sexta-feira, 28 de abril de 2017

TTrans entra com pedido de recuperação judicial


24/03/2017 - Valor Econômico

A fornecedora do segmento metroferroviário TTrans protocolou esta semana, no Rio de Janeiro, um pedido de recuperação judicial para conseguir renegociar seus compromissos. Com dívidas que somam R$ 70 milhões, o plano da empresa é conseguir um investidor disposto a fazer uma injeção de capital que permita o pagamento dos compromissos e dê alguma folga para a companhia continuar operando. Para isso, ela contratou a Quist Investimentos e o escritório DASA Advogados.

Com faturamento de R$ 300 milhões anuais antes do agravamento da crise, a TTrans viu a receita cair mais de 35% em 2015 e 2016, tanto por conta de atrasos nos pagamentos de clientes quanto pela redução das obras de infraestrutura no país.

A carteira de clientes se divide metade com o poder público e metade com a iniciativa privada. Boa parte das obras para as quais fornece, porém, têm conexão com o poder público, especialmente Estados e municípios, que viram seus caixas minguarem.

A TTrans contabiliza hoje 30% de inadimplência nos contratos. Têm carteira de pedidos de R$ 200 milhões com prazo de 24 meses, sendo que a capacidade instalada supera os R$ 300 milhões anuais.

A expectativa é de que o mercado inicie uma retomada ainda este ano, o que facilitaria a condução da recuperação judicial. No momento, segundo o Valor apurou, a fabricante negocia com quatro fundos de private equity a entrada de recursos - dois brasileiros, um canadense e um americano. Conversas mais avançadas estariam sendo travadas com este último.

Nas negociações com potenciais investidores, a empresa fala numa expectativa de mais de US$ 3 bilhões em contratos a serem fechados no Brasil até 2019, levantamento que leva em conta obras de trens e metrôs previstas, como as da Linha 18 e da Linha 6 do Metrô de São Paulo.

Apesar da previsão de conseguir uma saída para os problemas financeiros, a decisão de recorrer à Justiça para se proteger dos credores foi tomada após a empresa não conseguir renegociar os prazos com bancos. Do total devido, 65% está concentrado com credores financeiros, como Itaú e Santander.

A empresa esteve presente em obras do metrô do Rio, de São Paulo e CPTM. É uma das empresas alvos da investigação conduzida pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel em contratos de trem e metrô de São Paulo.



terça-feira, 25 de abril de 2017

VLT de Sobral inaugura bilhetagem eletrônica e oferta descontos em passagens a partir da próxima segunda-feira


12/04/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
VLT Sobral-IMG_0255-Credito Arquivo Prefeitura Sobral-500pxApós ampliar o serviço ofertado à população, o VLT de Sobral inaugura no próximo dia 17 o serviço de bilhetagem eletrônica, que virá acompanhado de descontos na compra de pacotes passagens. Os usuários receberão cartões eletrônicos recarregáveis, e assim poderão adquirir várias passagens em uma mesma compra, evitando a necessidade de passar na bilhetaria cada vez que precisar usar o VLT.

Junto com essa comodidade, serão ofertados descontos nas passagens. Os pacotes anunciados anteriormente sofreram melhorias, e os descontos que passam a valer a partir de 17 de abril serão maiores. Quem comprar 25 passagens, por exemplo, receberá um desconto de 33%. Anteriormente, o maior desconto seria de 29%.

Para o público em geral, serão ofertados cartões em quatro modalidades: unitário, múltiplo, estudante e idoso. Para usufruir dos descontos, os usuários terão que adquirir o cartão múltiplo, que poderá ser recarregado com várias passagens e ficará de posse do passageiro.

O cartão unitário será usado para quem compra apenas uma passagem. Ele será recolhido pela catraca eletrônica, no momento do embarque. Já o cartão de estudante garantirá o direito dos discentes. Por fim, o cartão de idoso será concedido a pessoas com mais de 65 anos, mediante comprovação. Para estudantes e idosos será necessário cadastramento, sendo o cartão identificado com os dados de seu proprietário. No caso dos cartões múltiplos, o cadastramento será opcional, e servirá para resguardar a proteção dos créditos inserido em caso de perda ou roubo.

Operação comercial

Desde o dia 28 de dezembro do ano passado, o VLT de Sobral funciona em horário comercial, atendendo às demandas da população no período de 5h às 23h, totalizando quase 18 horas de operação, diariamente. A ampliação foi possível através da seleção pública temporária que contratou novos profissionais para a área operacional.

VLT de Sobral
Funciona de segunda-feira a sábado
5h30 às 23h
Extensão: 13,9 KM
Número de estações: 12

Foto: Prefeitura de Sobral / Arquivo


12/04/2017 – Metrofor

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Articulação busca acelerar expansão do metrô em Contagem


13/04/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
As negociações para ampliação da linha do metrô em Contagem, com a possibilidade de construção de três novas estações, chegaram a Brasília. A última movimentação foi uma reunião entre o deputado estadual João Vítor Xavier (PSDB) e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, a partir de articulações do prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB).

De acordo com o deputado, o ministro ficou interessado na proposta e se prontificou a conhecer a cidade nos próximos meses e também detalhes do projeto.

Um diferencial seria a proposta do município de arcar com parte dos investimentos. A prefeitura se dispõe a custear um terço dos cerca de R$ 700 milhões necessários para a extensão da linha em sete quilômetros, com três novas estações entre o Eldorado e Bernardo Monteiro.

“Conversamos sobre a totalidade do projeto e não somente sobre a abertura de uma nova estação. É um projeto factível. Não é algo comum um prefeito se dispor a investir nesse tipo de iniciativa”, afirma.

Ainda de acordo com João Vítor, será preciso que a União autorize o investimento da prefeitura no projeto. “E claro, que o governo federal também se comprometa a aportar recursos”, completa.

