terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Viaduto estaiado da Linha 13-Jade é concluído



29/01/2018 - Metrô CPTM

Parte mais atrasada das obras civis da Linha 13-Jade, o viaduto estaiado duplo foi concluído na última semana com a instalação dos últimos estais e a concretagem das ligações entre todos os trechos. Nas próximas semanas as estruturas metálicas que dão forma ao concreto serão retiradas e o imenso viaduto ganhará sua forma definitiva.

A construção do viaduto estaiado começou mais tarde do que o restante das obras por conta de uma mudança no projeto. Originalmente, o trecho seria transposto por meio de viadutos com a técnica de construção chamada de balanços sucessivos, que foi usada, por exemplo, para superar a Via Dutra alguns quilômetros à frente. Porém, a concessionária da Rodovia Ayrton Senna barrou a solução por interferir no viário e a CPTM acabou optando pelo uso dos estais que permitem vãos maiores.

Com dois mastros de 70 metros de altura (equivalente a um prédio de 20 andares), o viaduto tem um vão central de 180 metros – para efeito de comparação, o vão por cima da Dutra possui 120 metros de extensão. São 24 estais de cada lado das pontes num total de 96 cabos instalados. Agora, com o final das obras civis mais pesadas, os trabalhos estão concentrados em finalizar as vias e na instalação de trilhos, sistemas e alimentação elétrica.

Previsão para março

Assim como outras obras do Metrô, o prazo dado pelo governo é março deste ano, último mês em que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) terá para inaugurar pessoalmente qualquer projeto caso queira mesmo ser o candidato à presidência pelo seu partido. Ou seja, são cerca de 60 dias para finalizar todos os trabalhos e iniciar os testes com os trens. Por essa razão, é bem provável que Alckmin até ande a bordo de um trem da CPTM no trecho em modo manual antes de descompatibilizar do prazo.

Já para os futuros usuários da linha, que ligará o Aeroporto de Guarulhos à rede metroferroviária, será preciso um pouco de paciência. O início da operação será restrita tanto em horário quanto em frequência de trens, necessários para que tudo seja testado e ganhe confiabilidade. Aos poucos, o serviço deve ser ampliado até chegar à operação plena, provavelmente a partir do segundo semestre.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Metrô da Gávea: MPRJ diz que estado não pode usar empréstimos em obra



Estruturas de concreto tapam os acessos ao buraco em que era construída a estação do metrô da Gávea - Agência O Globo
Estação começou a ser inundada, para evitar danos a estruturas vizinhas
POR O GLOBO
16/01/2018 4:30 / atualizado 16/01/2018 7:21
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RIO - O impasse que ronda a estação Gávea da Linha 4 do metrô — que, sem recursos para ser concluída, foi inundada para evitar deslocamentos do solo, como revelou O GLOBO nest segunda-feira — está longe de acabar. O Ministério Público estadual considera que uma eventual tentativa de engenharia financeira por parte do estado, como remanejar saldos de outros empréstimos para obter os R$ 700 milhões necessários para a conclusão do projeto, seria uma manobra ilegal.

No entendimento de promotores, uma realocação de verbas não seria possível porque estados e municípios precisam de autorização legislativa prévia para contrair dívidas relativas a investimento em infraestrutura. Além do projeto em si, deputados e vereadores devem analisar as condições para o pagamento da dívida, os prazos e a taxa de juros estipuladas nos contratos, por exemplo. Essa era a alternativa que vinha sendo estudada pelo secretário de Transportes, Rodrigo Vieira, pois o repasse de quase R$ 1 bilhão do BNDES que tinha sido aprovado para a obra precisaria ser submetido ao crivo da União, que beneficiou o estado com um plano de recuperação fiscal. Procurado ontem, ele não quis comentar a posição do Ministério Público.

AÇÃO POR INDENIZAÇÃO
A 4ª Promotoria de Justiça do Ministério Público apresentou, em junho de 2017, uma ação civil na qual pede que o estado seja ressarcido em R$ 3,2 bilhões por somas que teriam sido repassadas a empreiteiras que trabalhavam na Linha 4 de forma irregular. O sobrepreço teria sido constatado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que analisou o histórico de pagamentos feitos nos últimos anos.

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Nesta segunda, O GLOBO mostrou que, diante da paralisação da da obra, o governo estadual decidiu desligar as bombas de sucção que mantinham seco o buraco em que era construída a estação do metrô da Gávea. A medida foi tomada porque os trabalhos no local foram interrompidos há quase três anos e meio. Especialistas estavam preocupados com a pressão exercida por um lençol freático, que poderia provocar danos a prédios vizinhos, como o da Pontifícia Universidade Católica (PUC).

