terça-feira, 11 de dezembro de 2018

DNIT cede dois carros para o trem turístico Sorocaba-Votorantim



10/12/2018 - Revista Ferroviária

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) cedeu para o trem turístico Sorocaba dois carros de passageiros, que serão restaurados pelo Movimento de Preservação Ferroviária de Sorocaba, no interior de São Paulo. Os carros estavam armazenados nas antigas oficinas ferroviárias de Rio Claro (SP) e foram transportados para Sorocaba no início de dezembro.  O trem, que hoje funciona de modo experimental, deve ser inaugurado em agosto de 2019.

Um dos carros é de 1º classe, com capacidade para 60 passageiros; o outro é um carro restaurante, capaz de levar 30 pessoas em seu salão. Ambos têm importância histórica: foram um dos primeiros em aço inox a ser utilizados na antiga Estrada de Ferro Sorocabana; depois passaram a integrar a frota da Linha Sul da Fepasa. Esses carros são classificados como bens móveis não operacionais, ou seja, não constituem o rol de bens arrendados às concessionárias ferroviárias, completou o departamento em nota.

O carro de 1ª classe foi fabricado em 1951 nos Estados Unidos para o Trem Luxo (São Paulo – Presidente Epitácio), e percorria um trajeto de quase 900 km. Já o carro restaurante dispõe de uma cozinha própria. Há, inclusive, a intenção de servir lanches rápidos e aperitivos nas viagens do trem turístico, contou o presidente do movimento de preservação ferroviária de Sorocaba Eric Mantuan. A conclusão do reparo do carro de 1ª Classe está prevista para agosto e o restaurante, para o final de 2019.

O trem turístico-cultural entre Sorocaba e Votorantim tem em sua frota uma locomotiva a vapor nº 58, fabricada em 1891 pela Baldwin Locomotive Works; e um carro de 2ª Classe produzido em 1951 pela The Budd Company. A Maria Fumaça, uma das mais antigas da Estrada de Ferro Sorocabana a estar em operação, é considerada patrimônio histórico tombado pelo conselho municipal de Sorocaba. A locomotiva permaneceu em atividades até os anos 1960. Em seguida, ficou exposta como parte do acervo do Museu Histórico Sorocabano (MHS) por mais de 30 anos.

“Ter uma locomotiva a vapor coloca a cidade [de Sorocaba] em um seleto grupo. É uma oportunidade para os mais antigos reviverem os áureos tempos da Maria Fumaça e para os novos viverem o que está nos livros e nos filmes”, disse Mantuan.

Atualmente, a locomotiva percorre um trajeto de 2 km da estação Paula Souza, em Sorocaba, até o bairro da Chave, em Votorantim, pela Estrada de Ferro Elétrica Votorantim (EFEV). Está previsto para o próximo dia 16 um passeio com o Papai Noel. Os ingressos, gratuitos, poderão ser retirados dia 13 na sede da Associação Comercial de Sorocaba.

Sorocaba-Votorantim.

O orçamento previsto para a implantação do projeto é de cerca de R$ 2 milhões. São parceiros as prefeituras de Votorantim e Sorocaba, e o movimento de preservação ferroviária via patrocinadores e contribuições associativas.

A partir da inauguração, em 2019, o passeio será ampliado e terá 6,5 km, alcançando a estação Votocel, e haverá cobrança de tarifa. “A permissão dada pela Votorantim Cimentos [proprietária da linha ferroviária] é para um trem turístico cultural esporádico. O trem corta uma área muito adensada, com várias passagens em nível. Haveria um grande impacto no trânsito em uma rota que é bem atendida pela EMTU e estudo de demanda apontou apenas potencial turístico para a linha”, concluiu Mantuan.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas no site: www.mpfsorocabana.org.br


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Revitalização de linha férrea cria expectativa por aumento de trens turísticos no Sul de Minas


Uma licitação já foi publicada e obras devem começar ainda este ano; outras linhas podem sair do papel.

Por Jonatam Marinho, G1 Sul de Minas
19/07/2018 08h40  Atualizado 19/07/2018 11h50


Trem da Mantiqueira em Passa Quatro (MG) (Foto: Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF))

Com a publicação da licitação que irá escolher a empresa que fará a recuperação da linha férrea que liga São Lourenço (MG) a São Sebastião do Rio Verde (MG), o Sul de Minas já tem uma previsão para ganhar um novo trem turístico. A recuperação desta linha férrea, cria uma expectativa para que outros trechos também possam voltar a circular na região.
Hoje a região possui duas linhas em funcionamento: o Trem da Mantiqueira, que circula em Passa Quatro (MG) e o Trem das Águas, que liga São Lourenço a Soledade de Minas (MG). Um outro trecho, entre Poços de Caldas (MG) e Águas da Prata (SP), chegou a ter um convênio assinado para reativação da linha, mas o projeto não saiu do papel. Há ainda a previsão para que seja implantado em breve um novo trem que faria o trajeto turístico entre Lavras (MG) e Varginha (MG).
G1 lista abaixo a situação de todos os trens turísticos em funcionamento no Sul de Minas e também os projetos e discussões de revitalização.

São Sebastião do Rio Verde
Em São Sebastião do Rio Verde, no dia 5 de julho, foi assinado um convênio para revitalização do trecho ferroviário de 20 km que liga o município a São Lourenço. No dia seguinte, a Prefeitura Municipal publicou o edital de licitação para contratar a empresa que terá um ano para concluir as obras.
"As empresas interessadas apresentarão a documentação do certame no dia 17 de agosto. E, no dia 24, serão apresentadas as propostas para as obras que deverão começar após as eleições, ainda em outubro deste ano", fala o assessor de Controle Interno da Prefeitura de São Sebastião do Rio Verde, Claudinei Pascoal Ribeiro.
Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), através de sua assessoria de comunicação, a recuperação dos trilhos que ligam São Sebastião do Rio Verde a São Lourenço, está orçada em mais de R$ 7,8 milhões. Desse valor, R$ 343,7 mil terão que ser bancados pelo município como contrapartida.
“A vigência do convênio é de 840 dias, com início neste mês de julho de 18. A contratação das obras caberá ao Município de São Sebastião do Rio Verde”, explica.
A prefeitura de São Sebastião do Rio Verde (MG) informou que já recebeu o valor de R$ 5,2 milhões. Outros R$ 2,2 milhões estão previstos para serem repassados em março de 2019. E ao final do processo de licitação, será aberto novo edital para exploração do trecho.