Num primeiro momento, o município se propõe a construir pelo menos dois quilômetros de linha, ao custo de aproximadamente R$ 230 milhões, com a abertura de estação no Novo Eldorado.


13/04/2017 – Hoje em Dia

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Seis escadas rolantes da Trensurb estão desativadas desde 2013 e outras cinco paradas sem previsão de conserto


18/04/2017 - Diário Gaúcho

Há pelo menos três anos, a dona de casa Clenir Fátima Costa de Vargas, 58 anos, percebe que as escadas rolantes da Estação Unisinos da Trensurb, localizada em São Leopoldo, não funcionam. Clenir utiliza o trem todos os dias e já perdeu a conta das vezes em que viu idosos e pessoas com deficiência terem dificuldades para chegar nas plataformas por conta do não funcionamento das escadas rolantes.

Ainda conforme a dona de casa, principalmente no período da manhã, a estação está sempre cheia. E, sem o equipamento funcionando, o tumulto é ainda maior.

— Idosos, estudantes, trabalhadores, todos misturados correndo contra o tempo e sem um dos meios de acesso. São quatro escadas e nenhuma funciona, nem para subir nem para descer. É horrível — comenta.

Amontoadas para não perder o trem, Clenir costuma ver as pessoas usando a escada rolante como escada comum. E fica aflita:

— Imagina se, do nada, a escada liga e alguém cai ou fica preso por falta de aviso?

A dona de casa já fez várias reclamações para a Trensurb, mas não presenciou alguma manutenção ou o conserto das escadas.

— Eles sempre usam a justificativa da falta de verba. Não há interesse em resolver o problema. Eu não sou a única prejudicada, são muitas pessoas — diz ela.

Em julho de 2013, o DG já denunciava a falta de funcionamento dos equipamentos.

Desativação é permanente, diz empresa

Para o descontentamento de Clenir, as escadas rolantes não voltarão a funcionar. A Trensurb informou que as quatro escadas da Estação Unisinos e outras duas da Estação São Leopoldo estão desativadas permanentemente desde dezembro de 2013. Em julho do mesmo ano, quando o DG fez uma reportagem sobre o assunto, a empresa havia informado que até agosto as escadas estariam consertadas, o que não aconteceu. O motivo, conforme a Trensurb, é o extenso desgaste e a impossibilidade de conserto, pois o fabricante abandonou o suporte ao modelo.

A Trensurb disse ainda que chegou a firmar contrato de compra de novas escadas rolantes, mas a empresa não apresentou a documentação necessária, o que impossibilitou o serviço. Uma nova licitação será lançada em breve, e o processo de troca das escadas deverá ser concluído no segundo semestre de 2018.

Ao todo, a empresa tem 50 escadas rolantes instaladas nas 22 estações. Tirando as seis desativadas, as outras 44 passam por manutenção frequente, diz a Trensurb.

"Fluxo interno"

Atualmente, cinco estão paradas: duas na Estação Mercado, uma na Estação Rodoviária, uma na Estação Sapucaia e uma na Estação Fenac. Não há previsão para a conclusão do conserto das escadas.

Em nota, a Trensurb salientou ainda que "as escadas rolantes não são equipamentos de acessibilidade, mas dispositivos para melhorar o fluxo interno das estações. Pessoas com dificuldades de locomoção devem utilizar os elevadores e rampas". Além disso, "os agentes metroviários e seguranças são treinados para atendimento a pessoas com deficiência, e a empresa conta com plataformas portáteis para transporte de cadeiras de rodas em escadas fixas, quando necessário".


terça-feira, 18 de abril de 2017

Linha 2 do VLT começa a operar mais cedo e de forma interligada no Rio


17/04/2017 - G1

A partir desta segunda-feira (17), o serviço da Linha 2 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)), que faz a ligação da Saara com a Praça Quinze, no Centro do Rio, será iniciado duas horas mais cedo, começando a circular às 6h, em vez das 8h. O funcionamento seguirá até as 14h, permanecendo com embarques gratuitos e intervalos de 15 minutos entre as partidas.

Além de sincronizar o início da operação com o do primeiro trecho - que liga a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont e tem tarifa de R$ 3,80 -, o consórcio VLT Carioca, que administra o serviço, afirma que a ampliação vai beneficiar os usuários que utilizam as barcas, no período da manhã. O mesmo acontecerá em relação aos passageiros de trem, que têm como destino o Centro da cidade.

A concessionária ainda não divulgou data para estender a circulação das 14h até a meia-noite e também não informou quando começará a cobrar tarifa dos usuários da Linha 2. Apesar da gratuidade no segundo trecho, os terminais para compra e recarga dos cartões estão em funcionamento nas quatro estações, para facilitar o atendimento aos passageiros que farão a integração com a Linha 1, nas paradas Colombo e Sete de Setembro.


A concessionária não tem balanço do volume de pessoas transportadas desde fevereiro, na Linha 2. Na Linha 1, foram mais de seis milhões de passageiros em dez meses, com uma média de 30 mil a 35 mil passageiros nos dias úteis, segundo a empresa.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Metrô e CPTM têm um problema operacional a cada 23 horas em 2016

Dados levantados pela TV Globo mostram linhas 3-Vermelha do Metrô e 11-Coral da CPTM como líderes em ocorrências.




Por André Graça e Tahiane Stochero, TV Globo e G1 SP
17/04/2017 06h41  Atualizado há 50 minutos


Trem descarrila e para linha 12 da CPTM (Foto: Reprodução/TV Globo)

Os usuários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô de São Paulo enfrentaram um problema que levou à interrupção momentânea do serviço de transporte público a cada 23 horas e 34 minutos no ano de 2016, segundo levantamento realizado diariamente pela TV Globo com base em relatos divulgados pelos usuários em redes sociais e confirmados pelas empresas.


