14/02/2017Notícias do Setor ANTRilhos
Governo federal conversa com empresa chinesa interessada em
construir um aeromóvel que interligaria cinco cidades
Com o sepultamento da segunda linha do metrô em Porto
Alegre, uma nova alternativa para a mobilidade na Região Metropolitana está no
horizonte do governo federal. Interessado em investimentos no Brasil, um grupo
de chineses procurou o Palácio do Planalto para apresentar a ideia de um
aeromóvel interligando a Capital, Alvorada, Viamão, Gravataí e Cachoeirinha.
As conversas entre executivos da China Railway Engineering
Group e o governo são preliminares e iniciaram-se sob o comando do ministro
Eliseu Padilha. Para seguir adiante, depende ainda de articulação com o
Ministério das Cidades. Já se sabe que os chineses têm um ativo bilionário à
disposição para investimentos no Brasil. O interesse comum é pelo “meio de
transporte por via elevada de propulsão pneumática”.
Para viabilizar o aeromóvel sem aporte público, o governo
teria de conceder, por cerca de 30 anos, a Trensurb. Como contrapartida, a
empresa se comprometeria em construir a estrutura nessas cinco cidades. O ponto
de partida seria na zona norte de Porto Alegre, próximo à Fiergs, onde seria
também o fim da linha. A operação do sistema estaria nas mãos da chinesa.
Ainda não há um contrato com a União, mas outra exigência
seria a ampliação do trensurb, que hoje vai até Novo Hamburgo. Estaria no
acordo a construção de estações em Campo Bom, Parobé e Taquara, onde seria,
então, o fim da linha.
O grupo chinês é o mesmo responsável pela estrutura do meio
de transporte contratado pelo ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge. No município,
a negociação foi possível graças a um financiamento.
De acordo com Eliseu Padilha, a concessão seria a melhor
forma de retomar o investimento em mobilidade no Rio Grande do Sul. Aponta que
o negócio é a solução que o governo pode oferecer:
— É infinitamente mais barato do que construir rodovias.
O ministro descartou qualquer possibilidade de reaver a
verba perdida para a construção da segunda linha do metrô em Porto Alegre,
reservada ainda no governo de Dilma Rousseff. Foi por falta de dinheiro no
Estado e na Capital que o projeto não deslanchou.
10/02/2017 – Zero Hora
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