segunda-feira, 8 de maio de 2017

Consórcio quer revisão de monotrilho no ABC


04/05/2017 - Metro Jornal

O prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, Orlando Morando (PSDB), disse ontem que a entidade regional irá sugerir ao Estado a mudança do tipo de modal da futura linha 18-Bronze do Metrô, que ligaria o ABC à capital por meio do sistema monotrilho, que recebeu críticas do líder do grupo de prefeitos da região.

“A linha 15-Prata não vai bem e a linha 17-Ouro está parada. Então, podemos aproveitar essa oportunidade para avaliar se ainda é viável o monotrilho, porque os (projetos) que começaram não funcionam bem”, afirmou Morando.

O presidente do Consórcio disse que tem uma reunião agendada com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, e que a alteração no modelo da linha que atenderia o ABC será sugerida neste encontro.

“Podemos discutir um metrô subterrâneo, que tem custo elevado, ou um BRT (Bus Rapid Transit, em inglês, ou Transporte Rápido por ônibus, em português), com elevações em trajeto rápido para não pegar semáforo. A gente vê com preocupação o fato de que o monotrilho da capital não avança. Isso é uma constatação, não uma crítica”, disse. “Cabe à nós (prefeitos) sermos proativos e buscarmos uma via alternativa”, completa Morando.

Segundo o prefeito, a ideia partiu dele, mas deve ser levada ao Estado como uma pauta regional.

Mais caro

O Metro Jornal noticiou nesta quarta-feira que, por conta de atraso no início das obras, o Estado já sabe que a linha 18-Bronze ficará mais cara e que terá de arcar com esses custos adicionais, mas não há valor empenhado no orçamento deste ano para tais reajustes de valores no projeto.

Por isso, Morando admitiu que o metrô no ABC é algo cada vez mais difícil de sair do papel. “O projeto não anda. Não tem o recurso básico para as desapropriações, nem por financiamento nem por empréstimo. O governo estadual perdeu quase R$ 20 bilhões de arrecadação desde que a crise econômica foi deflagrada no país. O projeto existe, continuo acreditando, mas (o prazo) vai esticando. Está cada vez mais distante.”


 Atraso deixa projeto do metrô no ABC mais caro

03/05/2017Notícias do Setor ANPTrilhos       
Previsto para estar em funcionamento em 2014, o projeto da linha 18-Bronze do Metrô, que deve ligar o ABC à capital por meio de sistema monotrilho, já apresenta custo acima do que foi estimado inicialmente. A informação consta no balanço de riscos fiscais das PPPs (Parcerias Público-Privada) do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), divulgado no Diário Oficial do último sábado.

Diante de tal situação, o governo estadual informou ao Metro Jornal que essa previsão de custos adicionais não faz parte do orçamento do Estado para 2017.

O balanço de riscos fiscais mostra que a linha 18-Bronze tem investimento deR$ 1,93 bilhão, com data-base dejulho de 2014. Como até agora, quase três anos depois da assinatura do contrato,a PPP não foi iniciada, os custos do projeto devem ser reajustados.

A futura linha conta com R$ 1,27 bilhão por meio de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social),R$ 400 milhões de repasse do OGU (Orçamento Geral da União) eR$ 252,4 milhões do Tesouro do Estado. Além do aporte, o projeto prevê R$ 406,9 milhões para as desapropriações.

De acordo com o balanço, as verbas do BNDES e do OGU não podem ser aumentadas. Com isso, o governo estadual terá de arcar com a elevação de custos do projeto.

“Dessa forma, as correções dos valores contratuais poderão resultar em riscos fiscais advindos da ocorrência da necessidade de suplementação dos R$ 252,4 milhões”, alerta a publicação. Portanto, de acordo com o texto, tais custos adicionais podem afetar as contas públicas do Estado.

Segundo o governo, os riscos fiscais concentram-se nos processos de desapropriações. Atualmente, o projeto esbarra na falta de verba para tal intervenção.

O governo Alckmin diz que aguarda a autorização da Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), do Ministério do Planejamento, para a captação do recurso. Já a pasta federal alega que o governo estadualnão apresentou capacidade de pagamento desse montante solicitado.

O Estado diz que reivindica ao governo federal a revisão dos critérios de avaliação de crédito. “A metodologia adotada pela Secretaria do Tesouro Nacional não leva em conta a situação financeira de São Paulo diante do cenário de crise no resto do país”, diz nota do governo estadual.

Diante de tantos entraves, a obra segue sem prazo de início e conclusão.

Obra já tem 3 adiamentos

O início das obras da linha 18-Bronze do Metrô já teve pelo menos três adiamentos. Em agosto de 2014, foi assinada a PPP entre o governo estadual e o consórcio de empresas vencedor da licitação. Na ocasião, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que as obras seriam iniciadas em 90 dias, o que não aconteceu.

Em abril de 2015, o governo prometeu começar as obras, no máximo, até dezembro do mesmo ano. A promessa não foi cumprida.

Após duas prorrogações, o governo Alckmin estipulou uma nova data para o pontapé inicial nos serviços: o segundo semestre de 2016, prazo que também não foi cumprido.

03/05/2017 – Jornal Metro

Nenhum comentário:

Postar um comentário