quinta-feira, 28 de julho de 2016

VLT de Sobral terá reforço operacional e horário de funcionamento estendido



21/07/2016Clipping do Dia          

A Cia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) lançará nos próximos dias edital de seleção pública para o VLT de Sobral. O objetivo é aumentar o horário de funcionamento dos trens, dando início à operação comercial do sistema sobralense.

O projeto de lei do Governo do Estado que cria as vagas temporárias foi aprovado nesta quarta-feira (20/7) pela Assembleia Legislativa do Ceará. Após sanção do texto pelo Governador Camilo Santana será contratada a instituição responsável pela seleção.

A opção pela contratação temporária se justifica pela previsão de concessão do sistema metroferroviário à iniciativa privada, por meio de Parceria Público Privada (PPP).

Atualmente, o VLT de Sobral opera de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h. O objetivo da Secretaria das Cidades, por meio do Metrofor, é realizar uma operação de 5:30h às 23:30h, atendendo de forma mais ampla as necessidades locais. Para isso, serão 19 vagas no total, de acordo com texto aprovado por unanimidade no parlamento.

Todas as funções são de caráter operacional, e se dividem em manobradores de trens, agentes de estação, controladores de metrô, e condutores de metrô. As remunerações variam de R$ 2.589,44 a R$ 3.034,31. As contratações serão realizadas por um ano e previsão de prorrogação por mais um ano, totalizando dois anos de serviço.

Experiência com funções ligadas à operação de trem e metrô não será obrigatória para participar daA seleção, mas contará pontos a mais durante a disputa entre os inscritos. Todos os selecionados participarão do treinamento, que será aplicado pelo Metrofor, em Sobral, após a seleção.

Atualmente, o VLT de Sobral transporta por dia, em média 2.600 passageiros.


20/07/2016 – Metrofor

Alckmin perdoa dívida de R$ 116 mi em meio à crise financeira do Metrô

O acordo entre a companhia e a multinacional francesa Alstom, que prevê melhoria no transporte, será entregue apenas em 2021
REDAÇÃO ÉPOCA
24/07/2016 - 11h11 - Atualizado 25/07/2016 11h04

O governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) fechou um acordo com a multinacional francesa Alstom e perdoou dívidas no valor de R$ 116 milhões. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. O Metrô apontou falhas no serviço da multinacional, que deve entregar o que estava previsto em contrato apenas daqui a cinco anos, em 2021. De acordo com a reportagem, o Metrô já havia apontado perdas que somam mais de R$ 300 milhões durante o período, além de enfrentar, atualmente, uma crise financeira.
Desde 2008, a relação entre o PSDB e a Alstom tem sido investigada. Naquele ano, surgiram suspeitas de que a empresa multinacional teria pago propina para conseguir contrato com estatais de energia no governo Mário Covas. O caso aconteceu entre 1998 e 2003, mas ainda não foi julgado.
O acordo, que prevê uma melhoria no sistema do transporte para diminuir o intervalo entre metrôs e acelerar o embarque de passageiros, foi acertado em um sistema de câmera arbitral, que substitui a Justiça e acelera o resultado da decisão. Ela teve início em 2013, sob sigilo, mas foi obrigada a ser divulgada por uma lei de 2015.
O serviço da multinacional foi contratado em 2008, no governo de José Serra (PSDB), por R$ 780 milhões. A entrega estava prevista para 2011. Devido aos atrasos, o Metrô aplicou multas de R$ 78 milhões. No entanto, a Alstom alegou que a companhia de transportes não fizera a sua parte: as obras não haviam terminado. O resultado é que, em 2013, a disputa foi resolvida na Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional.
De um lado, o Metrô argumentava que a companhia provocara uma perda de R$ 289 milhões nos lucros. Enquanto isso, a companhia francesa afirmava que os atrasos nas obras e nos aprimoramentos no sistema expandia ainda mais o valor do contrato: mais R$ 173,1 milhões. Em agosto do ano passado, elas fecharam um acordo e abandonaram os valores exigidos (inclusive a multa aplicada pelo Metrô).
A arbitragem resultou em US$ 536,785 – R$ 2,17 milhões – para ambas. Ao ser questionada pela Folha, a Secretaria de Transportes Metropolitanos afirmou que "os valores foram tratados como referência para discussão em arbitragem" e que era algo comum nesse tipo de litígio. A Alstom não se posicionou sobre o assunto.


segunda-feira, 25 de julho de 2016

Minas e Rio fazem projeto para colocar em circulação trem turístico entre os estados



Projeto "Expresso Trem da Terra" busca revitalizar o sistema de transporte ferroviário no país, através do Plano Nacional de Revitalização das Ferrovias
 postado em 03/11/2015
 Estado de Minas

Empresários, voluntários e autoridades de Minas Gerais e Rio de Janeiro arquitetam um projeto para criar um trem turístico entre os dois estados (o primeiro trem turístico interestadual do país nos dias de hoje). O Ministérios dos Transportes já cedeu duas locomotivas para que os veículos trafeguem entre as cidades de Cataguases, Recreio, Leopoldina, Volta Grande, Além Paraíba e Chiador, em Minas, e de Sapucaia e Três Rios, no Rio.

.O trecho tem 187 quilômetros de malha ferroviária explorada pela VLI, que, porém, desde 31 de julho de 2015 está inoperante, com o fim dos carregamentos de bauxita que eram feitos pela concessionária.

Os equipamentos, da década de 1970, oriundos da Fábrica Santa Matilde, estão sem utilidade e foram cedidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Eles serão recuperados em parceria com a iniciativa privada.

Vagões do famoso Trem de Prata passam por reforma, graças à parceria entre a Oscip Trem Amigo e empresários. Vagões de luxo estavam inoperantes desde 1998.

De acordo com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Amigos do Trem, a conquista das locomotivas e dos vagões de passageiros adquiridos pela entidade, é uma vitória da sociedade e do patrimônio público ferroviário. Com a operação do trem de passageiros a ferrovia será preservada em seus 180 quilômetros, além de poder ser utilizada diretamente pela população das cidades servidas pelo trem.

