- Por Diego Ribeiro
- 13/10/2016
Veículo
Leve sobre Pneus.
Fora dos
programas propostos pelos dois candidatos a prefeito de Curitiba, o projeto do
metrô ainda não foi descartado completamente pelos colaboradores técnicos da
campanha de Rafael Greca (PMN). Tudo dependeria de recursos extras da esfera
federal.Mas esse modal, no entanto, é praticamente carta fora do baralho nos
planos da campanha do candidato Ney Leprevost (PSD). O metrô ligaria a região
Sul e Norte da capital, passando pela Avenida República Argentina.
Para
fazer essa ligação entre os extremos da cidade, os dois concorrentes têm
propostas semelhantes para um novo modal na cidade que deve atingir,
principalmente, a Linha Verde. A equipe de Greca é entusiasta do Veículo Leve
sobre Pneus (VLP). A de Leprevost prefere o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Nenhum
deles é de alta capacidade, como o metrô. Também não emitiriam poluentes, por
serem elétricos. O objetivo dos dois programas é utilizar o traçado do BRT que
já existe naquela região, com ampliações nos sentidos Norte e Sul. A ideia é
fazer a ligação entre as cidades da região metropolitana, Colombo e Fazenda Rio
Grande, tendo Curitiba como passagem. Para isso, os dois esperam apoio do
governo estadual para integração da linha com as duas cidades vizinhas.
Eletromobilidade
Os dois
candidatos ainda podem usar o programa atual proposto pela equipe de Gustavo
Fruet (PDT): a proposta de Eletromobilidade, uma bandeira do atual prefeito. O
grupo de Leprevost, que encampou a ideia do VLT até avalia, como possibilidade,
implantá-lo pelo projeto de Eletromobilidade em andamento. Atualmente, a
prefeitura estuda o resultado da Pesquisa de Manifestação de Interesse (PMI). A
Eletromobilidade permite ter como modal tanto o VLT como o VLP. Um dos trechos
previstos pela gestão Fruet passa pela Linha Verde, como pretendem os dois
candidatos. Ligaria os bairros Atuba e Tatuquara.
“O custo
de implantação do metrô pode chegar em até R$ 200 milhões por quilômetro,
enquanto o do VLT chega a R$ 60 milhões por quilômetro. Ou seja, O VLT torna-se
uma opção mais viável e com mais vantagens”, afirmou a assessoria de Leprevost,
por nota. Apesar da estimativa, a campanha do PSD acredita que apenas uma
pesquisa origem e destino poderá cravar as necessidades da implantação do VLT.
“O prazo para as obras de implantação de 10 quilômetros de vias do VLT, por
exemplo, é de dois anos”, ressaltou a nota.
Durante a
PMI sobre a eletromobilidade, o mercado não manifestou interesse em criar um
VLT em Curitiba. Um dos motivos seria o custo. Para o ex-presidente do
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) Cléver Ubiratan
Teixeira de Almeida, que tem colaborado com o programa de mobilidade da
campanha de Greca, a ideia é focar em várias áreas da cidade, mas a Linha Verde
tem um potencial muito grande de crescimento.
Atualmente,
o BRT que passa naquele trecho transporta apenas 31 mil pessoas por dia. Mas a
prefeitura projeta um aumento nessa demanda depois de concluídas as obras na
região. A previsão da gestão Fruet era para que o novo sistema de transporte
levaria até 100 mil passageiros por dia.
Almeida
acredita que o VLP representaria ganho de 20% no fluxo. “Vai trazer um aumento
da capacidade e terá um controle maior de operação”, defendeu. Ele não descarta
também o uso dos programas que estão sendo avaliados pela gestão Fruet, como
bike-sharing (compartilhamento de bicicletas) e o car-sharing (compartilhamento
de veículos elétricos).
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