03/07/2017 - Diário do Transporte
As obras da linha 6-Laranja do Metrô estão paradas desde
setembro de 2016. Também chamada de Linha das Universidades, a Linha 6-laranja
deve ligar a Vila Brasilândia, na região noroeste de São Paulo, ao centro da
capital paulista. Considerada a linha das universidades, por atender regiões
onde estão vários estabelecimentos de ensino, a linha 6-Laranja deve ter
integração com a linha 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e 8-Diamante, da
CPTM.
O Consórcio Move SP, responsável pelas intervenções e
vencedor da licitação ocorrida em 2013, desde setembro vem postergando prazos
para resolver o problema de dinheiro, motivo principal que paralisou a obra.
Conforme noticiou o Diário do Transporte, em primeira mão,
no dia 08 de março de 2017, o prazo final dado pelo Governo do Estado foi 15 de
junho, podendo assim, haver nova licitação. O Move São Paulo solicitou empréstimo
de R$ 5,5 bilhões. Por causa da paralisação das obras, o Governo do Estado de
São Paulo pediu anuência da Assembleia Legislativa e levará a solicitação ao
BNDES de remanejamento de R$ 200 milhões, que estavam previstos para linha
6-Laranja, para linha 5- Lilás, prevista para se prolongar até a Chácara
Klabin. A linha 5 já opera entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro.
Em 15 de junho deste ano, por exemplo, expirou o prazo dado
pelo governo estadual para o Consórcio encontrar uma solução para conseguir
financiamento do BNDES. O consórcio é formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e
UTC Engenharia, toda citadas na Operação Lava Jato.
Na data o governo do Estado publicou uma nota, ampliando o
prazo para as empreiteiras se regularizarem junto ao BNDES até o dia 30 de
junho, sexta-feira passada. E na mesma nota fez uma ameaça ao Consórcio: “Caso
o atual concessionário não consiga obter financiamento junto ao BNDES, o
Governo do Estado poderá ser impelido a iniciar o processo de decretação da
caducidade do contrato e iniciar um novo processo licitatório respeitando os
devidos prazos legais”.
Hoje (dia 3) a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do
Governo do Estado de SP anunciou que está analisando informações fornecidas
pelo consórcio Move SP para a retomada das obras da linha 6-laranja. Ou seja,
um novo prazo foi concedido ao Consórcio, que informou ao governo que está
buscando financiamento de longo prazo para retomar e finalizar a obra
paralisada desde setembro de 2016.
A linha 6-laranja é uma dentre as seis obras de expansão do
Metrô, sendo que todas estão atrasadas.
HISTÓRICO:
A ligação entre a região de Brasilândia, na zona noroeste, e
a estação São Joaquim, na região central de São Paulo, deve atender a mais de
630 mil pessoas por dia. Quando assinado em dezembro de 2013, a linha 6-Laranja
foi comemorada por ser a primeira PPP – Parceria Público Privada plena do país.
O consórcio Move faria a obra e seria também o responsável pela operação da
linha por 25 anos. O custo total do empreendimento era de R$ 9,6 bilhões, sendo
que deste valor R$ 8,9 bilhões seriam divididos entre governo e consórcio.
A previsão inicial para inauguração da linha 6 era 2020. A
data agora é uma incerteza.
Considerada a linha das universidades, por atender regiões
onde estão vários estabelecimentos de ensino, a linha 6-Laranja deve ter
integração com a linha 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e 8-Diamante, da
CPTM.
Até o momento, foram gastos R$ 1,7 bilhão no empreendimento.
OBRAS PROMETIDAS E ATRASADAS:
Linha 2 (Extensão até a Rodovia Dutra) – prometida para
2020, está sem prazo de conclusão
Linha 4 (Trecho até Vila Sônia) – prometida para 2014, com
prazo de conclusão previsto para o 2º
semestre de 2019
Linha 5 (Extensão até Chácara Klabin + 11 estações) – prometida
para 2014, com prazo de conclusão para o 2º semestre de 2018
Linha 6 (Brasilândia a São Joaquim) – prometida para 2020;
obra paralisada, sem previsão de conclusão
Linha 15 (Trecho até São Mateus) – prometida para 2016, com
prazo de conclusão para o 1º semestre de 2018
Linha 17 (Congonhas ao Morumbi) – prometida para 2014, com
prazo de conclusão para o 2º semestre de 2019
Linha 18 (Tamanduateí ao ABC) – prometida para 2018, sem
prazo
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