, social e ambiental. Se faltar um deles, a “sustentabilidade” fica comprometida.

Durante a Rio+20, Governos, Empresas e Sociedade Civil debateram, cada um a seu modo, a extensa pauta da “sustentabilidade”. Os primeiros, representado na Conferencia Oficial dos Chefes de Estado, revelaram nos seus discursos as dificuldades de se combinar as expectativas nacionais com a construção de políticas globais, o que ficou consagrado na Declaração final, que reafirmou compromissos anteriores e propôs algumas medidas, ainda tímidas, de fortalecimento do PNUMA – Programa das Nações Unidas de Meio Ambiente.

As Empresas e Associações vinculadas à iniciativa privada, distribuídas em centenas de eventos na cidade aproveitaram para promover suas ações sustentáveis. À economia verde se somou a economia azul, embora na maior parte dos casos as atividades ainda prosperem na economia marrom. Finalmente, as entidades da sociedade civil, reunidas na Cúpula dos Povos, reiteraram seus compromissos de luta por Justiça Social e Ambiental, denunciando as soluções apresentadas pelos governos e empresas que, segundo elas desconhecem os direitos essenciais de mulheres, indígenas, negros, juventudes, trabalhadores e comunidades tradicionais.

Passados alguns meses do evento, restam as avaliações quanto às lacunas e aos legados deixados pelo evento. Na lista das primeiras, destaca-se a pouca importância acordada as cidades. O espaço urbano ainda não é entendido como produto do trabalho humano, que extrapola a mera soma de casas, ruas, redes de água, comércios. Na falta de uma visão da cidade como organismo e meio ambiente próprio, fica difícil falar em “desenvolvimento sustentável” ou “cidade sustentavel”. Para cada ator presente a sustentabilidade começa e termina nas fronteiras de suas atividades e interesses.

Esta lacuna afeta diretamente a discussão da mobilidade urbana. Transporte público, trânsito urbano, acessibilidade, circulação de pedestre, circulação de mercadorias - são tratados como fenômenos separados, desintegrados, autônomos. Daí ser difícil uma ação combinada que possibilite um ganho excedente da combinação de todos os esforços setoriais e individuais. O tratamento ainda marginal dado as cidades pode ser uma consequência do fato da urbanização ser um fenômeno ainda recente no mundo. Somente agora a maioria da população do planeta vive em cidades. Porém, para a América Latina, que já ostenta 75% da sua população nesta condição, os desafios da urbanização são presentes.

Explicações à parte, cumpre destacar alguns legados do evento, entre eles as expectativas geradas no encontro do C40 – Grupo de Grandes Cidades Lideres para o Clima, constituído pelos prefeitos das 40 maiores cidades do mundo. No encontro os prefeitos se comprometeram com a meta de redução pela metade da emissão de carbono até 2030, quando as previsões apontam para que o Brasil terá mais de 90% da sua população vivendo em cidades. Para atingir esta meta o C40 aponta como prioridade o investimento na melhoria das redes de transporte público – trens, metrôs, ônibus e outras alternativas de transporte coletivo - e na melhoria dos combustíveis, com a utilização da eletricidade, biodiesel e etanol.

Outro legado importante é o reconhecimento por uma parcela significativa de participantes, de que o sucesso das políticas e programas globais depende muito dos resultados das iniciativas locais. Neste sentido é importante reconhecer que são muitas as ações em curso no país, que revelam compromissos crescentes dos atores envolvidos na mobilidade urbana com a pauta da sustentabilidade. Um exemplo disto é a realização do 2º Seminário de Tecnologia Sustentável, que a FETRANSPOR esta promovendo no dia 4 de outubro, na cidade do Rio de Janeiro.

O Seminário reedita o encontro realizado há dois anos envolvendo centenas de profissionais do setor de transporte público e de meio ambiente, para discutir temas ligado à matriz energética e tecnologia do transporte público por ônibus no Brasil. Naquela ocasião foram apresentadas diversas opções tecnológicas existentes no mercado nacional, em termos de motores e veículos e de combustíveis alternativos. Após aquela primeira discussão a FETRANSPOR e a COPPE/UFRJ iniciaram estudos aprofundados para análise técnica comparativa entre todas as opções levantadas, em termos de emissões, custos operacionais e viabilidade econômico-financeira. O estudo concluído em agosto deste ano será apresentado e debatido neste 2º Seminário, que pretende avançar na formulação de políticas nacionais e locais que dêem suporte a aplicação de tecnologias mais sustentáveis no transporte público no Brasil.

Estas e outras iniciativas terão sempre o apoio da ANTP, pois estamos convencidos de que a parcela decisiva do jogo da sustentabilidade ocorrerá nas cidades.