Relatório da CPTM mostra problemas diários em linhas em 2017; CPTM disse que foram apenas 13 ocorrências notáveis em 2016 (Foto: Reprodução/G1)

No total, foram 212 problemas que levaram à paralisação temporária no serviço nas seis linhas do Metrô em 2016 e mais 143 nos trens da CPTM, conforme dados da TV Globo. Os dados incluem problemas nos trens de diversos tipos, incluindo falhas nos trens (incluindo portas, tração, comunicação interna e freio), no sistema de comando e controle, de equipamento na via ou da via, manutenção e alimentação elétrica. No caso de fechamento de portas, pode eventualmente ter havido algum problema cuja responsabilidade seja do usuário (como bolsas presas ou impedimento de fechamento para que pessoas pudessem entrar no vagão).

Juntos, os trens de ambos os serviços transportam nos dias úteis 7,4 milhões de passageiros. Nos últimos 5 anos, foram 1.185 problemas nos trens do Metrô e mais 1.089 nos da CPTM: média de 1,25 problema por dia.

A reportagem do G1 pediu os mesmos números de ocorrências por meio da Lei de Acesso à Informação. No Metrô, houve 91 ocorrências que prejudicaram os usuários levando à suspensão momentânea do serviço em 2016; já na CPTM, foram 13 ocorrências que “levaram à interrupção do serviço, nem que seja momentânea". No total, conforme os dados oficiais, o Metrô e a CPTM tiveram juntas um problema a cada 118 horas (quase 5 dias).


Desembarque da linha Verde do Metrô na estação Consolação: em vários horários há superlotação e problemas em portas dos trens (Foto: Tahiane Stochero/G1)

A assessoria de imprensa da CPTM não quis analisar os dados do levantamento da Globo e o aumento do número de problemas. Em nota, afirmou que não é correto comparar as ocorrências notáveis de vulto com ocorrências pontuais. Questionada pela reportagem sobre se poderia enviar os dados das ocorrências pontuais, a CPTM disse que não possuía estas informações e que são as ocorrências notáveis, enviadas ao G1 por meio da Lei de Acesso à Informação.

Mas a reportagem teve acesso a relatórios de ocorrências operacionais que mostram que, em média, há cinco ocorrências de falhas por dia de diversos tipos, gerando atrasos e recolhimento de trens para oficina ou acionamento de técnicos de manutenção ou verificação de trilhos.

Questionado sobre os problemas e as reclamações dos usuários, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, afirmou no dia 30 de março ao G1 que "a demanda de usuários das linhas aumentou muito, muito, nos últimos anos e que o governo está trabalhando para aumentar a malha do Metrô - a da CPTM aumentou", jusficiou ele. Segundo Alckmin, "estão sendo feitos investimentos e obras em diversas linhas" , entre elas 17-Ouro, 4-Amarela, "e até o final de 2017 ao mesmo pelo menos mais quatro estações da Linha 5- Lilás, que já estão prontas, serão entregues à população".

Já o Metrô afirmou que todos os sistemas de metrô no mundo estão sujeitos a falhas e que a quantidade de incidentes é compatível aos padrões internacionais de qualidade. (veja as notas das empresas ao final desta reportagem).



(Foto: Arte G1)

Linha 3-Vermelha
Os dados do Metrô apontam que a linha 3- Vermelha (que liga Corinthians-Itaquera à Palmeiras-Barra Funda) é a que mais teve problemas que paralisaram o serviço dentre as linhas do Metrô em 2016: foram 32 ocorrências - aumento de 52% em relação a 2015. Nos últimos 5 anos, a linha também é a que mais acumula problemas. O levantamento da TV Globo também aponta a Vermelha na liderança do ranking de problemas em 2016 (75 casos dentre o total de 212 incidentes), sendo seguidas pelas linhas 1- Azul (73 problemas) e 2-Verde (55 problemas).

Com 18 estações e atendendo em média 1,176 milhão de passageiros por dia, a Linha 3- Vermelha também lidera, nas redes sociais, as reclamações dos usuários em relação à superlotação e lentidão dos vagões. Foi nesta linha que um trem descarrilou em fevereiro, entre as estações Arthur Alvim e Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, derrubando grades e uma mureta.

Após o incidente, o Ministério Público reabriu um inquérito que havia sido aberto em 2013, após outro trem da mesma linha ter saído dos trilhos na Zona Oeste de São Paulo. A Promotoria do Patrimônio Público e Social pediu explicações ao governo sobre os motivos das ocorrências e a manutenção da linha e da frota.


Trem descarrilou na Zona Leste de São Paulo em fevereiro (Foto: Reprodução/TV Globo)

Segundo Alex Santana, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Empresas Operadoras de Veículos sobre Trilhos em São Paulo, a linha Vermelha é problemática por ser a com maior demanda de usuários, sobrecarregando todo o sistema. “É também nesta linha que circulam trens da frota K, chamada de frota bomba. São 25 trens que foram reformados superficialmente entre 2009 e 2011 e são recordistas em problemas, com falhas que se repetem pelos mais diversos motivos. Foi como uma maquiagem que deixou mais bonita por fora, mas o equipamento continua com problemas”, afirma Santana.

O diretor do sindicato dos metroviários afirma a diferença entre os números oficiais e os relatos dos usuários de problemas ocorreu porque a CPTM contabiliza como ocorrência de destaque (chamada de “incidente notável") problemas que geram atrasos ou interrupções de mais de 5 minutos e que são analisadas pela Comissão Permanente de Segurança (Copese) da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado.

"Temos informações de que só de incidentes que geraram relatórios da Copese foram 76 no Metrô e 140 ocorrências no total. Eles apresentam à imprensa um número que trata apenas de trens ou vias, mas sem considerar outros tipos de falhas, como de equipamentos, portas, estações, etc”, afirma Santana.