O projeto “Expresso Trem da Terra” busca revitalizar o sistema de transporte ferroviário no país através do Plano Nacional de Revitalização das Ferrovias e do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros. Participam do projeto o Ministério dos Transportes e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Estudos apontam que por viagem serão transportados até 240 passageiros (60 em cada vagão). O preço do passeio, que vai durar cinco horas, inicialmente só nos finais de semana, custará entre R$ 40 e R$ 50 por pessoa. “Negociações com empresas vão propiciar a recuperação de cada vagão por cerca de R$ 50 mil”, adianta Paulo Henrique. Em nível governamental, cada vagão reformado sairia entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão.

Orgãos reguladores terão que autorizar transporte de turistas

Em nota, a Ferrovia Centro-Atlântica informou, através do gerente de Relações Institucionais da VLI, José Osvaldo Cruz, que está acompanhando os estudos para as criação do Trem da Terra.

A concessionária, entretanto, alegou que possui concessão “exclusivamente para o transporte ferroviário de cargas no ramal”. O documento, porém, destaca os esforços da empresa.

“Visando auxiliar os autores da iniciativa, a concessionária repassou orientações sobre projeto especifico para tal transporte (de passageiros) e obtenção das autorizações legais junto aos órgãos reguladores do sistema”, diz um trecho da nota.


Empresas são autorizadas a realizarem estudos para transporte ferroviário de passageiros entre Luziânia e Brasília

18/07/2016Clipping do Dia ANPTrilhos

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou o grupo formado pelas empresas TACV – Desenvolvimento de Sistema de Transporte LTDA., Sistran Engenharia LTDA., EGL Engenharia LTDA. e Proficenter Negócios em Infraestrutura LTDA e o consórcio das companhias Geodata Engineering S.p.a., Geodata do Brasil Ltda. e Italferr Gruppo Ferrovie dello Stato Italiano a realizarem estudos de viabilidade técnica para subsidiar a outorga do serviço de transporte ferroviário de passageiros entre o município de Luziânia (GO) e Brasília (DF), conforme o Chamamento Público nº 4/2015.

O acompanhamento dos trabalhos e a avaliação dos produtos a serem entregues serão realizados por uma comissão de seleção, designada por meio de portaria específica da Agência. A comissão poderá estabelecer prazos intermediários para apresentação de informações, documentos e relatórios de andamento dos estudos; poderá elaborar agenda de reuniões; entre outras ações.

O autorizado terá o prazo de 240 dias corridos, contados da publicação das resoluções de autorização, para conclusão e apresentação dos estudos à comissão. O prazo pode ser prorrogado mediante decisão da ANTT.

O processo será regido pelas disposições contidas no Edital do Chamamento Público nº 4/2015, seus respectivos anexos, e no Decreto nº 8.428/2015.


15/07/2016 – ANTT

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Parceria com a iniciativa privada viabilizará abertura de estação do metrô


18/07/2016Clipping do Dia ANPTrilhos

O objetivo é concluir as obras da Estação Estrada Parque, em Águas Claras, e construir centro comercial no local
O objetivo é concluir as obras da Estação Estrada Parque, em Águas Claras, e construir centro comercial no local

A estação do metrô Estrada Parque, em Águas Claras, deve servir de modelo para outras futuras construções. A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) espera aval do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) para lançar o edital de licitação para concluir as obras do local – paradas por falta de recursos – e promover a construção de um centro comercial na área. Cerca de 30 mil pessoas – sendo 10 mil estudantes universitários – serão beneficiadas. O Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas do governo de Brasília já autorizou o avanço do procedimento.

A operação do sistema, a arrecadação com a bilhetagem e os custos com manutenção ficam por conta do Metrô-DF. Como é uma concessão comum, e não uma parceria público-privada (PPP) de fato, não há contrapartida financeira por parte do governo. Os ganhos do concessionário, que terá de pagar uma outorga mensal ao poder público, serão com a exploração do centro comercial, a ele reservada durante 30 anos.

Benefício para estudantes universitários

O presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, atenta para o fato de a região concentrar muitas universidades, o que torna a estação o local ideal para o desembarque de estudantes. “O maior benefício será para a população do DF, que contará com a abertura de mais uma estação do metrô, em especial para os cerca de 10 mil universitários da região, que hoje param longe de onde estudam.”

O terreno reservado para a Estação Estrada Parque fica no Lote 4.250 da Avenida Araucárias, em Águas Claras, próximo a Taguatinga. A área, com extensão de 29.008,32 metros quadrados, está inutilizada, e o acesso do público é inexistente.