O Trem das Águas


O Trem das Águas em São Lourenço (MG) (Foto: Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF))

O Trem das Águas de São Lourenço tem uma linha com 10 km de extensão, ligando as estações de São Lourenço e Soledade de Minas. Segundo a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), entidade responsável pelo Trem das Águas, a Estação de São Lourenço, construída em 1925, foi recuperada e adaptada com infraestrutura e acessibilidade necessárias para a operação.
“A linha segue para Soledade margeando o Rio Verde, onde o turista tem a oportunidade de conhecer o aeroporto de São Lourenço e a pequena estação Parada Ramon, no KM 85”, detalha Bruno Sanches, presidente da associação.
Ele comenta que nos passeios de ida e volta, ainda pode haver feiras de artesanato local e orquestra de violeiros no trem. Todos os finais de semana e feriados, o trem parte em dois horários aos sábados e em um no domingo. Os valores do passaporte variam de R$ 65,00 a R$ 85,00, conforme a classe escolhida.

Trem da Mantiqueira


Túnel do Trem da Mantiqueira (Foto: Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF))

Outro trem turístico em funcionamento no Sul de Minas é o chamado Trem da Mantiqueira. Ele liga as estações central a de Coronel Fulgêncio em Passa Quatro (MG). Esta linha também tem 10 km de extensão. A Estação Central de Passa Quatro foi construída em 1884 e também foi recuperada.
"O trem inicia a subida da serra, passando pelas corredeiras do Manacá e a ponte Estrela. Há exposição fotográfica de minisséries filmadas no local (Mad Maria e JK), fotos de máquinas e carros recuperados pela ABPF além de fotos da Revolução Constitucionalista de 1932. Também é oferecido um passeio cortesia ao Túnel”, descreve Bruno.
O Trem da Mantiqueira funciona com dois horários aos sábados e um no domingo. O ingresso custa R$ 60,00.

Poços de Caldas


Foto do antigo trem turístico em Poços de Caldas. (Foto: Reprodução EPTV)

Um convênio assinado em janeiro de 2016, entre a Codemge e a Prefeitura de Poços de Caldas (MG), previa a recuperação e reativação do trem que ligaria Minas Gerais a São Paulo (Águas da Prata). No entanto, o projeto não chegou a sair do papel. A assessoria da Codemge, ex-Codemig, também informou que o acordo em questão tinha vigência de 20 meses e foi encerrado em setembro de 2017.
Na ocasião, “a execução dos serviços e obras necessários à implantação de Trem Turístico Cultural com tração a vapor em Poços de Caldas não foi adiante, considerando que a Prefeitura não concluiu o processo licitatório para contratação dos projetos necessários à implantação da iniciativa e não apresentou os documentos imprescindíveis ao andamento da ação. Portanto, não houve repasse de recursos, nem execução de obras durante a vigência do termo”, justifica.
Segundo o secretário de Turismo da Prefeitura Municipal de Poços de Caldas, Ricardo Oliveira, O repasse seria de R$ 10 milhões com contrapartida de R$ 2 milhões do município.
“Como o projeto já era para estar implantado em agosto de 2017, nós pedimos a prorrogação porque não tinha tempo hábil pra gente dar continuidade. Pedimos a prorrogação desse convênio e a Codemge não quis assinar essa prorrogação”, argumentou.

O Expresso do Rei


A locomotiva do Circuito Ferroviário Vale Verde (CFVV) (Foto: Circuito Ferroviário Vale Verde (CFVV))

Um novo projeto pretende implantar um novo trem turístico entre Lavras e Varginha, passando por Carmo da Cachoeira (MG) e Três Corações (MG). A iniciativa é da ONG Circuito Ferroviário Vale Verde (CFVV). Segundo o presidente, César Mori Júnior, o trem turístico, que será chamado de “Expresso do Rei”, já tem uma locomotiva em funcionamento e há estudos sobre a reforma dos galpões.
“Todo processo de reforma da linha até Varginha está diretamente ligado à devolução da linha pela atual concessionária. Uma reunião em agosto, será feita com a Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para resolver essas questões”, explica.
A ideia é que o novo trem turístico possa utilizar parte de linhas férreas concedidas à Ferrovia Centro Atlântica, em especial pontos que passam dentro dos municípios, que hoje não são utilizadas, já que a empresa opra apenas a rota de escoamento do minério.
A ONG também faz um trabalho de recuperação dos galpões da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Esse trabalhou resultou recentemente em uma visita da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
A VLI, a empresa controladora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que é atual concessionária da linha férrea, esclarece que o trecho faz parte do contrato de concessão e arrendamento firmado em 1996 e que, por questões de mercado, atualmente não há circulação de cargas na linha entre Lavras (MG) e Varginha (MG).
“Projetos com outras finalidades são submetidos pelo interessado à análise e aprovação da ANTT, órgão responsável por emitir tais autorizações especiais. Nesse sentido, o trecho citado dispõe de um projeto de trem turístico e a VLI vem oferecendo suporte técnico à entidade responsável pela proposta. A empresa aguarda a conclusão dos trâmites que estão em curso com a entidade e a ANTT”, explica a assessoria de comunicação através de nota.