Extensão de linha do Metrô SP terá custo de R$ 7,7 bilhões

15/10/2012 - Valor Econômico

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta segunda-feira o prolongamento da Linha 2 – Verde do Metrô de São Paulo, entre a Vila Prudente e a rodovia Presidente Dutra. O trecho terá 13,5 quilômetros de extensão, 12 estações e deverá ampliar o volume de passageiros transportados na linha dos atuais 600 mil para 1,1 milhão de pessoas por dia.

As obras, segundo o governador, começarão no segundo semestre de 2013, e deverão ser concluídas em 2018. A construção do prolongamento terá custo de cerca de R$ 4 bilhões. O investimento total, incluindo trens, sistema elétrico e obras, chega a R$ 7,7 bilhões. Os recursos serão totalmente aplicados pelo governo do Estado, de acordo com informações da Companhia do Metropolitano de São Paulo.

No lançamento do edital da obra, na estação Corinthians-Itaquera, Alckmin também inaugurou a integração entre a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Metrô nas estações Tatuapé e Itaquera, na zona leste da capital. As duas estações possuem acesso ao trem, mas a integração é tarifada. Agora haverá acesso gratuito para passageiros, mas apenas de segunda a sexta-feira, das 11h às 15h, e a partir das 21h. No sábado, a partir das 15h, e durante todo o dia aos domingos e feriados.

“Essa limitação de horário ocorre porque essas linhas são superlotadas, mas queremos incentivar o uso fora do horário de pico e beneficiar passageiros que usam tanto o expresso leste, da CPTM, quanto o Metrô, possibilitando a integração gratuita”, afirmou o governador.

Para a auxiliar de serviços gerais Denilsa Fernandes da Silva, que passava pela estação Corinthians-Itaquera durante o evento, a integração deveria ser ampliada para mais estações. Ela mora em Ferraz de Vasconcelos, no extremo leste da cidade, e utiliza o expresso leste da CPTM para ir até o Brás, na região central. “Precisamos voltar até o Brás para conseguir pegar o metrô. E isso leva cerca de 40 minutos”, reclamou.

Trens modernizados

Durante o evento ainda foram entregues quatro trens modernizados do Metrô. São composições antigas, que já estavam em circulação, e que ganharam ar condicionado, câmeras de vigilância, novo sistema audiovisual e comunicação por mensagem sonora eletrônica. Devem ser entregues mais 98 trens entre novos e modernizados até 2015.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, garantiu que pelo menos 20 estações do Metrô receberão “banho de loja” para a Copa do Mundo de 2014. “As estações Corinthians-Itaquera e Artur Alvim ganharão comunicação trilíngue (português, espanhol e inglês). As outras estações onde haverá intervenção ganharão comunicação visual e melhor acessibilidade”. Ele não soube estimar quanto vão custar essas intervenções, mas disse que elas começarão em 2013 e devem terminar antes da Copa.

Tarifa diferenciada

O Metrô começou a cobrar nesta segunda-feira a tarifa diferenciada de R$ 2,50 para usuários da Linha 5-Lilás e para os passageiros da Linha 17 da CPTM que usarem o transporte das 9 às 10h. Além disso, esses usuários poderão fazer integração com ônibus no Largo 13, em Santo Amaro, gratuitamente.

CBTU abre licitações para compra de 20 VLTs e 10 TUEs

10 outubro de 2012 às 3:50 pm

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) publicou na terça-feira (09/10) o aviso de duas licitações para a compra de 20 Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e de 10 Trens Unidades Elétricos (TUEs) para as cidades de João Pessoa, Natal e Belo Horizonte.

A primeira licitação é para a aquisição de 20 VLTs, sendo 12 destinados à Superintendência de Trens Urbanos de Natal (CBTU Natal) e oito à Superintendência de Trens Urbanos de João Pessoa (CBTU João Pessoa). Os VLTs são compostos por três carros cada, movidos a tração diesel-hidráulica ou diesel-elétrica, em bitola métrica.

A segunda licitação será para a aquisição de dez TUEs, com quatro carros, em bitola larga e corrente de 3.000 VCC, para a Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte (CBTU Belo Horizonte).

A verba para a compra desses veículos faz parte do programa de compras governamentais do “PAC Equipamentos”, lançado pelo governo federal para estimular a economia.

A licitação é do tipo menor preço e será aplicada a margem de preferência para a aquisição de produtos nacionais. Será permitido que empresas estrangeiras participem da licitação, contanto que tenham representação própria no Brasil. Também será permitido o agrupamento em consórcio de no máximo duas empresas.

As propostas deverão ser recebidas e abertas no dia (31/10), na Gerência Geral de Licitações da CBTU, na Praça Procópio Ferreira, no Centro, do Rio de Janeiro.

O edital está disposição dos interessados, gratuitamente, no site www.cbtu.gov.br/licitações/avisos/editais. Para mais informações os telefones da CBTU são (21) 3733-3185/86. As dúvidas também podem ser esclarecidas pelo e-mail: fsilva@cbtu.gov.br.

Fonte: Revista Ferroviária