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domingo, 12 de dezembro de 2021

Secretário André Nahaas diz que busca solução para crise no transporte do RJ; Supervia negocia aumento de tarifa

 


10/12/2021 G1 Notícias da Imprensa

Andre Luiz Nahass, novo secretário de Transportes do RJ, fala sobre crise no setor no estado - Foto: Reprodução TV Globo

G1 – Todos os dias acontecem problemas no transporte público de massa do Rio, seja nos trens ou no metrô. No cargo há 15 dias, o atual secretário estadual de Transportes André Luiz Nahaas disse que sua missão é melhorar o transporte e fortalecer o diálogo com as concessionárias.

Nos trens são comuns atrasos, superlotação e violência. A Supervia diz que o número de usuários não é mais o mesmo de antes da pandemia e que precisa de ajuda do governo do estado para continuar a operação. A concessionária também sugeriu um aumento de 40% nas passagens, que de R$ 5 passariam para R$ 7.

O metrô também tem um pedido de socorro financeiro. A concessionária alega que a queda de passageiros gerou um prejuízo milionário. Mas em meio à pressão das concessionárias, é o passageiro que mais sofre com transporte caro e serviço ruim.

“O governador me deu a missão de melhorar a questão do sistema de transporte ferroviário. Então, na verdade o que eu vim buscar e o que tenho feito nesses 15 dias é manter e fortalecer o diálogo com as concessionárias”, disse Nahaas.

Quanto ao pedido da Supervia de um aporte financeiro de mais de R$ 200 milhões e o do Metrô Rio, que fez um pedido de R$ 286 milhões, Nahass disse que é preciso que haja concessão de ambos os lados: estado e empresas.

“A gente espera, com criatividade e com bom senso, chegar a um bom termo no final, sempre margeando novos investimentos, questão tarifária. A população pode ficar tranquila que ela não vai pagar duas vezes pela passagem. O estado não vai medir esforços no sentido de tentar compor um diálogo franco e aberto com as concessionárias”.

O secretário disse que espera que ao final das negociações com a Supervia possa chegar a um acordo para que o usuário do sistema de trens possa pagar o menor preço possível pela tarifa.

“A negociação não trabalha com esse valor de R$ 7. A negociação trabalha com outro valor, mas aí tem que haver uma composição de forma consensual. Ainda estamos negociando, mas obviamente, o valor é bem menor que R$ 7”, disse o secretário sem informar o valor ideal da tarifa.

Nahaas disse que essa negociação já estava em curso com seu antecessor, o ex-secretário Juninho do Pneu. Segundo ele, as negociações passam por questões como investimento do estado e investimentos da Supervia. Ele diz que é importante ter atenção também com a qualidade do serviço.

“As duas partes devem investir no transporte de forma pactuada para que não haja depois dúvidas e que a gente possa ter elementos de controle sobre esses investimentos”, disse o secretário.

Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/12/09/secretario-andre-nahaas-diz-que-busca-solucao-para-crise-no-transporte-do-rj-supervia-negocia-aumento-de-tarifa.ghtml

 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Com atrasos, sucateamento e violência constante, sistema de trens do RJ ‘saiu dos trilhos’

 08/12/2021 G1 Notícias da Imprensa

 

Problemas que afetam passageiros dos trens vão além do furto de cabos - Reprodução TV Globo

G1 – O passageiro que depende dos trens da SuperVia no Rio de Janeiro vêm sofrendo ao logo dos últimos anos com atrasos constantes nas viagens, sucateamento de material e violência que apavora.

A SuperVia alega que a maioria das paralisações e atrasos nas viagens ocorreu por causa de furtos. E que somente este ano, 30 quilômetros de cabos foram roubados por criminosos. Número quatro vezes maior que em 2020.

Foram roubados não só cabos de energia e sinalização, mas também grampos de ferro que fixam os trilhos. Sem a fixação eles ficam soltos e não suportam o peso dos trens.

De acordo com a SuperVia, 1.100 viagens foram canceladas ou interrompidas desde janeiro por causa desse problema.

O RJ1 teve acesso a um documento da Agência Reguladora de Transportes (Agetransp). Os dados são de janeiro a agosto deste ano. O documento mostra que os problemas enfrentados pelos passageiros vão além da violência.

Ocorreram 95 avarias no sistema elétrico, na rede aérea, na sinalização e nos próprios trens. Isso dá uma média de um a cada dois ou três dias. Também foram registradas seis colisões violentas, chamadas pela Agestransp de abalroamento. O descarrilamento, quando o trem sai do trilho, foi registrado 12 vezes. Ou seja, três a cada dois meses.

Foram registradas também 25 ocorrências de fatores externos, como por exemplo, chuvas fortes ou ventos, obstáculos na via e atropelamentos de animais.

Num relatório da Casa Fluminense, especialistas afirmam que a culpa não é apenas da crise devido à pandemia. E muito menos dos antigos roubos de equipamentos. Segundo o documento, os problemas passam pela falta de transparência do contrato e do lucro da empresa, pela fiscalização falha e pelo contrato de concessão que permite o reajuste de tarifa com base num índice que pode deixar a passagem muito cara.

Na segunda-feira (6), o RJ1 mostrou a sugestão da SuperVia para aumentar o valor da tarifa, de R$ 5 para R$ 7, 40% a mais.

Para a concessionária, essa é uma das alternativas para a empresa tentar reequilibrar as contas. A empresa ainda foi ao governo do estado para tentar uma ajuda de R$ 211 milhões, com a justificativa de queda no número de passageiros durante a pandemia. E espera uma responsa.

O RJ1 pediu uma entrevista com o novo secretário estadual de Transportes, André Luís Nahass, mas a secretaria não responde à solicitação.

Concessão ficará ‘inviável’
Em outro documento obtido pelo RJ1, a SuperVia diz à Agestransp que muito em breve a concessão pode ficar inviável. Ao RJ1, a empresa afirmou que tem uma dívida de R$ 1,2 bilhão.

Em 2019, a empresa, que pertencia à Odebrecht, foi vendida para a Mitsui – um dos maiores conglomerados do Japão – o que inclui até uma empresa de seguros.