- Fonte: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2018/07/19/revitalizacao-de-linha-ferrea-cria-expectativa-por-aumento-de-trens-turisticos-no-sul-de-minas.ghtml

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Assinada ordem de serviço para obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza


09/11/2018Notícias do Setor ANPTrilhos         

O objetivo de trazer mais integração aos usuários de transporte público em Fortaleza alcançou importante passo nesta quarta-feira (7). O Governo do Ceará autorizou o início da obra da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, que ligará o Centro da Capital ao Papicu, em um tempo de viagem de 15 minutos. Após concluído, o empreendimento terá capacidade de transportar até 150 mil passageiros, diariamente. A ordem de serviço para implantação do trecho foi assinada pelo governador Camilo Santana e pelo secretário da Infraestrutura Lucio Gomes. Também participaram do momento o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e o presidente da Cia Cearense de Transportes Metropolitanos, Eduardo Fontes Hotz.

Na ocasião, o chefe do Executivo guiou comitiva em visita ao canteiro de obras, onde se encontram as máquinas tuneladoras – usadas para escavação dos túneis – e o shaft (embocadura das tuneladoras), que está em fase de conclusão.

O empreendimento

Serão 7,3 km de extensão ligando o Centro ao Papicu, com uma estação de superfície (Tirol-Moura Brasil) e outras quatro subterrâneas (Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu). O governador destacou que a intervenção consolida um investimento em estrutura que será referência para toda a região Nordeste.

“Fará parte desta obra a construção da Linha Leste, com 7,3 km, interligando à Linha Sul do Metrô e ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que já está em operação assistida. Então, nós vamos ter aqui a interligação do VLT Parangaba-Mucuripe, Linha Sul Pacatuba-Centro – interligando lá na Parangaba com o VLT, e aqui integrando também com a Linha Oeste que vem lá de Caucaia. Vamos ter aqui em Fortaleza, talvez, o melhor sistema metroviário interligado de uma capital do Nordeste brasileiro”, afirmou Camilo.

O secretário Lucio Gomes enfatizou a importância da obra para fortalecer a mobilidade urbana em Fortaleza, ofertando melhor e mais rápido serviço, com conforto e preço acessível, para a população cearense.

“Isso beneficiará toda a Região Metropolitana de Fortaleza, porque a Linha Leste vai fazer a integração com as linhas Oeste e Sul e com o VLT Parangaba-Mucuripe, além da integração com os ônibus da Prefeitura. A previsão de percurso daqui do Centro ao Mucuripe é de 15 minutos, um transporte rápido e seguro que vai oferecer mais opções para a população e desafogar o trânsito”, projetou.

Após a assinatura da ordem de serviço, o governador e demais autoridades acionaram remotamente o funcionamento das máquinas, representando, simbolicamente, o início dos serviços.

Investimento e execução

O projeto da Linha Leste do Metrô de Fortaleza receberá um investimento na ordem de R$ 1,9 bilhão, sendo R$ 1,0 bilhão financiado pelo BNDES, R$ 673 milhões em aporte direto do Governo Federal e R$ 186 milhões do Tesouro Estadual. Na obra, propriamente dita, será aplicado R$ 1,47 bilhão, cujo cronograma prevê conclusão em quatro anos. (O restante dos recursos será aplicado na aquisição dos trens e em Gerenciamento e Supervisão).

08/11/2018 – Metrô de Fortaleza


Estatal criada para fazer trem-bala deve ser extinta em novo governo



03/12/2018 - Estadão
A estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL), hoje vinculada ao Ministério dos Transportes, deve ser extinta no governo Jair Bolsonaro (PSL). A empresa foi criada na administração PT para implementar o fracassado projeto de trem-bala. Estudos realizados pela equipe de transição do novo governo consideram que “não se justifica” a manutenção dessa estrutura que consome R$ 70 milhões de recursos públicos por ano – a maior parte para pagar a folha de 140 funcionários.
A disposição do novo governo em relação à EPL foi traduzida em uma única frase dita pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao se referir à estatal, em entrevista realizada na tarde desta segunda-feira, quando anunciou a nova estrutura do governo Bolsonaro. “A EPL é uma barbaridade”, resumiu.
Inicialmente, a nova administração vai transferir a EPL do Ministério dos Transportes para a Secretaria-Geral da Presidência da República, que será comandada por Gustavo Bebiano. Com a mudança, a empresa deverá ficar nas mãos do general da reserva Maynard Santa Rosa, que está cotado para assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), órgão que vai trabalhar na extinção da estatal, com a anuência do presidente eleito.
De acordo com estudos realizados pela equipe de transição, o custo benefício tem de ser considerado e ele está sendo classificado muito alto. “Estamos avaliando o custo-benefício de manutenção da empresa. Se o custo da empresa for efetivamente considerado menor que os benefícios, como está desenhado, a empresa será extinta”, disse ao Estado um dos técnicos que estuda a questão.
A EPL nasceu em 2010 (governo Luiz Inácio Lula da Silva), primeiro como Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. - ETAV, cujo propósito era o desenvolvimento do trem de alta velocidade, integrado com as demais modalidades de transporte. Em 2012, já sob a gestão de Dilma Rousseff, a empresa foi renomeada para Empresa de Planejamento e Logística S.A - EPL e teve seu objeto ampliado para, além de desenvolver o trem-bala, subsidiar o planejamento de outras modalidades de transporte por meio da prestação de serviços na área de projetos, estudos e pesquisas. Ao criar a empresa, Lula autorizou a União a garantir o financiamento de até R$20 bilhões entre o BNDES e o futuro concessionário do TAV Rio-São Paulo para administrar o projeto, que foi depois abandonado.


quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Prefeitura inicia testes para a operação da Linha 3 do VLT Carioca



22/11/2018Notícias do Setor ANPTrilhos         

A Prefeitura do Rio deu início aos testes dinâmicos para preparar a operação da linha 3, último trecho previsto no sistema do VLT Carioca. A nova linha ligará a Central do Brasil ao Santos Dumont via Av. Marechal Floriano e Av. Rio Branco, com intervalos de 7 minutos entre trens. Serão três novas paradas e trechos compartilhados com as linhas 1 e 2, permitindo a redução de intervalos para 3,5 minutos na região da Central e na Av. Rio Branco.

