09/12/2016Notícias do Setor
ANPTrilhos
A indústria
metroferroviária brasileira deve finalizar o ano de 2016 com a produção de
carros de passageiros dentro do previsto. Segundo dados do diretor do SIMEFRE
(Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários
e Rodoviários) e conselheiro da ANPTrilhos, Vicente Abate, os fabricantes de
material rodante deverão entregar 483 carros de passageiros, dez a mais em
relação a expectativa inicial.
Dentro deste
volume, serão exportados 138 carros de passageiros para a África do Sul e
Argentina e 6 locomotivas para a Namíbia. Materiais como rodas, grampos de
fixação e truques terão exportações significativas, impactadas pelo câmbio
favorável do primeiro semestre do ano. O faturamento total do setor em 2016
ficará no mesmo patamar de 2015, que atingiu R$ 6,2 bilhões, observa o diretor.
Em carros de
passageiros não houve nenhuma nova encomenda em 2016 e alguns projetos já
contratados tiveram seus cronogramas de entrega revisados. Neste último caso
foram produzidos cerca de 100 carros adicionais, que não puderam ser entregues
devido à solicitação do cliente. Em 2016 houve apenas uma concorrência no
Brasil, 8 trens para a Linha 13 da CPTM (Aeroporto de Guarulhos), para a qual
ainda não há um vencedor, explica o vice-presidente do SIMEFRE, Luiz Fernando
Ferrari.
A provável
retomada de encomendas deverá apresentar reflexos positivos sensíveis a partir
do segundo semestre de 2017. Houve uma adequação do contingente de mão de obra,
como resposta à redução das encomendas, levando em conta as características do
longo ciclo industrial típico do setor.
O vice-presidente
do SIMEFRE destaca ainda o atraso no lançamento de novas concorrências, como as
dos metrôs de Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte, todos dentro da
modelagem PPP ou concessão. “A perspectiva do setor é que estes projetos sejam
retomados a partir de 2017.”
A expectativa da
indústria é incrementar a produção nacional, principalmente em função das novas
concorrências nos modelos PPP ou concessão esperadas para 2017. “Os fatores
mais relevantes para se ter competitividade da indústria metroferroviária
nacional são a existência e a confirmação do programa de investimentos sem
solução de continuidade e condições de participação que não privilegiem os
fornecedores estrangeiros.”
Com informações do SIMEFRE
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