sexta-feira, 27 de abril de 2018

Trem de passageiros na Lapa já tem data para começar a circular



25/04/2018 - Gazeta do Povo

Faz dois meses que a Prefeitura da Lapa anunciou um plano para trazer de volta à cidade o trem de passageiros. Agora, quem está morrendo de saudades do sacolejar característico da ferrovia terá um aperitivo. A Lapa acaba de anunciar que o trem de passageiros vai circular em junho, entre os dias 13 e 17 — os passeios são em comemoração aos 249 anos da cidade.

Os passeios serão realizados duas vezes ao dia — uma de manhã e uma à tarde — e o número de saídas ainda pode aumentar se a procura for grande. Segundo Márcio Assad, diretor de turismo, comunicação e eventos da Lapa, esse circuito temporário já é um reflexo da aprovação do projeto Museu Dinâmico da Ferrovia pela ANTT. “Nós estamos começando com o trem eventual, que ficará alguns dias operando. Esse é um teste para que tudo seja verificado, tanto a demanda quanto a operação.”

Percorrer o trajeto entre a estação central da Lapa e o Rio da Várzea vai custar R$ 60 por pessoa. O valor foi definido pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF). É ela que detém os direitos de exploração desse tipo de turismo. Os bilhetes serão disponibilizados pela internet, com venda antecipada para moradores da cidade. Menores de cinco anos não pagam. O passeio tem previsão de duas horas de duração, contando a ida e a volta.

A velha maria-fumaça

Quando a prefeitura anunciou que estava indo a Brasília para pleitear uma autorização para que o trem de passageiros voltasse a operar na cidade, a promessa era de que a locomotiva utilizada seria a maria-fumaça nº 11. Ela foi a primeira locomotiva a vapor a circular no Paraná. Foi fabricada em 1873 e ficou exposta por vários anos no Shopping Estação, em Curitiba.

Essa ideia não foi abandonada. Mas, nos passeios previstos para junho, não será essa maria-fumaça a operar. “Ainda não temos a maria-fumaça nº 11. Ela está em vias de ficar pronta. Entretanto, como é um trabalho artesanal, não estará disponível a tempo para essa oportunidade”, explica Assad.

Mesmo sem a grande estrela, quem for à Lapa para andar de trem em junho terá a chance de experimentar uma viagem que foi feita pela última vez por um trem de passageiros há mais de 20 anos. A composição que vai operar nesses dias tem capacidade para aproximadamente 300 passageiros.

O projeto Museu Dinâmico da Ferrovia, aprovado pela ANTT, prevê saídas durante a semana para levar estudantes que visitam a Lapa em busca de conhecimentos históricos e culturais. Também estão previstas saídas aos finais de semana para turistas em geral. De acordo com Assad, o museu deve ser implantado após testes como esses que a prefeitura e a ABPF anunciaram para junho.


quinta-feira, 26 de abril de 2018

Alckmin diz que Metrô no ABC não é prioridade agora



Ainda sem conseguir verba para realizar as desapropriações do projeto, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse na terça-feira (27), em visita ao ABC, que a linha 18-Bronze do Metrô, que ligaria Santo André, São Bernardo e São Caetano à capital por meio de monotrilho, não é hoje uma das prioridades do governo estadual no setor de transportes metropolitanos.

“É uma questão estritamente financeira porque não conseguimos recurso federal e dependemos de verba para poder tocar. O que estamos priorizando neste momento são as entregas”, disse Alckmin, citando inaugurações previstas para este ano, como da nova linha 13-Jade da CPTM, que vai ligar a capital ao aeroporto de Guarulhos, e estações da linha 15-Prata, 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô.

Em agosto de 2014, o Estado assinou a PPP com o consórcio vencedor da licitação para construção e operação da linha 18-Bronze. Na ocasião, Alckmin afirmou que as obras seriam iniciadas em 90 dias e seria entregue até 2018. Desde então, o que trava o início das obras é a dificuldade do governo para obter R$ 406,9 milhões em crédito para a realização das desapropriações previstas no projeto.

- Fonte: https://www.metrojornal.com.br/foco/2018/03/28/alckmin-diz-que-metro-no-abc-nao-e-prioridade-agora.html

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Prejuízo do Metrofor cresce 10,6% e atinge R$ 167,3 milhões


16/04/2018 - O Povo

A Companhia de Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) registrou prejuízo de R$ 167,34 milhões em 2017. O valor é 10,6% maior que o déficit observado no ano anterior, de R$ 151,24 milhões. São consideradas as operações da Linha Sul, em Fortaleza, do Sistema de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) da Linha Oeste, que liga a Capital cearense à Caucaia, e dos metrôs do Cariri e Sobral.