No momento, os testes sem passageiros serão concentrados na Av. Marechal Floriano, entre a área do Palácio Itamaraty e a Igreja de Santa Rita. Como em todas as fases pré-operacionais, a Concessionária do VLT Carioca conduzirá a progressão das movimentações de forma gradual.

O cronograma prevê a evolução dos testes durante a primeira quinzena de dezembro. Durante este período, já é necessário que a população esteja atenta à circulação do VLT na região. Faixas alertam para a passagem dos veículos, e é fundamental não bloquear os cruzamentos, não caminhar nos trilhos e sempre realizar a travessia nos locais indicados. Vale lembrar que as composições possuem avisos sonoros de sino e buzina para avisar a chegada, mas a atenção ao utilizar celulares e fones de ouvido também é importante.

A operação da linha 3 representa a consolidação do VLT Carioca. Além dos terminais Central (que hoje atende à linha 2) e Santos Dumont (linha 1), e das três novas paradas, o trecho da linha 3 compartilhará também com a linha 1 as paradas Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia e Antônio Carlos. Serão, assim, 10 paradas/estações no percurso.

21/11/2018 – VLT Carioca

terça-feira, 13 de novembro de 2018

ABPF promove o Expresso Noel 2018 com passeio de trem noturno entre Campinas e Jaguariúna



Por Igor Roberto  11/11/2018 
A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) irá celebrar o natal com uma viagem noturna em um trem decorado com luzes. O serviço apelidado de Expresso Noel é uma exceção nas viagens de trens turísticos no país, justamente por operar à noite uma vez por ano na rota entre Campinas e Jaguariúna.

O trem irá percorrer os 26 quilômetros de trilhos entre as estações Anhumas (Campinas) e Jaguariúna no dia 8 de dezembro, das 17h às 21h30. A partida está programada para às 18h.

A locomotiva usada será uma diesel elétrica, que no passado atendeu a Companhia Paulista de Estrada de Ferro (CP), que levará nove vagões de passageiros, com capacidade para 343 pessoas. Sete deles são convencionais, enquanto os outros dois são restaurante e um panorâmico.

O Papai Noel chegará à estação de Campinas num trem e, de lá, seguirá com a composição até a cidade vizinha. Há a opção, segundo a ABPF, de ele entregar presentes às crianças, caso os pais levem o presente (há uma taxa de R$ 30,00) e também doem um brinquedo usado para uma instituição de caridade.

O vagão panorâmico, chamado de Caboose, que foi operado no passado pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, é exclusivo para grupos de até 15 pessoas e seu valor é de R$ 2.800,00.

Os ingressos do primeiro lote custam R$ 150,00 para adultos e R$ 100,00 para crianças de 6 a 12 anos. Crianças de até 5 anos não pagam, viajando no colo dos pais.

O valor arrecado será utilizado na recuperação e restauração de outros trens da ABPF.

Para adquirir os ingressos ou obter mais informações, basta acessar o site da ABPF Regional de Campinas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Maria Fumaça resgata memórias do transporte em Sorocaba (SP)



Após 7 de setembro, outras seis datas para passeios ficaram agendadas
A antiga Locomotiva 58, famosa Maria Fumaça, voltou a fazer passeios turísticos em Sorocaba, no interior de São Paulo. Após a atração ter voltado aos trilhos em 7 de setembro, feriado do Dia da Independência, outras seis datas ficaram agendadas.
Neste sábado, 13 de outubro, foi realizado mais um passeio gratuito por Sorocaba. Em 22 de setembro, também foi possível se divertir na antiga locomotiva.
Agora, as próximas datas para aproveitar a chance de passear gratuitamente de Maria Fumaça são 17 de novembro, 15, 16 e 22 de dezembro.
A série de passeios é realizada por uma iniciativa da Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária, em parceria com a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur), Associação Comercial de Sorocaba (Acso) e Votorantim Cimentos, para viabilizar a gratuidade da atração.
A Maria Fumaça foi construída em 1891 e faz reviver memórias para diversos sorocabanos. Ao todo, 60 passageiros podem desfrutar da aventura, que dura 20 minutos. O trem passa pelos trilhos da Rua Dr. Paula Souza até a Vila Hortência.
O embarque é realizado na Estação Paula Souza, localizada na rua Dr. Paula Souza, 420, no Centro. Contudo, é preciso correr para garantir os ingressos, pois a procura sempre é muito alta.
Em geral, são feitas cinco viagens por dia de passeio, percorrendo dois quilômetros sobre os históricos trilhos de Sorocaba.
Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados com antecedência na Acso, localizada na rua da Penha. A recomendação é evitar deixar para garantir o lugar em cima da hora.
Mais história em Sorocaba
Se você é amante dos transportes sobre trilhos e vai visitar Sorocaba, no interior de São Paulo, vai gostar de conhecer o Museu Histórico Sorocabano.
Após a inauguração do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”, o museu foi instalado no Casarão que fica dentro do parque.
O museu esconde uma raridade: o bonde elétrico Centex de três portas. O meio de transporte trafegou em Nova Iorque e foi adquirido em 1929 pela antiga companhia de energia elétrica Light, para ser utilizado na capital paulista, conforme informado no museu.
A Prefeitura de São Paulo doou o bonde elétrico ao Museu Histórico Sorocabano em 1968. Em 1996, o veículo foi restaurado pelos funcionários da Prefeitura de Sorocaba.
Se o visitante olhar atentamente para o letreiro do bonde elétrico, vai conseguir identificar mais sobre a história do veículo. Com o prefixo 1779, percorria a linha 35 – Lapa.
Além do bonde, o museu também abriga outras raridades que ajudam a entender a evolução do transporte no Brasil.
O museu traz uma roda de carro de boi, para mostrar as dimensões de um veículo de tração animal utilizado com frequência antes da popularização dos carros com motor a combustão.
Em seguida, é possível conhecer de perto um gasogênio. O aparelho era utilizado para produzir gás combustível gerado pela ação do ar ou vapor de água sobre o carvão aquecido. O gasogênio já foi utilizado como combustível industrial e em motores a explosão como substituto da gasolina.
Por fim, você poderá ver de perto um Ford A 1928. O automóvel foi transformado em uma caminhoneta com carroceria de madeira e pertenceu à frota da Prefeitura de Sorocaba.
Com diversas peças preservadas, o Museu Histórico Sorocabano fica na Rua Teodoro Kaisel, 883, Vila Hortência, em Sorocaba. O preço do ingresso para visitar o zoológico e o museu, que fica dentro do parque, é R$ 8.
14/10/2018 – Diário do Transporte