Com as bombas desligadas, a água do lençol freático começou a inundar o buraco, reduzindo a pressão em terrenos do entorno. A decisão do govenro do estado seguiu uma recomendações de um laudo técnico contratado pela concessionária Rio Barra, responsável pela construção da Linha 4.

O custo para manter o canteiro de obras da Gávea parado virou uma caixa-preta. Antes do desligamento das bombas, a empreiteira teve que fazer um reforço estrutural nas escavações, para que elas suportem cinco anos de inatividade. Se as obras não forem retomadas nesse prazo, o buraco será esvaziado, e engenheiros farão uma nova vistorias em suas estruturas.

ADUELAS AO SOL E À CHUVA
Em um terreno da Avenida Francisco Bicalho, na Leopoldina, estão expostas ao sol e às chuvas cerca de 3 mil aduelas — anéis feitos em concreto — que deveriam ser utilizadas na construção da estação do metrô. O estado não divulgou o custo nem o estado de manutenção das peças. Também não há informações sobre os gastos com o chamado tatuzão, gigasntesca máquina escavadora que que permanece estacionada sob a Rua Igarapava, no Leblon. O equipamento ainda precisa ser usado para perfurar 1.200 metros de rocha. Se isso não for feito, a Gávea não poderá ser interligada às cinco estações já em operação na Linha 4, entre Ipanema e o Jardim Oceânico, na Barra.

De acordo com o Ministério Público, os custos de manutenção dos canteiros de obras parados são alvos de uma outra investigação. Em março do ano passado, O GLOBO estimou que os prejuízos já chegavam a mais de R$ 34 milhões ao mês. O consórcio e estado discutem quem deve pagar essa conta.

Na semana passada, Rodrigo Vieira disse que o estado entende que parte da despesa é de responsabilidade da concessionária Rio Barra. Ele, no entanto, não divulgou estimativas do custo. A Rio Barra também foi procurada, na última sexta-feira, mas preferiu não se manifestar.

A estação da Gávea foi projetada para ser a mais profunda do metrô do Rio, ficando a 55 metros da superfície. A estimativa era de que 19 mil passageiros circulariam pelo local. Lançado em 2010 pelo então governador Sérgio Cabral, o projeto previa que todas as estações da Linha 4 ficariam prontas antes da Olimpíada de 2016. Em 2013, diante o cronograma apertado, o secretário de Transportes da época, Júlio Lopes, admitiu que não haveria tempo hábil para cumprir a meta. Na ocasião, ele chegou a ser desmentido pelo estado.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Novas estações do VLT entram em operação na Baixada Santista


08/01/2018Notícias do Setor ANPTrilhos         

Por meio da EMTU, o Governo do Estado entregou à população da Baixada Santista, nesta quinta-feira (4), três estações do VLT com portas de plataforma: Emmerick, N. S. das Graças e José Monteiro, em São Vicente. Já as plataformas de Itararé e João Ribeiro, em São Vicente, e Nossa Senhora de Lourdes, Pinheiro Machado e Terminal Porto, em Santos, terão a instalação do equipamento concluída até o fim, de janeiro, completando as 15 estações do trecho Barreiros-Porto.

O investimento foi de R$ 123,1 milhões. Além das novas estações com portas de plataforma, entrarão em operação nesta semana mais dois novos VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), totalizando os 22 carros contratados. No Terminal Porto, foram entregues quatro dos sete veículos auxiliares destacados para manutenção do sistema, com investimento total de R$ 10,8 milhões. Os três últimos serão entregues no mês de fevereiro.

O terceiro trecho do VLT (Barreiros-Samaritá) avança, a partir desta quinta-feira (4), com a autorização para a publicação de edital de contratação dos projetos básico e executivo para recuperação da ponte “A Tribuna” e acessos por onde o VLT circulará. O edital tem previsão de publicação ainda em janeiro.
A recuperação e o reforço da estrutura sobre o Canal do Mar Pequeno são necessários para assegurar a transposição do local, ao interligar a área continental à porção insular do município de São Vicente, permitindo a implantação do projeto.

Segurança

As portas de plataforma são telas situadas na borda do local de embarque de usuários. O equipamento protege a via férrea e tem uma das portas com movimento de abertura e fechamento sincronizado com os dispositivos do veículo. Entre as várias funções, elas organizam o trânsito de passageiros, melhoram o controle climático da estação e aumentam a segurança, ao impedir que pessoas não autorizadas entrem nas plataformas.

As estações Ana Costa e Bernardino de Campos foram as primeiras do trecho Barreiros-Porto com as portas de plataforma instaladas. Assim como os veículos já em operação, os novos VLTs entregues possuem 2,65 m de largura por 44 m de comprimento e 3,20 m de altura, com capacidade para 400 usuários. A velocidade média é de 25 km/h (a máxima chega a 80 km/h).

