quinta-feira, 14 de maio de 2015

Mais três novos trens chineses entram em operação na SuperVia


Governo do Rio de Janeiro - NOTÍCIAS - 12/05/20150


Ao todo, 66 das 100 composições compradas pelo Estado estão funcionando

Mais três novos trens chineses, adquiridos pelo Governo do Estado, entraram em operação na Supervia nesta segunda-feira (11/5). As composições irão circular, durante uma semana, em operação assistida até serem inseridas à grade regular do sistema ferroviário fluminense. Desde 2012, a concessionária colocou em operação 66 dos 100 trens comprados pelo Estado e hoje já é possível ofertar cerca de 85% dos lugares com ar-condicionado.

 As composições que podem transportar até 1,2 mil passageiros contam com passagem interna entre os carros, sistema que não permite a abertura de portas durante as viagens, circuito interno de câmera, bagageiro e painéis de LED.

 A previsão é de que os outros 34 novos trens comecem a operar no sistema até o primeiro semestre de 2016, completando os 100 veículos adquiridos pelo governo estadual. O processo de renovação da frota ferroviária segue em ritmo acelerado e já permitiu aposentar 59 composições dos modelos mais antigos.

Modernização da frota
 Os trens fazem parte da revitalização do sistema ferroviário do Rio, iniciada em 2012, quando começaram a entrar em circulação as primeiras 30 composições fabricadas na China. Em 2012, o Estado adquiriu mais 60 trens chineses e, no fim de 2013, foi realizada a compra de mais dez veículos, totalizando 100 composições adquiridas pelo Estado desde 2009.

Além disso, está em andamento a licitação internacional para a compra de mais 12 trens. A concorrência pública está em andamento e segue as normas do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), utilizando o menor preço como critério de julgamento.

 Ainda dentro do plano de modernização da frota do sistema ferroviário, a SuperVia adquiriu dez trens. Todos já estão em operação. Os veículos também contam com ar-condicionado, sistema de travamento de portas durante as viagens e capacidade para transportar até 2,4 mil passageiros. Até o fim do primeiro semestre de 2016, toda a frota de trens contará com ar-condicionado.

 Em 2007, a SuperVia transportava, em média, 325 mil passageiros por dia. Atualmente, mais de 650 mil pessoas usam os trens diariamente.
 

Acordo para a Olimpíada tira 30 trens de moradores do RJ

14/05/2015 - Folha de S. Paulo
A população do Rio terá menos trens à disposição do que o prometido graças a um acordo do Estado com uma concessionária para a reforma de estações ferroviárias para a Olimpíada de 2016.

O negócio transferiu do poder público para a Supervia (concessionária de trens urbanos) o custo da reforma de seis estações. Ao mesmo tempo, previu a redução de 13% no total de trens prometidos.

Em vez de 231 composições com ar condicionado em 2020, como anunciado há cinco anos, o Estado manterá as 201 atuais, trocando 47 trens antigos, sem refrigeração, por novos.

O nono aditivo ao contrato de concessão, assinado em agosto do ano passado, livrou a concessionária de reformar 41 trens antigos e comprar dez novas composições.

O investimento que seria feito na frota foi transferido para a reforma dessas estações. O governo, assim, conseguiu economizar R$ 250 milhões, custo estimado das intervenções para os jogos.

A decisão alterou o plano de investimentos no sistema ferroviário acordado em 2010 entre o Estado e a Supervia.

Naquele ano, os dois assinaram o oitavo aditivo ao contrato de concessão, no qual o governo se comprometeu a comprar 90 novos trens, ao custo de R$ 1,17 bilhões.

A concessionária, por sua vez, investiria R$ 1,24 bilhão -para a compra de 30 novos trens e reforma de 73 antigos, entre outros itens. Em troca, a concessão do sistema ferroviário foi prorrogada para 2048 —terminaria em 2023.

ECONOMIA E CRISE
Quando o oitavo aditivo foi assinado, o Rio já havia sido escolhido como sede da Olimpíada. Em crise financeira, o governo decidiu economizar com a reforma das estações.

