09/05/2017 - G1
Prometidas para o primeiro semestre de 2015, as estações
Mendes e Varginha, da Linha 9-Esmeralda, da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM), estão longe de ficarem prontas. Antes da obra começar, o
governo estadual estimava que elas custariam em torno de 350 milhões de reais.
Agora, a previsão é de que a expansão não saia por menos de R$ 790 milhões.
A Linha 9-Esmeralda liga a cidade de Osasco, na Grande São
Paulo, ao Grajaú, no extremo Sul da capital paulista, e atende cerca de 600 mil
passageiros diariamente. Em 2013, a CPTM começou a construção de mais duas
estações, o que estenderia o percurso dos trens em mais 4,5 km, mas não há nem
previsão para a ampliação do trajeto.
É no fim da linha, na Estação Grajaú, onde começa a obra
inacabada da CPTM. Inacabada, mas muitos diriam que nunca começada. O terreno
vazio foi tomado pelo mato e a única pista de que ali já houve um canteiro de
obras são os trilhos amontoados. O trajeto para as futuras estações ainda é um
corredor vazio e as passagens subterrâneas, que chegaram a ser construídas,
estão fechadas.
A Estação Mendes, na região da Vila Natal, até teve a
estrutura de parte do prédio montada, mas os avanços pararam por aí. Sobrou
apenas o material usado na construção, abandonado no térreo. Os operários
sumiram em dezembro do ano passado, quando o governo estadual parou
oficialmente a obra de expansão.
Já na Estação Varginha, que seria a última da Linha
9-Esmeralda, a situação é ainda pior. Apenas dois esqueletos de concreto foram
erguidos e, como o local fica aberto, sem portão nem segurança, virou ponto de
descarte de entulho e de desova de carro. A reportagem do SPTV encontrou a
carcaça de um veículo que parece ter sido incendiada ali mesmo.
A CPTM calculou inicialmente que o novo trecho da linha
ficaria pronto em 18 meses. As obras, no entanto, duraram 39 meses e nem
chegaram perto do fim. Quando forem retomadas, devem levar outros 18 meses para
serem concluídas.
A companhia também estimava que tudo custaria R$ 350
milhões, mas agora o valor mais que dobrou e a obra deve custar R$ 790 milhões
– destes, R$ 500 milhões pagos pelo Programa de Aceleração de Crescimento
(PAC), do governo federal.
A CPTM afirma que a obra está atrasada porque o dinheiro do
PAC não foi disponibilizado. Já o Ministério das Cidades diz que o governo
estadual não cumpriu as regras exigidas para receber a verba, tanto é que, para
retomar a obra, terá de fazer uma nova licitação.
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