Enquanto tenta recuperar o lucro e aumentar a tarifa, muita gente continua embarcando de graça nos trens. É o que acontece em várias estações, como num flagrante feito nesta terça-feira (7), pelo Globocop, em Senador Camará, na Zona Oeste. Os passageiros usavam um buraco no muro da via férrea, aberto há anos.

“É muito perigoso. É muito perigoso. As estações estão sucateadas. A verdade é essa. A gente não tem segurança em nenhuma das estações. São poucas as estações que têm segurança, entendeu? Só as maiores mesmo”, disse um passageiro.

Em apenas um mês foram 21 assaltos e furtos a passageiros, segundo registros da própria SuperVia. A maioria, na Central do Brasil, a principal estação do estado.

Entre o pedido de aumento de passagem, problemas que não acabam e números que assustam ficam os passageiros, que sofrem com tudo isso. .

O governo do estado disse que dialoga com a SuperVia e que busca melhorar os serviços e reequilibrar o contrato, garantindo um aumento com menor impacto para o passageiro. Afirmou também que o índice IGP-M, que deixa a passagem mais cara, está no contrato desde 1998. E que é um dos temas tratados com a concessionária.

A SuperVia disse que a atual gestão age com transparência e informa todas as ocorrências à Agetransp. E, novamente, que tem tido prejuízos com furto de cabos. Declarou também que os furtos de grampos podem causar descarrilamentos. E que se esforça para manter a operação com menor prejuízo possível aos passageiros. A SuperVia novamente disse que foi impactada pela pandemia. E que o IGP-M é o índice previsto no contrato de concessão.

A PM explicou que a força-tarefa criada para combater o crime na linha férrea vai continuar por tempo indeterminado. E que 211 pessoas foram presas em flagrante por crimes, como furto de materiais, porte de armas e tráfico de drogas, além de apreensões.

Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/12/07/com-atrasos-sucateamento-e-violencia-constante-sistema-de-trens-do-rj-saiu-dos-trilhos.ghtml

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Um mês após decisão judicial, estado decide transformar estação da Leopoldina em mercado público

 26/10/2021 O Globo Notícias da Imprensa

A estação da Leopoldina, na Avenida Francisco Bicalho, no Centro do Rio: nova promessa de reforma após sentença judicial Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O Globo – Um mês depois de o juiz Paulo André Espirito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio, condenar a concessionária SuperVia, bem como a Companhia Estadual de Transportes e Logística (Central) e a União a reparar os danos causados à estação de Leopoldina, o estado confirma que pretende transformar o local num grande mercado público, com produtos da agricultura e da gastronomia fluminenses. A informação foi divulgada por Ancelmo Gois, em sua coluna no GLOBO. Não há detalhes do que será feito, e o projeto, segundo o governo, ficará pronto até o fim do ano.

Conforme decisão do juiz, de 24 de setembro, a Central Logística e a União têm 120 dias, a partir da notificação, para apresentar o projeto de reforma do prédio principal e do anexo da Leopoldina ao Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A execução das obras não poderá exceder a um ano.

Outros prazos, de 15 e 30 dias, foram fixados na sentença para ações emergenciais. A Justiça Federal informou, no entanto, que a SuperVia ingressou com um recurso (embargos de declaração), no último dia 4, em primeira instância, ainda não julgado. Contrarrazões foram entregues ao juízo nos dias 7, pelo Ministério Público Federal (MPF), e 22 de outubro, pelo estado.

Os réus que descumprirem os prazos determinados na sentença estão sujeitos a multa diária de R$ 30 mil, limitada ao teto de R$ 12 milhões.

Inspiração na Espanha
A Secretaria estadual de Infraestrutura (Seinfra) foi encarregada pelo governador Cláudio Castro de detalhar o projeto do mercado. A ideia é inspirada nos mercados públicos espanhóis, como o La Boqueria, em Barcelona, com mais de 2.500 metros quadrados, que virou atração turística.

Mas, enquanto o projeto não se materializa, a Leopoldina convive com janelas quebradas, fachada pichada e restos de telas de obras iniciadas e não acabadas. O estado da estação, com seus quatro andares, de frente para a Rua Francisco Bicalho, no Centro, é “deplorável” e “digno de dar vergonha”, de acordo com o juiz Espírito Santo.

O prédio é de dezembro de 1926. Foi projetado pelo arquiteto inglês Robert Prentice e é tombado pelos institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac). E foi fechado em 2001 para passageiros, remanejados, então, para a Estação Central do Brasil.

Na sentença de 24 de setembro, Espírito Santo deu prazo de 15 dias para a SuperVia promover, em até 15 dias, “a completa limpeza da gare, plataformas e do terreno adjacente, inclusive com a retirada da vegetação daninha, e que efetue a conservação e limpeza das referidas áreas, com periodicidade mínima de 30 dias.” Foi determinado ainda que concessionária apresente ao Iphan, em até 120 dias, projeto executivo de reforma da gare e das plataformas. A empresa afirmou que ” tem cumprido todas as determinações fixadas na sentença proferida nos autos da Ação Civil Pública nos prazos estabelecidos” e que “se reserva ao direito de ingressar com eventual recurso processual cabível”.

Já para a Central, além dos 120 dias para a reforma, o magistrado fixou até 30 dias para “a retirada e o armazenamento adequado de todos os arquivos, mapas e documentos históricos que se encontram indevidamente depositados no prédio principal da estação Leopoldina”. O mesmo prazo foi dado para que a concessionária instale “nova rede de proteção no entorno de todo o prédio, de forma a impedir que pedaços de revestimento atinjam transeuntes”.

Por e-mail, a Central garantiu que a decisão judicial está sendo cumprida. “A retirada dos bens móveis já foi iniciada e deverá ser concluída no prazo estabelecido na sentença. Além disso, a Central já iniciou o processo de contratação da empresa que substituirá a tela de proteção da fachada do prédio”, disse a empresa.

