O Estado de São Paulo tem cinco trechos ferroviários turísticos em
operação. Outras três composições chegaram a percorrer trilhos paulistas nos
últimos anos, mas estão paradas sem verba para manutenção ou precisam cumprir
exigências para voltar.
Um deles é o Trem Moita Bonita, de Paraguaçu Paulista, administrado pela
prefeitura de lá e que percorria 24 km. Ele está com as atividades suspensas
desde janeiro, para passar por adequações.
Além de uma necessidade de adaptação para cadeirantes, precisará de um
sistema de freio a ar, exigência da concessionária que compartilha o trecho.
Isso não ocorreu até agora por causa da falta de recursos financeiros.
“Não dá para ter perspectiva de quando voltarão a operar”, disse o
diretor do departamento de turismo da cidade, Luis Carlos Pedrozo.
O projeto surgiu em 2005, mas as operações iniciaram quatro anos depois
entre o centro da cidade e o distrito de Sapezal, num trajeto de três horas que
levou 22 mil passageiros de 2010 a 2015.
O trem dos Ingleses, em Paranapiacaba, operado pela ABPF (Associação
Brasileira de Preservação Ferroviária), também está interrompido.
De caráter histórico, está paralisado há um ano, segundo a entidade,
pois a locomotiva aguarda manutenção. O Museu Ferroviário que engloba o passeio
segue aberto à visitação, aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.
Já o Trem Caipira, de São José do Rio Preto, um VLT (Veículo Leve sobre
Trilhos) que já consumiu mais de R$ 1 milhão em investimento, precisa atender
exigências da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre).
O projeto prevê viagem de 10,5 km entre as estações de São José do Rio
Preto e Engenheiro Schmitt. Nos últimos oito anos, só foi utilizado em caráter
experimental.
Há ainda um projeto em Sertãozinho, com percurso de 10 km que passe por
lavouras de cana-de-açúcar.
04/09/2016 – Folha de S.Paulo
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