19/02/201507h52
- Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) deu prazo até o fim do mês para que o consórcio Isolux-Corsán-Corviam retome as obras da linha 4-amarela do metrô de São Paulo. A construção do ramal está parcialmente parada ao menos desde novembro de 2014, como mostrou o jornal "O Estado de S. Paulo".
Se as obras não voltarem ao ritmo normal, os contratos de quase R$ 560 milhões do empreendimento poderão ser rescindidos. O Metrô informou que já multou a empreiteira, que nega ter sido autuada.
O imbróglio entre o governo e o consórcio se arrasta há meses e pode atrasar a entrega das futuras estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie. As duas últimas são as únicas que o Metrô vinha prometendo entregar neste ano.
Todas elas estão atrasadas em relação ao cronograma original das obras da linha 4, que previa a sua abertura completa, com 11 estações, em 2009 (a construção se iniciou em 2004). Até hoje, sete paradas foram inauguradas, a última delas em outubro.
De um lado, o Metrô põe a culpa no consórcio, que não estaria conseguindo honrar o cronograma estipulado nos contratos dos dois lotes em que se divide a chamada segunda fase da construção da linha 4-amarela. Do outro, o consórcio Isolux-Corsán-Corviam diz que o Metrô é o responsável pelo atraso, por uma suposta demora na entrega dos projetos executivos.
Até que o impasse seja resolvido, os canteiros das futuras estações permanecem praticamente vazios. Apenas alguns funcionários da Isolux comparecem aos locais das obras, para bater o ponto.
No espaço onde ficará a entrada principal da estação Oscar Freire, um guindaste está parado. No quarteirão vizinho, a escavações iniciadas para o acesso secundário da parada viraram um estacionamento improvisado para alguns carros.
O Metrô informou, por meio de nota, que acionou o consórcio por causa da redução do número de funcionários e do ritmo das obras. O Metrô divulgou ainda que o consórcio "já recebeu do Metrô todos os projetos executivos necessários para o prosseguimento das obras".
Mas o Isolux-Corsán-Corviam sustentou, também por meio de nota, que "atrasos na entrega e definição dos projetos executivos, por parte do Metrô", levaram a um "desequilíbrio econômico-financeiro das obras da linha 4", o que fez o consórcio adotar "grandes esforços para reajustar seu fluxo de pagamentos". As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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