Gabriela
Sales - Hoje em Dia
Lucas Prates/Hoje em Dia
Composições
têm sido testadas durante a madrugada Lucas Prates/Hoje em Dia
O metrô
de Belo Horizonte deveria operar, no mês que vem, com uma capacidade ampliada
de 50% no volume de passageiros, ou seja, dos 220 mil ao dia para 340 mil. Pelo
cronograma de aquisição de dez novos trens, anunciado pelo governo federal em
novembro passado, todos estariam nos trilhos em agosto. Até agora, porém, não
transportaram ninguém.
Um
investimento de R$ 171,9 milhões destinado a desafogar o sistema, mas que ainda
não resultou em benefícios. Os veículos, adquiridos de uma empresa espanhola e
montados em São Paulo, estão estacionados nos pátios de manutenção das estações
São Gabriel e Eldorado.
A
Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) argumenta que as composições estão
em teste e insiste em dizer que o processo segue dentro do programado. No
entanto, quando a suplementação da frota foi anunciada, a promessa era colocar
as composições em operação da seguinte forma: uma em janeiro, uma em março, uma
em abril, duas em maio, duas em junho, duas em julho e a última em agosto.
Enquanto
isso, passageiros se espremem nos vagões de composições antigas, com mais de 30
anos de uso, principalmente nos horários de pico. Fora o desconforto: quanto
mais cheio, mais quente. Os trens não têm ar-condicionado.
“A
sensação é que estamos em um forno. Não tem passagem de ar, e o aperto é
grande”, diz a auxiliar administrativa Patrícia Mourão, de 26 anos.
De acordo
com a assessoria de imprensa da CBTU, que não disponibilizou nenhum técnico
para explicar a demora na instalação dos novos vagões, as composições passam
por testes de comissionamento, obrigatórios antes da entrada em operação.
Segurança
Nos
testes, são verificados sistemas de freios, conjuntos pneumáticos, portas,
iluminação, performance, informações ao passageiros, dentre outras
especificações técnicas. Agora, em uma nova estimativa, a CBTU pretende colocar
as composições em atividade “no segundo semestre deste ano, de forma
gradativa”, mas não especifica datas.
Para o
Sindicato dos Metroviários (Sindimetro), a demora é resultado de falha no
cronograma. “Os testes são imprescindíveis para que o novo dispositivo comece a
operar. Isso requer tempo para que os ajustes necessários sejam feitos de forma
a garantir a segurança de usuários e funcionários”, explica o vice-presidente
Romeu José Machado Neto.
Além de
mais modernas, as novas composições têm ar-condicionado e vagões integrados.
Painéis eletrônicos informam aos passageiros o nome da estação que se aproxima.
Os
veículos têm, ainda, tecnologias sustentáveis, como iluminação por LED, mais
econômica e durável que a convencional.
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