Os carros também contam com ar condicionado e piso 100% baixo, o que facilita a movimentação de passageiros com dificuldade de locomoção. Entre os veículos auxiliares de manutenção está o “Locotrator”, um trator de manobra para rebocar e manobrar o VLT e outros veículos auxiliares de manutenção nas vias principais, além de pátios de manutenção e estacionamento.

Um caminhão rodoferroviário será utilizado para transportar cargas do pátio de manutenção para a linha do VLT e vice-versa. Também entrarão em operação um caminhão rodoferroviário com guindaste e um veículo auxiliar leve de via, usado para diversos serviços, como o deslocamento rápido de emergência para solucionar algum tipo de ocorrência técnica.

Integração

O ano de 2017 consolidou o VLT como fundamental para a mobilidade dos usuários na Baixada Santista. Em janeiro, foram entregues 4,5 km e as cinco estações restantes do primeiro trecho (Bernardino de Campos, Ana Costa, Washington Luiz e Porto, em Santos, e Terminal Barreiros, em São Vicente). O sistema passou, então, a operar nos 11,5 km planejados.

Em agosto, teve início a operação do pátio de estacionamento e manobras. Localizado no Terminal Barreiros e com capacidade para seis VLTs, o ponto é importante como apoio à circulação dos veículos no sentido Barreiros-Porto. No mesmo mês, foi disponibilizado aos usuários do terminal um bicicletário para 100 unidades, além do edifício de apoio, com área de 164 m², sala administrativa e banheiros para o uso dos condutores.

A integração tarifária de dez linhas municipais de Santos com o VLT começou em setembro, propiciando aos usuários uma economia de R$ 3,50 em cada viagem. Oito linhas metropolitanas também passaram a fazer integração ao novo sistema, no total de 45 serviços intermunicipais.

Os passageiros passaram a contar com a integração entre os três modais (intermunicipal, VLT e municipal), pagando o valor da maior tarifa mais R$ 1. A integração ocorreu com base no convênio assinado em julho de 2017 entre o Governo do Estado e a prefeitura de Santos.


04/01/2018 – Governo do Estado de São Paulo

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Governo do Estado assina termo aditivo ao contrato de concessão da SuperVia


08/01/2018 Notícias do Setor ANPTrilhos        
Medida regulará a construção de empreendimentos comerciais

O governador Luiz Fernando Pezão assinará, nesta quinta-feira (21/12), um aditivo ao contrato de concessão da SuperVia que vai regular a construção de empreendimentos comerciais em estações de grande circulação, como a Central do Brasil. Nela, será construído um shopping com 276 lojas (erguido sobre as plataformas dos trens), cinemas e um hotel três estrelas com 200 quartos. Este será o primeiro shopping no conceito “vaga zero” do estado.

Essa infraestrutura comercial trará efeitos positivos para todo o sistema de transporte público, como a equalização do fluxo de passageiros nos horários de pico, reduzindo a variação do número de composições necessário para o atendimento nos momentos de maior demanda. Além disso, aumentará a geração de receitas acessórias que, futuramente, ajudará na redução do custo das tarifas.

Do ponto de vista urbanístico e de mobilidade urbana, a região da Central do Brasil apresenta um grande potencial, já que o entorno conta com estações de trem, metrô e VLT, terminal rodoviário e teleférico. Por ali transitam, diariamente, cerca de 600 mil pessoas, o que a torna um dos principais pontos de passagem da capital.

O projeto também contribuirá com recursos de contrapartida para a restauração de áreas importantes do prédio histórico da Central do Brasil e a reurbanização e organização do entorno, tendo como base os resultados dos estudos conduzidos pelo Estado, Prefeitura e modais, financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

– Não há outro local que agregue tantos modais, empresas e passageiros. Se as pessoas chegarem à estação e puderem usufruir de um shopping, conseguiremos gerenciar melhor a demanda, criando um ambiente mais organizado e seguro. Esse investimento em áreas comerciais é uma tendência mundial e Hong Kong é um caso especial em termos de uso do transporte público integrado – destacou o secretário de Estado de Transportes, Rodrigo Vieira.


21/12/2017 – Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Obras da Linha 3 do VLT Carioca começam com mudanças no trânsito no Centro


08/01/2018 Notícias do Setor ANPTrilhos         

Hoje é o primeiro dia útil das novas mudanças no trânsito no Centro do Rio por causa das obras na Linha 3 do VLT. Nesta primeira fase, a Avenida Marechal Floriano será fechada para obras no trecho entre a Avenida Tomé de Sousa e a Rua Camerino. O acesso local à Rua Alexandre Mackenzie e ao comércio da Avenida Marechal Floriano será mantido em apenas uma faixa. A previsão é de que as intervenções continuem ao longo de 2018 e que a operação da linha comece no fim do ano.