Os números oficiais apontam aumento de ocorrências na Linha 2- Verde em relação a 2015 (21%, conforme os dados do Metrô, e 3%, conforme a TV Globo). Percorrendo toda a Avenida Paulista, na região Central da capital, e ligando a Vila Prudente, na Zona Sul, à Vila Madalena, na Zona Oeste, a linha atende em média, diariamente, 518 mil pessoas.


Trem da linha 9-Esmeralda tem problema em portas, que não fecham por superlotação na estação Pinheiros e atrasam percurso (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Falhas em trens
76% dos problemas registrados nos trens do Metrô em 2016 trataram-se de falhas em trens (englobando problemas de trens, portas, freios, tração e sistema de comunicação interna), com preponderância de incidentes nas linhas Azul (37,5% do total) e Vermelha (33,75%), conforme os dados da TV Globo.

Problemas em equipamentos da via estão logo atrás no ranking (16,5% dos incidentes), seguido das falhas no sistema de energia (2%). Houve ainda em 2016 um trem descarrilhado na linha 5-Lilás, que está em obras e pretende ligar Capão Redondo à estação Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, ambas na Zona Sul.

Em relação aos incidentes constatados nos trens na CPTM em 2016, grande parte (44,75%) deve-se a falhas em trens, falhas em equipamentos na via (17,5%) e falhas no sistema elétrico (5%).

A Linha 11-Coral, que liga a Luz, no Centro da capital paulista, à estação Estudantes, em Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana, foi a que mais teve problemas (33% de incidentes nos trens), sendo seguida pela Linha 7-Rubi (30%), que liga Jundiaí à estação Luz, passando pela Grande São Paulo e por bairros da região Norte da capital paulista.


Metrô CPTM (Foto: Arte G1)

Para sindicato, é falta de manutenção
Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Central do Brasil, que representa os funcionários da Linha 11-Coral, Leonildo Bittencourt Canabrava, o fator que prepondera como causa de problemas na linha, recordista de reclamações, é a manutenção, tanto nos trens quanto nas vias férreas e aéreas. Conforme Canabrava, são feitos apenas reparos de emergência e paliativos, e não preventivos, o que impediriam as falhas.

“A CPTM vem trocando a frota, com exceção da linha 11, que ainda tem trens velhos sendo usados intercaladamente. Mas, muitas vezes se libera o trem com manutenção falha na parte eletrônica ou nas portas. Se a porta não fecha, atrasa tudo e o trem não anda, atrasando todo o sistema e causando um transtorno enorme”, defende.

Canabrava lembra que as vias férreas do Estado foram construídas há mais de 30 anos, voltadas para o transporte de cargas, “e não foram projetadas para o transporte de passageiros” e nem adaptadas. “No Metrô, os trens foram construídos com base fixa, nada mexe. Nos da CPTM, há pedra, madeira e depois os trilhos, que, com chuva ou mudança do tempo, eles cedem ou acabam se deteriorando, gerando em alguns pontos restrições e eventualmente, rompimentos. Aí o maquinista acaba reduzindo a velocidade nestes pontos para evitar danos maiores”, afirma.

Para que as pessoas não sejam tão prejudicadas e não cheguem tão atrasados aos compromissos pelos problemas nos trens, jovens se mobilizaram e criaram perfis nas redes sociais para informar, em tempo real, o que acontece. O administrador de condomínio e fotógrafo William Moreira, de 27 anos, controla um destes perfis, o @DiariodaCPTM, que tem mais de 135 mil seguidores.

“Temos vários colaboradores que utilizam várias linhas. Em janeiro, por exemplo, teve uma falha na linha 8 por conta de um apagão. Um usuário postou uma foto deles no escuro dentro do trem apagado, esperando. Soubemos na hora coisas que a CPTM leva depois uns 20 minutos para confirmar”, salienta.

O grupo que controla o perfil compreende homens e mulheres com idades entre 19 e 30 anos. “Foi uma ação voluntária, acabamos nos conhecendo por compartilharmos sempre o mesmo trem, ou a mesma linha, e resolvemos nos unir nesta causa para ajudar os outros”, explica.


Usuários monitoram problemas nas linhas da CPTM diariamente pelo Twitter (Foto: Twitter/reprodução)

Veja a íntegra da nota da CPTM:
A CPTM transporta cerca de 2,7 milhões de usuários por dia útil, em 2.750 viagens programadas diariamente nas seis linhas. Em 2016, foram registradas 13 ocorrências notáveis motivadas por falhas técnicas.
As ocorrências notáveis são caracterizadas pela interrupção da circulação dos trens em algum trecho da linha, podendo ter acionamento de PAESE (ônibus gratuitos).
Não é correto comparar as ocorrências notáveis, que causam grande impacto na circulação, com diversas ocorrências pontuais às quais a ferrovia está sujeita durante a operação. Como por exemplo, problemas de fechamento de portas comuns nos horários de pico, oscilação de energia, necessidade de redução de velocidade em trechos em manutenção ou devido às chuvas, entre outros. Todas as ocorrências são informadas aos usuários por meio de avisos sonoros e do aplicativo. A CPTM não comenta balanços de ocorrências da empresa realizados por terceiros.
A CPTM está trabalhando para modernizar sua rede. A Companhia já entregou à operação 115 novos trens e outros 55 serão entregues até o fim de 2018.”