14/07/2016 – Metrô-DF

Obras da Linha 5 do metrô de SP ficarão R$ 260 mi mais caras

Governo assinou novos contratos de ‘acabamento’ para obras de duas estações, do pátio de manutenção e do estacionamento que estão em construção
Estação da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo (Alex Falcão/Futura Press/VEJA)
Alvo de questionamentos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e de ação judicial do Ministério Público estadual, a Linha 5-Lilás do Metrô vai ficar 260,8 milhões de reais mais cara. A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) assinou dois novos contratos para obras de “acabamento” e “acessos” em duas estações e no pátio de manutenção e estacionamento de trens que estão em construção na zona sul da capital.
Somente no Pátio Guido Caloi, no Jardim São Luís, o custo das obras, que tiveram início em janeiro de 2013, subirão 54%, de 297,1 milhões de reais para 457 milhões de reais. O novo contrato, no valor de 159,9 milhões de reais, foi assinado com o consórcio Via-Planova, com prazo de 21 meses de execução. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia prometido entregar esse pátio em 2015. Agora, a previsão é para o final de 2017.
O Metrô afirma que “no decorrer da obra” sua equipe de engenheiros “constatou a necessidade de reforçar as fundações do Pátio Guido Caloi” e que “as lajes de sustentação das paredes do estacionamento subterrâneo de trens [a 25 metros de profundidade] também sofreram alterações no método construtivo por causa das características arenosas do solo”.
Já o segundo contrato, no valor de 100,1 milhões de reais, foi assinado com a construtora Construcap para a execução de instalações hidráulicas, paisagismo, urbanismo e requalificação do entorno nas estações AACD-Servidor e Hospital São Paulo, que chegaram a ser prometidas para 2014 e também devem ser entregues até o fim de 2017. Esse trecho já está em construção pelo consórcio Carioca-Cetenco por 458,5 milhões de reais.
“Houve a necessidade de contratação complementar por conta de intercorrências inerentes à complexidade do empreendimento”, afirma o Metrô, que nega ter havido aumento de custos. Segundo a estatal, houve economia de 30%, ou 134 milhões de dólares, no contrato de financiamento da obra com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “O Metrô negocia com o agente financiador o remanejamento para custear obras complementares.”
O aumento de custos da Linha 5-Lilás, que fará a conexão com as Linhas 1-Azul e 2-Verde e terá 11,5 quilômetros de extensão e mais dez estações (só Adolfo Pinheiro foi entregue), já é alvo de investigação do TCE. O tribunal apura diferenças entre orçamentos e quantidade de material consumido na construção, que fizeram o orçamento da obra saltar de 3,4 bilhões de reais para 4,5 bilhões de reais. Em junho, o conselheiro Antonio Roque Citadini deu prazo de 60 dias para o Metrô explicar uma série de alterações feitas nos contratos.
Na semana passada, o MP moveu ação judicial pedindo a condenação do Metrô e oito agentes públicos, entre os quais cinco ex-presidentes da companhia e o atual secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, pelo suposto abandono de 26 trens da Linha 5. As composições foram compradas em 2011 por 615 milhões de reais e estão paradas porque a conclusão da linha atrasou. O Metrô nega prejuízo.
Já a Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre São Paulo e Guarulhos, deve entrar em operação em 2018 sem a conclusão do monotrilho que levará passageiros da estação de trem até os terminais do Aeroporto de Cumbica. A GRU Airport, responsável pelo aeroporto, anunciou que faria o modal até 2014, mas o projeto não saiu do papel. Agora, afirma que “está avaliando as alternativas técnicas” para conectar os terminais à estação” e que “o cronograma do projeto está em linha com o prazo de entrega das obras da Linha 13-jade”.

Veja (Com Estadão Conteúdo)

terça-feira, 19 de julho de 2016

Obra de metrô do Rio usou contratos firmados no século passado


18/07/2016 - Folha de São Paulo
Sob suspeita de corrupção, a obra de construção da linha 4 do metrô do Rio e sua ligação com a linha 1 usou dois contratos do século passado para sair do papel. Um deles foi firmado em 1987, antes da lei de licitações e com os valores originais em cruzados.

A reativação de contratos antigos fez com que o Estado iniciasse a obra sem saber quanto ela custaria. Estimado em R$ 5,4 bilhões em 2012, o projeto deve consumir quase o dobro: R$ 10,4 bilhões. O Ministério Público do Rio investiga o caso.

Documentos da Operação Lava Jato indicam que o ex-governador Sérgio Cabral recebeu R$ 2,5 milhões em propinas da Odebrecht relacionadas à obra. Ele nega.

A empreiteira integra a concessionária Rio Barra S.A., responsável por construir a linha 4 (Barra da Tijuca-Ipanema). Também controla a CBPO (Companhia Brasileira de Projetos e Obras), responsável pela ampliação da estação General Osório e pela interligação das linhas 1 e 4.

A concessão da linha 4 foi feita em 1998, no governo Marcello Alencar. O projeto previa ligar Botafogo à Barra e custaria R$ 2,9 bilhões, em valores atualizados. O Estado bancaria 45% da obra, que não chegou a ser iniciada.

Após o Rio ser escolhido sede da Olimpíada, o governo Cabral decidiu construir a linha com outro trajeto, de Ipanema à Barra. Usou o mesmo contrato, sem nova licitação.

O Estado começou a obra sem saber quanto custaria e fez o primeiro pagamento em 2010. Dois anos depois, orçou o projeto em R$ 8,7 bilhões. No novo contrato, os cofres públicos passaram a bancar 90% do custo total.

No final de 2015, novo aditivo aumentou em R$ 989 milhões o valor da ampliação. Para o TCE (Tribunal de Contas do Estado), o governo deveria ter realizado nova licitação em razão da alteração "radical" do projeto.

O contrato da CBPO é ainda mais antigo. Assinado em 1987, no governo Moreira Franco, previa obras entre as estações Siqueira Campos e General Osório –à época, existentes apenas no papel. O valor era de Cz$ 2,2 bilhões.

A contratação ocorreu antes da lei de licitações, de 1993. Ao longo de 29 anos, o contrato recebeu 16 aditivos. Em 2011, o Estado atualizou o valor da obra para R$ 377,5 milhões. Ela já custa quase o dobro: R$ 738 milhões.

A linha 4 será inaugurada no dia 31, às vésperas do início da Olimpíada. O período de testes foi reduzido de um ano para dois meses.

OUTRO LADO

A Secretaria de Transportes do Rio diz que os contratos antigos estavam válidos e que uma nova licitação tornaria impossível concluir a obra antes da Olimpíada.

"Se pensássemos em fazer uma nova licitação, teríamos que cancelar o contrato anterior, fazer uma nova concorrência, novo projeto, novo licenciamento ambiental e quiçá estaríamos começando as obras agora", diz o secretário Rodrigo Vieira (Transportes).

A concessionária Rio Barra e a CBPO dizem que seguiram "todos os trâmites legais". O ex-governador Cabral já afirmou que manifesta "indignação e repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude".


Mais malha metroferroviária


14/07/2016Clipping do Dia ANPTrilhos


O ano de 2016 deve fechar com uma das maiores expansões do transporte de passageiros sobre trilhos das últimas duas décadas no Brasil, com incremento de 50,2 quilômetros aos 1.012 quilômetros de trilhos urbanos existentes. O resultado depende do início das operações de quatro novos sistemas, marcado para este ano: a Linha 4 do Metrô da cidade do Rio de Janeiro; a primeira etapa do VLT da zona portuária e central, também na cidade do Rio; a extensão do VLT da Baixada Santista (SP); e a primeira fase da Linha 2 do Metrô de Salvador (BA). Os dados são da ANPTrilhos e integram o Balanço do Setor Metroferroviário 2015/2016. Contudo, os impactos da atual crise política e econômica, que desacelerou a execução de obras e projetos em infraestrutura, devem ter reflexos negativos para o setor ao longo dos próximos anos.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

O trem antes dos trilhos

15/07/2016 - Folha de São Paulo

A construção da linha 5-lilás do metrô de São Paulo reúne os principais problemas que acometem as obras públicas no Brasil: atraso no cronograma, mau planejamento, orçamento estourado e indícios de irregularidades.

