Uma possibilidade, mais barata, estudada para
atender ao Leste Fluminense pelo Governo Estadual, é a implantação de linhas de
Transporte Rápido por Ônibus (da sigla em inglês BRT), para substituir o
projeto inicial da Linha 3, que usa o sistema de monotrilho suspenso.
Neste momento, a Secretaria de Estado de Transportes está desenvolvendo estudos
com relação ao modal que irá utilizar. De acordo com o secretário da pasta,
Carlos Roberto Osório, o projeto do BRT foi pensado por conta da atual situação
econômica que o estado e o país estão passando.
"Estamos buscando soluções para atender ao
leste da Região Metropolitana, que não possui um transporte de massa. Hoje, o
que está na mesa é um monotrilho que ligaria o Centro de Niterói a Alcântara,
que transportaria 228 mil pessoas por dia e que estaria pronto de 5 a 6 anos”,
explicou o secretário, que lembrou que o investimento seria de R$ 3,9 bilhões
com 22,4 km.
Como alternativa, custando menos que a metade do
projeto inicial (R$ 1,7 bilhões) e tendo previsão de ficar pronto em dois anos
- a partir do início das obras - o uso dos BRTs seria uma saída mais
barata, que percorreria 46 km, mais que o dobro da coberta pelo VLT. O projeto
prevê utilização de ônibus articulados e biarticulados.
"No projeto dos BRTs, seriam criados dois
sistemas, um ligando Niterói a Alcântara, no mesmo trajeto que seria o VLT
(seguindo a antiga linha férrea), e um segundo, margeando a RJ-104 que iria de
Niterói até Itaboraí. Com um custo menor, o projeto, caso seja o escolhido, irá
atender 310 mil pessoas por dia. Para se ter uma comparação, os dois BRTs do
Rio atendem cerca de 500 mil pessoas por dia, isso mostra que o do Leste
Fluminense também teria capacidade de expansão”, esclareceu Osório.
Outro ponto que está sendo levado em conta para a
escolha do projeto é o descongestionamento do Centro de Niterói. Caso os
corredores de BRTs sejam os escolhidos, os atuais ônibus intermunicipais
deixariam de circular, afirmou o secretário.
"Além disso, existe a BRT TransOceânica, que
poderia integrar com os BRTs da Linha 3”, afirmou.
No início da semana o secretário esteve em Brasília
nos ministérios da Cidade e do Planejamento levando os projetos para captar os
recursos. Atualmente, documentos estão sendo preparados para ser encaminhados
ao Governo Federal para aprovação. No projeto inicial divulgado pelo governo
estadual, o trajeto completo teria 37,2 quilômetros e 16 estações, e era divido
em dois trechos: o primeiro, que liga Niterói a São Gonçalo (o mesmo do atual
VLT), e o segundo, que segue até Itaboraí, com uma parte feita por rodovia. A
expectativa divulgada na época era que o metrô transportaria 350 mil
passageiros por dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário