A Câmara Municipal de Curitiba retoma os trabalhos na
semana que vem, e um dos primeiros assuntos que devem ser debatidos pelos
vereadores é sobre o futuro do projeto de construção do metrô da Capital.
Segundo o presidente da comissão especial que trata do tema, vereador Tico
Kuzma (PROS), a ideia é logo após o fim do recesso, cobrar uma resposta da
prefeitura sobre se o Executivo municipal pretende lançar ainda neste ano o
edital de licitação da obra, ou se em razão da crise econômica, os planos serão
alterados em favor de outras alternativas.
“Vamos propor uma agenda já na primeira semana de
fevereiro, antes do Carnaval. Podemos até ir até à secretaria (de Planejamento)
para termos este posicionamento”, diz Kuzma. “Precisamos de uma definição, até
mesmo em função de estarmos em ano eleitoral. Queremos que a situação do metrô
esteja definida antes das eleições, que esteja licitado e iniciada a sua
construção”, afirma o parlamentar.
Orçado em R$ 5,5 bilhões em valores atualizados, o
projeto prevê 19 estações distribuídas em 22 km. Uma licitação chegou a ser
lançada, mas foi suspensa em agosto de 2014 pelo Tribunal de Contas do Estado.
Até meados de 2015, o valor oficial divulgado era R$ 4,7 bilhões, que seria
dividido entre o governo federal, R$ 1,8 bilhão; prefeitura, R$ 700 milhões; e
governo estadual, R$ 700 milhões; e iniciativa privada, R$ 1,5 bilhão.
Em agosto do ano passado, o secretário municipal de
Planejamento e Administração, Fábio Scatolin, afirmou que os questionamentos do
TCE foram sanados, e que a conclusão do edital dependia apenas de “definições
relacionadas a questões macroeconômicas”, como os marcos do aporte de recursos
públicos. Ele chegou a confirmar à comissão que a licitação seria lançada até o
fim do 2° semestre de 2015, o que não aconteceu.
Capacidade
O prefeito Gustavo Fruet (PDT) tem mantido publicamente a posição de que, mesmo com a crise econômica, a cidade deve insistir na construção de um modal de alta capacidade. “A prefeitura precisa nos dar uma resposta sobre que atitude irá tomar com relação ao edital do metrô. Se ele será lançado ou não. E se não for, qual será o projeto de mobilidade que irá substituí-lo”, diz Kuzma.
O prefeito Gustavo Fruet (PDT) tem mantido publicamente a posição de que, mesmo com a crise econômica, a cidade deve insistir na construção de um modal de alta capacidade. “A prefeitura precisa nos dar uma resposta sobre que atitude irá tomar com relação ao edital do metrô. Se ele será lançado ou não. E se não for, qual será o projeto de mobilidade que irá substituí-lo”, diz Kuzma.
“Acreditávamos que o edital seria relançado em dezembro
e infelizmente não foi. Infelizmente, porque o metrô, na atual situação, seria
importante devido aos impasses da tarifa do ônibus – já que com um novo projeto
de mobilidade em execução, a discussão com as empresas de ônibus poderia ser
diferente. E também em função da crise econômica, já que um investimento de
mais de R$ 5 bilhões geraria oportunidades de negócios e a criação de empregos
diretos e indiretos”, avalia o vereador. Scatolin também garantiu, em agosto, a
liberação dos recursos federais para a obra. Mas admitiu que faltava definir
quem assumiria a correção inflacionária sobre o valor da obra, já que será
executada em parceria público-privada (PPP).
No dia 26 do mesmo mês, o secretário estadual de
Planejamento, Silvio Barrros, confirmou o aporte financeiro do governo do
Estado. Entretanto, a data de liberação do recurso estadual só poderia ser
definida “a partir da realização da nova licitação” por parte da prefeitura.
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