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

CPTM lança trem expresso para aeroporto; veja fotos




17/10/2018 - Revista Ferroviária

A CPTM iniciou, na última terça-feira, a operação do serviço Airport Express, com viagens diretas entre as estações da Luz e Aeroporto-Guarulhos, na Linha 13-Jade. As fotos divulgadas pela CPTM mostram o embarque dos passageiros na estação da Luz, em São Paulo, e o desembarque na estação Aeroporto-Guarulhos.

O bilhete do serviço Airport Express custa R$ 8 e pode ser adquirido nas duas estações. O embarque e desembarque são realizados em plataformas exclusivas para o serviço, que conta também com uma linha de bloqueios (catracas) própria.

Os trens que atendem a linha são da série 9000. O serviço terá trens próprios, do consórcio Temoinsa/Sifang, em 2019, segundo previsão divulgada pela companhia.

Horários Expresso Aeroporto:

Estação Aeroporto-Guarulhos, plataforma 2,: 9h, 11h, 13h, 15h e 21h

Estação da Luz, plataforma 5:  10h, 12h, 14h, 16h e 22h.

O Airport Express funciona de segunda a sexta-feira.

Já o serviço Connect, com viagens da Estação Brás até o Aeroporto-Guarulhos, iniciado no dia 3 de outubro, também dispensa a transferência entre trens na estação Engenheiro Goulart, mas realiza parada em todas as estações. A tarifa é a mesma do sistema metroferroviario, R$ 4.

Horários Serviço Connect:

 Sentido Brás: 6h20, 7h, 7h40, 18h, 18h40 e 19h20. E, aos sábados, 6h20, 7h e 7h40.

Sentido Aeroporto: 6h25, 7h05, 7h45, 18h05, 18h45 e 19h25. E, aos sábados, 6h25, 7h05 e 7h45. O Connect não funciona aos domingos.

Para chegar aos terminais, é necessário utilizar um serviço de transfer oferecido pela concessionária. São três linhas em circulação:

Estação CPTM -Terminal 1 - Estação CPTM

Estação CPTM - Terminal 2 - Terminal 3 - Estação CPTM

Terminal 1 - Terminal 2 - Terminal 3 - Terminal 1*

* Não tem parada na estação.


Veja também quais cidades brasileiras também oferecem o serviço de ligação com aeroportos:

Porto Alegre

Aeroporto Salgado Filho

Possui a estação Aeroporto com o mesmo valor da tarifa unitária, R$ 3,30.

Recife

Aeroporto dos Guararapes

Possui a estação Aeroporto com o mesmo valor da tarifa unitária, R$ 3. A ligação com o aeroporto é feita por meio de uma passarela de cerca de 500 metros de extensão.

Rio de Janeiro

Aeroporto Santos Dumont

Possui estação de VLT próxima ao aeroporto com o mesmo valor da tarifa unitária, R$ 3,80. É possível fazer integração com o sistema do metrô.

Salvador

Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães

Possui a estação Aeroporto com o valor de R$ 3,70. Para chegar aos terminais é necessário utilizar um ônibus fornecido pela concessionária.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Novo entrave atrasa plano de trem para ligar região de Campinas a São Paulo


07/10/2018 - Folha de SP

Cidade que integra a primeira fase do projeto de implantação do Trem Intercidades, orçado em R$ 5,4 bilhões, Americana, no interior de São Paulo, não comporta tráfego adicional de trens na linha ferroviária que corta o município.

A informação, que pode até significar um entrave no projeto, é da concessionária Rumo, que administra o trecho ferroviário no interior paulista.

O trem foi anunciado em fevereiro pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB) e foi encampado pelos principais candidatos ao Governo do Estado de São Paulo.

Americana fica na linha tronco da concessão, o chamado corredor de exportações, que sai de Rondonópolis (MT) e segue até Santos, passando por cidades paulistas como São José do Rio Preto, Araraquara, Rio Claro e Campinas.

“Mesmo que considerados todos os esforços contínuos que vêm sendo empreendidos e os investimentos que vêm sendo realizados, o tráfego adicional de trens na linha tronco se mostra incompatível com o transporte de passageiros. Atualmente, o trecho já apresenta saturação de capacidade”, diz a empresa.

A Rumo diz que, além dela, utilizam a ferrovia, por meio do direito de passagem, composições de outras concessionárias.

Se não for possível o compartilhamento da malha, o trecho entre Americana e Campinas poderá necessitar de desapropriações e estudos ambientais, segundo relatos de dirigentes de entidades do setor ferroviário. Esses avaliam ainda que, dependendo das exigências do projeto, poderá ser inviável levá-lo até Americana —​nesse caso, Campinas seria a ponta final do trecho.

Já o trecho entre Jundiaí e Campinas pode ter tráfego adicional, segundo a empresa, “desde que sejam devidamente conduzidos estudos específicos nesse sentido, visando entender e dimensionar as adequações necessárias”.