Veja a íntegra da nota do Metrô:
“Todos os sistemas de metrô do mundo estão sujeitos a falhas e elas são proporcionais ao número de viagens realizadas. No Metrô de São Paulo, onde 4 milhões de passageiros são transportados e 3.500 viagens são feitas com 60 mil quilômetros percorridos por dia, a quantidade de incidentes notáveis se mantém nos padrões internacionais de qualidade e segurança.
Em 2016, os trens do metrô fizeram 80 mil viagens a mais do que em 2012, chegando a 1,14 milhão de viagens realizadas. Também foram percorridos 430 mil quilômetros a mais, se comparado a 2012.
E mesmo assim, o número de ocorrências notáveis – critério internacional de metrôs para incidentes que afetam a circulação dos trens em algum trecho ou linha por mais de 5 minutos além do intervalo programado – se mantém dentro dos padrões internacionais de qualidade e segurança.
Foram 82 ocorrências do tipo em 2016, o que equivale a 4,3 incidentes por milhão de km percorridos. Os incidentes são inerentes ao modelo do trem e têm relação com a quilometragem percorrida, assim como em qualquer outro sistema de metrô do mundo. Todas as frotas de trens do Metrô apresentam desempenho operacional semelhante.

Esses números mostram que o Metrô de São Paulo é um sistema de transporte regular, confiável e seguro, considerado internacionalmente como um dos dez melhores do mundo.”

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Anunciados como novos, trens parados desde 2013 entram em operação no metrô de SP


21/03/2017 - Jornal GGN

Depois de quase quatro anos parados, seis dos 26 trens novos que estavam sem uso na Linha 5-Lilás (Capão Redondo-Adolfo Pinheiro) do Metrô paulistano foram liberados para circulação na manhã de domingo (19), pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Inicialmente, vão operar somente aos domingos, ainda em fase de testes. Conforme a RBA denunciou, no ano passado esses trens estavam estacionados ao longo do trecho de circulação, no pátio Capão Redondo e na sede da fábrica da CAF, em Hortolândia, interior de São Paulo. As composições foram compradas por R$ 630 milhões, em 2012 e estão paradas desde que foram entregues, em 2013.

Alckmin não deu prazo para que os outros 20 trens sejam colocados em operação. O trem utilizado pelo governador para fazer o anúncio, no domingo, é o mesmo trem que a RBA flagrou sem utilização no ano passado, estacionado ao longo do trajeto da Linha 5 – composição P16.

Segundo Alckmin, a expectativa é de estender a operação dos novos trens para os sábados, a partir de abril. A operação plena, em todos os dias da semana, está prevista somente para maio. “Hoje é um grande dia”, declarou. “Os novos equipamentos, que têm ar condicionado, vagões contínuos e câmeras de vídeo, trazem mais conforto para os passageiros e reduzem a distância entre um trem e outro, incrementando a velocidade operacional”, completou.

O motivo principal para os trens terem ficado tanto tempo parados era o sistema de operação. A via opera com o sistema ATC (Controle Automático de Trens, na sigla em inglês) e os trens novos foram adquiridos com sistema CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação, também do inglês). Além disso, como o trecho em operação era relativamente pequeno, com 9,6 quilômetros, não havia espaço para inserir as composições. Até ontem, a linha operava somente com oito trens da frota F, adquiridos em 2001. O motivo de o governo Alckmin ter adquirido os 26 trens sem ter como utilizá-los é objeto de investigação do Ministério Público Estadual, desde 2015.

O Sindicato dos Metroviários várias vezes manifestou preocupação com a manutenção desses trens sem uso. As composições vinham sofrendo oxidação e desgaste na parte externa, devido à exposição às intempéries. Além disso, componentes sem uso se degradam, levando à possibilidade de os trens apresentarem falhas quando começarem a ser colocados para circular. Outra preocupação dos trabalhadores é que a garantia das composições era de quatro anos, mesmo tempo em que os trens ficaram sem uso.

Sem dar mais detalhes, o governo Alckmin informou que a Linha 5-Lilás vai operar com CBTC. O sistema é o mesmo utilizado nas linhas 4-Amarela (Luz-Butantã), 15-Prata (Vila Prudente-Oratório), onde no ano passado um trem deixou a estação, em via elevada, com as portas abertas, e 2-Verde (Vila Prudente-Vila Madalena), que sofreu 74 panes graves, em apenas dez meses de operação com esse sistema.

Alckmin também prometeu entregar ainda este ano 10 das 11 estações que faltam à Linha 5. Com isso o trajeto vai passar dos atuais 9,6 quilômetros para 20,8 quilômetros de extensão, ligando a região de Santo Amaro à Chácara Klabin, na região Sudeste da cidade, em conexão com a Linha 2-Verde. A última estação – Moema, no meio do ramal – está prevista para 2018, após 20 anos do início das obras. Com a linha concluída, a expectativa é de transportar 780 mil pessoas diariamente.

Em julho do ano passado, o governador Geraldo Alckmin anunciou a intenção de privatizar tanto o trecho em operação quanto o trecho em obras da Linha 5-Lilás. A expansão do trecho começou orçada em R$ 6,9 bilhões e atualmente tem previsão de custo de R$ 9,1 bilhões. Este aumento está sendo investigado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.


A Linha 5-Lilás começou a ser construída em 1998, quando era a Linha F da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O trecho em operação, entre Capão Redondo e Largo Treze, funciona desde 2002. Porém, a construção ficou parada até 2009 e, desde então, somente a estação Adolfo Pinheiro foi entregue. A Linha 5 está nos planos de privatização do governo Alckmin. Porém, o valor estimado é cerca de 1% do investido na construção.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Investimento em metrô cai 30% em São Paulo


O investimento do governo Geraldo Alckmin (PSDB) na manutenção e na expansão da rede de metrô na capital caiu 30% no ano passado. Balanço da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) mostra que a estatal investiu R$ 2,34 bilhões em 2016, menor valor em cinco anos. Em 2015, o aporte foi de R$ 3,3 bilhões, em valores corrigidos pela inflação.

A queda, segundo o Metrô, se explica por dois fatores: o avanço físico das obras para uma etapa que exige menos recursos, como a extensão da Linha 5-Lilás, que deve ter 9 das 10 estações concluídas neste ano; e a paralisação temporária das obras das linhas 4-Amarela e 17-Ouro (monotrilho) após rompimento de contrato com as empreiteiras. Para este ano, o plano é investir R$ 3 bilhões.