Nesta semana, o Ministério Público denunciou nove gestores e ex-dirigentes do Metrô sob suspeita de improbidade administrativa pela compra de 26 trens adquiridos em 2011, mas até hoje não utilizados.

A maior parte desse lote foi entregue em 2013 e, desde então, permanece encostada em pátios do Metrô e num armazém da empresa fabricante, expostos a intempéries e à inevitável deterioração provocada pelo tempo.

Tudo porque o trecho que receberá os novos trens, a confiar na previsão do governo paulista, só deve ser inaugurado no segundo semestre do ano que vem —três anos após o prazo inicial.

Em junho, o Tribunal de Contas do Estado já havia aberto uma investigação sobre 184 alterações nos contratos originais dessa linha, que fizeram o custo da ampliação aumentar 32,3%, passando de R$ 3,4 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

Tais problemas não são os primeiros em torno dessa obra. Em agosto de 2010, esta Folha antecipou em seis meses o resultado da licitação de dois lotes —um caso que, seis anos depois, ainda tramita na Justiça.

Os descalabros verificados na linha 5-lilás, lamentavelmente, estão longe de ser exceção. Há muito o governo paulista frustra a população da capital com os constantes atrasos e escândalos de corrupção ligados à expansão do metrô.

Tome-se o exemplo do monotrilho, que deveria facilitar a locomoção dos moradores da zonas sul e leste. A linha 17-ouro havia sido prometida para a Copa do Mundo de 2014, mas só deve entrar em pleno funcionamento por volta do início de 2018.

Também atrasado, o monotrilho da linha 15-prata será repassado à iniciativa privada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), sob a alegação de dificuldades financeiras.

A transferência, contudo, não representa garantia de celeridade. A linha 4-amarela, a primeira sob o modelo PPP (parceria público-privada), começou a ser construída em 2004, mas só deve ficar completamente pronta em 2018.



Problemas do gênero, repita-se, são encontradiços em todas as administrações do país. Mas espera-se de Alckmin, sempre um potencial candidato à Presidência, respostas mais concretas ao desafio do investimento público.

CBTU vai construir estação no Centro de Maceió


Projeto vai garantir requalificação em toda a área em torno dos Mercados do Artesanato e da Produção

04/03/2015 14:16A- A+

Nova estação da CBTU será construida ao lado do Mercado do Artesanato
Será assinada na sexta-feira, (6), a ordem de serviço que garante a construção de duas novas estações de trem em Maceió.

A obra pertencente à Companhia Brasileira de Trens Urbanos, (CBTU), será realizada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, (PAC) e está orçada em cerca de R$ 23 milhões, vai contemplar o bairro do Bom Parto e o Parque Rio Branco, ao lado do Mercados do Artesanato.

O projeto, que deve durar cerca 12 meses, pretende atender à modernização do sistema entre a capital e Lourenço de Albuquerque, em Rio Largo e prevê a modernização da via férrea entre as ruas Melo Morais, no Centro, e a travessa General Hermes, no Bom Parto, cuja obra deve durar cerca de 18 meses. O trecho da Via entre a zona rural do município de Rio Largo e a Estação Satuba também será modernizado.


O projeto vai proporcionar a Prefeitura de Maceió uma 'limpeza' das ruas em torno dos Mercados do Artesanato e da Produção. A requalificação do Parque Rio Branco - cuja obra total deve durar mais de um ano - vai relocar todos os ambulantes hoje instalados de forma desorganizada obstruindo a maioria das vias do bairro do Levada.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

VLT começa a operar até a rodoviária



13/07/2016Clipping do Dia           ANPTrilhos

Trajeto desde o Santos Dumont terá 16 estações; novo trecho só vai funcionar nos dias úteis

A partir desta terça-feira, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) passa a operar um trecho mais longo: do Aeroporto Santos Dumont até a Rodoviária Novo Rio. Desde a sua inauguração, em 5 de junho, o bonde só circulava até a Parada dos Navios, na Praça Mauá.

O novo percurso conta com 16 estações em funcionamento. Ontem, os veículos sobre trilhos começaram a operar das 8h às 20h, com intervalos de 15 minutos nos dois sentidos. Sete trens serão empregados no trecho, que, por enquanto, vai ser percorrido totalmente apenas nos dias úteis: nos finais de semana, o veículo continuará circulando do Santos Dumont até a Parada dos Navios.

Além das 16 estações, há outras três no trajeto, mas que permanecem fechadas: Praia Formosa, Cordeiro da Graça e Gamboa.

O usuário ainda pode andar de graça no bonde. A prefeitura chegou a anunciar que cobraria a passagem a partir do último dia 1º, mas o prazo foi adiado. Ainda não se sabe quando a tarifa de R$ 3,80 será exigida dos passageiros.

Não haverá cobrador no VLT, e o usuário terá que validar o seu bilhete em máquinas instaladas nas composições. Só no primeiro mês de operação, foram transportadas pelos novos bondes 207.028 pessoas, em 851 viagens.


11/07/2016 – O Globo

Ambulantes protestam contra proibição de venda de produtos no metrô do Recife

Atividade é proibida por leis estadual e federal

Publicado em 12/07/2016, às 10h50
Jornal do Comercio de Pernambuco
    


Segundo os ambulantes, os policiais ferroviários federal voltaram a apreender as mercadorias / Foto: Roberta Soares/JC Online

Um grupo de ambulantes faz protesto em frente à Estação Central do metrô do Recife contra a proibição de venda de produtos dentro dos vagões e estações. Com cartazes e apitos, vendedores reivindicam a autorização para trabalhar nas dependências do metrô. Segundo os ambulantes, os policiais ferroviários federal voltaram a apreender as mercadorias.

