O Globo 11/09/2015
RIO — O Centro do Rio está mais... laranjinha. As
bicicletas do Bike Rio têm servido cada vez mais como meio de transporte na
região, que já conta com 53 as estações. Agora, não é difícil encontrar alguém
de terno e gravata pedalando pela Avenida Almirante Barroso, por exemplo.
— É uma aventura pedalar de camisa de manga
comprida, calça e sapato social. Chego ao trabalho suado, mas bebo bastante
água e, em pouco tempo, fico seco, graças ao ar-condicionado. É uma forma de
não gastar dinheiro com passagem e me exercitar — afirmou o assistente
financeiro Denis Lima, que, na manhã de quinta-feira, pegou uma laranjinha no
Largo da Carioca para ir à Lapa.
O consultor Laion Azeredo é outro que adotou as
laranjinhas para ir de sua casa, na Tijuca, ao Centro. Ele pedala oito
quilômetros até o trabalho, na Avenida Presidente Wilson.
— Se eu pegasse um ônibus, levaria quase uma hora,
devido ao trânsito. De bicicleta, chego em 45 minutos, e mais disposto —
comparou Azeredo.
Já o engenheiro Eduardo Cavalcanti, que é
funcionário da Petrobras, recorre ao Bike Rio para se locomover entre os
prédios da empresa na região.
— Gasto cinco minutos. Andando, levaria 20 — disse.
O jornalista João Paulo Malerba, que mora no Bairro
de Fátima, também costuma pegar bicicletas nas estações do Centro.
Principalmente nos horários de rush, quando são mais disputadas. Hoje, ele tem
a laranjinha como principal meio de transporte.
— Dou uma dica para quem está começando agora a
usar o Bike Rio no Centro. Antes de retirar uma bicicleta, verifique os pneus e
teste a correia e o freio, porque, às vezes, não estão bons — aconselhou
Malerba.
Ausência do selim e travamento do passe sem
liberação da bicicleta são outros problemas eventualmente enfrentados pelos
usuários do sistema. Mas Angelo Leite, presidente da Serttel, empresa
responsável pela operação e manutenção das laranjinhas, afirmou que os
contratempos vêm diminuindo desde maio, quando foi implantado um sistema inteligente
de avaliação do desempenho do Bike Rio.
— Se uma bicicleta não é utilizada por três dias,
nosso software acusa essa situação e uma equipe é mobilizada para checar o
equipamento. E, quando detectamos um defeito em alguma estação, conseguindo fazer
os reparos necessários em até três horas — afirmou Leite
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