06/10/2016 - O Globo
Parte do segundo
trecho do VLT começará a operar em novembro. A promessa foi feita ontem pelo
secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, no dia em que a
inauguração da primeira linha do transporte completou quatro meses. Segundo
ele, o início dos trabalhos será entre a Praça Quinze e a Saara, na Praça da
República. O serviço integral, que vai até a Central do Brasil, só deve ser
aberto à população no fim do ano ou no início de 2017. Também serão inauguradas
no próximo ano as estações São Diogo, Itamaraty, Camerino e Santa Rita, que
fazem parte da terceira fase do sistema.
— Os testes sem
passageiros (no segundo trecho) começam este mês. Em novembro, passageiros
poderão embarcar, e a operação será ampliada de forma gradativa, assim como
aconteceu com a primeira linha inaugurada. O serviço começa com horários
reduzidos, intervalos mais longos entre os trens e vai aumentando aos poucos.
Talvez seja mais rápido do que foi na primeira etapa, porque agora o carioca já
está mais acostumado com o VLT — afirma Sansão.
EM FASE DE
ACABAMENTO
Quando o segundo
trecho estiver inaugurado, a integração com o primeiro, pelo Bilhete Único
Carioca, poderá ser feita em até uma hora pelos passageiros, sem que seja
cobrada uma nova passagem (R$ 3,80).
Pelas ruas por onde
o bonde moderno vai passar nesta nova fase, já se vê quase tudo pronto, mas
ainda faltam detalhes, como a cobertura dos pontos de parada e a instalação de
vidros e alguns acabamentos. De acordo com o cronograma disponível no site do
Porto Maravilha, vinculado à Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do
Porto (Cdurp), responsável pela construção da linha, as obras já deveriam ter
sido encerradas no dia 30 de agosto.
No trecho já em
operação do VLT, mais mudanças devem começar a ser implementadas
gradativamente. Os batedores, que percorrem a linha de moto, à frente dos
trens, devem começar a ser retirados até o fim do ano, segundo o secretário
Sansão:
— Os batedores
ainda vão trabalhar por algum tempo. Em novembro, vamos começar a testar a
operação de composições sem eles, sempre em horários alternativos aos de pico.
Se tudo correr bem, vamos retirando as motos aos poucos.
O secretário faz
um balanço positivo dos primeiros meses do serviço. Segundo ele, até agora o
VLT já transportou 2,7 milhões de pessoas, tendo o seu pico na Olimpíada,
quando chegou a receber 36 mil usuários por dia. A demanda normal, diz ele, é
de 20 mil a 25 mil passageiros diariamente. Em relação à fiscalização iniciada
em 5 de setembro, a Guarda Municipal autuou 483 passageiros que não pagaram a
tarifa. A multa custa R$ 170 (R$ 255 em caso de reincidência).
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