CBTU detalha planos da campanha de limpeza nas estações de metrô do Recife
O trabalho de ambulante é proibido no metrô, por leis estadual e federal. Vários usuários do metrô apoiam a atividade, por questão social, ainda mais em tempos de crise. Outros reclamam da desordem. No ato, os manifestantes bloquearam a Rua Floriano Peixoto, no bairro de São José.

Em maio do ano passado, a CBTU firmou parceria com a Prefeitura do Recife, Polícia Militar e Grande Recife Consórcio de Transportes para intensificar a fiscalização, com seus seguranças, e coibir o comércio informal nas composições.

Em nota, a CBTU informou que o comércio ilegal gera insatisfação dos passageiros do sistema e acúmulo de lixo. Confira a íntegra da nota:


Nos últimos anos, o número de ambulantes e ocorrências relacionadas aos mesmos vem aumentando de forma exponencial, somada a crescente insatisfação dos passageiros que utilizam o sistema. Além de assaltos e depredações aos trens, o comércio ilegal gera uma grande quantidade de lixo. Desde o lançamento da campanha “Metrô sem lixo: Abrace essa ideia!”, a CBTU vem intensificando as ações contra ambulantes no sistema metroviário. A proibição de comércio ambulante no sistema de trens da CBTU Recife é regulamentada pelo Decreto Lei do Governo Federal nº 1832/96 de 4 de março de 1996 Cap. III – Art. 40; e pelo Regulamento do Sistema de Transporte Público de Passageiros através do Decreto nº 14.846 de 28 de fevereiro de 1991. A intenção da Superintendência da Companhia é devolver a tranquilidade e segurança aos passageiros que utilizam o metrô diariamente.

Ministério Público denuncia nove por compra de trens na gestão Alckmin


12/07/2016 - Folha de São Paulo

O Ministério Público de São Paulo denunciou nove dirigentes e ex-dirigentes do Metrô na gestão Geraldo Alckmin (PSDB) sob suspeita de improbidade administrativa pela compra de 26 trens que nunca foram utilizados devido ao atraso nas obras de prolongamento da linha 5-lilás. Entre os denunciados estão Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos na época da compra, e Clodoaldo Pelissioni, atual titular da pasta e diretor do Metrô em 2015.

A Promotoria pede a devolução dos R$ 615 milhões usados na compra das composições, além de mais 30% de multa por danos morais, totalizando R$ 800 milhões.

As 26 composições, com seis vagões cada uma, foram adquiridas em 2011 por R$ 615 milhões e seriam utilizadas na expansão da linha 5-lilás (da estação Adolfo Pinheiro até a Chácara Klabin), que ainda não se concretizou.

Parte dos trens foi entregue em outubro de 2013 e, segundo a Promotoria, está parada desde então em pátios do metrô no Jabaquara, Capão Redondo e Guido Caloi, na zona sul da capital paulista. Outros dez estão em depósito da fabricante, a CAF, em Hortolândia, interior de São Paulo.

O promotor Marcelo Milani afirma que as composições estão perdendo a garantia e vão precisar passar por manutenções quando entrarem em operação –a previsão é que a expansão dessa linha do metrô seja concluída apenas em 2018, cinco anos após a entrega dos novos trens.

Essas garantias estão vencendo. Esses trens, para entrar em funcionamento, quando terminar a obra, seguramente vão necessitar de nova manutenção para poder entrar em funcionamento, diz.

Toda a eletrônica do trem estará perdida. Se você for numa loja e comprar um computador hoje, ele será diferente daqui a um ano e será muito diferente daqui a dois anos, compara Milani.

Além do ex e do atual secretário, foram denunciados Paulo Menezes Figueiredo, atual presidente do Metrô, e os ex-presidentes da companhia Sérgio Henrique Passos Avalleda, Jorge Fagali, Peter Berkely Bardram Walker e Luiz Antônio Carvalho Pacheco.

Foram incluídos ainda Laércio Mauro Santoro Biazotti (ex-diretor de planejamento e expansão) e David Turbuk (ex-gerente de concepção e projetos de sistemas).

'ABANDONO'

O promotor Marcelo Milani, em sua denúncia, afirma que os trens estão no mais completo abandono, inclusive sendo vandalizados. Segundo ele, a investigação foi iniciada a partir da denúncia contra um funcionário graduado do metrô. O Ministério Público, afirma ele, apura também irregularidades em outras linhas.

Além dos trens ociosos, a Promotoria afirma que eles possuem sistema operacional eletrônico, diferente do analógico usado atualmente na linha 5 –e que isso necessitaria de adaptação.

Além disso, possuem bitolas (largura entre os trilhos) diferente não só da linha 5, como de todas as outras linhas em operação do metrô, impedindo seus outros sistemas, afirma Milani. A escolha [pelas bitolas] revela total desprezo pela coisa pública, escreve ele na denúncia.

OUTRO LADO

O Metrô diz que os trens adquiridos estão sendo entregues e passam por testes, verificações e protocolos de desempenho e de segurança, e que oito veículos já estão aptos a operar a partir de setembro no trecho de 9,3 km entre as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro.

Além disso, a empresa ainda afirma que toda a linha-5, da primeira à última estação, terá a mesma bitola, e que não haverá gastos extras com a manutenção dos novos trens.

O órgão diz que não arca com nenhum custo de aluguel para estacionamento dos veículos e que o prazo de garantia só começará a valer após o início de operação de cada composição, conforme previsto em contrato. O promotor, porém, nega o argumento e diz que a garantia começou a valer a partir da entrega dos veículos.

A expansão da Linha 5 é um empreendimento que incluiu os projetos, as obras civis e a implantação de sistemas, a implantação de um moderno sistema de sinalização em todo o trecho e a aquisição de novos trens para transporte da nova demanda de usuários, diz a empresa, e afirma que as ações foram executadas dentro de um detalhado cronograma.

Por fim, o metrô afirma que as informações já foram encaminhadas reiteradas vezes ao Ministério Público de São Paulo, que as desconsiderou para a abertura do inquérito.


A Folha não conseguiu contato com os outros denunciados.

terça-feira, 12 de julho de 2016

6 passeios (bate e volta) de trem para fazer em SP

06/07/2016Clipping do Dia           ANPTrilhos
Conhecer a cidade de São Paulo sempre é uma ótima ideia. Por mais que a gente saiba dos principais pontos turísticos, ainda há muito o que explorar (e se surpreender)! Uma prova disso são os passeios de trem pelas cidades próximas à capital, que mostram um pouco da história e cultura de cada local.