“Não se chegou ainda a detalhamento nenhum, as prefeituras estão fora da discussão. Como não está definido 100% onde vai ser a linha, não dá para falar nada, mas é um modal muito importante, que precisa ser feito”, disse o secretário do Planejamento de Americana, Claudio Amarante.

Em fevereiro, São Paulo contratou a Deutsche Bahn, junto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial, para elaborar o plano de mobilidade para a implantação de um sistema de transportes para a macrometrópole paulista, com investimento de US$ 6 milhões no projeto (cerca de R$ 25 milhões, no câmbio atual).

A macrometrópole é uma área que engloba a região metropolitana da capital, Santos, Sorocaba, Campinas, São José dos Campos e conexão com São Sebastião. Concentra 80% do PIB do estado e três quartos da população paulista.

A primeira fase contempla o trecho entre São Paulo e Americana, passando por Jundiaí e Campinas, com 135 km de trilhos e nove estações, segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

A estimativa é que o ramal transporte 68 mil passageiros por dia. O trem deve operar junto com a linha 7-Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que já segue de São Paulo até Jundiaí.

Dos R$ 5,4 bilhões previstos para toda a obra, R$ 1,8 bilhão deve ser investido pelo estado, conforme a pasta.

TREM INTERCIDADES

De acordo com o governo, a primeira versão do estudo foi entregue em julho e está sendo refinada para ser apresentada pelo estado e nortear a publicação do edital. Depois, será apresentada à União para que sejam definidas as regras de compartilhamento de vias férreas.

A Folha solicitou acesso ao projeto e uma entrevista com técnicos, mas o pedido não foi atendido.

“Especificações mais detalhadas foram solicitadas em alguns estudos como investimento necessário, compartilhamento da malha existente e demanda de passageiros. A qualidade do projeto depende deste compartilhamento de informações e é determinante para a constituição de uma proposta realmente atraente para os investidores”, diz trecho de nota do governo.

O prazo para concluir os estudos de toda a macrometrópole é de 20 meses.

Questionada sobre autorização para uso da faixa de domínio da ferrovia, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que a utilização “demanda um processo complexo, que exige a atuação de diversos órgãos”.

ELEIÇÕES

A implantação do projeto no trecho entre Jundiaí e Campinas está em discussão com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, segundo a concessionária Rumo. O governador Márcio França (PSB) visitou o trecho no mês passado.

Além dele, candidato à reeleição, concorrentes a ocupar a sua cadeira no Palácio dos Bandeirantes como João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) também defenderam a obra.

Doria disse em entrevista no interior que ela será feita com recursos privados, via PPP (parceria público-privada), por exemplo, posição defendida por Skaf, que chegou a andar nos trilhos em Campinas.

Via assessoria, a Prefeitura de Campinas, governada por Jonas Donizette, do mesmo partido do governador, informou que apoia a obra. “Essa é uma demanda antiga, não é um projeto novo e vem sofrendo adequações ao longo dos anos. O Trem Intercidades é uma solução mais do que necessária, que depende de viabilidade econômico-financeira.”

Amarante disse que há espaço físico para a implantação em Americana –os trilhos cortam a região central da cidade. “Não temos é questões operacionais, local em que seria o pátio de manobras, esses detalhes.”

DÚVIDA

Especialista em preservação ferroviária, Ralph Giesbrecht disse não crer que o projeto sairá do papel e que a viabilidade já foi demonstrada pela história das ferrovias no país –implantadas a partir de 1854.

“Gostaria muito que saísse, principalmente porque é um trem regular, não turístico.”

Já o técnico em informática Cristiano Almeida, de Americana, afirmou esperar que ele seja implantado e facilite o seu deslocamento até a capital, feito duas vezes por semana. “Nós estamos tão perto de São Paulo mas, ao mesmo tempo, longe demais, já que o transporte atual torna tudo lento.”

Cada trem de carga equivale à saída das rodovias de cerca de 300 caminhões.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/10/novo-entrave-atrasa-plano-de-trem-para-ligar-regiao-de-campinas-a-sao-paulo.shtml

VLT começa a funcionar em Teresina e fará 10 viagens por dia entre Dirceu e Centro

Veículo tem capacidade para 600 passageiros e passagem custa R$ 0,80.
Por G1 PI

12/07/2018 09h32 


 VLT  começou a funcionar nesta quinta-feira (12). (Foto: Lorena Linhares/G1)

Começou a funcionar nesta quinta-feira (12) em Teresina o primeiro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Inicialmente, estarão disponíveis 10 viagens por dia e a capacidade é para até 600 passageiros por viagem. A passagem continua custando R$ 0,80, mesmo valor do trem atualmente.

A expectativa da maioria dos passageiros, como a da dona de casa Amparo Barros, era de que mudança diminuísse o tempo do percurso. Inicialmente, a previsão era de que reduzisse dos mais de 30 minutos atuais - entre a Zona Sudeste e o Centro da capital - para cerca de 26 minutos.

"Espero que melhore, porque o velho 'dava o prego', parava no meio do caminho. Estou torcendo muito mesmo, porque esse é mais confortavel e mas barato, espero que seja mais rápido", disse Amparo.



Velocidade do VLT de Teresina continuará reduzida até reforma da linha férrea. (Foto: Lorena Linhares/G1)

Contudo, segundo o secretário de transportes do estado, Guilhermano Pires, a velocidade do VLT continuará reduzida até que a linha férrea da capital seja reformada. O veículo tem potencial para atingir até 100 km/h e hoje circula a pouco mais de 40 km/h.

“Nesse primeiro momento a velocidade é controlada e reduzida porque precisa de investimentos na linha férrea, que serão feitos a partir do ano que vem com a chegada nos novos VLTs. Esperamos que em dois anos a linha senha revitalizada e as estações reformadas e aí ele vai poder atingir a velocidade que tem potencial para isso”, afirmou o secretário.



