02/12/2013
Enquanto a cidade de São Paulo ganhou 270 quilômetros de faixas exclusivas que aceleraram os ônibus que passam por elas, nos antigos corredores a velocidade dos coletivos continua baixa. Vistas como paliativo para melhorar a fluidez dos ônibus, as faixas à direita tiveram sua implantação acelerada depois dos protestos de junho. As informações são da “Folha de S.Paulo”.
De acordo com o último balanço, a velocidade média dos ônibus nessas vias subiu de 13,8 km/h para 20,4 km/h, o que representa um ganho de quase 50%. Já os corredores ficam à esquerda justamente para terem melhor desempenho e menos interferências, evitando as conversões dos carros. Não é à toa também que são mais caros de construir e que são posicionados nos principais eixos viários, como Rebouças e Nove de Julho.
A velocidade dos ônibus nos nove corredores existentes, que totalizam 130 km, se limitou a 13,5 km/h no primeiro semestre, contra 14,5 km/h no mesmo período do ano passado, sob a gestão do então prefeito Gilberto Kassab. A prefeitura adotou, nos últimos meses, nova metodologia de medição. Mesmo assim, a velocidade se limitou a 16,6 km/h em agosto e setembro, últimos dados disponibilizados. A prefeitura reconhece as distorções e promete uma reestruturação a partir de 2014.
Mestre em transportes pela Universidade de São Paulo (USP), Sergio Ejzenberg comentou que os corredores estão saturados. “Chegam a ter 300 ônibus por hora. Já as faixas estão vazias. Na da av. Sumaré, por exemplo, são cerca de 30. É por isso que os ônibus estão mais rápidos nelas”, disse.
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