Segundo a empresa, o prejuízo de R$ 318,58 milhões acumulado nos últimos dois anos pode ser justificado pelo fato de o lucro bruto do Metrofor, obtido pelas tarifas pagas pelos passageiros, não ser suficiente para cobrir os valores das despesas operacionais. Os dados constam em relatório que a companhia apresentou a seus acionistas.

Conforme o documento, publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE), a receita operacional do Metrofor foi de R$ 18,90 milhões em 2017, valor 33,6% maior frente ao montante de R$ 14,14 calculado em 2016. Em 12 meses, a valorização do Metrofor caiu 0,52%. O total geral do ativo passou de R$ 1,90 bilhão em 2016 para R$ 1,89 bilhão em 2017. Os mesmos números também valem para o valor geral do passivo. O relatório também traz informações sobre a movimentação de passageiros no Sistema Metroviário do Ceará. No caso da Linha Sul, em 2017, 6,53 milhões de pessoas, uma média mensal de 544.464 usuários. O número representa incremento de 12% em relação a 2016, quando foram transportadas aproximadamente 5,8 milhões de passageiros. “Ressaltamos que, em maio de 2017, inauguramos a estação Juscelino Kubitschek, 19ª da Linha Sul em operação. Também durante o exercício de 2017, implantamos o sistema de bilhetagem eletrônica. E destacamos o início da venda de bilhetes múltiplos nessa linha, finalizando a implantação da referida bilhetagem”, destaca a companhia no relatório.

Quanto à movimentação dos VLTs da Linha Oeste, foram transportados 2,11 milhões de passageiros em 2017, média mensal de 176.279 pessoas. Em relação ao Metrô do Cariri, foram 200.760 usuários, ou 16.730 passageiros por mês. Já o Metrô de Sobral transportou 362.352 passageiros em 2017, ou 30.196 pessoas por mês.

Diferentemente da Linha Sul, para os VLTs da Linha Oeste e os metrôs do Cariri e Sobral, o documento não informa se houve ou não aumento na movimentação de passageiros ante 2016. O Sistema Metroviário do Ceará, que também incluí o VLT Parangaba-Mucuripe, em Fortaleza, é um dos ativos do Estado que o Governo do Ceará busca conceder à iniciativa privada.

No último dia 28 de abril, o Governo lançou edital que vai escolher quem fará os estudos de viabilidade para a Parceria Público-Privada (PPP) do Sistema Metroviário do Ceará.



- Fonte: https://www.opovo.com.br/jornal/economia/2018/04/prejuizo-do-metrofor-cresce-10-6-e-atinge-r-167-3-milhoes.html


terça-feira, 17 de abril de 2018

Rede metroferroviária brasileira cresce 30 km em 2017



Metrô de Salvador foi responsável por quase 50% do crescimento da rede

A rede de transporte de passageiros sobre trilhos do Brasil cresceu 30,2 km em 2017, superando a expectativa projetada pelos operadores metroferroviários de 29 km. Esse crescimento foi possível com a inauguração de duas novas linhas e a extensão de outras três, ampliando 24 estações de atendimento à população. Os números fazem parte do Balanço do Setor Metroferroviário 2017/2018, divulgado nesta 2ª feira (16/04) pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), em Brasília (DF).

Cerca de 50% desse crescimento se deu com a inauguração da Linha 2 do Metrô de Salvador, com incremento de 14,4 km em apenas 1 ano. O VLT Carioca adicionou mais 5,8km à rede; o VLT da Baixada Santista outros 4,7 km; o Metrô de São Paulo mais 3 km com a ampliação da Linha 5-Lilás e a linha de VLT da CBTU Maceió acrescentou mais 2,3 km de trilhos à malha urbana.

O aumento da capilaridade dos sistemas, com a expansão da rede e as novas estações, possibilitou a estabilidade no volume de passageiros transportados em 2017, totalizando 2,93 bilhões de passageiros. Se a rede não contasse com essa ampliação, o País teria registrado uma queda de 1,2% na demanda de passageiros. O arrefecimento da economia e a queda dos empregos formais são fatores que impactam diretamente na quantidade de passageiros dos sistemas metroferroviários.

O transporte também foi qualificado. A frota trens do Brasil teve renovação recorde em 2017, com a entrada em operação de 719 novos carros de passageiros, que representam um aumento de 15,5% relação ao ano anterior.  Com layout moderno, ar condicionado, sistema multimídia e acessibilidade, a nova frota proporcionará mais conforto às viagens dos cidadãos. 