Estações de Teresina serão reformadas com chegada dos novos VLTs. (Foto: Lorena Linhares/G1)

O veículo é o primeiro de três que deverão estar nos trilhos até o mês de setembro, substituindo os trens que estão em operação atualmente. Segundo o secretário, a primeira etapa da obra de modernização, referente à compra dos três veículos, foi orçada em R$ 46 milhões. A obra completa de modernização do metrô de Teresina está prevista para custar cerca de R$ 450 milhões.

VLT começou a funcionar nesta quinta-feira (12). (Foto: Lucas Marreiros/ G1 PI)

 “A obra é muito maior. Será feita a reforma dos trilhos, estações, duplicação, 

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Brasil tem 335 obras de mobilidade paradas, atrasadas ou que sequer foram iniciadas



18/09/2018 - G1

O Brasil tem 335 obras de mobilidade paradas, atrasadas ou que sequer foram iniciadas, segundo levantamento do Ministério das Cidades, obtidos com exclusividade pela GloboNews via Lei de Acesso à Informação. Todos os projetos foram custeados, pelo menos em parte, com dinheiro do governo federal. Segundo o Ministério das Cidades, já foram gastos pela pasta mais de R$ 7 bilhões em obras que ainda não foram concluídas e ainda faltam R$ 22 bilhões para finalizar todos esses investimentos. Os dados são referentes ao mês de agosto.

De acordo com o levantamento, são 173 obras atrasadas, 116 paradas e 46 que ainda não saíram do papel. A obra mais cara de todas é a do Monotrilho da Linha 17 Ouro, em São Paulo, que está atrasada. Foi prometida para antes da Copa do Mundo de 2014, mas até hoje não foi concluída. Ela ligaria o Aeroporto de Congonhas aos trens metropolitanos. Orçada inicialmente em R$ 1,39 bilhão, custa agora R$ 3,7 bilhões e a promessa é que seja entregue no final de 2019.

Em nota, o Metrô de São Paulo disse que a retirada da Linha 17-Ouro da Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo de Futebol de 2014, em função da escolha do estádio de Itaquera como sede do evento, alterou o cronograma do empreendimento.

“As obras do trecho prioritário começaram no segundo semestre de 2011 e sofreram atrasos na liberação de terrenos e na obtenção das licenças ambientais. O consórcio contratado para a construção de três estações e pátio de trens abandonou as obras em 2016. Um novo consórcio foi contratado e as obras retomadas no final do mesmo ano. Parte dos serviços também foi afetado pela paralisação feita pelo Consórcio Monotrilho Integração–CMI, responsável pela via e sistemas do monotrilho. Porém, no dia 14 de agosto, a Justiça determinou a retomada das obras por este consórcio”, diz um trecho da nota.

No Rio de Janeiro, o BRT Transbrasil deveria estar 100% pronto para a Olimpíada do Rio em 2016, mas ainda faltam concluir 40%. A obra parou por duas vezes e foi retomada no fim de julho deste ano. Foi orçada em R$ 1,4 bilhão, dos quais R$ 1,3 bilhão são recursos do Ministério das Cidades, a cargo da Caixa Econômica Federal, e o restante será bancado pela prefeitura. Mais de R$ 800 milhões já foram pagos pelo ministério. Se já estivesse pronta, essa obra poderia beneficiar cerca de 900 mil passageiros todos os dias, segundo estimativas da prefeitura.

A secretaria municipal de Infraestrutura e Habitação disse, em nota, que as obras pararam em agosto de 2016 e só foram retomadas em abril de 2017 após o pagamento de um reajuste no contrato com o consórcio construtor. Neste ano, voltaram a ficar paradas porque a prefeitura solicitou mudanças no traçado. A solicitação foi analisada pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério das Cidades, que só retomou os repasses após a aprovação da nova proposta concluída no final de julho.

Já o VLT de Cuiabá, no Mato Grosso, custou R$ 1 bilhão. Trilhos foram construídos, 42 vagões foram comprados e uma estação foi erguida, mas a população nunca foi atendida por esse meio de transporte. A promessa era de que o VLT começaria a circular na Copa do Mundo de 2014, mas desde aquele ano a obra está parada. No lugar do VLT, a prefeitura resolveu investir num projeto paisagístico para colocar plantas ornamentais sobre os trilhos por onde passariam as composições.

Em nota, a Casa Civil do Governo do estado de Mato Grosso informou: "O governo do estado construiu um novo Edital do Veículo Leve Sobre Trilhos entre Cuiabá e Várzea Grande no intuito de garantir a conclusão da obra. E havia a previsão de lançá-lo no último mês de agosto, após o julgamento pelo Tribunal de Justiça da rescisão do contrato suspenso em dezembro do ano passado. O julgamento que deveria ocorrer no dia 2 de agosto foi adiado para o próximo dia 4 de outubro, o que acarretou na reavaliação da data de lançamento do certame. A Casa Civil reitera que trabalha para que o novo edital seja lançado nos próximos dias."

Em nota, a Casa Civil do Governo do estado de Mato Grosso informou: "O governo do estado construiu um novo Edital do Veículo Leve Sobre Trilhos entre Cuiabá e Várzea Grande no intuito de garantir a conclusão da obra. E havia a previsão de lançá-lo no último mês de agosto, após o julgamento pelo Tribunal de Justiça da rescisão do contrato suspenso em dezembro do ano passado. O julgamento que deveria ocorrer no dia 2 de agosto foi adiado para o próximo dia 4 de outubro, o que acarretou na reavaliação da data de lançamento do certame. A Casa Civil reitera que trabalha para que o novo edital seja lançado nos próximos dias."

