23/10/2017 - Olhar Direto
Defensor intransigente do modal, tudo indica que a paciência
do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
Cuiabá–Várzea Grande se esgotou. Ele anunciou na manhã de hoje, 23, que vai
avaliar no final do ano o formato da licitação do transporte coletivo de Cuiabá
e que, a partir do próximo mês, irá colocar em prática programa de plantio de
palmeiras imperiais nas avenidas Rubens de Mendonça (CPA) e Fernando Correa da
Costa.
“Cuiabá não pode pagar o pato do problema no qual se
transformou o VLT, porque passou a ser obstáculo ao paisagismo e
desenvolvimento urbano”, disparou Pinheiro, nesta segunda-feira (23), ao lançar
as obras do Programa Saúde da Família (PSF), no Jockei Club (Grande Coxipó), na
região Sul da Capital. No início do mandato, em janeiro, ele tinha prometido ao
governador José Pedro Taques (PSDB) e ao secretário de Estado das Cidades,
deputado Eilson Santos, que aguardaria o término do VLT.
Emanuel Pinheiro observou que tomou medidas por reconhecer
que o imbróglio do VLT está longe de ter solução. “Por isso, tomei algumas
medidas, como a retirada de gelos baianos (blocos de concreto), pinturas de
meios-fios e preparo para o plantio. Porque vou plantar as palmeiras imperiais.
O processo licitatório está em andamento, porque são espécies que têm de serem
plantadas com as águas [época de chuvas]”, esclareceu o chefe do Poder
Executivo de Cuiabá.
A decisão da Prefeitura Municipal é pelo plantio de ipês em
toda a extensão da Avenida Miguel Sutil (Perimetral) e, também, palmeiras
imperiais nas avenidas Fernando Correa da Costa e Rubens de Mendonça.
Transporte coletivo
Sobre a licitação do transporte coletivo, como não há
previsão de funcionamento do VLT, vai obedecer aos critérios conjunturais.
“Estou decidindo com a equipe e, no final do ano, vou anunciar a minha decisão
sobre a licitação do transporte”, ponderou ele.
O prefeito reconhece que defendeu com veemência, na
tribuna da Assembleia Legislativa, quando deputado estadual, a conclusão do
modal. “O VLT foi minha bandeira, como deputado estadual, porque entendo ser
melhor para Cuiabá e Várzea Grande, como qualidade de vida. Aliás, enxergo como
mote de desenvolvimento urbano. Já passou da hora [de sua conclusão]. Hoje
passou a ser obstáculo ao desenvolvimento de Cuiabá”, sintetizou o chefe do
Poder Executivo da Capital.
Até mesmo algumas obras pensadas para a cidade estão
emperradas pelo VLT. “Desejo colocar elevador na passarela do Coxipó e não
vamos conseguir colocar, porque vai passar o VLT. Desejo reformar a passarela
da Trescinco, na Avenida Fernando Correa. Não posso, porque vão passar o VLT e
tenho que fazer meia boca. Então, o VLT está emperrando o desenvolvimento
urbano”, complementou Pinheiro. Ele não marcou data para lançar o programa
destinado ao plantio de palmeiras imperiais nas Avenidas cortadas pelo VLT.
NOTA DO TRANSURPASS: Um escândalo envolvendo os recursos públicos. Já gastaram mais de R$ 1 bilhão e agora vão abandonar a obra. A Justiça e a Polícia têm que apurar as responsabilidades e punir os responsáveis.
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