12/08/2017 - Diário do Transporte
A cidade de Maringá, localizada na região noroeste do
Paraná, quer um VLT.Com mais de 400 mil habitantes, a terceira maior cidade do
estado recebe nos próximos dias a visita de consultores de uma empresa francesa
especializada em transporte ferroviário de carga e de passageiros.
A visita, ainda mantida em certo suspense, terá como
objetivo uma análise prévia da viabilidade de implantação de um veículo leve
sobre trilhos (VLT). A notícia da visita foi feita pelo secretário de
Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur, que não dá mais detalhes, nem o nome da
empresa.
Na imprensa local o secretário apenas diz que a empresa “tem
a maior expertise no mundo em projetos de engenharia nessa área”.
Purpur, que esteve em junho no Rio de Janeiro para conhecer
o VLT Carioca, dá três motivos para justificar a opção pelo modal sobre trilhos
em lugar de um BRT: ele é mais silencioso e não poluente (elétrico), mais
amigável ao passageiro (circula ao nível da rua) e não interfere na paisagem
urbana, o que pode estimular o uso do transporte coletivo.
O modelo carioca inspira as pretensões da cidade de se
tornar a primeira do Sul do País a contar com essa modalidade de transporte.
De acordo com a secretaria, a primeira linha do VLT a ser
construído em Maringá teria cerca de 8,5 km entre a Praça Geoffrey Wilde Diment
e o antigo aeroporto. O prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PDT), imagina VLT
implantado em três anos.
Os motivos para tanta confiança são dados pelo secretário
Gilberto Purpur: “temos todas as condições físicas para ter o VLT leste-oeste,
topografia favorável, número de passageiros compatível com o projeto e sem
precisar fazer desapropriações”, explica ele para o jornal da cidade.
O objetivo do estudo de viabilidade econômica será comprovar
que o fluxo estimado de passageiros comporta o investimento. O secretário
afirma que para o traçado pretendido a demanda de passageiros é muito parecida
com o que se transporta no Rio, cujo VLT circula com 35 mil pessoas/dia.
Maringá, garante Gilberto Purpur, transporta 27 mil passageiros/dia na linha
leste-oeste, via Brasil, com um sistema deficiente.
O convite para a empresa francesa visitar a cidade – sem
custos para os cofres públicos – não é ocasional. O fato de a França ser um
país avançado no transporte de passageiros por VLT é uma aposta que inclui já a
possibilidade de futuros investimentos. Caso o parecer dos consultores seja
positivo aos estudos preliminares da prefeitura, esse seria um passo importante
para captar recursos para o modal.
De acordo com a secretaria, a primeira linha do VLT teria
cerca de 8,5 km entre a Praça Geoffrey Wilde Diment e o antigo aeroporto.
“Estamos bem confiantes, porque temos todas as condições físicas para ter o VLT
leste-oeste, topografia favorável, número de passageiros compatível com o projeto
e sem precisar fazer desapropriações”, explica o secretário.
VISITA AO VLT DO RIO
DE JANEIRO FOI PROMOVIDA PELA ANPTRILHOS:
O Vice-Prefeito de Maringá, Edson Scabora, e o Secretário
Municipal de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur visitaram o VLT do Rio de
Janeiro em 22 de junho deste ano. Eles participaram de uma visita técnica
organizada pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre
Trilhos (ANPTrilhos).
Além de Maringá, representantes das prefeituras de Sorocaba
e Cubatão também participaram da visita ao VLT.
Segundo a ANPTrilhos, associação que trabalha pelo
desenvolvimento do transporte de passageiros sobre trilhos, a visita teve como
objetivo apresentar os principais benefícios e desafios para a implantação
desse sistema nas cidades brasileiras.
Cubatão pleiteia a extensão do VLT da Baixada, operado pela
EMTU, e Sorocaba já trabalha num modelo de projeto de implantação do modal
através de uma PPP – Parceria Público Privada.
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