O novo trecho do VLT tem início na Central do Brasil e seguirá por três novas estações: Itamaraty (que ainda não tem local definido), Camerino (na rua de mesmo nome) e Santa Rita (que ficará na última quadra da Avenida Marechal Floriano, antes da Rua Visconde de Inhaúma). Os trilhos, então, encontrarão a Linha 1 entre a parada São Bento e a Candelária. A partir desse ponto, a Linha 3 reforça o atendimento aos passageiros que seguem até o Aeroporto Santos Dumont, trecho com maior fluxo de passageiros do sistema.

Por causa das alterações no trânsito, motoristas que vêm da Praça Cristiano Otoni com destino à Zona Sul e à Candelária, deverão seguir pelas ruas Senador Pompeu e Camerino. Já os veículos que desejam acessar a pista lateral da Avenida Presidente Vargas, no sentido Avenida Brasil, poderão continuar seguindo a Rua Marcílio Dias, Rua Visconde da Gávea, Avenida Marechal Floriano e Avenida Tomé de Souza.

Quem estiver trafegando pela Rua Visconde de Inhaúma em direção à Central do Brasil, pode seguir pela Avenida Marechal Floriano até a Avenida Passos, onde deverá virar à esquerda e acessar a Avenida Presidente Vargas.

Os ônibus municipais que saem do Terminal Procópio Ferreira e atualmente seguem pela Av. Marechal Floriano no sentido Zona Sul terão o trajeto desviado Praça Cristiano Otoni, Rua Senador Pompeu, Rua Camerino até alcançarem a Avenida Passos. As linhas atingidas são 007 (Silvestre/Central); 100 – Troncal 1 (General Osório/Central); 105 – Troncal 5 (Alto Gávea/Central); 106 – Troncal 3 (Central/Leblon); 107 (Central/Urca); e 309 (Alvorada/Central). Também haverá mudanças em linhas intermunicipais das empresas ransturismo Rei Ltda (Trel) e Viação União Ltda, com pontos finais na Av Marechal Floriano. Elas serão remanejadas para o Terminal Américo Fontenelle, na Rua Bento Ribeiro, no Centro.

Por conta das mudanças, será proibido o estacionamento nos dois lados da Rua Senador Pompeu. A carga e descarga deverão ocorrer exclusivamente pelas vias transversais à Rua Senador Pompeu, nos locais indicados pela sinalização. Agentes de trânsito da Guarda Municipal, CET-Rio, Porto Novo e apoiadores contratados pelo VLT irão auxiliar os motoristas na região afetada pelas obras, assim como a sinalização viária da Av. Marechal Floriano e dos arredores será alterada com o objetivo de indicar as alterações.


08/01/2018 – O Globo

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

CCR arremata a concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de SP


19/01/2018 - Estadão

O consórcio Via Mobilidade, liderado pela CCR, arrematou nesta sexta-feira, 19, a concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo. O consórcio ofereceu R$ 553,880 milhões pela outorga fixa das linhas, um ágio de 185% em relação ao valor mínimo estipulado para a disputa, de R$ 194,343 milhões. O lance mínimo divulgado anteriormente pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), de R$ 189,6 milhões, foi atualizado pelo IPC-Fipe de jan

O clima na porta da B3 nesta manhã era diferente do visto na semana passada, quando o governo paulista realizou o leilão do trecho Norte do Rodoanel. Na outra terça-feira, pequenos grupos de representantes das proponentes e interessados se reuniam na frente do prédio para discutir expectativas para o certame; hoje, sindicalistas e movimentos sociais protestaram minutos antes do início da entrega das propostas.

O outro consórcio concorrente, Metrô São Paulo Linhas 5 e 17, liderado pela CS Brasil, propôs o pagamento de R$ 388,5 milhões pela outorga fixa dos ativos, um ágio de 99,9%. Como a diferença entre as propostas superou 15%, não foi necessária nova rodada de propostas para definir o vencedor do certame.

O Grupo CCR - líder do consórcio Via Mobilidade, com 83,34% de participação (os 16,66% são da RuasInvest) - era forte candidato a levar a concessão das linhas no certame. Além de deter 75% do controle da ViaQuatro, concessionária da linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, a companhia atua ainda na construção e operação de outros ativos de mobilidade urbana fora do Estado.

No Rio de Janeiro, a CCR tem uma concessão voltada ao transporte de massa no modal aquaviário (CCR Barcas), é a principal acionista da PPP que administra o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Carioca e detém ainda a maior parte do controle acionário da ViaRio, concessionária do Corredor Presidente Tancredo Neves (Transolímpica). Na Bahia, o grupo faz parte de uma PPP no sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (Metrô Bahia).