O Estado vai comprar 22 trens novos para -com outros 25 já pagos que estão para chegar- renovar a frota, dotando todos os carros de refrigeração. Mas o número atual, de 201 composições, geralmente lotadas nos horários de pico, será mantido.


Especialistas apontam que o número de trens ajuda a aumentar a frequência das composições. Mas dizem que frota mais nova permite melhorias que também ajudam a reduzir o intervalo entre trens.

O Estado afirmou que 41 trens antigos, que seriam reformados, agora vão ser retirados de operação e vendidos. Outros 49, contudo, permanecerão circulando.

"Os novos trens têm maior eficiência operacional, o que significa maior capacidade de transporte de passageiros", disse em nota a Secretaria de Transporte.


A Supervia disse que a redução na previsão no número de trens "foi definida com base em simulações de cenários para os próximos anos". 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Custos de sistemas de BRT no Brasil

Os sistemas de BRT construídos no Brasil, muitos apresentam problemas de projetos,operacionais e de "saturação" em relação a demanda existente (sistemas subdimensionados), bem como problemas de atrasos na conclusão das obras (obras previstas para a Copa de 2014 ainda não concluídas) e até paralisação das mesmas como acontece na cidade de Recife.
BRT de Salvador
Corredor de ônibus com 9 km (8,5Km) de extensão.Lapa/Av.Vasco da Gama/Av. Juracy Magalhães Jr./Av.ACM/Iguatemi. 09 (nove) estações.
Custo estimado da Obra  = R$1 bi 
Custo  por Km  = R$100 milhões

BRT Florianópolis
Corredor de ônibus Metropolitano com 87 km de extensão.Prazo para conclusão da obra 5 anos.
Custo da obra = R$1,4 bi 
Custo por km = R$16 milhões

BRT Goiania
O corredor de ônibus terá 21,8 quilômetros de extensão, passando por 148 bairros da capital e de Aparecida de Goiânia, cidade vizinha.
Custo da obra R$ 340 milhões na implantação do BRT – R$ 210 milhões do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento Mobilidade Urbana e R$ 130 milhões recursos municipais.
Custo da obra = R$ 340 milhões
Custo por Km = R$15,6 milhões

BRT Brasília
O BRT do Entorno Sul  terá uma extensão de 30 quilômetros, interligando a Rodoviária do Plano Piloto à Unidade Administrativa dos municípios de Luziânia, Valparaíso, Cidade Ocidental e Novo Gama, através da BR-040.
Custo estimado da obra orçado em R$ 901 milhões
Atualmente, a demanda para este trecho é de 147 mil passageiros por dia e as previsões é que em 10 anos chegue a mais de 197 mil passageiros por dia.
Custo estimado = R$901 mi
Custo por Km   = R$30 milhões

BRT de Recife 1
Com 51,4 quilômetros. As duas etapas do projeto estão descritas em diversos relatórios oficiais.
Custo médio por km estimado em R$4,7 milhões
Custo total = R$ 219,6 milhões
Custo por Km = R$4,2 milhões

BRT de Recife 2
BRT Leste/Oeste - O Corredor Leste-Oeste possui 12 km de extensão com um investimento total previsto de R$ 99 milhões, sendo R$ 11 milhões direcionados para a construção dos terminais. Esse sistema permite o deslocamento entre as regiões leste e centro da Região Metropolitana de Recife (RMR).  O número total de estações é de 22 ao longo dos 12 km de extensão
Custo estimado = R$99 mi
Custo por KM  = R$8,25 milhões

BRT Recife 3
O Corredor Ramal Cidade da Copa,com um novo terminal integrado com o sistema de metrô,possui quatro estações construídas ao longo dos 6,4 km de extensão,intercaladas a cada 500 metros de distância.
Abrange as cidades de Camaragibe, São Lourenço da Mata, além de Recife. Esse corredor é o prolongamento do Corredor Leste-Oeste atendendo também à Cidade da Copa, e a Arena Pernambuco. O investimento total é de R$ 137 milhões.
Custo estimado = R$ 137 milhões
Custo por Km   = R$21,4 milhões

