27/09/2017 - Diário do Transporte
Nesta segunda-feira, dia 26 de setembro, mais de cinco meses
após a primeira declaração do prefeito João Doria, ele prometeu publicamente
que vai executar o projeto que propõe revitalizar o centro com bulevares e duas
linhas turísticas de Veículo Leve Sobre Pneus (VLP), uma espécie de bondes
modernos movidos a eletricidade. Nos mesmos moldes do VLT do Rio de Janeiro, o
projetado por Lerner não circulará sobre trilhos.
O prazo inicial era de 12 anos, mas ontem o prefeito
prometeu entregar os bondes modernos sobre pneus até 2020, sem cobradores e com
cobrança de tarifa por celular. Ainda segundo Doria, o projeto inclui a
construção do que ele chamou de “edifícios icônicos”, construções com potencial
para serem marcos na paisagem da cidade.
O projeto ainda precisar de análise e aval da Câmara
Municipal.
Segundo o prefeito, a implantação do projeto será bancada
pela iniciativa privada, fundos de investimento (BNDES, Banco Interamericano de
Desenvolvimento e do Banco Mundial), e por recursos da prefeitura.
O projeto foi oferecido à prefeitura pelo Secovi – sindicato
do mercado imobiliário. O presidente do conselho consultivo do sindicato,
Cláudio Bernardes, calcula em R$ 300 milhões o custo para implantar os
bulevares nas principais avenidas do centro (como Rio Branco e Duque de
Caxias), metade do preço, segundo ele, caso o projeto fosse de VLT (Veículo
Leve sobre Trilhos).
Na apresentação do projeto, Sergio Avelleda, secretário de
Mobilidade e Transportes, afirmou que as duas linhas circulares de VLP “vão
contemplar pontos de interesse da cidade e privilegiar a conexão entre as
estações de metrô, ônibus e trem”. Avelleda disse ainda que a operação será
feita por operadores privados a partir de licitação.
Heloisa Proença, secretária de Urbanismo e Licenciamento,
disse que grande parte do que traz o projeto depende de alterações de leis. “O
melhor instrumento para se fazer isso é a alteração da Operação Urbana Centro.
Isso porque grande parte da legislação regular de zoneamento do centro traz
muitos imóveis tombados, muitas Zeis [Zonas Especiais de Interesse Social].
Isso tudo tem que ser tratado ao mesmo tempo para conseguirmos esse projeto de
requalificação da área central”, disse Heloísa.
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