Liminar. Vários grupos tentaram impedir a licitação. Ontem à tarde, os vereadores Sâmia Bomfim e Antônio Vespoli, do PSOL, conseguiram que a Justiça suspendesse o leilão. No começo da noite, as liminares caíram e o leilão foi mantido para esta manhã.

Inicialmente, o certame estava previsto para acontecer em 5 de julho do ano passado, mas acabou sendo adiado pelo próprio governo do Estado, que realizou alterações na minuta do contrato e no edital. Três dias antes da nova data estabelecida para a licitação, 28 de setembro, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu o leilão por liminar devido a "indícios de restritividade" no edital, que poderiam prejudicar maior participação de potenciais interessados na disputa. As impugnações contra o edital foram consideradas improcedentes pelo Tribunal em decisão no final de dezembro, de modo que o leilão foi retomado.

Linhas. O que será concedido hoje à iniciativa privada é a operação e manutenção das linhas 5 e 17 do Metrô. O critério é o maior valor oferecido pela outorga fixa, com lance mínimo estipulado em R$ 189,622 milhões.

Com duração de 20 anos, o contrato de concessão tem valor estimado de R$ 10,8 bilhões, montante que corresponde à soma das receitas tarifárias de remuneração e de receitas não operacionais, como exploração comercial de espaços livres nas estações. O investimento previsto pela iniciativa privada é de R$ 88,5 milhões, que serão aplicados em melhorias e infraestrutura das linhas.

A expectativa é que o leilão atraia um grupo restrito de empresas interessadas. Entre as candidatas a participar, está o Grupo CCR, que detém várias concessões em mobilidade urbana pelo País.

A linha 5-Lilás ligará o Capão Redondo à Chácara Klabin, na linha Verde do Metrô. Tem hoje 10 estações já em atividade, de um total de 17. Quando completa, fará interligação também com as linhas Azul (estação Santa Cruz), 9-Esmeralda e a própria 17-Ouro, além de três terminais integrados de ônibus.


O monotrilho da linha 17-Ouro integrará o aeroporto de Congonhas à rede metroferroviária da capital. Terá oito estações elevadas (Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi), com interligação nas linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda da CPTM, e um pátio de estacionamento e manutenção.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018


Segundo o metrô, usuários que vêm das integrações não pagam Foto: Arthur Mota

Grande Recife entrará com ação para cobrar do sindicato das empresas de ônibus recursos que não foram pagos
Por: Luiz Filipe Freire em 16/01/18 às 06H00, atualizado em 15/01/18 às 22H16

O Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT) entrará na Justiça para exigir que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) regularize os repasses dos valores referentes à arrecadação do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). Por conta das integrações entre os terminais e as estações, a bilhetagem eletrônica deveria ser objeto de uma partilha tarifária entre ônibus e metrô, mas, há quatro anos, o pagamento ao qual a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) tem direito vem sofrendo atrasos. A dívida já chega a R$ 64 milhões e faz falta ao orçamento de um sistema que, até bem pouco tempo, estava em risco de deixar de operar nos fins de semana por falta de verba.

Os repasses do VEM renderiam uma receita de R$ 1,8 milhão por mês para a CBTU, mas, desde 2014, a companhia não recebe o aporte com regularidade. Naquele ano, o valor acumulado foi de R$ 22.059.774,82, e em 2015, de R$ 22.667.512,24. Essa parte da dívida é reconhecida pelo GRCT, que há mais de um ano negocia como vai sanar o problema. Em 2016, quando o caso veio à tona, os dois órgãos entraram em acordo e apenas os repasses referentes àquele ano foram quitados. O cronograma seguiu até março de 2017, quando os atrasos recomeçaram. Chegaram a ser pagos R$ 6.319.562. Já as transferências que a Urbana-PE deveria ter feito entre abril e a segunda quinzena de novembro totalizam R$ 19.896.217,85, conforme o GRCT.

O órgão gestor afirma que sua assessoria jurídica está finalizando os trâmites internos para a judicialização, o que deve ocorrer até o fim deste mês. Não é a primeira vez que o caso vai parar na Justiça. Em 2014, as operadoras é que tomaram a medida quando o Estado tentava recuperar o gerenciamento das receitas do VEM, que, na época, chegavam a cerca de R$ 90 milhões por mês. O controle desses recursos está nas mãos da Urbana-PE desde 2008. Ao longo do ano passado, o GRCT afirmou, várias vezes, que o sindicato apresentaria cronogramas de pagamentos, mas os atrasos continuaram. A Urbana-PE foi procurada pela reportagem para explicar as razões do problema, mas informou que não comentaria o assunto por enquanto.