BRT de Recife 4
BRT Norte/Sul - O Corredor Norte-Sul possui uma extensão de 33 km e atende os municípios de Igarassu, Ilha de Itamaracá, Itapissuma, Araçoiaba,Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife.Atende o acesso a hotéis, aeroporto,estações ferroviária e do metrô, além de alternativas possíveis de deslocamento no do Sistema Estrutural Integrado (SEI).O investimento total na construção do Corredor Norte-Sul foi de ordem de R$ 180 milhões, R$ 12 milhões foram utilizados para a construção dos terminais O projeto contempla a construção de 31 estações ao longo do percurso,espaçadas a cada 500 metros. As obras, em andamento, tiveram início em janeiro 2012 e tem a previsão de conclusão em setembro de 2013
Custo total = R$180 mi
Custo por km = R$5,45 milhões

BRT do Rio -1
BRT TransOeste - Bairro/Cidade/UF Barra da Tijuca, Santa Cruz e Campo Grande – Zona Oeste – Rio de Janeiro
Extensão (Km) 56 km
Características do serviço 74 estações
Terminais de integração 9 terminais
Custo total = R$ 770 milhões
Custo por Km = R$13,75 milhões

BRT - Rio -2
Transbrasil - O quarto sistema  (BRT) do Rio na Avenida Brasil, vai custar R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,097 bilhão do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana, e o restante da prefeitura.
A Transbrasil terá 28 estações, quatro terminais e 16 passarelas.A extensão do BRT será de 32 quilômetros, começando na estação de trem Deodoro e seguindo pela Avenida Brasil até o centro da cidade
Custo estimado = R$1,5 bi
Custo por km = R$46,9 milhões

BRT do Rio -3
BRT TransCarioca - Bairro/Cidade/UF Aeroporto Internacional Tom Jobim, Barra da Tijuca, Madureira e Penha
Extensão (Km) 39 km
Características do serviço 39 estações com distância média entre elas de 812,5m
Terminais de integração (quantidade) 3 terminais
Custo total = R$ 1,833 bi
Custo por Km = R$47,0 milhões

BRT de BH
O Move da avenida Cristiano Machado sairia por R$ 51,2 milhões, o da área central por R$ 56 milhões, e o das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, R$ 688,2 milhões. Juntos, os trechos somam 23 km de extensão e R$ 795,4 milhões. Para a mesma extensão,segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar,foram gastos R$ 1,06 bilhão, sendo R$ 761 milhões com projetos e obras e R$ 299 milhões com desapropriações.
Isso significa que cada quilômetro custou R$ 46 milhões.
Custo total = R$ 1,06 bi
Custo por Km = R$46,0 milhões

BRT de Belém
No total, o BRT de Belém sai, por enquanto, por R$496,8 milhões.
O corredor de Belém, por sua vez, é menor: terá 46 km, incluindo as obras previstas para o centro da cidade e do distrito de Icoaraci, que ainda não foram sequer iniciadas. O quilômetro do BRT de Belém sairá, portanto, por R$ 10,8 milhões, por enquanto.
Custo estimado = R$496,8 milhoes
Custo por Km = R$10,8 milhões

Nota - Os projetos de sistemas de BRT geralmente não incluem nos seus custos a aquisição do material rodante (ônibus) cabendo esse ônus aos operadores do sistema


Comparativo com custos de VLT
VLT de Cuiabá

O VLT de Cuiabá com 25 km,duas linhas (uma linha metropolitana) 36 estações,40 composições de trens,obras estruturantes,desapropriações,via férrea,sistemas elétricos,patio de manobras custo de R$67 milhões por km construído
Custo estimado = R$1,4 bi
Custo por Km = R$67 milhões

VLT do Rio

O VLT do Rio terá ao todo 26km com 6 (seis) linhas e 42 estações sendo 4 intermodais (fechadas)
Custo estimado = R$1,2 bi
Custo por Km   = R$46,16 milhões

Nota do Editor - Todos os dados aqui citados foram colhidos com base em pesquisas a partir de fontes relacionadas com os respectivos projetos,podendo em alguns casos (projetos em andamento) estarem sujeitos a alterações.

