28/08/2017Notícias do Setor ANPTrilhos
Executivos da Egis, empresa francesa de engenharia e
estruturação de projetos, considerada uma das maiores do mundo em sua área,
estiveram em Maringá semana passada, percorreram o traçado proposto para
instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e concluíram pela viabilidade
inicial do projeto. O traçado liga a Praça Ivaí, no Fim da Picada, ao aeroporto
velho, deslocando-se em duas mãos por trilhos instalados no canteiro central da
avenida Brasil. Ainda não há custo estimado para obra.
O secretário de Mobilidade Urbana (Semob), Gilberto Purpur,
defende o projeto como indispensável para modernizar o transporte coletivo
Urbano. Argumenta que o VLT não apenas reforça a capacidade de deslocar pessoas
com conforto e segurança, mas também representa importante intervenção que
valoriza o espaço urbano. “Não se trata apenas de um meio de transporte, mas
também de instrumento de reorganização do espaço urbano, promovendo a
modernização do entorno”, afirma.
Phillipe Grizses, diretor de Engenharia de Ferrovias e
Transporte Urbano, e Alexandre Seixas, gerente de Consultoria, executivos da
Egis no Brasil, entendem que as condições topográficas da cidade, em particular
da avenida Brasil, reúnem as características adequadas para implantação do
projeto. O traçado não exige grandes obras, como viadutos, e desapropriações, o
que reduz o custo do empreendimento. Diferente do que ocorreu com as obras do
VLT no Rio de Janeiro e Cuiabá.
A estimativa da Secretaria de Mobilidade é movimentar 30 mil
pessoas/dia no trecho de 8 km entre a Praça ivaí e o antigo aeroporto. O
projeto prevê expansão de ramais para Sarandi e Paiçandu, além da ligação
norte/sul, passando pela UEM. O VLT se integraria ao transporte coletivo feito
por ônibus, o que demandaria reorganização logística de toda a rede. O
empreendimento começaria com um estudo de viabilidade, avançaria para validação
do projeto e finalmente licitação. Essas etapas durariam cerca de 10 meses.
A consultoria, cujo trabalho inicial não implica em custo
algum para o município, desaconselha o investimento no projeto no formato
Parceria Público-Privada (PPP), com o argumento de que o modelo depende da
saúde das empresas participantes.
Eventuais problemas financeiros com os investidores privados
repercutem negativamente no cronograma de execução da obra. A saída recomendada
é a captação de recursos internacionais para financiar o projeto.
24/08/2017 – ODiario.com
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