Também por e-mail, a Advocacia Geral da União (AGU) afirmou que “já oficiou o órgão responsável pelo patrimônio da União para a adoção das providências necessárias à conservação do imóvel”.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/um-mes-apos-decisao-judicial-estado-decide-transformar-estacao-da-leopoldina-em-mercado-publico-1-25251142

Justiça impõe multa diária de R$ 30 mil para que SuperVia, governo do estado e União restaurem a estação da Leopoldina

29/09/2021 O Globo Notícias da Imprensa

Fachada da estação: pichações, sujeira e ferrugem no prédio tombado pelo patrimônio Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O Globo – Janelas quebradas, fachada pichada, fissuras, restos de telas de obras iniciadas e não concluídas. O estado da Estação Ferroviária Barão de Mauá, a Leopoldina, é “deplorável” e “digno de dar vergonha”, afirma o juiz Paulo André Espirito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio, na sentença que condenou a concessionária SuperVia, bem como a Companhia Estadual de Transportes e Logística (Central) e a União a reparar os danos causados ao espaço, inaugurado em 6 de dezembro de 1926. Os réus que descumprirem os prazos fixados na decisão estão sujeitos a multa diária de R$ 30 mil, limitada ao teto de R$ 12 milhões.

Com seus quatro andares na Avenida Francisco Bicalho, no Centro, esse patrimônio cultural e histórico foi fechado em 2001 para passageiros, remanejados, então, para a Estação Central do Brasil. O terminal de trens Barão de Mauá foi projetado pelo arquiteto inglês Robert Prentice e é tombado pelos institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac).

— O arquiteto se inspirou nas estações inglesas eduardianas (variante do estilo neobarroco) do século XX. Nunca foi completada. Visava a unificar os serviços da Estrada de Ferro Leopoldina, que, naquela época, era administrada por um grupo inglês, que, em 1946, foi nacionalizado e incorporado pela Rede Ferroviária Federal — explica o historiador Milton Teixeira. — Dali, saíam o Trem de Prata, que ia para São Paulo, e o Trem de Ouro, para Minas Gerais.

Depois que fechou as catracas para os passageiros, houve muitos projetos para o espaço, lembra Teixeira:

— Seria museu, shopping center, sede do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Absolutamente nada saiu do papel. No interior, há riquíssimos mármores e placas de bronze. Nos terrenos à volta, estão apodrecendo máquinas ferroviárias antigas. Há até um vagão e uma locomotiva da antiga Estrada de Ferro do Corcovado, de 1909. Estamos perdendo história. Em qualquer lugar do mundo, a estação estaria sendo bem aproveitada. Aqui, ao contrário. Há alguns anos promoviam bailes ali dentro. Imagina o que acontecia de vandalismo.

Desde 2013, o Ministério Público Federal tenta na Justiça que o imóvel seja recuperado. Na sentença da última sexta-feira, o juiz Paulo André Espirito Santo afirma que os réus vêm descumprindo reiteradamente uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), de 2017. Por isso, diz ele, foi acatada a tutela de urgência para que os reparos sejam iniciados. O documento cita ainda que não está excluída a possibilidade de responsabilização dos gestores no futuro.

Risco de incêndio
Segundo a decisão, a Central, o Estado do Rio de Janeiro e a União devem iniciar a retirada de documentos e móveis, bem como instalar tela de proteção no prédio principal e no anexo no prazo máximo de 30 dias, além de apresentar ao Iphan o projeto de reforma completa do espaço. A concessionária SuperVia, por sua vez, terá que iniciar em até 15 dias a limpeza completa e a conservação da gare, da plataforma e do terreno adjacente. E também apresentar ao Iphan o projeto de reforma dessas instalações. O juiz determinou também que o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Defesa Civil do estado sejam citados “pelo risco iminente” de incêndio. A sentença não estipula prazo para início e conclusão de obras.

Contra a decisão, não cabe mais recurso em primeira instância. Só ao TRF2 e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além dos laudos periciais, com fotos e análise da situação da estação, Espirito Santo informa que vistoriou o local. “Ter visto de perto toda aquela degradação, por ocasião da inspeção judicial, foi de uma tristeza só”, ressalta ele na sentença de 62 páginas. “E pior: passar por lá de carro, aumenta ainda mais essa tristeza e a sensação de vergonha. Essa situação decrépita ninguém disse ao juízo ou foi lida em algum lugar: ela foi constatada in loco, em março de 2016, por conta da inspeção judicial. E pode ser percebida ainda hoje por qualquer cidadão que passar pelo local”, acrescenta.

A vistoria, conforme a sentença, demonstra que o imóvel, em geral, precisa ser reformado, “dada a existência de infiltrações, manchas, mofo, corrosão de ferragens e acabamentos de pintura, além de fissuras, trincas e rachaduras em fachadas, pisos, vigas, mísulas, pilares, paredes e tetos”. Um dos problemas encontrados foi o de corrosão das ferragens expostas de vigas. O juiz cita “inúmeras rachaduras em estado avançado”, mas ressalta que não há risco de o prédio desabar.

‘Olhos fechados’
A sentença do juiz não poupa as autoridades responsáveis pela estação. Segundo o magistrado, “se tal situação ocorresse num país de primeiro mundo, dito desenvolvido, os gestores da empresa responsável pela manutenção ou o chefe do Poder Executivo titular da gestão (federal ou estadual) viriam a público pedir desculpas à população”. Espirito Santo escreveu que “não se consegue imaginar uma situação como essa da Estação Leopoldina num país europeu que, ao contrário do nosso, não fecha os olhos para a história e para os signos representativos da cultura nacional”.

Por e-mail, a SuperVia diz que está ciente do documento e analisando a decisão judicial a fim de adotar as providências cabíveis”.

Também por e-mail, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que o órgão recebeu ontem a intimação e “já vem buscando entendimento junto ao Estado do Rio por uma solução definitiva, uma vez que cada ente, União e estado, é proprietário de metade do imóvel”. Acrescenta que “o acordo busca cumprir as obrigações de caráter solidário e assegurar a adequada preservação do bem histórico”.

