05/11/2019
person Fala Simões Filho (Blog)
Divulgação/ Simões Filho -
BA
O Veículo Leve de Transporte (VLT) - do tipo monotrilho -, movido à propulsão
elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente será
implantado e irá Salvador a Simões Filho, na região metropolitana de
Salvador.
"Ele vai chegar à Ilha de São João, no município de Simões Filho,
na Região Metropolitana de Salvador, a partir do bairro do Comércio, em
Salvador. Serão quase 20 quilômetros de extensão, 22 estações, e capacidade
para transportar cerca de 150 mil usuários por dia", informa a
superintendente de Mobilidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano
(Sedur), Grace Gomes.
Ainda conforme suas palavras, "a integração física do VLT
Monotrilho com o sistema de metrô de Salvador se adequará à lógica de
mobilidade do Governo do Estado, o que viabiliza o funcionamento dos modais em
um sistema de rede, através de serviços complementares. O projeto prevê uma
ligação com quatro estações entre a região de São Joaquim, passando pela Via
Expressa e fazendo a integração com o sistema metroviário no Acesso
Norte", complementa a gestora pública estadual.Viabilizado pelo Governo do
Estado, via parceria público-privada (PPP) com o consórcio MetrogreenSkyRail
Concessionária da Bahia, o VLT vai receber um investimento total que chega a
R$1,5 bilhão. O secretário da Casa Civil, Bruno Dauster lembra que, "como
o projeto foi formulado, cada quilômetro vai custar R$75 milhões, o que
representa um dos preços mais baixos já pagos no Brasil para a construção de um
transporte nos mesmos moldes".
CANTEIRO DE OBRAS
O contrato para implantação do novo modal foi assinado em fevereiro
passado pelo Governo do Estado. A previsão é que as intervenções sejam
concluídas em 24 meses após serem iniciadas."No momento, o consórcio está
implantando o canteiro de obras, no pátio de manutenção dos atuais trens do
subúrbio, no bairro da Calçada", reforça a superintendente da Sedur Bahia.
Quando estiver operando, o VLT substituirá o atual sistema de trens do
subúrbio, que faz a linha Estação da Calçada ao bairro de Paripe, beneficiando
os mais de 600 mil moradores da região. O investimento total previsto do VLT
Monotrilho é de 1,5 bilhão para a fase 1 (trecho entre o Comércio e a Ilha de
São João). A obra será realizada por meio da modalidade de Parceria
Público-Privada (PPP).
FASES DO PROJETO
Movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que
prejudicam o meio ambiente; rápido, seguro e confortável, o monotrilho será
equipado com sistema de ar condicionado e wi-fi.
A Fase 1 do projeto compreende 19,2 quilômetros, com 21 estações e vai
ligar o bairro do Comércio, na cidade baixa da capital, até a Ilha de São João,
em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A segunda etapa
terá mais quatro quilômetros, divididos em outras cinco estações, e irá ligar o
bairro da Cidade Baixa à Estação Acesso Norte do Metrô. A proposta é que o
equipamento também chegue à estação Acesso Norte do metrô, através de uma
ligação que levará o VLT a um total de 23.28km de extensão saindo da Ilha de
São João, em Simões Filho.
Devido à tração elétrica, que não envolve a emissão de gases poluentes,
o impacto ambiental local que o VLT trará é mínimo. Silencioso, o modal será
equipado com eixo único, rodas de propulsão e rodas estabilizadoras de
borracha, garantindo estabilidade. Além disso, o VLT demandará uma faixa
estreita na via, o que causa menor impacto urbano durante a operação e
implementação.
Segundo Grace Gomes. "o VLT do tipo monotrilho só é possível ser
construído sobre vigas. A obra completa levará aproximadamente dois anos, mas
será entregue em etapas, proporcionando a possibilidade de utilização antes
desse prazo. No que diz respeito ao seu impacto ambiental local, ela diz que é
mínimo, devido à tração elétrica - não emite gases poluentes.
"Ele é equipado com eixo único, rodas de propulsão e rodas
estabilizadoras de borracha, sendo um modal estável e silencioso. Além disso, o
VLT demanda uma faixa estreita na via, o que causa menor impacto urbano durante
a implementação e operação. No longo prazo, os VLTs também ajudam a reduzir os
custos e o consumo de energia.Sobre possíveis desapropriações, Grace Gomes
informou: "Serão retirados apenas os imóveis que estão localizados na
faixa de operação do VLT monotrilho. Os proprietários receberão indenizações
assistidas de acordo com as benfeitorias". Quanto à manutenção dos
empregos dos trabalhadores dos trens urbanos ela antecipou: "Atualmente
existe um grupo de trabalho entre CTB e Sindiferro que tem discutido a questão.
Há um planejamento de capacitação de parte do corpo técnico da Companhia de
Transportes do Estado da Bahia (CTB) para trabalhar em outras funções na
própria Companhia enquanto outros grupos serão remanejados para o metrô e para
as atividades de implantação e operação do VLT".
APRESENTAÇÕES
Responsável por fazer a apresentação do projeto na Assembléia
Legislativa da Bahia (Alba), o secretário da Casa Civil do Estado, Bruno
Dauster, destacou na oportunidade "que o VLT monotrilho complementa, com
mais 24 quilômetros, o projeto de expansão de mobilidade urbana na Região
Metropolitana de Salvador (RMS).Já o diretor-presidente da CTB, Eduardo
Copello, também presente na audiência, acrescentou: "Esse projeto vem
sendo elaborado e discutido desde 2015, por meio de sessões de audiências,
consultas públicas e reuniões e hoje se configura como mais uma oportunidade de
demonstrar o processo de melhoria e de qualificação que a ação vai trazer
principalmente para a região suburbana". Lembrou, ainda, que a implantação
do VLT é tão importante quanto foi e está sendo a do Metrô para a RMS.Agora, em
outubro, o Governo do Estado encerrou o primeiro ciclo de apresentações do VLT,
após dez reuniões sucessivas com representantes de cerca de 20 comunidades. As
'oitivas' foram finalizadas no último dia 22 e lotou a área interna do Colégio
Almirante Barroso, em Paripe. Ao longo dos encontros, que começaram no dia 2 de
outubro, a superintendente Grace Gomes palestrou para integrantes das
comunidades do entorno do projeto, apresentando traçados, detalhes técnicos e
questões referentes a desapropriações.
AUDIÊNCIAS COMUNITÁRIAS
"Foram dez reuniões, onde tivemos a oportunidade de, não apenas
apresentar o projeto, mas de esclarecermos todas as dúvidas da população com
relação ao próprio equipamento; as áreas de lazer e a urbanização que virá
acoplada a implantação desse veículo de mobilidade e também quanto à remoção
das famílias e da empregabilidade que esse projeto vai trazer" disse Grace
Gomes que acrescentou: "O saldo das reuniões é extremamente positivo,
porque fomos acolhidos de braços abertos pelas comunidades e todas as pessoas,
em todos esses encontros, aplaudiram o projeto do Governo do Estado, que está
ampliando a mobilidade de Salvador, fazendo com que todas as áreas se
comuniquem com um transporte estruturante, moderno, com conforto e
segurança", completou.O Governo do Estado ainda realizará outras reuniões,
desta vez, envolvendo grupos específicos, como pescadores, marisqueiras e
quilombolas, em Simões Filho.