26/01/2017Notícias do Setor ANPTrilhos
A decisão do Ministério das Cidades de retirar os projetos
dos perímetros urbanos de Maringá e Londrina do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) não coloca em risco o futuro do Trem Pé-Vermelho. É o que
garante o governo do Estado. Coordenadora de uma frente de trabalho para
viabilizar a ferrovia, a vice-governadora Cida Borghetti (PP) explica que o
projeto do trem de passageiros prosseguirá com os estudos técnicos que serão
apresentados por três consórcios de empresas nacionais e internacionais.
O modelo escolhido foi o Procedimento de Manifestação de
Interesse (PMI), autorizado pelo governador Beto Richa (PSDB) em 2016. O PMI é
um instrumento que permite à iniciativa privada a elaboração de estudos
técnicos para projetos de parcerias público-privadas (PPPs). Segundo Cida, os
consórcios estão revendo e atualizando o Estudo de Viabilidade Técnica
Econômica e Ambiental (Evtea) da ferrovia elaborado, em 2012, pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC).
“Após a atualização dos estudos iniciais, o governo do
Paraná vai buscar a consolidação do projeto por meio de recursos do tesouro,
federais, internacionais ou PPPs”, explicou Cida, em nota. Para o prefeito
Ulisses Maia (PDT) esse impasse quanto à retirada dos projetos do PAC não tem
impacto sobre as obras do Terminal Intermodal de Maringá. Segundo ele, o trem
de passageiros não faz parte da primeira etapa do terminal.
“O trem não é uma prioridade. Temos antes de melhorar nosso
transporte coletivo e fazer obras como os corredores de ônibus”, disse Ulisses.
Considerado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) como um dos projetos
de ferrovias para trens de passageiros de maior viabilidade econômica entre 14
trechos estudados no País, o trem Pé-Vermelho passará por 13 cidades no trecho
de 150 quilômetros de trilhos entre Paiçandu e Ibiporã – cidades das regiões
metropolitanas de Maringá e Londrina.
24/01/2017 – O Diário
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