A assessoria jurídica da Secretaria estadual de Transportes foi notificada na tarde de anteontem e está dando ciência da sentença à Central Logística, responsável pela administração do patrimônio. E a Central ressalta que “não há qualquer descumprimento à decisão judicial e que já concentra esforços para cumprir os prazos estabelecidos”.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/justica-impoe-multa-diaria-de-30-mil-para-que-supervia-governo-do-estado-uniao-restaurem-estacao-da-leopoldina-2-25216849

 

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Odebrecht finaliza venda da Supervia para consórcio japonês



30/05/2019
person Diário do Transporte
  
A Odebrecht finalizou a operação de venda da Supervia, concessionária de transporte ferroviário do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 28 de maio de 2019. A Rota das Bandeiras, concessionária do corredor Dom Pedro, no interior de São Paulo, também foi negociada pela empresa, após aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Com as duas vendas, a Odebrecht, que sofreu enormes perdas com os escândalos investigados pela operação Lava Jato, poderá aliviar sua situação com os R$ 2,45 bilhões que receberá de pagamento. A empresa sofreu intensa pressão para vender ativos para reduzir suas dívidas.
No negócio da Supervia, a GUMI passou a deter quase 90% do controle da concessionária (88,7% das ações), restando 11,33% à Odebrecht Transport (OTP), braço de transportes e mobilidade urbana do grupo. A GUMI - Guarana Urban Mobility Incorporated, subsidiária controlada pela trading japonesa Mitsui, assinou em fevereiro deste ano o contrato de compra e venda com a OTP para transferência de controle na SuperVia.
Já a concessionária Rota das Bandeiras passará a ser controlada pela gestora Farallon e pela companhia de investimentos Mubadala, de Abu Dhabi, que integrarão o Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia. A Odebrecht Transport (OTP), vai ficar com 15% do negócio, e os 85% restantes passarão para o controle do Fundo de Multiestratégia.
SUPERVIA
Com venda consumada, o consórcio japonês liderado pela Mitsui assume a quase a totalidade das ações da Supervia, tomando o lugar da OTP, até então a maior acionista da empresa.
As negociações, que vinham se desenrolando há alguns meses, estavam sendo vistas com otimismo pelo setor ferroviário, que aposta na abertura de novos investimentos. O consórcio, além da Mitsui, engloba participantes como a JRW (West Japan Railway), maior operadora de trens do Japão.
O negócio para vender a concessionária foi liderado por credores brasileiros da Odebrecht. O grupo sofreu enormes perdas com os escândalos investigados pela operação Lava Jato, o que a levou a sofrer intensa pressão para vender ativos para reduzir suas dívidas.
A Supervia, com 201 trens, opera 270 quilômetros de malha ferroviária dividida em cinco ramais, três extensões e 104 estações. Atua desde 1998 e transporta cerca de 600 mil passageiros em dias úteis.


segunda-feira, 18 de março de 2019

Japoneses da Mitsui fecham acordo de compra da SuperVia por R$ 800 milhões




11/03/2019 person O Globo comment Comentários

   Japoneses da Mitsui fecham acordo de compra da SuperVia por R$ 800 milhões

Um ano após negociações, a SuperVia, empresa que opera trens urbanos em 12 municípios do Rio de Janeiro, transportando 600 mil passageiros por dia, vai, finalmente, mudar de mãos. O Cade, que regula a concorrência no Brasil,  recomendou no último dia 06 de março a aprovação da aquisição pelo conglomerado japonês Mitsui das ações em poder da Odebrecht TransPort, atual controladora indireta da companhia. O negócio é estimado, segundo uma fonte, em cerca de R$ 800 milhões. Com o aval do Cade, o negócio deve ser concluído no fim de abril deste ano, ressaltou essa mesma fonte.

No último dia 28 de fevereiro, a Supervia informou que os dois acionistas firmaram acordo de compra e venda das ações. Após a conclusão da transação, a Odebrecht Transport vai reduzir sua participação indireta de 72,8% para 11,33% dos papéis da concessão ferroviária. E a Mitsui - através  de sua controlada Gumi - ficará com os 88,67% restantes.

Dona de uma dívida de cerca de R$ 1,5 bilhão, o negócio deve ser aprovado pelos bancos credores, como Itaú e Bradesco, e o governo do Estado do Rio, por se tratar de uma concessão. A Mitsui havia feito uma proposta à Odebrecht em novembro do ano passado.

A  fatia da Mitsui na SuperVia se dava de forma indireta. O grupo japonês, ao lado de outras duas empresas do Japão, tem 40% da Odebrecht Mobilidade que, por sua vez, tinha 60% da SuperVia. 

A expectativa com o novo dono é que  a SuperVia consiga aumentar os investimentos,  melhorar a qualidade de seus serviços e equacionar suas dívidas. Entre as queixas mais frequentes dos usuários estão vagões lotados em viagens mais longas e em horários de pico, enquanto nos fins de semana a frequência das saídas é reduzida.

Em parecer, o Cade disse que pode haver uma potencial integração entre a Mitsui e a Supervia com a compra de produtos. "Tal relação, porém, não seria capaz de gerar preocupação de ordem concorrencial. A participação da Mitsui nesse segmento no Brasil é insignificante", disse o Cade. Segundo um especialista, a Mitsui pode dar novo impulso à SuperVia. Isso porque recentemente a Mitsui vendeu parte dos 40% de suas ações na Odebrecht Mobilidade para empresas japonesas que atuam no setor. Ou seja, indiretamente, segundo o Cade, a Mitsui já tem 24% das ações da SuperVia.

- Uma dessas empresas é a West Japan Railway, que transporta mais de 5 milhões passageiros  por dia no Japão. Além disso, a Mitsui também vendeu parte das ações da Odebrecht Mobilidade para a Empresa Japonesa de Investimento em Infraestrutura de Transporte e Desenvolvimento Urbano no Exterior, com foco em transporte. A expectativa é que a SuperVia passe a ter uma nova gestão com sócios especializados no setor - disse esse analista.

Mitsui atua em energia e alimentos

A SuperVia já estava à venda há pelos menos dois anos. Nesse período, chegaram a analisar a companhia o fundo soberano dos Emirados Árabes, Mubadala, um consórcio formado pela brasileira Starboard Restructuring Partners, que tem o fundo americano Apollo como acionista, e o grupo brasileiro RTM Brasil, composto por executivos do setor financeiro e de transporte.