Pregopontocom  10/05/2015

Orçado em R$ 7,1 bi, monotrilho de SP opera só em 2,9 km

31/03/2015 - Folha S. Paulo
Não há filas na bilheteria ou nas catracas, muito menos camelôs nas imediações da estação. Nos trens, de tão reduzido, o número de passageiros caberia numa van.
Esse é o cenário diário no monotrilho da zona leste de São Paulo, obra do governo Geraldo Alckmin (PSDB) que parece um trem-fantasma se comparada a qualquer transporte público da cidade.

Os trens funcionam em esquema de testes desde agosto do ano passado, apenas das 9h às 14h e num trecho de 2,9 km entre as estações Vila Prudente e Oratório –a obra completa, estimada em R$ 7,1 bilhões, terá 18 estações.

Por uma falha no projeto, a construção de parte das estações está paralisada. Conforme a Folha revelou, engenheiros "descobriram" galerias de água que passam embaixo das futuras estações e terão de ser remanejadas.

Na última quinta-feira (26), a reportagem acompanhou toda a rotina da linha 15-prata do metrô, o monotrilho, cujas obras estão atrasadas.

O trem, com sete vagões, tem capacidade para 1.002 pessoas: 122 sentadas e 880 em pé. Na prática, cada viagem reúne de 5 a 25 usuários.

Uma das poucas usuárias, a atendente Sandra Biazi, 49, usa a linha para ir ao trabalho, perto da Paulista. "Eu trabalho das 11h às 17h. Na volta [quando a linha já fechou], desço na Vila Prudente [linha verde do metrô] e ando 3 km até o Oratório, porque os ônibus estão lotados demais".

A dona de casa Francisca Palma, 67, que costuma aproveitar o vagão quase privativo, já pensa em abandonar o monotrilho. "Quando [tudo] estiver pronto, vai vir cheio da Cidade Tiradentes, e a gente não vai nem conseguir entrar".

Hoje, o horário de pico do trem ocorre por volta das 9h, na abertura das estações, quando a lotação pode ultrapassar a casa das duas dezenas graças à presença de funcionários do metrô.

A impressão é que, entre uniformizados ou não, a maioria dos passageiros está a serviço da companhia.


Alguns trabalham em notebooks, outros andam de um lado para o outro fazendo anotações. De tempos em tempos, operários entram no vagão e fazem selfies.

Nas estações, há cadernos disponíveis para sugestões de passageiros sobre o serviço. Nas anotações, há queixas sobre a demora nos testes. Mas há também quem elogie o trem ("espetacular"), proteste ("fora, Dilma!") e fale sobre suas preferências gastronômicas ("Eu gosto de bacon").

TREPIDAÇÃO
Quem anda de metrô em SP estranha o monotrilho, pelas dimensões reduzidas ou pelo maior tempo de espera (dez minutos, em média).

O que chama a atenção do contador Wagner de Oliveira, 35, é a trepidação, num trem que circula a uma altura de 12 a 15 metros. "Quando estiver em funcionamento normal e lotado, não sei se vou ter coragem. Porque, se completamente vazio, ele já treme desse jeito, imagina cheio".

Segundo o Metrô, as oscilações são comuns em veículos que trafegam com pneus sobre concreto, como o monotrilho. A empresa defendeu o atual período de testes.
"O funcionamento das novas estações em período parcial é essencial e possibilita os ajustes finais dos equipamentos, sistema​s e suas interfaces", afirmou, em nota.

Ainda em abril, o período de operação da linha será ampliado –das 7h às 19h.

A companhia diz que, hoje, cerca de mil pessoas fazem o trajeto por dia -quando a linha estiver concluída poderá transportar 500 mil. A previsão é que mais três estações sejam entregues até 2016. 