O superintendente regional da CBTU, Leonardo Villar Beltrão, explica que o atual modelo, apesar de permitir que o usuário vá de um ponto a outro da Região Metropolitana pagando apenas uma passagem, tem se mostrado danoso no que diz respeito à partilha tarifária. "Na média, a gente só recebe R$ 0,55 quando recebe nossa atual tarifa, de R$ 1,60. E, além disso, 57% dos usuários não pagam tarifa porque vêm das integrações. É um modelo que é muito bom para o usuário, mas que afeta a sustentação do sistema", argumenta o gestor.

No fim de semana, a Folha de Pernambuco mostrou que está nos planos da CBTU reajustar a tarifa no Recife após seis anos de congelamento. A companhia está fazendo estudos e, ainda neste mês, deve apresentar uma conclusão ao Ministério das Cidades, ao qual está vinculada. Atualmente, a tarifa de R$ 1,60 cobre menos de 25% dos custos do sistema. O restante é subsidiado pelo Governo Federal.


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Justiça determina instalação de câmeras de segurança nas estações de trem da Supervia


07/12/2017 - O Globo

A Justiça determinou que a Supervia instale câmeras de segurança dentro de suas estações num prazo de 120 dias, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público do Rio. A sentença prevê ainda a indenização de passageiros que tiverem sido lesados pela falta de câmeras. A concessionária foi condenada a pagar ainda uma indenização coletiva de R$ 500 mil ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD).

Em nota, o promotor de Justiça Rodrigo Terra, autor da ação, afirma que a Supervia não vem prestando o serviço público adequadamente e com a devida segurança, por não dispor de câmeras de segurança em suas instalações, o que impede a identificação de autores de práticas criminosas.

Em sua sentença, a juíza do caso afirmou que é dever da ré garantir que o usuário chegue ao seu destino incólume, garantindo sua segurança em suas dependências. Portanto, é necessária a instalação de câmeras de segurança, diz a nota do MPRJ.

Em nota, a s SuperVia informa que não recebeu notificação da Justiça, e entrará com recurso dentro do prazo estabelecido quando for notificada.


A instalação de câmeras nas estações do sistema ferroviário está em andamento e faz parte do programa de investimentos em curso pela atual gestão da concessionária, diz ainda a nota.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Veja quais estações e linhas serão expandidas em 2018 pelo Metrô e CPTM

02/01/2018 - Metrô CPTM

Seja por coincidência ou mesmo um empurrãozinho eleitoral, o ano de 2018 tem tudo para ser o da maior expansão da rede metroferroviária de São Paulo. Na iminência de ser apontado como candidato do PSDB à presidência, o governador Geraldo Alckmin quer usar esse trunfo como vitrine na corrida eleitoral. O problema é que as obras teimam em atrasar e “nuvem” de dúvidas a respeito das suspeitas de corrupção e conluio ameaçam tirar parte do efeito que essas novas estações e quilômetros terão na vida dos cidadãos.

Política à parte, uma coisa é fato: este ano o número de inaugurações será enorme, mesmo que haja algum atraso. A razão para isso é que muitas frentes de trabalho estão na reta final, o que permite dizer que a chance de problemas empurrarem suas inaugurações para 2019 é pequena. Confira abaixo como deve ser o calendário de expansão em 2018:

Janeiro

Duas estações estão prometidas para este mês, Higienópolis-Mackenzie (Linha 4), que deveria ter sido aberta no ano passado, e Eucaliptos (Linha 5). A primeira não passa deste mês a não ser que ocorra algum “desastre”. Já a segunda pode ficar para mais tarde. Quem passa na frente da estação ao lado do Shopping Ibirapuera em Moema ainda vê muito movimento e coisas para fazer. Há ainda os testes com os trens no trecho que parecem não ter ocorrido ainda. Mas se não for em janeiro é provável que a abertura ocorra em fevereiro, juntamente com outras três estações.

Fevereiro

É o mês prometido para três outras estações da Linha 5: Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo. Dessas Moema é a mais atrasada e pode realmente ficar mais para a frente. As outras duas têm previsão de serem concluídas até o final de janeiro. Novamente, os sistemas e testes com os trens são o maior risco de atraso no momento.

Março

Muita coisa é prometida para março e certamente será bem difícil que elas aconteçam nesse mês conforme previsto. Na Linha 4, há a estação Oscar Freire que tem trabalhos em bom ritmo mas um acesso ainda cru. É possível abri-la parcialmente e depois finalizar o segundo acesso. Na Zona Leste, o Metrô pretende fazer algo que só ocorreu na inauguração da Linha 1: abrir várias estações ao mesmo tempo. A ideia é que a Linha 15 do monotrilho ganhe oito estações nesse mês. As obras estão indo bem, mas é mais sensato imaginar numa abertura progressiva a fim de testar tudo com calma. Por fim, a Linha 13-Jade da CPTM deve começar a operação assistida até o Aeroporto de Guarulhos. Novamente, tudo depende da conclusão da via (nesse caso o viaduto estaiado) e testes de sistemas. Os trens serão “emprestados” de outras linhas. Não é exagero pensar que essa linha só seja inaugurada para eleitor ver.