O balanço do Metrô revela ainda que, em 2016, a companhia transportou 10,3 milhões de passageiros a menos, totalizando 1,1 bilhão de usuários. A média nos dias úteis caiu 2,4%, de 3,8 milhões para 3,7 milhões de passageiros, a menor em cinco anos. Segundo a companhia, a queda foi reflexo da recessão.

Por outro lado, o Metrô registrou um aumento de 112% nos subsídios repassados pelo governo pelas gratuidades oferecidas pela companhia a desempregados, idosos, estudantes e passageiros com deficiências, que chegou a R$ 598 milhões no ano passado. O aumento, segundo a estatal, é consequência da redução da isenção para idosos a partir de 60 anos e da adoção do passe livre estudantil a partir de 2014 e 2015, respectivamente.

Investimentos. A obra de extensão de 10,9 km da Linha 5-Lilás, da Estação Adolfo Pinheiro até a Chácara Klabin, na zona sul, foi a que recebeu o maior volume de investimentos (R$ 1,2 bilhão). O Metrô prevê inaugurar as Estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin em julho e outras seis até o fim do ano. Já a Estação Campo Belo ficou para 2018.

O segundo maior investimento (R$ 518 milhões) foi feito nas obras da Linha 15-Prata, o monotrilho da zona leste, que também havia sido prometido para 2014 com 26,6 km de extensão e 18 estações até Cidade Tiradentes, mas foi reduzido e agora deve ser concluído com 15,3 km até Iguatemi, em 2021.

Já as obras das Linhas 4 e 17, retomadas no segundo semestre de 2016 após rompimento de contrato com as empreiteiras, receberam os menores investimentos: R$ 147 milhões e R$ 137 milhões, respectivamente. Inicialmente prevista para 2014, a Linha 17 (Congonhas-Morumbi) deve entrar em operação em 2019 com menos da metade da extensão. Já a extensão da Linha 4 ficou para 2020. Neste ano, o Metrô prevê entregar as Estações Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie.



segunda-feira, 10 de abril de 2017

Um policial nos trilhos a cada 6 quilômetros

Ladrões atacam nos vagões da SuperVia quando os trens estão prestes a chegar ou sair da estação

28/03/2017 06:34:58
BRUNA FANTTI
http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-03-28/um-policial-nos-trilhos-a-cada-6-quilometros.html

Rio - Atualmente, o Grupamento de Polícia Ferroviária (Gpfer) conta com 25 policiais para a atividade de patrulha nos trens, além de outros 20 agentes que trabalham pelo Programa Estadual de Segurança nos Serviços Públicos em Regime de Concessão. Eles são responsáveis pelo policiamento em 102 estações, distribuídas em 270 km da malha ferroviária.

“Fazer esse patrulhamento não é simples. Mas a gente atua de forma abrangente e houve redução de roubos neste ano”, disse o comandante do Gpfer. Neste primeiro trimestre do ano, foram 72 ocorrências, incluindo roubos de cabos, contra 107 em igual período de 2016 (queda de 32%).


Na Central do Brasil, o major Cristiano Almeida, comandante do Grupamento Ferroviário da PM, diz que ocorrências nos trilhos e trens da SuperVia caíram 32% neste ano. Sandro Vox / Agência O Dia

Forma de roubos já conhecida

O ajudante de obras Domingos José Rodrigues Gomes se recupera em casa após ser baleado em uma tentativa de assalto dentro de um trem, na manhã de ontem. De acordo com o relato de uma testemunha, o criminoso fez o disparo quando a porta do trem já se fechava, no ramal Japeri.

“Ele roubou duas mulheres e pediu o celular. Quando ele foi entregar o telefone, a porta começou a fechar, e o bandido atirou”, contou um amigo que o acompanhava, na 57ªDP (Nilópolis). Domingos foi atingido de raspão na barriga e a bala se alojou em seu braço direito. Após ser socorrido no Hospital da Posse, foi liberado para seguir o tratamento em casa.

A forma como o criminoso efetuou o roubo (aproveitando a chegada da composição em uma plataforma) já é conhecida pelo comandante do GpFer. “Os roubos em trens ocorrem quando o trem está saindo de uma estação ou chegando em outra. A vítima normalmente está mexendo no celular. O criminoso, então, pega rápido o telefone, sai do trem e a porta se fecha.

O aviso do roubo pela vítima só vai ocorrer na outra estação”, contou o major Cristiano Almeida, de 41 anos. Segundo o oficial, a violência no assalto de ontem a Domingos o surpreendeu. “Não tenho notícias de outros casos de violência durante roubos ou furtos. Não há notícias de casos assim”, disse.

As câmeras do trem da Supervia não filmaram a ação. A polícia, agora, procura imagens de quando o assaltante entrou no trem para tentar identificá-lo. Para evitar ser roubado, o serralheiro Douglas Santos, 25, já não usa o telefone dentro do trem. “Faço ligações e vejo redes sociais aqui na plataforma. Dentro do trem, evito ficar próximo às portas e não pego no telefone. Também não uso a mochila nas costas”, contou.

A dona de casa Margarida Ramos, 52, usava o trem pela terceira vez ontem. “Tenho que ir para Pedra de Guaratiba. Como os assaltos aumentaram nos ônibus, resolvi ir de trem. Mas tenho muito medo de assalto. Fico o tempo todo da viagem tensa, sentada, segurando a bolsa”, disse. Ela nunca foi assaltada ou presenciou um assalto em trem. “Posso garantir que o trem é um transporte seguro”, afirmou o major.

Tiroteios interrompem com frequência circulação de trens

Os quase 300 quilômetros da linha férrea atravessam inúmeras favelas que sofrem com troca de tiros frequentes, motivo de interrupção frequente dos trens. Apesar de não ter registro de passageiros feridos por balas perdidas, ano passado um trecho foi fechado devido à violência.