Prefeitura instala primeiros trilhos do VLT, no Santo Cristo

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro/RJ - NOTÍCIAS - 26/03/2015 - 16:20:05
Autor não encontrado

A Prefeitura do Rio instalou na madrugada desta quarta-feira (27/03) os primeiros trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no Centro. Operários da concessionária do VLT Carioca assentaram 400 metros na Rua General Luiz Mendes de Morais, no entorno da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo. Cada barra de trilho mede 18 metros de comprimento. O material de confecção permite adequação das peças na formação de curvas para acompanhamento do trajeto. Mais de 500 operários participam desta etapa de execução da pré-montagem dos trilhos da via permanente do VLT. Na sequência, serão fixados dormentes e trilhos e, em seguida, equipamentos e cabos de sinalização e energia. A concretagem e a camada de cobertura, sempre de acordo com a urbanização de cada ponto da passagem, finalizam a implantação do caminho do VLT.

O VLT é um projeto da prefeitura do Rio de Janeiro e integra as intervenções da Operação Urbana Porto Maravilha. O novo modal promoverá a integração, atendendo usuários dos diversos sistemas de transporte públicos já existentes e distribuindo passageiros nas diversas regiões que compõem a área central da cidade. A partir do VLT, passageiros poderão fazer a conexão com outros meios de transporte nas interligações com a Rodoviária Novo Rio, a Central do Brasil (trens e metrô), Barcas e o Aeroporto Santos Dumont, além dos BRTs, linhas de ônibus convencionais, terminal de cruzeiros marítimos e o Teleférico do Morro da Providência.

As obras da concessionária começaram em 2014, no Túnel Ferroviário sob o Morro da Providência, e atualmente se estendem pela Avenida Rio Branco e Via Binário do Porto, incluindo o Túnel da Saúde (Nina Rabha), com passagem exclusiva para o novo modal. Outra intervenção em curso é a construção do Centro Integrado de Operação e Manutenção (Ciom), na Gamboa, próximo à estação do Teleférico do Morro da Providência. O primeiro trecho do VLT, ou Rede Prioritária, ligará a rodoviária ao Aeroporto Santos Dumont. O segundo fará a interligação entre a Central do Brasil e a Praça XV.

A implantação do VLT Carioca disponibilizará à população e aos visitantes uma alternativa de mobilidade urbana inovadora e moderna no Centro e na Região Portuária, áreas com grande vocação turística (cultural e gastronômica), além de criar um sistema que integra o centro financeiro e o corredor cultural aos demais modais. Cada carro do VLT Carioca trafegará com velocidade média de 17 km/h e transportará até 420 passageiros.

O sistema de pagamento será por validação voluntária, integrado ao Bilhete Único. Assim que todas as linhas estiverem operando, a capacidade de transporte atingirá até 300 mil passageiros por dia. Os intervalos entre um trem e outro poderão variar entre três e 15 minutos, de acordo com a linha, demanda e horário. O VLT Carioca não tem catenárias - cabos aéreos para captação da energia elétrica. O fornecimento se dará com a alimentação de energia pelo solo (sistema APS).

Linha do Metrô e monotrilho ficam para 2017 em SP

A Linha 17-Ouro do monotrilho e o prolongamento da Linha 5-Lilás do Metrô só devem começar a operar em 2017, três anos depois da previsão inicial do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O novo prazo foi divulgado nesta segunda-feira (30) pelo próprio governador e pelo secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

A nova Linha 17 vai ligar o aeroporto de Congonhas e a região do Brooklin aos trilhos da CPTM. Já o prolongamento da Linha 5 vai levar o Metrô da região de Santo Amaro até a Linha 2-Verde, na Estação Chácara Klabin.

As obras da Linha 17 do monotrilho foram autorizadas em 2012 e a previsão era que funcionassem até a Copa.

Já a extensão da Linha 5-Lilás foi uma promessa de campanha de Alckmin em 2010 e a conclusão deveria ocorrer ainda naquele mandato. Até agora, porém, das 11 estações previstas, apenas a Adolfo Pinheiro está funcionando.

A abertura de estações da Linha 4 do Metrô, a conclusão da Linha 15-Prata do monotrilho e o início das obras da Linha 6 também enfrentam atrasos em relação às previsões divulgadas.

Na Linha 4, Alckmin disse que o Consórcio Isolux Córsan-Corviam será multado por causa do atraso na entrega de quatro estações. O valor não foi divulgado. A atual fase de obras da Linha 4 teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a estação Fradique Coutinho foi aberta, em novembro de 2014.

No caso da Linha 15-Prata do monotrilho, a expectativa inicial do governo estadual era de conclusão em 2012. Nesta segunda, o secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que uma nova etapa dos trabalhos só deve ser concluída em 15 meses. Após isso, serão iniciadas as obras de três estações na Zona Leste.

Sobre as obras da futura Linha 6, que ligará Brasilândia (Zona Norte) à região central, Alckmin disse que o primeiro canteiro começa a funcionar em 8 de abril. A expectativa inicial do governo é que os trabalhos começassem no ano passado. Não foram divulgadas novas estimativas para a conclusão, inicialmente previstas para 2020.

Problemas na Linha 5
No caso da extensão da Linha 5, o governador afirmou que já foram superadas desapropriações e questões ambientais e que as obras estão acontecendo normalmente.

Esperamos entregar Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin no primeiro semestre de 2017. Depois mais seis estações no segundo semestre (...) e uma estação em 2018, que é a estação de Campo Belo, que ali tem uma grande interferência, disse Alckmin.

Três tatuzões, como são conhecidos os equipamentos que fazem a escavação e concretam ao mesmo tempo, são usados na obra. Nesta segunda, um deles chegou à estação AACD-Servidor.

Em outras oportunidades, Alckmin citou como motivo da demora o fato de a obra ter ficado suspensa pela Justiça por 15 meses por uma decisão judicial que apontava indícios de corrupção na escolha da construtora.

Em outubro de 2010, reportagem do jornal Folha de S. Paulo afirmava que conhecia os vencedores da licitação para a construção da linha antes dela ser concluída.

A expectativa do governo do estado é que a Linha 5-Lilás transporte 780 mil pessoas por dia.

Atraso na Linha 17
A linha 17-Ouro também foi prevista para 2014 quando ainda se discutia o uso do estádio do Morumbi na Copa do Mundo. Depois, quando essa hipótese foi descartada, a linha chegou a ser prometida para 2016. 
O novo prazo para o funcionamento do primeiro trecho, entre o aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi da CPTM, agora é 2017.

Os pilares do monotrilho já foram instalados nas avenidas Jornalista Roberto Marinho e Washington Luís, mas ficarão lá sem sustentar nenhuma composição até 2017, prazo quando as oito estações deverão ser inauguradas, segundo o secretário Clodoaldo Pelissioni.

Hoje a questão mais complexa é o pátio que estamos fazendo em cima do piscinão. Vai muito bem. Temos mais de 400, 500 funcionários trabalhando ali. Essa é a obra um pouco mais complexa para que possamos entregar nessa data a obra funcionando para a população, disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

Ele assumiu o cargo em janeiro, em substituição a Jurandir Fernandes, que ocupou o cargo de secretário na gestão 2010-2014.

Linha 15 - Prata em horário reduzido
O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou também que, até o fim de abril, as estações Vila Prudente e Oratório deverão passar a operar das 7h às 19h. Hoje, elas funcionam das 9h às 14h.

O monotrilho começou a funcionar em 2014, após quatro anos de obras e adiamentos do início da operação.

Em 2009, o então governador José Serra disse que a expectativa era que a Linha 15-Prata chegasse da Vila Prudente a São Mateus até 2010, com a expansão até Cidade Tiradentes concluída em 2012. 
Atualmente, a linha funciona da estação Vila Prudente à estação Oratório, cobrindo cerca de 3 km dos 26,6 km de extensão previstos.

Segundo o secretário Estadual de Transportes, Clodoaldo Pelissioni, a construção das próximas estações depende do desvio do Córrego Mooca, que começa em abril. Em 15 meses pretendemos concluir essas trabalhos para poder fazer as obras de três estações depois do Oratório, na linha 15.

Ele afirma ainda que o horário disponível aos usuários passará a funcionar, das 7h às 19h, e deve voltar a ser expandido em agosto.