08/06/2017 Notícias do Setor ANPTrilhos
O senador Hélio José (PMDB-DF) apoiou nesta quarta-feira (7)
a ativação do trem de média velocidade entre Brasília e Goiânia. Ele ressaltou
que a implementação da ferrovia, chamada Transpequi, faz parte da conquista do
Brasil Central e do projeto de desenvolvimento nacional.
Hélio José disse que no Distrito Federal há somente 40
quilômetros de ferrovias, atualmente subutilizadas, e o funcionamento da
Transpequi reduzirá os engarrafamentos. O senador espera que a parceria
público-privada para o empreendimento tenha êxito, e espera que o projeto
motive a implementação de outras estradas de ferro de passageiros servindo o
entorno do Distrito Federal.
— A rapidez e a segurança das ferrovias poderia melhorar a
vida de 2 milhões de pessoas na região — avaliou.
07/06/2017 – Agência Senado
Coreanos pretendem construir o “Transpequi”, entre Brasília
e Goiânia
18/05/2017 - Metrópoles
Mesmo a mais de 16 mil quilômetros de distância, os
sul-coreanos podem ser a salvação para o futuro do trem expresso que ligará
Brasília a Goiânia, o Transpequi ou Expresso Pequi – apelidos dados em
homenagem ao fruto típico do Centro-Oeste. Liderados pelo consórcio A’REX, da
Coreia do Sul, um grupo de empresários chineses, coreanos e brasileiros
demonstrou interesse em tocar o projeto.
O desejo surgiu de uma proposta idealizada pelo grupo
brasileiro Sistemas de Transportes Sustentáveis, que traz diversas alterações
no plano original da ferrovia. Após submeter o projeto à ANTT durante uma
tomada de subsídios realizada em janeiro deste ano, os empresários apresentaram
a ideia a investidores internacionais com o objetivo de integrar um consórcio
capaz de tirar o plano do papel.
“Nós apresentamos como era o projeto e quais são as
alternativas para tornar o trem mais atrativo para o setor privado”, explica
Paulo Benites, diretor do grupo Sistemas de Transportes Sustentáveis.
Os coreanos foram os que mais se animaram com o projeto do
Transpequi. O A’REX, consórcio que mostrou interesse pela proposta, é formado
por 11 empresas do país asiático e opera o Airport Railroad Express, trem que
liga a capital Seul a dois aeroportos.
Alterações
O novo projeto prevê preço de R$ 100 para viagens entre
Brasília e Goiânia, com saídas a cada 15 minutos e velocidade máxima de 250
km/h. O grupo acredita que a venda de passagens será suficiente para a
compensação do investimento.
De acordo com Paulo Benites, a principal alteração no
projeto original diz respeito ao tipo de serviço prestado. A proposta inicial
previa o transporte de passageiros e cargas, a curtas e longas distâncias. Já o
documento apresentado à ANTT propõe prioritariamente a condução de passageiros
e a longa distância.
“O nosso projeto exclui o transporte de cargas e atende
passageiros de longa distância, com um serviço considerado mais elevado. Também
fizemos alterações em algumas características técnicas para colocar a ferrovia
em um nível internacional.”"
Paulo Benites, diretor do grupo Sistemas de Transportes
Sustentáveis
O grupo prevê a formação de uma Parceria Público-Privada
(PPP) para viabilizar o empreendimento, ao invés de um esquema puro de
concessão. A contrapartida do governo – R$ 2,9 bilhões, do total de R$ 8,9
bilhões orçados para o Transpequi – seria paga em parcelas de R$ 130 milhões
durante 15 anos e de R$ 30 milhões a partir do início das operações, de acordo
com a proposta entregue à ANTT.
Nas estações do trem no Distrito Federal também estão
previstas mudanças. Inicialmente, haveria um único terminal, na Rodoferroviária
de Brasília. A proposta dos empresários, no entanto, estipula a construção de
duas estações, uma próxima à Rodoviária Interestadual e uma em Samambaia.
“Queremos criar estações de fácil acesso. A rodoviária, por exemplo, fica
próxima ao Aeroporto e à Asa Sul, além de estar perto do metrô. Já em
Samambaia, existe um desejo de desenvolvimento da região”, afirma Benites.
Exploração imobiliária
Por fim, o projeto prevê a exploração imobiliária das
regiões próximas à linha rodoviária por parte da concessionária que operar o
trem. “Os empreendimentos imobiliários são extremamente importantes para a
realização da nossa proposta. É uma renda fundamental para angariar recursos e
fazer a implantação da linha”, finaliza o diretor.
A proposta do Sistemas de Transportes Sustentáveis está em
análise pela ANTT. A agência prepara uma licitação para a ferrovia e a previsão
é de que o certame seja divulgado no fim deste ano ou no início de 2018.
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