Os 15 novos trens que a ViaQuatro para a Linha 4-Amarela de São Paulo serão fabricados pelo consórcio Siemens/Hyundai-Rotem, na Coreia do Sul. O consórcio é o mesmo que fabricou os 14 trens em operação na linha, que é a primeira com sistema driverless (sem condutor) da América Latina.
Segundo o presidente da ViaQuatro, Luís Valença, os trens estão adquiridos e a opção de compra dos novos trens faz parte contrato inicial firmado com o consórcio. Os trens serão os mesmos modelos dos atuais, com seis carros cada.
Em relação aos prazos de entrega, Valença não informou datas e disse que os trens serão entregues em função da conclusão das novas estações da Linha 4, previstas para 2014. “Não faz sentido ter trem para ficar parado e nem trem faltando para a operação das novas estações”, explicou Valença ao dizer que os atuais trens atendem a demanda.
Em agosto, a Companhia de Participações em Concessões (CPC), empresa para concessões do Grupo CCR, do qual a ViaQuatro faz parte, venceu a licitação da PPP para construção, manutenção, compra de material rodante e operação do metrô de Salvador.
A construção do metrô baiano iniciou em 2000 e somente seis quilômetros entre a Lapa e o
Acesso Norte foram construídos, mas nunca operados. Seis trens foram comprados do consórcio Mitsui/Hyndai-Rotem e aguardam seu destino na estação Acesso Norte. Os trens passarão por inspeção, que será definida pelo vencedor da licitação.
O fabricante dos trens do metrô baiano é o mesmo dos trens da Linha 4-Amarela de São Paulo. Valença explica que o contrato de Salvador exige índice de nacionalização e a chance dos trens serem comprados no formato da Linha 4, que são trens 100% importados, são mínimas. Mas com a parceria entre a Iesa e Hyndai-Rotem para montar a fabrica na área da Iesa, em Araraquara, existe a possibilidade de o grupo CCR adquirir os 49 novos trens para a capital baiana da fabricante coreana.
“Vai ganhar quem apresentar o melhor negócio. Apesar dele (fabricante Hyndai-Rotem) ter uma vantagem, ele precisa saber aproveitar a vantagem. Ele nos conhece e sabe que quanto mais uniforme a frota, melhor para todo mundo. As companhias áreas fazem isso. A Tam era notadamente Airbus, a Gol Boing. Evidentemente, essa vantagem o fornecedor tem que aproveitar e ser mais competitivo. Se não for mais competitivo, essa vantagem desaparece”, explicou Valença, ressaltando que a escolha do fabricante dos trens para Salvador não esta definida.
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