No Brasil, a Mitsui atua em vários segmentos. A empresa tem atuação nos setores, além de mobilidade, químico, de energia e TI. Na  área de alimentos, a japonesa vende café no Brasil com a marca "Café Brasileiro". É dona ainda da Agrícola Xingu, empresa que atua no agronegócio, por meio do cultivo de lavouras na produção de commodities agrícolas e processos industriais para o beneficiamento de algodão e sementes de soja.

Na área de transporte, a companhia já forneceu equipamentos e composições para o metrô de Salvador. Além disso,  a empresa tem projetos para o Metrô de São Paulo.  No setor automotivo, através de uma empresa chamada Veloce, a companhia forneces soluções para as montadoras, importando peças pelos escritórios no exterior, e serviços de logística.

Fonte:
https://oglobo.globo.com/economia/japoneses-da-mitsui-f...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

SuperVia conclui renovação da frota de trens


  
07/01/2019

A SuperVia recebeu nas últimas semanas seu último trem novo, sendo o sexto da série 5000. A composição foi fabricada pela Alstom e conta com oito carros. Com a chegada, a frota da operadora carioca está renovada e a idade média dos trens é de 13 anos.

O trem da série 5000 tem capacidade de transportar até 2.600 passageiros, é equipado com ar-condicionado, espaço para cadeirantes e pessoas com necessidades especiais, câmeras internas e externas, dispositivo de comunicação de emergência e bagageiros, além de monitores de LCD e painéis eletrônicos indicativos de próxima estação e lado do desembarque.

A SuperVia começou a renovar a frota em 2012, com a entrega de 30 trens chineses. Já em 2014, outras 70 composições, também da China entraram para operação, totalizando 100 novos trens. A concessionária, com recursos próprios, modernizou 32 composições, incluindo a instalação de ar-condicionado.

Fonte:
https://viatrolebus.com.br/2019/01/supervia-conclui-ren...

terça-feira, 19 de junho de 2018

Credores da Odebrecht lideram tentativa de venda da Supervia, dizem fontes



10/05/2018 - Exame

Os credores brasileiros do grupo Odebrecht estão liderando esforços para vender a operadora ferroviária do grupo, a Supervia, enquanto pressionam a holding a acelerar a venda de ativos, disseram três fontes com conhecimento do assunto.

A Odebrecht contratou meses atrás o BTG Pactual como assessor da venda da Supervia, acrescentaram as fontes, pedindo anonimato porque as conversas ainda são privadas.

Mas o fracasso em chegar a um acordo com potenciais interessados fez com que credores como o Itaú Unibanco e Banco Bradesco SAinterviessem para ajudar nos esforços de venda por meio de seus bancos de investimento.

No mês passado, a Odebrecht Engenharia e Construção não pagou 500 milhões de reais em títulos e disse que sua controladora, a Odebrecht SA, ainda negocia com bancos para receber novos empréstimos para fazer o pagamento dentro do período de carência de 30 dias.

As negociações para os novos empréstimos ainda estão em andamento, disseram as fontes, e os bancos dizem que o programa de vendas de ativos da Odebrecht está mais lento do que o esperado. A dificuldade em vender a Supervia foi visto pelos bancos como exemplo de venda de ativo atrasada.

A Odebrecht recebeu apenas 7 bilhões de reais dos 12 bilhões de reais em negócios anunciados, principalmente devido a obstáculos legais para fechar negócios em países latino-americanos como o Peru. Mas este não é o caso na Supervia.

O Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes, havia negociado com a Odebrecht por meio do BTG durante meses, mas a Odebrecht considerou sua oferta muito baixa.

Desde então, outros dois grupos demonstraram interesse no negócio: a Starboard Restructuring Partners e o grupo brasileiro RTM Brasil, formado por executivos e apoiado por empresas de private equity não especificadas, que estariam dispostas a financiar o negócio, disseram duas fontes.

BTG Pactual, Bradesco, Itaú, Mubadala e Starboard não comentaram imediatamente o assunto. Em e-mail a Reuters, a “Odebrecht Mobilidade confirma estar conversando com outro investidor para venda de sua participação na Supervia”.

A Odebrecht adquiriu 60 por cento da Supervia em 2011. A empresa opera trens urbanos em 12 cidades do Estado do Rio de Janeiro e transporta cerca de 750 mil pessoas diariamente.


- Fonte: https://exame.abril.com.br/negocios/credores-da-odebrecht-lideram-tentativa-de-venda-da-supervia-dizem-fontes/


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Governo do Estado assina termo aditivo ao contrato de concessão da SuperVia


08/01/2018 Notícias do Setor ANPTrilhos        
Medida regulará a construção de empreendimentos comerciais

O governador Luiz Fernando Pezão assinará, nesta quinta-feira (21/12), um aditivo ao contrato de concessão da SuperVia que vai regular a construção de empreendimentos comerciais em estações de grande circulação, como a Central do Brasil. Nela, será construído um shopping com 276 lojas (erguido sobre as plataformas dos trens), cinemas e um hotel três estrelas com 200 quartos. Este será o primeiro shopping no conceito “vaga zero” do estado.

Essa infraestrutura comercial trará efeitos positivos para todo o sistema de transporte público, como a equalização do fluxo de passageiros nos horários de pico, reduzindo a variação do número de composições necessário para o atendimento nos momentos de maior demanda. Além disso, aumentará a geração de receitas acessórias que, futuramente, ajudará na redução do custo das tarifas.

Do ponto de vista urbanístico e de mobilidade urbana, a região da Central do Brasil apresenta um grande potencial, já que o entorno conta com estações de trem, metrô e VLT, terminal rodoviário e teleférico. Por ali transitam, diariamente, cerca de 600 mil pessoas, o que a torna um dos principais pontos de passagem da capital.