“O transporte sobre trilhos é um serviço público e de cunho social, com importante papel nos deslocamentos das pessoas nas cidades onde estão instalados, seja para ir ao trabalho, estudar ou para o lazer. A continuidade da expansão da rede e qualificação da malha existente são essenciais para o atendimento adequado à população. É importante e necessário que os novos governantes que se anunciam incluam o transporte entre as suas prioridades de gestão, proporcionando mais qualidade de vida para os cidadãos, que se deslocarão de forma mais eficiente nas cidades, assim como contribuindo para a qualidade ambiental das cidades”, enfatiza Joubert Flores, Presidente da ANPTrilhos.

O documento completo do Balanço do Setor Metroferroviário 2017/2018 pode ser acessado através do link: www.anptrilhos.org.br/o-setor/balancos

terça-feira, 10 de abril de 2018

Rota com trem de Alckmin da Paulista até Cumbica pode levar 2 h



09/04/2018 - Folha de São Paulo

​​O trem recém-inaugurado por Geraldo Alckmin (PSDB) para ligar a capital paulista ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), pode ser uma opção barata, mas a viagem completa pela rede sobre trilhos é demorada e com transtornos aos usuários.

Um teste feito pela Folha no sábado (7) mostrou que, a partir da avenida Paulista, esse deslocamento (incluindo caminhadas, baldeações, espera em plataforma e tempo dentro do metrô e do trem) pode superar duas horas.

A demora, além de ser maior que a do ônibus executivo, chega a ser até três vezes a de quem faz essa viagem de carro, por meio de táxi ou Uber.

O trem da linha 13-jade, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), passou a ser opção para ir a Cumbica no fim de março.

O trecho liga a estação Engenheiro Goulart, na zona leste, à estação Aeroporto.

Por enquanto, ele ainda está em fase de testes, só aos finais de semana, das 10h às 15h, com intervalos de até 30 minutos. Ao longo dos próximos meses, haverá ampliação de dias, horários e de serviços —no segundo semestre está previsto um trem expresso a partir da estação da Luz.

A expectativa pela rede de trilhos da capital ao aeroporto de Cumbica vem desde 2002, quando Alckmin prometeu terminá-la até 2004.

O tucano, que renunciou ao governo na sexta (6) para se candidatar à Presidência, fez uma maratona de inaugurações de estações incompletas dias antes de sair do cargo.

CRONÔMETRO

O trajeto testado pela reportagem, com saída na av. Paulista, em frente ao prédio da TV Gazeta, a partir das 10h30, foi feito com quatro modalidades de transporte: metrô combinado com trem, táxi, Uber e ônibus executivo.

O destino era a região de embarque do terminal 2 do aeroporto de Guarulhos.

A demora para utilizar a nova linha 13-jade foi agravada por outros obstáculos, como a necessidade de utilização de um micro-ônibus para chegar nos terminais —apenas essa etapa já pode representar mais de 20 minutos.

O trajeto de metrô e trem levou 2h10min na ida e 1h49min na volta. De carro, a demora foi de 38 e 50 minutos de táxi e de 53 e 58 minutos de Uber (já contando a espera pelo veículo após ele ser chamado).

A viagem de ônibus executivo chegou a 1h55min e 1h50min, mas agravada pela espera para a partida —já que todos os repórteres saíram no mesmo horário, sem programação prévia para coincidir com a hora de saída desse veículo. Sem isso, a viagem variou de 57 minutos a 1h16min.

O serviço Airport Bus Service tem saídas com horários fixos, mas, aos fins de semana, existem menos opções, dependendo do ponto de partida.

Por outro lado, a opção pelo novo transporte público é, disparada, a mais barata: R$ 4, com metrô e trem (o uso apenas deste último por enquanto é gratuito, por estar em etapa de testes).

O ônibus executivo, segundo melhor preço, custa R$ 50 por trajeto. A tarifa de Uber custou entre R$ 59 e R$ 73. De táxi, entre R$ 89 e R$ 150.

TRANSFERÊNCIAS

Da estação Trianon, na linha 2-verde de metrô, ao destino final, foram cinco baldeações, incluindo a mudança para um micro-ônibus gratuito, operado pela GRU Airport, que leva aos terminais.

Nas trocas de trens, há percursos longos, como a mudança do metrô para a CPTM na estação Brás. Só ali a caminhada levou sete minutos.

O trajeto de trem entre Engenheiro Goulart e Aeroporto levou entre 14 e 15 minutos.

A maioria dos passageiros que a Folha encontrou era de funcionários do terminal aéreo ou gente a passeio, para conhecer a nova linha. Viajantes com malas eram raros.

Funcionário da CPTM, Cláudio do Nascimento, 47, saiu de Osasco (Grande SP) com familiares e foi até a nova linha para conhecê-la. Ali, posou para fotos na plataforma da estação e, no trem, fotografou os parentes e registrou a rota pela janela.