Abril

Embora tenha apenas duas estações previstas, abril é o mês em que o governo pretende conectar a Linha 5-Lilás às linhas 1-Azul e 2-Verde. As estações Santa Cruz e Chácara Klabin vão mexer profundamente com a distribuição de passageiros no Metrô e CPTM. Muitos trajetos acabarão modificados pelos usuários com a possibilidade de ir para a Zona Sul e vice-versa por ela. Por essa razão, a impressão é que elas terão de abrir de forma bem gradual para não causar problemas no restante da rede.

Segundo semestre

Sem data tão precisa, duas outras estações são esperadas em 2018. A primeira é São Paulo-Morumbi, da Linha 4. As obras estão num bom ritmo, o que ainda a coloca no mapa deste ano. Será um importante adendo ao ramal já que fará a linha crescer e se aproximar de regiões carentes de transporte público de qualidade. Já a segunda, Campo Belo, da Linha 5, pode ficar para 2019. A mais atrasada estação do novo trecho está na reta final das obras civis, mas há muita coisa para fazer, inclusive um viaduto por cima dela. Pode dar tempo, mas não será surpresa se ela atrasar.

Marca dos 100 quilômetros


Caso cumpra suas promessas finalmente, o governo do estado acrescentará mais de 21 km à rede metrô além de 12 outros km à CPTM. Com isso, o Metrô de São Paulo finalmente passará a marca dos 100 quilômetros que somados à CPTM chegarão a cerca de 375 km de trilhos na Grande São Paulo e Jundiaí. Ou seja, quase 34 km a mais em apenas um ano – até então, o maior acréscimo que o sistema recebeu foram os 10,4 km entregues em 1988 na Linha 3. Mas como é sempre ter um pé atrás com promessas políticas, vamos ficar de olho se a meta será mesmo cumprida.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Licitação das barcas ainda não tem prazo para sair


07/12/2017 - O Globo

Um ano depois de a CCR Barcas formalizar em juízo que desejava devolver a concessão do serviço ao estado por acumular prejuízos, ainda não há prazo para a realização da licitação que vai escolher o novo operador do sistema de transporte aquaviário da cidade. Apesar de o governo estadual ter anunciado em março que pretendia concluir o processo ainda este ano, o texto do edital continua sob análise da assessoria jurídica da Secretaria estadual de Transportes. Entre outros detalhes, os técnicos avaliam 188 sugestões apresentadas por empresas e usuários, que poderão ser incorporadas, ou não, ao edital de concessão.

As sugestões foram feitas durante consulta pública, já encerrada, com base em uma versão prévia do edital, divulgada no site da secretaria. A minuta, que não indicava o valor mínimo que o interessado teria que pagar ao estado pela concessão, previa que a nova concessionária exploraria os serviços pelo prazo de 20 anos. A política tarifária não seria alterada. Um dos itens do texto divulgado para consulta pública também dizia que a futura concessionária seria obrigada a apresentar estudos de viabilidade de novas linhas no prazo de um ano, após assinar o contrato. As linhas seriam: Praça Quinze-São Gonçalo; Praça Quinze-Aeroporto Santos Dumont ou Aeroporto Tom Jobim; e Praça Quinze-Duque de Caxias.

A proposta previa também que a futura operadora teria que realizar melhorias na infraestrutura de alguns terminais, bem como cumprir metas de pontualidade superiores a 90% das viagens nos percursos feitos atualmente, incluindo Praça Quinze-Niterói.


No caso das obras estruturais, elas teriam que ser concluídas 12 meses após a nova concessionária assumir o serviço. Entre as intervenções previstas na minuta, estavam a reforma do cais no terminal de atracação da Ilha Grande; a climatização dos salões de passageiros das estações de Paquetá e Cocotá; a implantação de bicicletários próximos e serviços de wi-fi gratuito em todas as estações. A lista de exigências incluía ainda a instalação de painéis eletrônicos para indicar em tempo real a quantidade de passageiros por viagem.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

VLT e revitalização da Zona Portuária atraem mais turistas para o Centro da cidade


08/09/2017 - O GLOBO

A revitalização da Zona Portuária e a implementação do VLT no Centro do Rio mudaram os hábitos de turistas que chegam à cidade de navio. Visitantes que antes davam preferência a cartões-postais como Copacabana, Cristo Redentor e Pão de Açúcar agora incluem na agenda as atrações da região. Em um ano, o número de pessoas que usam o transporte público quadruplicou entre os que desembarcam no terminal do Píer Mauá. O percentual saltou de 4%, na temporada de cruzeiros de 2015/2016, antes de o sistema entrar em operação, para 16% (no período 2016/2017). Desse total, 9% usaram especificamente o VLT, 5% preferiram o metrô e 2%, ônibus.