O projeto também contribuirá com recursos de contrapartida para a restauração de áreas importantes do prédio histórico da Central do Brasil e a reurbanização e organização do entorno, tendo como base os resultados dos estudos conduzidos pelo Estado, Prefeitura e modais, financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

– Não há outro local que agregue tantos modais, empresas e passageiros. Se as pessoas chegarem à estação e puderem usufruir de um shopping, conseguiremos gerenciar melhor a demanda, criando um ambiente mais organizado e seguro. Esse investimento em áreas comerciais é uma tendência mundial e Hong Kong é um caso especial em termos de uso do transporte público integrado – destacou o secretário de Estado de Transportes, Rodrigo Vieira.


21/12/2017 – Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Justiça determina instalação de câmeras de segurança nas estações de trem da Supervia


07/12/2017 - O Globo

A Justiça determinou que a Supervia instale câmeras de segurança dentro de suas estações num prazo de 120 dias, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público do Rio. A sentença prevê ainda a indenização de passageiros que tiverem sido lesados pela falta de câmeras. A concessionária foi condenada a pagar ainda uma indenização coletiva de R$ 500 mil ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD).

Em nota, o promotor de Justiça Rodrigo Terra, autor da ação, afirma que a Supervia não vem prestando o serviço público adequadamente e com a devida segurança, por não dispor de câmeras de segurança em suas instalações, o que impede a identificação de autores de práticas criminosas.

Em sua sentença, a juíza do caso afirmou que é dever da ré garantir que o usuário chegue ao seu destino incólume, garantindo sua segurança em suas dependências. Portanto, é necessária a instalação de câmeras de segurança, diz a nota do MPRJ.

Em nota, a s SuperVia informa que não recebeu notificação da Justiça, e entrará com recurso dentro do prazo estabelecido quando for notificada.


A instalação de câmeras nas estações do sistema ferroviário está em andamento e faz parte do programa de investimentos em curso pela atual gestão da concessionária, diz ainda a nota.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Levantamento mostra que um terço dos trens da SuperVia tem mais de 30 anos


04/11/2017 - EXTRA

Os mais de 600 mil passageiros que utilizam diariamente os trens urbanos no Rio encontram parte da frota obsoleta, cansada e, em boa parte dos casos, sem climatização. Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação revelam que, das 201 composições que circulam atualmente no Rio e em 11 municípios da Baixada Fluminense, 61 — o equivalente a 30,3% — têm mais de 30 anos de idade. Do total de trens fabricados no século passado e que ainda são mantidos em plena atividade pela SuperVia, 12 são conhecidos pelos passageiros pelo apelido de “quentões”, pois não têm ar-condicionado.

E o passageiro que tem a sorte de escapar da frota antiga e quente pode topar ainda com trens que, apesar de novos, não carregam o sistema automático de proteção (ATP). Responsável por aumentar o nível de segurança no tráfego ferroviário, o ATP detecta automaticamente um obstáculo à frente e aciona o freio.

O sistema começou a ser instalado nas composições em 2000, a partir de uma exigência da Agetransp, agência que regula transportes ferroviários, aquaviários e metroviários. A solicitação foi feita após a ocorrência de um acidente que resultou na morte de uma criança, na Zona Oeste do Rio. Atualmente, porém, 70 composições em circulação não têm o ATP.

— Em alguns setores da malha ferroviária, como em trechos do ramal de Belford Roxo, o ATP não funciona — diz Valmir Lemos, o Índio, presidente do Sindicato dos Ferroviários.

Eva Vider, engenheira de Transportes e professora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio, defende a existência de uma renovação de frota programada:

— A idade média da frota deve ficar, no máximo, entre oito e 12 anos.

Ultrapassadas e quentes, as composições mais velhas são evitadas por quem pode esperar um pouco mais nas estas estações. É o caso por exemplo do cozinheiro Jonas Ferraz, de 18 anos. Morador da Zona Oeste, ele diz que evita os trens mais velhos porque se sente menos seguro numa composição antiga.

— Dá uma sensação de insegurança. Quando vem um trem velho, eu deixo passar e pego outro mais novo. No trem velho, as portas não fecham direito e o ar-condicionado, quando tem, não funciona bem — disse o cozinheiro, que costuma utilizar as composições do ramal de Santa Cruz para ir à escola e ao trabalho.

A dona de casa Eliane Vieira Onorato, de 43 anos, é outra que tenta escapar sempre que pode dos trens antigos.

— Peguei um desses no mês passado. Tinha ar, mas funcionava muito mal, e ficou quente a viagem toda. Viajar num trem assim é muito ruim — disse Eliane, usuária do ramal de Gramacho.

A SuperVia alegou que, apesar existência de trens com mas de 30 anos de idade, a idade média atual da frota é de 17 anos. Sobre os "quentões", a concessionária informou que os 12 trens antigos serão aposentados até 2020.

A concessionária diz ainda que, nos finais de semana e feriados, todas as viagens são feitas em trens com ar-condicionado. E que nos dias úteis, essa média é de 99%.

Sobre o ATP, a empresa diz que os cinco principais ramais ( Japeri, Santa Cruz, Deodoro, Saracuruna/Gramacho, Belford Roxo contam com o sistema instalado na malha ferroviária. E que também instalou o sistema de bordo em 131 composições. No entanto, outros 70 trens chineses, comprados pelo governo estadual para os Jogos Olímpicos vieram sem o ATP de bordo e rodam nesses ramais.

Neste caso específico, de nada adianta a instalação da malha, já que o funcionamento de um mecanismo depende do outo ainda não instalado. A instalação do ATP nos 70 trens, segundo a concessionária, seria uma atribuição do Estado, por força de contrato.

Sobre o ramal de Belford Roxo, a SuperVia informou que o funcionamento do ATP é prejudicado no trecho por casos de furtos de cabos. Só no primeiro semestre do ano, foram registradas 239 ocorrências deste crime.

A empresa alegou ainda que entende que o ATP é uma tecnologia que agrega, mas que , a ausência da proteção não afeta a segurança do serviço ferroviário de transporte de passageiros. Ainda de acordo com a Supervia, o ATP significa um reforço na segurança e não sua única ferramenta.

Já a Secretaria estadual de Transportes (Setrans) alegou que, atualmente, cerca de 70% da frota da SuperVia conta com o ATP. E que está ajustando junto à concessionária o cronograma de instalação do equipamento nas demais composições, visto que o serviço depende da paralisação gradativa dos trens. A nota diz ainda ainda, que há procedimentos operacionais que garantem o mesmo nível de segurança na circulação dos trens que ainda não contam com o equipamento.