Fonte: https://g1.globo.com/globonews/noticia/2018/09/18/brasil-tem-335-obras-de-mobilidade-paradas-atrasadas-ou-nao-iniciadas.ghtml


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Linha 5-Lilás ganha 4 estações na sexta e público vai triplicar



Futuras inaugurações permitirão conexão com a Linha 1-Azul, por meio da Estação Santa Cruz (acima), e com a Linha 2-Verde, na Chácara Klabin Foto: Nilton Fukuda/Estadão

29/08/2018 - Estadão

SÃO PAULO - Depois de nove anos de obras e a um custo de R$ 10 bilhões, a Linha 5-Lilás do Metrô deverá ser oficialmente interligada, nesta sexta-feira, as Estações Santa Cruz, da Linha 1-Azul, e Chácara Klabin, da Linha 2-Verde, ligando o ramal, que vem do Capão Redondo, no extremo sul da capital, à região central de São Paulo. As primeiras promessas eram de conclusão do projeto em 2014.

A expectativa dos técnicos é trazer uma série de mudanças significativas nas dinâmicas do transporte público da cidade. Cerca de meio milhão de pessoas devem passar a usar a linha diariamente com as novas conexões. No mês passado, ela transportou uma média diária de 278 mil pessoas e, até dezembro, deve passar para uma média diária de 781,3 mil pessoas. A linha, que opera hoje com 36 trens, deverá receber mais 26 composições para atender à demanda.

“Deve haver alguma diminuição da lotação da linha (9-Esmeralda) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na Marginal do Pinheiros”, afirma o chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de Transportes (Poli/USP) Claudio Barbieri da Cunha, considerando ainda interferência nas Linha 4-Amarela, inaugurada, em 2011.

“Parte das pessoas que vêm da zona sul pela Linha 5 deve continuar na Linha 5, enquanto só quem está na Linha 9 deve continuar na Linha 9. O que vai definir isso é quanto tempo a pessoa vai gastar na baldeação (a troca de trens)”, afirma o professor, que destaca ainda expectativa de redução da lotação no túnel que liga as Estações Paulista (da Linha 4) e Consolação (da Linha 2). “Essa estação estava subdimensionada. Ela foi planejada para ser inaugurada depois das conexões da Linha 5”, completa.

Para se ter uma ideia do potencial de atração da linha, o total de passageiros que usam, ainda em horário de testes, as últimas estações entregues desta linha, Moema e Eucaliptos, ainda em “operação assistida”, funcionando das 9 às 16 horas, aumentou 31% entre abril e julho, de 61 mil viagens diárias para 80 mil, segundo o Metrô.

Inaugurações

São quatro estações que serão abertas para testes: AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin, que vão funcionar em operação assistida. O Metrô, entretanto, estima que elas devem ficar nesse horário especial por duas semanas – as estações anteriores desse ramal estão no esquema há três meses.

As obra da linha, entretanto, não estão encerradas. Pelo meio do caminho ficou a Estação Campo Belo, que continua em construção, e deverá ficar para dezembro, segundo os cronogramas mais recentes da Companhia do Metropolitano. Essa linha restante será interligada com o monotrilho da Linha 17-Ouro, também em obras.

Parte dos problemas da Linha 5-Lilás decorre de atrasos na execução dos projetos de engenharia. Mas parte resulta de uma paralisação de cinco meses, ocorrida entre 2010 e 2011, por causa das suspeitas de ação de cartel nas obras civis da linha. O Metrô tomou por base em um relatório feito pela Corregedoria-Geral da Administração, que dizia não haver provas da participação de agentes públicos no esquema, para retomar a obra. Entretanto, em fevereiro deste ano, o então presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, foi condenado por improbidade administrativa por ter mantido os contratos – Avelleda, hoje chefe de gabinete do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sempre sustentou que não havia assinado os contratos e disse que paralisar as obras traria prejuízos à cidade.

Nove elevadores ampliam a acessibilidade na AACD-Servidor

Diante da expectativa de uma participação maior no total de usuários que têm mobilidade reduzida, por causa da proximidade com a Associação de Assistência à Criança Deficiente, que batiza a Estação AACD-Servidor, uma das paradas a serem inauguradas na sexta-feira na Linha 5-Lilás do Metrô teve um desenho especial para melhorar a acessibilidade. Ela terá nove elevadores e 20 escadas rolantes, além de acessos em dois níveis na Rua Pedro de Toledo, em Moema, na zona sul de São Paulo.

A parada também facilitará o acesso aos Hospitais Edmundo Vasconcelos e do Servidor Público Estadual, além de ser uma opção a menos de 1,5 quilômetro do Parque do Ibirapuera. Será a estação mais perto do principal parque paulistano.

As estações da Linha 5-Lilás ainda tiveram um desenho arquitetônico planejado para reduzir o consumo de energia, um dos maiores custos operacionais da rede. As grandes claraboias de vidro são “marcas” das novas paradas, que têm em seu nível do asfalto novas praças abertas à população. No caso da AACD Servidor, há ainda dois pisos de estacionamento entre o nível da rua e as plataformas.

Há expectativa se as inaugurações terão algum reflexo ou caráter político. Executadas pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), candidato que deixou o cargo para concorrer à Presidência, as obras serão abertas ao público pelo atual governador Márcio França (PSB), ex-vice do tucano – e candidato à reeleição.

Como as inaugurações de obras são vedadas pela legislação eleitoral, França deverá fazer uma “visita técnica” às estações – informação não confirmada pela assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes até esta terça-feira, 28, à noite. Trata-se de instrumento comum entre candidatos que estão disputando reeleição.

A operação do novo ramal, entretanto, já não é de responsabilidade do governo do Estado desde junho, quando a empresa ViaMobilidade, do Grupo CCR e da RuasInvest, venceu a licitação para concessão do ramal. A concessionária ficou encarregada da operação e da manutenção do trecho por 20 anos.

Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,linha-5-lilas-ganha-4-estacoes-na-sexta-e-publico-vai-triplicar,70002477730