Christiano Rocco - Presidente do Instituto Ativa Brasil
ESTADO DE MINAS 27/04/2014
Com a Copa do mundo se aproximando, diversas adaptações têm sido feitas nas cidades-sede pensando na mobilidade de pessoas com deficiência ou demais necessidades especiais. Também pensando no acesso, desde dezembro de 2004, a Lei de Acessibilidade (Decreto 5.296/04) estabelece normas gerais e critérios básicos para melhorar a mobilidade, com normas amplas e abrangentes, incentivando as cidades a se tornarem mais acessíveis. Todavia, muito antes de essas medidas serem implementadas, algumas empresas já enxergaram a necessidade da sua própria norma: integração para todos. Com um programa que visa assegurar acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida por todas as vertentes dos eventos, as corporações precisam se empenhar para se tornar um modelo a ser seguido.
Hoje, ainda existem diversas barreiras à acessibilidade que impedem milhares de pessoas com mobilidade reduzida de ter autonomia e evolução social e econômica, visto que de 10% a 12% da população mundial têm alguma deficiência física e a maioria dos países não oferece esse tipo de suporte. Estimular uma nova atitude de pensar e agir da comunidade, buscando consolidar uma mudança de cultura, ressaltando o respeito e a valorização da diversidade humana devem ser os pilares das empresas sociais, que seguem procurando contribuir com a acessibilidade de todos e a integração social ampla, eficaz, reforçando o conceito de cidadania nos quatro cantos do nosso país. Disponibilizar condições como segurança, atendimento adequado, equipamentos e tecnologia para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida é favorecer sua autonomia. Diversas medidas são tomadas com o intuito de tornar acessível o lazer, bem-estar, informação e cidadania. Para garantir a mobilidade de todos, medidas como rampas de madeira devem facilitar o acesso dos cadeirantes, além das estruturas que comportam banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, espaço amplo, instalações e atendimento preparado para orientá-los. Além dessas medidas, é fundamental que os eventos ofereçam todos os requisitos de acessibilidade, facilitando a Mobilidade Urbana por meio de planejamento em conjunto com os órgãos de trânsito e controle de tráfego onde são realizados.
Observando o público máximo permitido de acordo com a estrutura disponível de cada localidade, os eventos também precisam respeitar todas as disposições do artigo 27 do Decreto 5.761/06 para garantia de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, idosos e demais pessoas com dificuldades de locomoção. Além disso, os equipamentos precisam passar por um rígido controle de qualidade e avaliação prévia, com assinatura de laudos por parte dos engenheiros responsáveis. Para garantir ainda mais a segurança, a entrada deve ser controlada e monitorada por meio de uma equipe de vigilância particular e amparada por Policiais Militares, além do evento respeitar todas as normas e legislações de segurança. Garantindo medidas como estas, eventos e empresas estarão aptos a receber amplamente a todos, contribuindo para uma sociedade mais justa e integrada.
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