segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Indústria deve finalizar 2016 com entrega de 483 carros de passageiros


A indústria metroferroviária brasileira deve finalizar o ano de 2016 com a produção de carros de passageiros dentro do previsto. Segundo dados do diretor do SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários) e conselheiro da ANPTrilhos, Vicente Abate, os fabricantes de material rodante deverão entregar 483 carros de passageiros, dez a mais em relação a expectativa inicial.
Dentro deste volume, serão exportados 138 carros de passageiros para a África do Sul e Argentina e 6 locomotivas para a Namíbia. Materiais como rodas, grampos de fixação e truques terão exportações significativas, impactadas pelo câmbio favorável do primeiro semestre do ano. O faturamento total do setor em 2016 ficará no mesmo patamar de 2015, que atingiu R$ 6,2 bilhões, observa o diretor.
Em carros de passageiros não houve nenhuma nova encomenda em 2016 e alguns projetos já contratados tiveram seus cronogramas de entrega revisados. Neste último caso foram produzidos cerca de 100 carros adicionais, que não puderam ser entregues devido à solicitação do cliente. Em 2016 houve apenas uma concorrência no Brasil, 8 trens para a Linha 13 da CPTM (Aeroporto de Guarulhos), para a qual ainda não há um vencedor, explica o vice-presidente do SIMEFRE, Luiz Fernando Ferrari.
A provável retomada de encomendas deverá apresentar reflexos positivos sensíveis a partir do segundo semestre de 2017. Houve uma adequação do contingente de mão de obra, como resposta à redução das encomendas, levando em conta as características do longo ciclo industrial típico do setor.
O vice-presidente do SIMEFRE destaca ainda o atraso no lançamento de novas concorrências, como as dos metrôs de Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte, todos dentro da modelagem PPP ou concessão. “A perspectiva do setor é que estes projetos sejam retomados a partir de 2017.”
A expectativa da indústria é incrementar a produção nacional, principalmente em função das novas concorrências nos modelos PPP ou concessão esperadas para 2017. “Os fatores mais relevantes para se ter competitividade da indústria metroferroviária nacional são a existência e a confirmação do programa de investimentos sem solução de continuidade e condições de participação que não privilegiem os fornecedores estrangeiros.”
Com informações do SIMEFRE


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