O passeio é uma boa dica para quem quer sair da rotina e conhecer lugares novos – por uma outra perspectiva! Dá para viajar de trem partindo da capital para Paranapiacaba, Jundiaí e Mogi das Cruzes. Outras cidades próximas, como Campos do Jordão, também oferecem o passeio. Que tal conhecer um pouco mais sobre os roteiros e escolher o que mais combina com você?

EXPRESSO TURÍSTICO – CPTM



O Expresso Turístico é uma locomotiva dos anos 50 que leva os passageiros a cidades turísticas próximas a São Paulo. Existem 3 opções de roteiros que alternam entre os finais de semana do mês e partem da Estação da Luz, em São Paulo. Os ingressos são adquidos com antecedência na bilheteria da estação e os valores são os mesmos para os três roteiros: R$ 45 (1 pessoa) e R$ 75 (2 pessoas) ida e volta. Não é possível comprar pela internet. Para mais informações, acesse o site oficial da CPTM.

Paranapiacaba

A cidade turística de Paranapiacaba fica no distrito de Santo André e visitá-la é como voltar no tempo dos barões de café, onde as cidades eram rústicas e pequenas. A região abrigou, em 1867, imigrantes ingleses que vieram ao país para construir a ferrovia paulista. Por conta disso, Paranapiacaba possui uma arquitetura diferenciada, com edificações construídas pelos britânicos e mantidas até hoje. Além disso, trilhas, cachoeiras e bastante contato com a natureza completam as atrações do lugar.

Partida: Estação da Luz, às 8h30. Volta marcada para 16h30.
Quando: Todos os domingos do mês. Clique aqui para conferir as datas e disponibilidade.
Preço: R$ 45 (1 pessoa); R$ 75 (2 pessoas) ida e volta. Ingressos à venda com antecedência na bilheteria local, das 9h às 18h.

Mogi das Cruzes



A cidade de Mogi das Cruzes fica a 50 km de São Paulo e possui algumas boas opções de passeios para quem quer sair da rotina. Uma das atividades mais legais para quem gosta de trilhas e paisagens bonitas é a visita ao Pico do Urubu. Bem próximo à estação de trem, o local apresenta uma trilha curta e fácil que leva ao topo de uma montanha. O local é praticamente um centro de esportes radicais, tendo atividades para corredores, ciclistas, trekkers ou apenas admiradores de paisagens. O pôr do sol no local é incrível!

Partida: Estação da Luz, às 8h30. Volta marcada para 16h30.
Quando: Segundo sábado do mês. Clique aqui para conferir as datas e disponibilidade.
Preço: R$ 45 (1 pessoa); R$ 75 (2 pessoas) ida e volta. Ingressos à venda com antecedência na bilheteria local, das 9h às 18h.

Jundiaí

Jundiaí fica a 60 km de São Paulo e é uma opção de passeio para quem quer ver de tudo um pouco: lugares históricos e ter contato com a natureza. O Jardim Botânico é um passeio que agrada a crianças e adultos – principalmente quem quer relaxar e descansar. Já o museu da Companhia Paulista conta um pouco a história de São Paulo na época da criação da linha ferroviária, bem como modelos antigos de locomotivas e histórias de funcionários.

Partida: Estação da Luz, às 8h30. Volta marcada para 16h30.
Quando: Todos os sábados do mês (exceto o segundo). Clique aqui para conferir as datas e disponibilidade.
Preço: R$ 45 (1 pessoa); R$ 75 (2 pessoas) ida e volta. Ingressos à venda com antecedência na bilheteria local, das 9h às 18h.

MARIA FUMAÇA – CAMPINAS



O passeio da Maria Fumaça parte da cidade de Campinas com destino a Jaguariúna e é um dos melhores passeios de trem para fazer, principalmente com crianças! A viagem de 3 horas e meia tem duas paradas: na Estação Tanquinhos, onde o público aprende o funcionamento do trem a vapor, conhecido como Maria Fumaça. Em seguida, o passeio prossegue até Jaguariúna, onde é realizada uma visita a um museu com roupas de época. Além disso, em cada vagão um monitor explica os locais importantes por onde a locomotiva passa. Para mais informações, acesse o site oficial da Maria Fumaça.

Partida: Rua Dr. Antônio Duarte Conceição – Campinas (estacionamento no local gratuito)
Quando: Sábados, domingos e feriados. São feitas 2 saídas por dia – percurso completo e meio percurso. Clique aqui para saber mais sobre horários e saídas.
Preço: R$ 95 (inteira); R$ 48 (meia), ida e volta no percurso completo. Para saber mais sobre as tarifas, clique aqui. Ingressos vendidos com antecedência online ou na bilheteria local.

ESTRADA DE FERRO – CAMPOS DO JORDÃO

Trem do Mirante



A viagem começa em Campos do Jordão, na Estação Emílio Ribas, com destino a Santo Antônio do Pinhal. São cerca de 2h30 (ida e volta) de trajeto, que passa pelo centro de Campos do Jordão, trechos da Serra da Mantiqueira e um dos pontos ferroviários mais altos: Alto do Lajeado (tem 1.743 metros de altura)! Ao chegar ao destino, é feita uma parada de 30 minutos onde os visitantes podem conhecer uma confortável cafeteria e, se desejarem, comprar doces caseiros.

Partida: Estação Emílio Ribas (Av. Emílio Ribas, 2 – Campos do Jordão)
Quando: Sábado a quarta-feira, às 10h e às 14h.
Preço: R$ 58 (1 pessoa) ida e volta. Ingressos apenas na bilheteria do local (Campos do Jordão). Indica-se compra antecipada. Para saber datas e disponilidade, é possível acessar o site oficial e selecionar a opção “Trem do Mirante”.

Bonde Turístico



Passeio de trem mais leve indicado para quem quer uma experiência nova, mas sem ser muito radical. O Bonde Turístico passa pelas principais atrações de Campos do Jordão e é feito pelos simpáticos bondes vermelhos e amarelos. Eles atravessam a cidade chegando ao Portal de Campos em, aproximadamente, 25 minutos.

