10/04/2013 - G1 RJ
Revista Ferroviária
O projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ou metrô leve de Macaé, no Norte Fluminense, pode não sair do papel. O projeto inicial, orçado em aproximadamente R$ 25 milhões para aquisição das quatro composições, não foi para frente e, como resultado, após um ano da aquisição do primeiro trem, foram acumulados apenas prejuízos aos cofres públicos. Os trens chegaram a ser testados em 2012. Engenheiros e técnicos fizeram demonstrações, mas, desde então, os dois adquiridos ficaram parados em frente à única Estação existente na cidade. Nenhuma outra foi construída, ou alguma obra realizada nos trilhos.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, mensalmente são gastos de R$ 10 mil a R$ 20 mil só para mantê-los parados em bom estado. Em um ano o valor pode chegar a R$ 240 mil. Uma comissão foi criada para avaliar a viabilidade do serviço e as primeiras análises, segundo afirma o secretário Mauro Figueiredo da Rosa, levam a conclusões preliminares de inviabilidade técnica e econômica, o que pode significar o descarte definitivo das ações para funcionamento do VLT.
“Atualmente nossa preocupação é apenas em zelar pelo patrimônio público. Colocaram o carro na frente dos bois comprando as composições e assim fica difícil trabalhar. Não tem trilho, estação, não tem onde levar e transportar”, argumenta o secretário.
De acordo com o gestor, de um total de R$ 24,878 milhões orçados para aquisição das quatro composições, R$ 15,889 milhões foram pagos em 2012 e existe uma nota fiscal tramitando no valor de R$ 1,215 milhão. “Conversamos com a empresa contratada e pedimos que fosse interrompida a fabricação das outras duas que não foram entregues. Apesar de estar prevista em contrato, eles entenderam a situação”, explicou. Com isso, R$ 8,9 milhões não chegaram a ser gastos. Já o recurso destinado por mês para manutenção dos VLTs, segundo afirma, são para compra de diesel, necessários para que os motores das composições não fiquem parados, evitando o desgaste dos mesmos.
Secretário analisa inviabilidade econômica e técnica
De acordo com o secretário de Mobilidade, as primeiras análises ainda não são conclusivas. Uma comissão presidida pela Procuradoria e também composta pela Mobilidade Urbana e Controladoria do município está estudando as possibilidades, além de alternativas para o sistema. No entanto, segundo contapou ao G1, os primeiros dados apontam para inviabilidade do projeto inicial. Com isso, uma solução pensada seria o repasse das composições para outro ente da federação, ou seja, para outro estado ou município que tenha interesse em colocar em prática esse tipo de transporte.
Mauro argumenta que precisariam diversos investimentos, como construção de estações, investimento na linha férrea e mudanças na arquitetura do transporte do município, caso se decida pela continuidade do VLT.
“Na cidade só existe uma linha de trem, por exemplo. Um trem que saísse da estação central teria que esperar voltar para ir novamente.Quanto tempo levaria? A viabilidade operacional fica inviabilizada por carência de outras linhas, ou teríamos que investir para que saíssem da linha em alguns pontos para outro passar”, argumentou, pontuando em seguida o número de cruzamentos de veículos por onde passam a linha férrea. “Esses teriam que ser fechados ao tráfico de carros em curtos intervalos de tempo, ou então teríamos que construir cruzamentos de níveis, que passassem por cima”, disse. De acordo com o secretário, teriam que ser colocadas em prática o que chamou de “medidas de grande magnitude” para que o VLT começasse a circular, o que duraria, ainda de acordo com o secretário, de um a dois anos, necessários, segundo afirma, para fazer obras de infraestrutura.
O resultado dos estudos da comissão deve ser divulgado até o final do primeiro semestre, quando a população ficará sabendo se poderá contar, ou não, com essa alternativa de transporte no município.
“Não temos ainda como afirmar a alternativa final, porque não sabemos se o serviço será outorgado a uma concessionária, se não será feito, se iremos repassar a outro município da federação. Estamos pensando em uma alternativa. A principal preocupação é que o município não tenha prejuízo”, concluiu o secretário.