Ainda segundo a Setrans, para dar continuidade ao processo de renovação da frota, o governo estadual busca alternativas para quitar o contrato de aquisição de 12 novos trens da Alstom.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Justiça determina que Estado e União façam obras emergenciais na estação da Leopoldina



04/09/2017 - G1

A Justiça determinou que obras de emergência na fachada da estação da Leopoldina, no Centro do Rio, sejam realizadas no imóvel. O local, que está fechado ao público desde 2001, tem rachaduras nas paredes e sinais de abandono.

A Justiça determinou que o estado do Rio de Janeiro e a União - proprietários do prédio - botem redes de contenção na fachada, para evitar a queda de reboco e que comecem as obras emergenciais em 30 dias. Também mandou a Supervia instalar suportes para evitar o desabamento da marquise. A multa por descumprimento das decisões é de R$ 10 mil por dia.

Uma exposição de fotos lembra o passado do antigo terminal e a última tentativa de ocupação, no final de 2015, quando a secretaria estadual de Transportes chegou a funcionar por dois meses.

A exposição foi montada em 2016 para comemorar os 90 anos da estação. As fotos antigas fazem um grande contraste com a situação atual. Imagens antigas da charutaria fazem um contraste com as instalações atuais, que estão com todas as vitrines quebradas.

No local, há ainda os restos de uma estrutura que foi usada como um bar, durante uma festa. A Supervia alugou a estação para vários eventos, episódios que foram lembrados na última decisão judicial. O relator da liminar no Tribunal Regional Federal disse que a locação do imóvel pela Supervia para eventos de grande porte acabou causando danos no local.

Uma rede já reveste a fachada e a cobertura da entrada foi escorada. No entanto, a reforma geral depende de uma nova vistoria e de um projeto aprovado pelos órgãos de patrimônio histórico do Estado e da União.

Nós esperamos que o Estado, a União e a Supervia se conscientizem da importância histórica desse prédio, para além do processo judicial. As reformas que precisam ser feitas não são reformas profundas. O prédio não está sendo ameaçado de desabamento, mas ele precisa passar por um processo de restauração para que ele volte a ser usado. É isso que a gente quer, é isso que a gente vai continuar buscando”, disse o procurador da República, Sérgio Suiama.

Há quase 80 anos, a estrada de ferro Leopoldina teve três mil quilômetros, cortando três estados. Os trens de subúrbio partiam em direção à Penha, passavam por Duque de Caxias e seguiam até Inhomirim. Nas viagens de longo percurso, os trens iam até vitória, no Espírito Santo e Caratinga, em Minas Gerais.

“Essa hora parecia um formigueiro de gente para pegar trem aí. Ia para Caxias, Saracuruna, Piabetá. Faz falta demais”, lembrou o taxista José Carlos da Silva.

A Companhia Estadual de Engenharia de Transportes disse que a decisão está sendo cumprida e que o estado estuda como fazer as obras emergenciais. A Supervia informou que também já botou os suportes na marquise.



quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Crise econômica tira passageiros de trem e metrô do Rio


21/07/2017 - EXTRA

A crise econômica, apontam concessionárias e especialistas, foi a responsável pela queda no número de passageiros dos trens e do metrô do Rio. Dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação mostram que, entre janeiro e junho de 2016, 90 milhões de pessoas usaram os trens. Nesse mesmo período de 2017, o número caiu para 79 milhões. Já o metrô teve uma queda de 122 milhões para 121 milhões — mesmo com a implantação da Linha 4, extensão da Linha 2 que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca.

— Como o Rio reduziu sua atividade econômica, é razoável que o transporte tenha reduzido também. Há uma correlação entre eles. Livros de transporte e economia falam que isso é um comportamento esperado — afirma o especialista em transportes e professor da Uerj Alexandre Rojas.

As concessionárias confirmam o diagnóstico. A SuperVia alegou que registrou diminuição de cerca de 100 mil passageiros por dia no primeiro semestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano passado. Isso, ainda segundo a empresa, causou uma perda de R$ 100 milhões na receita.

Já o Metrô Rio afirmou que perdeu 15 mil passageiros por dia: “A entrada em operação das 5 novas estações da Linha 4, em setembro de 2016, compensou parte da redução”.


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Supervia é condenada a pagar R$ 500 mil por falhas na prestação dos serviços

Supervia é condenada a R$ 500mil por falhas na prestação dos serviçosSeverino Silva / Agência O Dia
Decisão levou em consideração diversos fatos de desrespeito aos usuários, como o risco de morte dos passageiros pela falta de segurança na circulação dos trens com as portas abertas
21/08/2017 17:49:24 - ATUALIZADA ÀS 21/08/2017 18:18:06
O DIA
Rio - O desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), manteve parcialmente a sentença de primeira instância que condenou a Supervia a pagar multa de R$ 500 mil por dano moral coletivo, pelo reiterado descumprimento do Código de Defesa do Consumidor.
A decisão levou em consideração diversos fatos de desrespeito aos usuários, como o risco de morte dos passageiros pela falta de segurança na circulação dos trens com as portas abertas, o uso de truculência contra os usuários por parte dos funcionários da empresa entre outras falhas na prestação dos serviços.
A multa inicial era de R$1 milhão, mas o relator do processo excluiu parte da decisão de primeira instância que condenava a ré ao pagamento de mais R$ 500 mil por dano material coletivo, considerando que o valor final atende aos critérios da razoabilidade, proporcionalidade e pedagógico.