Partida: Estação Emílio Ribas (Av. Emílio Ribas, 2 – Campos do Jordão)
Quando: Todos os dias, das 10h às 17h (Segunda a Sexta-Feira) e das 10h às 16h (Sábados, Domingos e Feriados).
Preço: R$ 12 (ida e volta). Ingressos na bilheteria do local (Campos do Jordão). Indica-se a compra antecipada. Para saber datas e disponilidade, é possível acessar o site oficial e selecionar a opção “Bonde Turístico”.


05/07/2016 – Guia da Semana

Linha 11 da CPTM recebe trens série 8500


07/07/2016Clipping do Dia ANPTrilhos           

O governo do estado de São Paulo inaugurou oficialmente nesta quarta-feira, 6, os novos trens série 8500 fabricados pela espanhola CAF em Hortolândia, no interior do estado.

A nova composição dispõe de oito carros, ar condicionado e passagem livre entre os carros. O pacote ainda prevê o fornecimento de outros 34 TUE, que renovarão a frota de trens da Linha 11 – Coral (Luz-Estudantes).

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos também recebe, simultaneamente, uma frota com 30 trens fabricados em Araraquara, interior de São Paulo, pela fábrica recém-inaugurada da coreana Hyundai Rotem.


06/07/2016 – Estação Ferroviária

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Agetransp determina reequilíbrio do contrato do Metrô Rio com estado

Conselho diretor da agência negou recurso da concessionária. Com decisão, cofres públicos podem engordar em R$ 198 mi

PAULO CAPPELLI
Rio - O conselho diretor da Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Transporte (Agetransp) negou recurso do Metrô Rio e determinou, em caráter definitivo, o reequilíbrio do contrato da concessionária com o Governo do Estado. Com a decisão, os cofres públicos podem engordar em R$ 198 milhões. A revisão da Agetransp levou em conta o período de operação do metrô entre 2007 e 2012.

Responsável por definir de que forma o contrato será reajustado, o governo estadual não disse se deixará a verba nas mãos da concessionária — obrigando-a a investir em melhorias no metrô — ou se, por conta da crise, utilizará o dinheiro com outra finalidade, como o pagamento de servidores.


Fonte: O DIA 07/07/2016

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Malha ferroviária sofreu desmonte



Linha férrea que interligava oito capitais do Nordeste foi encolhendo aos poucos e quase desapareceu

Publicado em 05/07/2016, às 08h01 UOL
    

Ana Linardo Freire lembra do tempo em que ia de Missão Velha a Fortaleza usando o trem / Diego Nigro/JC Imagem

Angela Fernanda Belfort

A privatização da antiga Malha Ferroviária do Nordeste significou o fim do serviço ferroviário nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A malha existente foi reduzida a 26% do que era em 1997, quando passou para a iniciativa privada. Na época, eram 4.679 quilômetros de ferrovias, que iam de Propriá, em Sergipe, até a cidade de São Luís, capital do Maranhão. Interligava as capitais de oito Estados, com ramais que passavam por uma parte significativa do interior, incluindo as cidades de Missão Velha (CE), na região do Cariri, e Salgueiro (PE), a 514 km do Recife. Hoje, só funcionam, regularmente, 1,2 mil quilômetros, no Ceará, Piauí e Maranhão, que levam cargas aos portos de Itaqui (MA) e de Mucuripe (CE).

Na privatização, foram estabelecidas metas de aumento do transporte de carga e de redução de acidentes para a exploração do serviço ferroviário. Mas por que os trens foram desaparecendo? Dona da concessão da antiga Malha Nordeste, a Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) não respondeu aos questionamentos da reportagem do JC. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que fiscaliza a concessão, se limitou a dizer, por e-mail, que a concessionária não cumpriu as metas de transporte de carga acordadas no período de 2009 a 2013 acrescentando que a empresa foi “penalizada” pelo descumprimento dessas obrigações.

Para os anos de 2014 e 2015, a ANTT fixou metas somente nos 1,2 mil km em operação. No ano passado, a empresa movimentou, nesses trechos, 564,3 milhões de Toneladas por Quilômetro Útil (TKU, unidade internacional que retira o peso do vagão da quantidade transportada). “É pouco. Antes da privatização, a Malha Nordeste chegou a movimentar 1,2 bilhão de TKU”, afirma o professor de logística do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fernando Jordão, ex-superintendente da Rede Ferroviária Federal (Rffsa), então uma estatal.

 “Uma concessão privada de ferrovia precisa ter a conotação de resultado, lucro. Esse serviço necessita de muita infraestrutura, manutenção e só se viabiliza com grandes volumes de cargas. No entanto, é preciso oferecer o transporte ferroviário, porque é essencial para a economia e as pessoas”, diz a sócia-executiva do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), Maria Fernanda Hijjar. Faltou justamente a atuação de órgãos governamentais que cobrassem a movimentação da carga com a estrutura que existia. “Foram deixando a ferrovia morrer de inanição. O serviço correspondia basicamente a 30% do custo do frete rodoviário, mas não se fazia propaganda disso e não havia uma agressividade na busca de clientes”, lembra o hoje engenheiro do Metrô do Recife (Metrorec) que também trabalhou na extinta Rffsa Sérgio Sobrinho.

O serviço ferroviário também não tirou proveito do crescimento da economia do Nordeste na última década para agregar novas cargas. O Porto de Suape, por exemplo, saiu de uma movimentação de 4,3 milhões de toneladas de carga em 2005 para 19,7 milhões de toneladas no ano passado.

“Em lugar nenhum do mundo se privilegia o transporte rodoviário, como ocorreu no Nordeste, principalmente quando se tinha uma ferrovia centenária. A solução messiânica foi a Transnordestina (a ferrovia de 1.752 km que deveria ligar a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco). Agora, não tem mais a antiga e nem a nova saiu do papel”, acrescenta Fernando Jordão.

E, por último, as administrações públicas (federal e estadual) deram prioridade às rodovias por uma questão simples: as construtoras se tornaram grandes doadoras nas campanhas eleitorais. Até os anos 90, a Transnordestina era uma nova ligação ferroviária de 240 km que ligava Salgueiro a Petrolina, fazendo conexão com a malha existente. Depois, acharam melhor construir uma ferrovia nova passando por muitas cidades nas quais a antiga malha já estava presente, como ocorreu com grande parte do trecho Missão Velha-Pecém e Salgueiro-Suape.