Em dezembro, a Supervia decidiu encerrar definitivamente a circulação de trens no trecho que liga Deodoro a Honório Gurgel. Um dos motivos seria que a circulação nesse itinerário era frequentemente paralisada devido à troca de tiros nas proximidades.

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Para o segurança privado Gilmar Lucas, 55, a segurança na Supervia é falha em estações mais afastadas. “Você só vê policiais nas estações mais movimentadas e, conforme a noite avança, o número de policiais diminui. No final de semana, quando o trem é parador, o policiamento é quase inexistente”, opinou.

De acordo com o major Cristiano Freitas, comandante do Gpfer, o policiamento é feito em duplas, que revistam os passageiros. “Temos o efetivo baixo. Mas, somente no ano passado, foram 582 conduções à delegacia. A maioria de pessoas com porte de drogas, outras presas em flagrante por roubos”, disse.

Em algumas ações criminosas, os assaltantes atuam em duplas e conseguem roubar um número maior de pessoas. “Nesse caso chamam de arrastão. Mas não é como aqueles em praias, que são vários assaltantes. Isso não ocorre”, disse Almeida.


O oficial pretende fazer um curso para capacitar mais policiais que possam atuar no sistema ferroviário. Em nota, a Supervia afirmou que o policiamento dentro dos trens é de responsabilidade do Gpfer.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Governo do Ceará tenta destravar Linha Leste do metrô


03/04/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
A liberação de recursos da ordem de R$ 2 bilhões para a retomada das obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor) será assunto da reunião que ocorre nesta quarta-feira (5), em Brasília, entre Governo do Ceará, Ministério das Cidades, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Mundial.

O titular da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), Maia Júnior, e o secretário das Cidades, Lúcio Ferreira Gomes, viajam para representar o Estado. “Queremos que a União honre seu compromisso contratual. Mesmo com a situação das contas federais muito crítica, não podemos esmorecer. Temos que ir atrás dos direitos do Estado”, afirma Maia Júnior.

De acordo com ele, o encontro é fruto de uma recente reunião que o governador do Ceará, Camilo Santana, teve com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e com o deputado federal cearense Leônidas Cristino (PDT). O parlamentar está intermediando as negociações ligadas à Linha Leste do Metrofor no Congresso Nacional.

“Vamos ver o que pode sair dessa reunião. Mesmo que não saia nenhuma decisão concreta da liberação dos recursos, esperamos, no mínimo, algum encaminhamento”, destaca Maia Júnior. “Mas o quadro do País ainda não está favorável do ponto de vista fiscal, com a economia sendo prejudicada com o aumento do desemprego. Estamos com o presidente (Michel Temer) e o ministro da Fazenda (Henrique Meirelles) sem nenhuma reação”, acrescenta.

Sobre a obra

A Linha Leste da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) recebe recursos do programa Mobilidade Grandes Cidades, do governo federal, de cerca de R$ 1 bilhão; e financiamento do BNDES, também de R$ 1 bilhão, aproximadamente. A contrapartida do Governo do Ceará é de R$ 259,22 milhões. Cerca de R$ 50 milhões já foram investidos na obra.

Iniciadas em novembro de 2013, as obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza foram paralisadas no início de 2015 por conta da reformulação societária articulada pelo consórcio. A expectativa inicial era que parte do equipamento fosse entregue em 2014, o que não ocorreu, sendo a nova data de conclusão prevista para 2019.

Compromisso

“Queremos que a União honre seu compromisso contratual. Mesmo com a situação das contas federais muito crítica, não podemos esmorecer”


03/04/25017 – Diário do Nordeste

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Conclusão do VLT de Cuiabá custará mais R$ 900 milhões


31/03/2017 - FolhaMax

O Ministério Público do Estado de Mao Grosso (MPE) anuncia ainda nesta tarde o fechamento de um acordo para a retormada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O governador do Estado, Pedro Taques (PSDB), leva pessoalmente à instituição minuta do documento aprovado pelo Consórcio VLT e a Secretaria de Cidades (Secid).

A garantia de aporte de aproximadamente de R$ 900 milhões por parte do governo de Mato Grosso viabilizou o entendimento. Com isso,a obra total custará cerca de R$ 2 bilhões, já que foram gastos R$ 1,05 bilhão até dezembro de 2014.

A conclusão das obras é para agosto de 2019, segundo informações iniciais.


Linha 4 do metrô pode ir para Jacarepaguá em vez do Recreio


29/03/2017 - O Globo

Em vez de avançar para o Recreio, a expansão da Linha 4 do metrô pode tomar o rumo de Jacarepaguá. Ou seja, do Jardim Oceânico seguiria pela Avenida das Américas até o Terminal Alvorada, na Barra, pegando a Avenida Ayrton Senna. A informação é do subsecretário de Projetos Estratégicos do município, André Marques. Segundo ele, o traçado vai depender de estudos de demanda e da estimativa de quanto poderia ser arrecadado com a venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs).

 ESTAÇÃO GÁVEA ESTÁ PARADA

O governo do estado e a prefeitura querem viabilizar o projeto de prolongamento da Linha 4 sem custos para o setor público, por meio de Cepacs. A operação prevê a criação de um fundo com recursos da venda desses certificados, que dariam direito de construção na Ayrton Senna e na Américas, acima do gabarito. Mas a proposta tem opositores. Luiz Afonso Senna, professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, não vê sentido na implantação de metrô onde há BRT, que tem a mesma função:

— Falta é planejamento de transporte. Mais importante seria concluir a Estação Gávea.