quarta-feira, 21 de junho de 2017

Sem acessibilidade, SuperVia é autuada

Cadeirantes protestam contra o descaso
10/06/2017 07:00:54
O DIA
Rio - Cerca de 40 cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais fizeram um manifesto cobrando a falta de acessibilidade nas estações da SuperVia. A ocupação aconteceu na estação do Riachuelo, na Zona Norte.
Sem elevadores, cadeirantes precisam ser levados pelas escadasMaíra Coelho / Agência O Dia
O ato foi organizado pelo deputado Carlos Minc, e pela presidenta da Comissão da Pessoa com Deficiência da Cidade do Rio, e vereadora Luciana Novaes. Agentes do Procon-RJ e da Comissão pelo Cumprimento das Leis da Alerj estiveram no local e autuaram a empresa pela falta de elevador acessível e desnível entre o trem e a plataforma, além de ausência de banheiro adaptado para cadeirantes na estação, como determina a Lei da Acessibilidade (Lei 7329/16).
O valor da multa pode chegar a R$10 milhões. Em nota, a SuperVia afirma que melhorias nas estações foram iniciadas em 2012, e seguirão de acordo com as prioridades avaliadas pela concessionária.
“As obras foram feitas apenas nas estações próximas de onde aconteceu a Olimpíada. Muitos deficientes permanecem em casa. Impedidos pela cidade, que não oferece suporte nos transportes e nas calçadas”, afirma Luciana Novaes.


segunda-feira, 10 de abril de 2017

Um policial nos trilhos a cada 6 quilômetros

Ladrões atacam nos vagões da SuperVia quando os trens estão prestes a chegar ou sair da estação

28/03/2017 06:34:58
BRUNA FANTTI
http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-03-28/um-policial-nos-trilhos-a-cada-6-quilometros.html

Rio - Atualmente, o Grupamento de Polícia Ferroviária (Gpfer) conta com 25 policiais para a atividade de patrulha nos trens, além de outros 20 agentes que trabalham pelo Programa Estadual de Segurança nos Serviços Públicos em Regime de Concessão. Eles são responsáveis pelo policiamento em 102 estações, distribuídas em 270 km da malha ferroviária.

“Fazer esse patrulhamento não é simples. Mas a gente atua de forma abrangente e houve redução de roubos neste ano”, disse o comandante do Gpfer. Neste primeiro trimestre do ano, foram 72 ocorrências, incluindo roubos de cabos, contra 107 em igual período de 2016 (queda de 32%).


Na Central do Brasil, o major Cristiano Almeida, comandante do Grupamento Ferroviário da PM, diz que ocorrências nos trilhos e trens da SuperVia caíram 32% neste ano. Sandro Vox / Agência O Dia

Forma de roubos já conhecida

O ajudante de obras Domingos José Rodrigues Gomes se recupera em casa após ser baleado em uma tentativa de assalto dentro de um trem, na manhã de ontem. De acordo com o relato de uma testemunha, o criminoso fez o disparo quando a porta do trem já se fechava, no ramal Japeri.

“Ele roubou duas mulheres e pediu o celular. Quando ele foi entregar o telefone, a porta começou a fechar, e o bandido atirou”, contou um amigo que o acompanhava, na 57ªDP (Nilópolis). Domingos foi atingido de raspão na barriga e a bala se alojou em seu braço direito. Após ser socorrido no Hospital da Posse, foi liberado para seguir o tratamento em casa.

A forma como o criminoso efetuou o roubo (aproveitando a chegada da composição em uma plataforma) já é conhecida pelo comandante do GpFer. “Os roubos em trens ocorrem quando o trem está saindo de uma estação ou chegando em outra. A vítima normalmente está mexendo no celular. O criminoso, então, pega rápido o telefone, sai do trem e a porta se fecha.

O aviso do roubo pela vítima só vai ocorrer na outra estação”, contou o major Cristiano Almeida, de 41 anos. Segundo o oficial, a violência no assalto de ontem a Domingos o surpreendeu. “Não tenho notícias de outros casos de violência durante roubos ou furtos. Não há notícias de casos assim”, disse.

As câmeras do trem da Supervia não filmaram a ação. A polícia, agora, procura imagens de quando o assaltante entrou no trem para tentar identificá-lo. Para evitar ser roubado, o serralheiro Douglas Santos, 25, já não usa o telefone dentro do trem. “Faço ligações e vejo redes sociais aqui na plataforma. Dentro do trem, evito ficar próximo às portas e não pego no telefone. Também não uso a mochila nas costas”, contou.

A dona de casa Margarida Ramos, 52, usava o trem pela terceira vez ontem. “Tenho que ir para Pedra de Guaratiba. Como os assaltos aumentaram nos ônibus, resolvi ir de trem. Mas tenho muito medo de assalto. Fico o tempo todo da viagem tensa, sentada, segurando a bolsa”, disse. Ela nunca foi assaltada ou presenciou um assalto em trem. “Posso garantir que o trem é um transporte seguro”, afirmou o major.

Tiroteios interrompem com frequência circulação de trens

Os quase 300 quilômetros da linha férrea atravessam inúmeras favelas que sofrem com troca de tiros frequentes, motivo de interrupção frequente dos trens. Apesar de não ter registro de passageiros feridos por balas perdidas, ano passado um trecho foi fechado devido à violência.

Em dezembro, a Supervia decidiu encerrar definitivamente a circulação de trens no trecho que liga Deodoro a Honório Gurgel. Um dos motivos seria que a circulação nesse itinerário era frequentemente paralisada devido à troca de tiros nas proximidades.

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Para o segurança privado Gilmar Lucas, 55, a segurança na Supervia é falha em estações mais afastadas. “Você só vê policiais nas estações mais movimentadas e, conforme a noite avança, o número de policiais diminui. No final de semana, quando o trem é parador, o policiamento é quase inexistente”, opinou.

De acordo com o major Cristiano Freitas, comandante do Gpfer, o policiamento é feito em duplas, que revistam os passageiros. “Temos o efetivo baixo. Mas, somente no ano passado, foram 582 conduções à delegacia. A maioria de pessoas com porte de drogas, outras presas em flagrante por roubos”, disse.

Em algumas ações criminosas, os assaltantes atuam em duplas e conseguem roubar um número maior de pessoas. “Nesse caso chamam de arrastão. Mas não é como aqueles em praias, que são vários assaltantes. Isso não ocorre”, disse Almeida.


O oficial pretende fazer um curso para capacitar mais policiais que possam atuar no sistema ferroviário. Em nota, a Supervia afirmou que o policiamento dentro dos trens é de responsabilidade do Gpfer.