Lixo nos trilhos – Foto: Divulgação/Trensurb
19/07/2017Notícias do Setor
Um tema alheio à operação do transporte de passageiros tem
sido preocupação constante das companhias metroferroviárias: o excesso de lixo
nas linhas férreas. São resíduos que variam de itens domésticos a materiais de
construção e até mesmo móveis. Para se ter uma ideia da relevância do problema,
só a SuperVia, no Rio de Janeiro, que atua em cinco ramais ligando o centro da
cidade ao subúrbio carioca, retira, em média, mil toneladas de lixo por mês da
sua malha.
Em geral, o lixo é depositado por comunidades que vivem no
entorno das linhas férreas. São famílias carentes que moram em invasões. Com
isso, acabam utilizando as faixas de domínio como depósitos. “Eles jogam porque
sabem que nós vamos recolher. Trata-se de uma questão cultural e de um círculo
vicioso”, afirma o gerente de via permanente da SuperVia, Roberto Fisher.
Segundo ele, é comum os moradores quebrarem os muros que separam as comunidades
das ferrovias e criarem passagens clandestinas para despejo do lixo.
Diversos são os problemas causados pelo acúmulo desses
resíduos nas linhas férreas. O principal é o risco de os trens colidirem com
algum objeto de grande porte, aumentando, assim, a possibilidade de ocorrência
de acidentes. A existência de insetos e roedores que, além de contribuírem para
a proliferação de vetores de doenças, danificam equipamentos de sinalização,
roem fios e acabam provocando curto-circuitos nos trilhos, esse é outro fator
crítico. O excesso de lixo também compromete a drenagem em épocas de chuvas.
“Os resíduos obstruem canaletas e bueiros que fazem o escoamento pluvial, o que
acaba gerando acúmulo de água na ferrovia”, explica o gerente da SuperVia.
Apesar de todos os problemas gerados com o depósito, as
empresas têm feito um trabalho permanente de retirada. A CBTU de Belo Horizonte,
por exemplo, recolhe diariamente cerca de 1,5 tonelada de lixo ao longo de toda
a via do metrô. A Metrofor, que opera duas linhas no metrô de Fortaleza, retira
uma média de 300 toneladas de lixo por mês nos 43 km em que opera. Além disso,
trabalha em um programa para diferentes destinações desses resíduos.
Campanhas
As operadoras metroferroviárias trabalham frequentemente em
campanhas para que os moradores das comunidades próximas às ferrovias não
despejem lixo nas linhas. São ações como entrega de panfletos nas estações e
trens, palestras nas regiões que circundam os trilhos, instalação de lixeiras,
placas de orientação ou construção de jardins, sempre com a participação da
comunidade.
A reportagem completa está na edição mais recente da Revista
CNT Transporte Atual. Clique aqui e leia a reportagem em PDF
18/07/2017 – Agência CNT de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário