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sexta-feira, 17 de março de 2017

Com falhas em trilhos, CPTM reduz velocidade de trens em SP em até 77 %

Trechos da CPTM reduzem velocidade de 90 km/h para 20 km/h; registram apontam problemas como desnivelamento dos trilhos, dormentes velhos e até falhas nos parafusos dos trilhos. Presidente da companhia fala em 'risco zero'.




Por Philipe Guedes, TV Globo
16/03/2017 14h10  Atualizado há 17 minutos

Trens da CPTM fazem trajeto com velocidade máxima reduzida em até 77% na Grande São Paulo, informou o SPTV. A lentidão se deve a falhas nos trilhos, serviço de manutenção e obras. A redução mais brusca ocorre em trechos da linha 7 e da linha 10- Rubi, entre Perus e Caieiras, onde a velocidade máxima cai de 90 para 20 quilômetros por hora. O SPTV teve acesso a registros do sistema da CPTM que indicam os trechos que estão com velocidade reduzida e o motivo disso.
Ao sair de São Caetano em direção à estação Tamanduateí, pela linha 10-Turquesa, por exemplo, o maquinista é obrigado a reduzir a velocidade por cerca de 1 quilômetro. Se a linha estivesse com a manutenção em dia, o normal seria rodar a 90 km/h, mas o limite agora é 40km/h.

Na Linha 10-Turquesa da CPTM o maquinista tem de reduzir a velocidade do trem de 90 km/h para 40 km/h (Foto: TV Globo/Reprodução)

Nesse caso, o problema é o desgaste acentuado do trilho, que precisa ser trocado por um novo. O problema foi detectado em 17 de abril de 2015, mas ainda não foi resolvido. Somando todos os trechos com desgastes acentuados na Linha 10-Turquesa, são seis quilômetros de trilhos que a CPTM já deveria ter trocado e que continua usando
Outro trecho condenado fica entre Capuava e Mauá. Nele, o normal também seria a velocidade de 90 km/h, mas o trem atualmente não pode passar dos 20 km/h. “Você vê só por aqui. Ou pelo movimento do trem. Às vezes, ele está praticamente parado. E às vezes, não, Ele está rápido”, disse a auxiliar de cozinha Michele Cristina Alves.

Trem na Linha 8-Diamante a velocidade é reduzida para 20 km/h por problemas de erosão na via (Foto: Reprodução/TV Globo)

Na linha 8-Diamante, são três trechos com problemas de manutenção. Em dois deles, entre Osasco e Comandante Sampaio, os técnicos identificaram erosão na via em fevereiro de 2013. Uma obra começou e depois parou por falta de dinheiro. Quatro anos se passaram, mas o problema ainda não tem data para ser resolvido. Enquanto isso, os trens que poderiam passar a 70 km/h circulam com velocidade máxima de 20 km/h.
Na linha 9-Esmeralda são dois pontos em que a velocidade cai de 90 km/h para 40 km/h. Nesses pontos, a CPTM precisa mexer na rede de cabos que abastece os trens. Um dos pontos, entre Pinheiros e a Cidade Universitária, está com problema desde 2012 e não tem data de conserto prevista.

Campeã de lentidão

Linha 12-Safira é a campeã da lentidão na CPTM (Foto: TV Globo/Reprodução)

A linha 12-Safira é a campeã de lentidão. Ao todo, em 18 quilômetros de trilhos os trens rodam mais devagar, o que corresponde a quase 24% da linha. Entre as estações Tatuapé e USP Leste, por exemplo, a travessia do córrego Tiquatira está danificada, o que provoca o desnivelamento das vias na curva. A falha persiste desde março de 2015 e não tem data para mudar.
O que mais atrapalha a viagem de quem pega essa linha é a construção da linha 13-Jade, que vai para o Aeroporto de Guarulhos. A nova linha vai ter integração com a 12 e, por causa disso, desde julho de 2013, a Safira sofre com interferências das obras, que estão atrasadas há três anos.
Na linha 11-Coral, a CPTM identificou instabilidade no solo, nos dormentes (peças nas quais os trilhos são fixados) e nos trilhos em pelo menos três trechos. Entre as estações Tatuapé e Corinthians-Itaquera, o problema foi identificado em março do ano passado, mas não há previsão de ser resolvido. Um dos motivos para a falta de conserto é o fato de a CPTM não ter dormentes de concreto para trocar.
Mais à frente, entre as estações Corinthians-Itaquera e Guaianazes, há pontos em que parafusos da via estão emperrados. A falha persiste desde agosto de 2015. A CPTM não deu uma data para consertar.

Falha desde 2001
Na linha 7-Rubi, parte do trecho entre Perus e Caieiras está com a via desnivelada desde 2001 e continua sem previsão de conserto. O desgaste dos trilhos faz os trens reduzirem a velocidade de 90 km/h para 20 km/h.
Na mesma linha, tem infiltração de água que desnivelou a pista entre a Vila Aurora e Perus, problema de 2013 ainda sem data de solução. Há velocidade reduzida também por causa da obra de construção da estação de Francisco Morato, que está atrasada, e trilho gasto que precisa ser trocado desde novembro do ano passado.
Via está desnivelada desde 2001 na Linha 7-Rubi (Foto: TV Globo/Reprodução)
Um maquinista que pediu para não ser identificado disse que, com a falta de manutenção, os maquinistas não trabalham tranquilos, mesmo em baixa velocidade, principalmente nos horários de pico. “O trem mais lotado, ele fica bem mais pesado. E ele estando mais pesado tem mais risco de acidente”, disse.
Para o professor especialista em ferrovias Helaido de Castro Wins, o medo do maquinista faz sentido. “A manutenção deve ser feita indiscutivelmente. [A redução da velocidade] minora os efeitos. Os riscos continuam. Talvez você tenha uma proporção menor de problemas no caso de acidente”, explicou.

Presidente da CPTM fala em 'risco zero'
O presidente da CPTM, Paulo de Magalhães, confirmou que manda os maquinistas desacelerarem, por cautela, porque a manutenção não foi feita. “Não corremos nenhum risco. Risco zero. Para isso que existem as precauções. [...] Nós estamos tentando fazer todos os serviços imediatamente, à medida que parecem as novas precauções. Aquelas que são mais antigas são problemas que dependem de outros fatores que a gente está tentando resolver”, explicou.
“O que acontece muitas vezes, o que aconteceu com trilho, nós tivemos duas licitações fracassadas, por problema de concorrência, entre os participantes, em que a gente tem que fazer como funciona a lei, pra poder concluir”, disse. “Uma coisa que estava desde 2012 pra comprar o trilho, e em 2015, que foi quando eu assumi a empresa, a gente fez a compra de 8 mil toneladas de trilhos. E compramos mais 2 mil agora”, completou.


quarta-feira, 30 de abril de 2014

CPTM INICIA OPERAÇÃO ASSISTIDA NA EXTENSÃO DA LINHA 8-DIAMANTE

 
31/03/2014

A CPTM volta a prestar serviço entre Itapevi e Amador Bueno, a partir da próxima quinta-feira, 3 de abril. Inicialmente, os trens circularão no período entre 10h e 16h, com acompanhamento dos técnicos, atendendo às estações Amador Bueno, Santa Rita e Itapevi.

O trecho de 6,3 quilômetros foi remodelado com implantação de nova infraestrutura de via permanente [com padronização da bitola] e de rede aérea. As estações Amador Bueno e Santa Rita foram reconstruídas e dispõem de sanitários públicos, além de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.

Para a travessia da via férrea, há três passagens de pedestres assistidas, ou seja, com acompanhamento de empregados da Companhia e mais três passagens em nível com cancela para garantir a segurança dos motoristas. Essas passagens, futuramente, serão substituídas por três passarelas que já estão em fase de elaboração de projetos básico e executivo.

O investimento do governo do Estado na revitalização do trecho foi de R$ 83,5 milhões e as obras na região continuam para dar mais conforto aos usuários. O local da futura estação Ambuitá, que também atenderá ao trecho, já foi definido em conjunto com a Prefeitura de Itapevi e o projeto funcional foi finalizado. Atualmente, a equipe trabalha na elaboração dos projetos básico e executivo dessa nova estação.

Até a entrada em operação da futura estação Ambuitá, os usuários poderão continuar utilizando a linha de ônibus I27, que atende ao trecho e será mantida após o restabelecimento do serviço ferroviário. Nas duas novas estações, os passageiros da CPTM também podem acessar as linhas de ônibus do município de Itapevi.

Trens da série 5.000, composto por quatro carros, atenderão a demanda estimada de 3.500 usuários por dia/útil. A tarifa de R$ 3,00 será cobrada na estação Itapevi, que dá acesso ao sistema metroferroviário.