Revista Ferroviária
O projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ou metrô leve de Macaé, no Norte Fluminense, pode não sair do papel. O projeto inicial, orçado em aproximadamente R$ 25 milhões para aquisição das quatro composições, não foi para frente e, como resultado, após um ano da aquisição do primeiro trem, foram acumulados apenas prejuízos aos cofres públicos. Os trens chegaram a ser testados em 2012. Engenheiros e técnicos fizeram demonstrações, mas, desde então, os dois adquiridos ficaram parados em frente à única Estação existente na cidade. Nenhuma outra foi construída, ou alguma obra realizada nos trilhos.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, mensalmente são gastos de R$ 10 mil a R$ 20 mil só para mantê-los parados em bom estado. Em um ano o valor pode chegar a R$ 240 mil. Uma comissão foi criada para avaliar a viabilidade do serviço e as primeiras análises, segundo afirma o secretário Mauro Figueiredo da Rosa, levam a conclusões preliminares de inviabilidade técnica e econômica, o que pode significar o descarte definitivo das ações para funcionamento do VLT.
“Atualmente nossa preocupação é apenas em zelar pelo patrimônio público. Colocaram o carro na frente dos bois comprando as composições e assim fica difícil trabalhar. Não tem trilho, estação, não tem onde levar e transportar”, argumenta o secretário.
De acordo com o gestor, de um total de R$ 24,878 milhões orçados para aquisição das quatro composições, R$ 15,889 milhões foram pagos em 2012 e existe uma nota fiscal tramitando no valor de R$ 1,215 milhão. “Conversamos com a empresa contratada e pedimos que fosse interrompida a fabricação das outras duas que não foram entregues. Apesar de estar prevista em contrato, eles entenderam a situação”, explicou. Com isso, R$ 8,9 milhões não chegaram a ser gastos. Já o recurso destinado por mês para manutenção dos VLTs, segundo afirma, são para compra de diesel, necessários para que os motores das composições não fiquem parados, evitando o desgaste dos mesmos.
Secretário analisa inviabilidade econômica e técnica
De acordo com o secretário de Mobilidade, as primeiras análises ainda não são conclusivas. Uma comissão presidida pela Procuradoria e também composta pela Mobilidade Urbana e Controladoria do município está estudando as possibilidades, além de alternativas para o sistema. No entanto, segundo contapou ao G1, os primeiros dados apontam para inviabilidade do projeto inicial. Com isso, uma solução pensada seria o repasse das composições para outro ente da federação, ou seja, para outro estado ou município que tenha interesse em colocar em prática esse tipo de transporte.
Mauro argumenta que precisariam diversos investimentos, como construção de estações, investimento na linha férrea e mudanças na arquitetura do transporte do município, caso se decida pela continuidade do VLT.
“Na cidade só existe uma linha de trem, por exemplo. Um trem que saísse da estação central teria que esperar voltar para ir novamente.Quanto tempo levaria? A viabilidade operacional fica inviabilizada por carência de outras linhas, ou teríamos que investir para que saíssem da linha em alguns pontos para outro passar”, argumentou, pontuando em seguida o número de cruzamentos de veículos por onde passam a linha férrea. “Esses teriam que ser fechados ao tráfico de carros em curtos intervalos de tempo, ou então teríamos que construir cruzamentos de níveis, que passassem por cima”, disse. De acordo com o secretário, teriam que ser colocadas em prática o que chamou de “medidas de grande magnitude” para que o VLT começasse a circular, o que duraria, ainda de acordo com o secretário, de um a dois anos, necessários, segundo afirma, para fazer obras de infraestrutura.
O resultado dos estudos da comissão deve ser divulgado até o final do primeiro semestre, quando a população ficará sabendo se poderá contar, ou não, com essa alternativa de transporte no município.
“Não temos ainda como afirmar a alternativa final, porque não sabemos se o serviço será outorgado a uma concessionária, se não será feito, se iremos repassar a outro município da federação. Estamos pensando em uma alternativa. A principal preocupação é que o município não tenha prejuízo”, concluiu o secretário.
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