FIM DA CONCESSÃO

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, defende que a União deveria tomar a concessão da empresa Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) por dois motivos: a falta de compromisso na implantação da Ferrovia Transnordestina e o retrocesso que ocorreu na prestação do serviço ferroviário, que praticamente desapareceu em quatro Estados do Nordeste, incluindo Pernambuco. “As concessões deveriam melhorar. No entanto, piorou muito. A malha ferroviária era velha, mas funcionava”, diz. Ele argumenta que a falta de trens traz “um prejuízo incalculável” à economia da região.

Em Pernambuco, além do trecho Recife-Salgueiro, a ferrovia da antiga Malha Nordeste ligava o Estado com Alagoas (pela Mata Sul) e passava também pela Mata Norte, em cidades como Aliança e Lagoa de Itaenga. “Usamos os trens até a década de 90. Cerca de 30% da nossa produção de álcool ia de trem para o Ceará e Maranhão. Cerca de 60% do açúcar a granel ia no vagão para o Porto do Recife e 10% do açúcar ensacado também”, conta o presidente do conselho de administração da Usina Petribú, Jorge Petribú. “Na época, o preço era 20% mais barato do que o frete rodoviário, mas também era ambientalmente melhor”, comenta. O produto embarcava num ramal ferroviário que chegava até a sede da usina em Lagoa de Itaenga. Atualmente, para escoar toda a produção da companhia são necessárias cerca de seis mil viagens de caminhão por ano.

Mas não eram só as cargas que usavam o trem. Nos anos 70, era possível sair de Fortaleza de trem passar por Salgueiro e chegar ao Recife. Era o expresso Sonho Azul. Toda essa linha foi desativada.  Veja os depoimentos de Francisco Pereira, que foi conferente da antiga Rffsa em Missão Velha e de Ana Linardo Freire, que usou o Sonho Azul:

Em Pernambuco, da antiga Malha Nordeste restaram 18 km em operação que vão de Cajueiro Seco a Prazeres, sendo utilizado para o transporte de passageiros antes da privatização da Malha.


Com uma extensão de 608 km, a linha tronco Recife-Salgueiro foi totalmente desativada porque será substituída, um dia, pela Ferrovia Transnordestina. E a FTL já formalizou um pedido de devolução desse trecho ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) que está concluindo o quanto vale esse trecho da ferrovia para definir a indenização a ser paga pela FTL. Uma parte dos trilhos desse trecho foi arrancado por vândalos.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Metrô retoma monotrilho, muda plano de estação e atrasa ligação com CPTM

23/06/2016 07:10 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) terá de redesenhar a futura Estação Morumbi do monotrilho, da Linha 17-Ouro, ramal cujas obras foram retomadas nesta semana, após cinco meses de paralisação. Assim, a ligação do Aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária, prometida pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) para a Copa do Mundo de 2014, não tem mais data para se concretizar.

As obras da Linha 17, suspensas em janeiro após desentendimentos entre o Metrô e as empreiteiras encarregadas da obra, foram retomadas na terça-feira, 21, segundo informou o governador. “Já estamos hoje com cem trabalhadores”, disse nesta quarta, referindo-se a um lote de obras que prevê três estações - Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan.

A construção da linha é dividida em quatro contratos. Um deles é das vigas, trens e sistemas, assinado com um consórcio liderado pelas empresas Andrade Gutierrez (obras) e Scomi (trens). Dois dos contratos vão para a construção das estações. O quarto é do Pátio de Manobras Água Espraiada. Apenas o primeiro lote, com as Estações Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista e Vereador José Diniz, não sofreu paralisações até agora.

“Para o Pátio Água Espraiada há previsão de assinatura de contrato ainda este mês e retomada de obras em julho”, afirmou o governador. “Quanto aos sistemas, estamos aguardando só uma decisão judicial para retomar imediatamente. A Linha 17 teve interrupção não pelo governo - para nós, estava tudo ordem -, mas porque as empresas estão tendo dificuldade frente ao momento econômico que o País está vivendo”, justificou Alckmin.

Novo atraso. A Estação Morumbi ficará de fora dessa retomada e passará por nova licitação. Segundo o diretor de Operações do Metrô, Mario Fioratti, os técnicos da companhia constataram que a demanda prevista para aquela estação, que terá conexão com a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), estava subdimensionada. Sem informar números, explicou que os estudos apontam que a parada receberá mais pessoas do que o primeiro projeto suportaria.

“O projeto original não previa acesso direto da rua para a estação. O usuário teria de entrar pela Estação Morumbi (da CPTM)”, explicou Fioratti. “Serão duas estações independentes, interligadas por um mezanino que será construído”, continua o diretor. Essa nova estação será objeto de uma licitação exclusiva, que será lançada em breve, segundo o Metrô.

Um problema dessa natureza já aconteceu quando foi feita a conexão entre as Estações Paulista, da Linha 4-Amarela, e Consolação, da 2-Verde. Depois que a ligação entre as paradas foi aberta e a demanda nos túneis de conexão se mostrou maior do que o previsto, a companhia passou a adotar medidas como desligar as esteiras rolantes nos horários de pico, mudar o piso tátil para portadores de deficiência visual e instalar divisórias para organizar o fluxo de passageiros. Ao menos dois tumultos chegaram a ser registrados em 2014, por causa da superlotação no local.

Obras. A Linha 17-Ouro originalmente tinha previsão de alcançar 18 quilômetros de extensão. Ligaria a Estação Jabaquara, da Linha 1-Azul do Metrô, na zona sul, à Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela, na zona oeste - passando, no percurso, por Congonhas e pelas Linhas 5-Lilás (em obras) e 9-Esmeralda (da CPTM).


O Estado revisou a promessa, cancelando metade do ramal em dezembro. Agora, o único trecho previsto para sair do papel é entre Congonhas e a Marginal do Pinheiros, sem conexão com nenhum outro ramal metroferroviário, ao menos até a conclusão da Linha Lilás.