A conclusão é da turismóloga Maraísa Esch, em sua tese de mestrado em engenharia de transportes pela Coppe/UFRJ. Maraísa apurou o efeito do VLT na maneira como turistas nacionais e estrangeiros se deslocam no Rio. Segundo ela, os navios não costumam pernoitar na cidade. Chegam por volta das 7h e partem até as 19h, o que dá aos passageiros apenas algumas horas para aproveitar os encantos cariocas. Com o novo meio de transporte na área do Porto, que passou a operar em junho do ano passado, e a remodelação da Orla Conde, mais visitantes estão caminhando ou usando o transporte público na região.

— O número de citações a lugares visitados no Centro e na área portuária aumentou consideravelmente entre as duas temporadas de cruzeiros. Nesse roteiro, o Boulevard Olímpico foi o campeão, seguido do Museu do Amanhã. Também aparecem o AquaRio, os Arcos da Lapa, o bairro de Santa Teresa, a Confeitaria Colombo e o Museu da Marinha — diz a pesquisadora. — Alguns turistas mencionaram ter feito todo o percurso do VLT como um passeio pela área central. Isso mostra o potencial desse trem para aprimorar a experiência de quem chega por navio à cidade.

Apesar de ter havido crescimento expressivo no uso do transporte público por parte de turistas, Maraísa destaca que o impacto do VLT no deslocamento ficou bem abaixo do que ela esperava. Principalmente porque, na primeira fase de entrevistas, antes de o VLT funcionar, 96% dos visitantes ouvidos disseram ter vontade de utilizar o bonde.

— A falta de informação foi o principal motivo que impediu mais turistas de usarem o VLT e circularem pelo Centro. Esse potencial turístico do bonde moderno não parece estar sendo aproveitado de maneira adequada — avalia Maraísa, que entrevistou 138 viajantes na primeira fase do trabalho e 140 na segunda, na alta temporada de cruzeiros, de novembro a março.

Segundo o estudo, muitos turistas que chegam à Zona Portuária afirmaram não ter usado o VLT por falta de informação precisa e confiável sobre o que fazer e como ir e voltar por conta própria, e em tempo hábil, até os respectivos locais de interesse na cidade. Maraísa diz ter constatado problemas de sinalização para os passageiros dos navios. Segundo ela, dentro do terminal havia uma única máquina para a venda de bilhete. Mal localizada, mais parecia um caixa eletrônico. O painel com informações sobre o VLT, no alto, exibia informações incompletas, e os folhetos com mapas da região eram antigos, ainda sem as estações do VLT.

Para corrigir o problema, e explorar melhor o bonde como ferramenta turística, Maraísa sugere duas medidas. A mais urgente: melhorar a divulgação do VLT no terminal do Píer Mauá e em outros pontos de chegada à cidade, como aeroporto e rodoviária. A outra é implantar integração tarifária do VLT com os demais meios de transporte.

— A integração existe em termos físicos com o Píer Mauá e o metrô, e é boa. Mas, na questão tarifária, o sistema deixa a desejar. A impressão dos turistas é de que usar o VLT com outros modais fica caro ou confuso, porque a passagem não permite o uso de outros meios de transporte — ressalta a pesquisadora.

LINHA EM EXPANSÃO

A concessionária VLT Carioca, que explora o serviço do bonde, tem planos para melhorar a sinalização. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, até o fim do ano serão instalados painéis em pontos estratégicos da região, como Aeroporto Santos Dumont, Píer Mauá e Rodoviária Novo Rio. Eles terão nova identidade visual e mais explicações sobre valor de passagem, itinerários e como comprar bilhetes e usar o bonde.

Quando começou a operar, o VLT transportava 25 mil pessoas por dia. Hoje, são 40 mil, um aumento de 60% no volume de passageiros em pouco mais de um ano. Atualmente, são duas linhas: a 1, ou azul, que liga a rodoviária ao Santos Dumont; e a 2, ou verde, que faz o trajeto Praça Quinze-Saara. Até o fim do ano, essa linha também chegará à Novo Rio, passando pela Central, onde fará integração com o Terminal Américo Fontenelle.

Em relação à integração tarifária, o VLT Carioca — que custa R$ 3,80 — informa ter interesse em manter contato com outros operadores de transporte. A única integração é com os ônibus municipais, pelo sistema do Bilhete Único, em que o passageiro pode usar VLT e ônibus pagando uma só passagem, no período de duas horas e meia.