Secretário estadual de Transportes, Rodrigo Vieira afirma que são situações diferentes e, no caso da Gávea, é preciso resolver pendências com o Tribunal de Contas do Estado. Em novembro, o órgão reprovou as contas da Linha 4, com base numa auditoria de seu corpo técnico. Segundo Marques, não há estudos sobre o uso de Cepacs para concluir as obras na Gávea.


terça-feira, 4 de abril de 2017

O Balanço do Setor Metroferroviário foi divulgado nesta 2ª feira (03/04), em Brasília


Malha metroferroviária brasileira deve crescer 216 km nos próximos 5 anos

O Brasil deve ganhar mais 216 quilômetros de trilhos urbanos para o transporte de passageiros nos próximos cinco anos. Esse incremento será possível com a conclusão de 19 projetos já contratados e/ou em execução. A projeção de expansão da rede de transporte de passageiros sobre trilhos faz parte do Balanço do Setor Metroferroviário 2016/2017, divulgado pelo presidente da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), Joubert Flores, nesta 2ª feira (03/04), em Brasília.

No último ano, a rede metroferroviária brasileira expandiu 21,7 quilômetros, totalizando 1.034,4 quilômetros de extensão. Embora abaixo do esperado, a ampliação é positiva e representa um incremento de 2,1%, que foi possível com as inaugurações de trechos da Linha 2 do metrô da Bahia, do VLT Carioca e da Linha 4 do Rio de Janeiro. A projeção de expansão para 2016 era de 50 km.

“A ampliação da rede brasileira de trilhos urbanos foi impactada pela crise econômica do País, mas, mesmo assim, o balanço foi positivo e o setor pôde ampliar a oferta de mobilidade nas cidades onde essas expansões se concretizaram”, explicou o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, durante a coletiva de imprensa.

Para 2017, a ANPTrilhos projeta a adição de 29 quilômetros de linhas. Esse benefício será possível através da continuidade das obras da Linha 2 da Bahia e as extensões do VLT Carioca, do VLT da Baixada Santista e do VLT de Maceió. Desses 29 km, já foram inaugurados 6,7 quilômetros, nos meses de janeiro e fevereiro, e o restante está previsto para até o final do ano.

Transporte no Jogos Olímpicos

O transporte foi o grande legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, realizados em agosto, na cidade do Rio de Janeiro. Os investimentos realizados na rede de trilhos urbanos garantiram a estruturação da mobilidade na capital fluminense, possibilitando o transporte de 24,5 milhões de pessoas nas linhas de metrô, trem urbano e VLT, que atendem a cidade e a região metropolitana.

A rede de transporte do Rio de Janeiro movimentou no período dos Jogos cerca de 38 milhões de passageiros, sendo os sistemas sobre trilhos responsáveis por 65% do transporte de passageiros na cidade do Rio de Janeiro.

O Balanço completo do Setor Metroferroviário está disponível no link: http://anptrilhos.org.br/o-setor/balancos/  .

A coletiva de imprensa contou ainda com a participação do diretor executivo da ANPTrilhos, João Gouveia; do diretor de planejamento, Conrado Grava de Souza; diretor de novos mercados, Rodrigo Otaviano Vilaça; e da superintendente da ANPTrilhos, Roberta Marchesi.

Setor Metroferroviário amplia quadro de funcionários próprios

Na contramão dos índices de desemprego no Brasil, o setor de transporte de passageiros sobre trilhos registrou um aumento nas contratações de funcionários próprios em 2016, totalizando cerca de 32 mil empregados diretos.  As informações sobre a geração de empregos no País estão contempladas no Balanço do Setor Metroferroviário 2016/2017, divulgado pela ANPTrilhos, nesta 2ª feira (03/04), em Brasília.

Durante a coletiva de imprensa, o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, ressaltou que a entidade é otimista em relação à retomada dos investimentos no setor. “Mantemos a estimativa de expansão do quadro de colaboradores, com a projeção de chegar a 60 mil empregados até 2020”, explicou o executivo.

Passageiros Transportados

O principal motivo de viagens dos passageiros dos sistemas urbanos de trilhos é o deslocamento para o trabalho. O aumento da taxa média de desemprego no Brasil em 2016 refletiu de forma discreta na quantidade de passageiros transportados, que apresentou uma redução de 0,2% em relação à 2015.  Os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos transportaram 2,91 bilhão de passageiros no ano passado.

“Esse impacto foi atenuado pelo início de operação de novos trechos e a realização do Jogos Rio 2016”, explicou Joubert Flores.

O Balanço completo do Setor Metroferroviário 2016 / 2017 está disponível no link: http://anptrilhos.org.br/o-setor/balancos/  .


Entrega da Linha 17 tem novo adiamento


30/03/2017 - Via Trolebus

Uma obra que era para ter ficado pronta para a Copa de 2014 não ficará pronta nem para a Copa da Rússia, em 2018. Nesta quinta-feira, 30, o Governo do Estado anunciou que, o primeiro trecho, de 7,7km, da linha 17 – ouro, do Metrô,entre o Aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi, da linha 9 – Esmeralda, da CPTM, vai ser entregue somente em julho de 2019.

“A obra está indo bem, estamos hoje com quase mil trabalhadores e devemos dobrar até o fim do ano, mas ninguém desconhece que o Brasil vive a mais grave crise dos últimos 100 anos. As empresas também sofrem e não conseguem executar a obra. Nossa parte está em dia, a obra foi retomada”, justificou o governador Geraldo Alckmin.

O anúncio foi feito no mesmo dia que o Governo do Estado lançou o edital para concessão desta linha junto com a linha 5 – lilás.

No evento, Alckmin também anunciou edital para a construção da estação Morumbi da Linha 17-Ouro do monotrilho. Questionado sobre a decisão de leiloar juntas as linhas 5 e 17, já que o monotrilho ainda nem existe, o governador negou medo de afugentar interessados na licitação.

“A linha 17 está toda contratada. Um consórcio que teve problemas já foi substituído. A obra foi acelerada”, disse. “É a mesma concessão. Quem ganhar a 5, ganha a 17″, afirmou.