“Viemos pela curiosidade. Nada mais do que apreciar a nova estação, um novo meio para ir ao aeroporto”, disse. Ele afirmou ter gostado da viagem, mas que esperou “bastante tempo” pelo trem.

O cozinheiro Wellington Moreno, 47, registrou tudo com um tablet. “Quando for para Pernambuco, nas minhas próximas férias, vou pegar esse trem”, disse.

Saindo da estação de trem, a espera pelo micro-ônibus que levava aos terminais teve informações desencontradas.

No local, funcionários disseram que ele iria apenas ao terminal 1. Depois, apenas ao 2 e ao 3. No fim, acabou parando em todos os terminais.

Devido à deficiência de informação, na volta a reportagem pegou um ônibus que iria ao terminal 1 e, dali, outro rumo à parada da CPTM.

Questionada, a CPTM ressaltou que a linha 13 está em operação assistida. “Portanto, a comparação de tempos de viagem, neste momento, com os meios de transporte que já operam comercialmente é prematura.” Em relação ao micro-ônibus que vai ao terminal, disse ser uma responsabilidade da concessionária do aeroporto.



- Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/rota-com-trem-de-alckmin-da-paulista-ate-cumbica-pode-levar-2-h.shtml

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Governo de SP inicia processo para encerrar contrato com responsáveis pela Linha 6-Laranja do Metrô



10/03/2018 - G1

Governo do Estado de São Paulo iniciou o processo de rescisão contratual com a concessionária Move São Paulo (formada pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC), responsável pela construção da Linha 6-Laranja do Metrô.

A linha ligará o Centro da capital à Brasilândia e à Freguesia do Ò, na Zona Norte, passando pela Zona Oeste, com estações próximas a diversas universidades.

Em 2015, a Move São Paulo ficou com a missão de construir e operar a Linha 6 ao custo de R$ 8 bilhões, mas em três anos entregou apenas 15% da obra pronta. As empresas que formam a concessionária não conseguiram mais empréstimos para o financiamento de obras depois que passaram a ser investigadas pela Operação Lava Jato. Em setembro de 2016, a construção da Linha 6 foi precisou ser suspensa.

Nesta sexta-feira, o governo do estado de São Paulo informou que o Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas (CGPPP) autorizou o início do rescisão contratual da PPP da Linha 6 com a Move São Paulo.

Descumprimento de notificação

Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM), a medida ocorreu após o descumprimento da última notificação enviada à concessionária, que foi informada que deveria retomar as obras em 30 dias.

Em 2012, o Governo do Estado de São Paulo anunciou o projeto, que previa o início das obras para 2013 e conclusão em 2019, com a ligação entre a Vila Brasilândia, na Zona Norte, e a Liberdade, no Centro.

Em 2013, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) informou que as obras estavam previstas para começar em 2014, com conclusão em 2020. A construção da linha teve início, finalmente, em abril de 2015. Em junho de 2016, o Governo informou que a linha ficaria pronta com mais um ano de atraso. Em setembro do mesmo ano, o consórcio Move São Paulo suspendeu as obras.

Em 2017, executivos da Odebrecht disseram em delação premiada que as obras da Linha 6 - Laranja serviram para abastecer o esquema de propina da construtora, para influenciar políticos e financiar o caixa dois de campanhas eleitorais.

No final de 2017, um grupo asiático propôs retomar as obras, demonstrou interesse em comprar o consórcio e assumir integralmente o contrato de concessão da linha 6. Animado, o governo falava em retomar a obra em janeiro de 2018.

No início deste ano, o grupo brasileiro RuasInvest manifestou interesse em dividir a concessão com o grupo asiático. A previsão era de que a obra fosse finalmente retomada em março ou abril.

Em fevereiro, o governo informou que fracassou a negociação de venda da concessão da Linha 6 e que notificou o consórcio formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, a retomar as obras em 30 dias - o que não ocorreu.

Linha 6-Laranja

O trajeto terá 15 km de extensão e contará com 16 estações entre Brasilândia e São Joaquim.

O governo projeta que 29 trens irão atuar ao longo do percurso e atender 600 mil pessoas diariamente. Ela fará conexão com outras linhas da CPTM e do Metrô e com a Linha 4-Amarela.

- Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/governo-de-sp-inicia-processo-para-encerrar-contrato-com-responsaveis-pela-linha-6-laranja-do-metro.ghtml

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Metrô passa a testar linha que vai até o aeroporto de Salvador



09/03/2018 - R7

A operação teste do metrô, entre as estações Mussurunga e Aeroporto, começou nesta última tarde da última quarta-feira (7), com viagens sem passageiros que passam a acontecer diariamente das 15h à 0h, sem interferência na rotina de embarque e desembarque dos passageiros nos demais trechos.

Ao chegar à Estação Mussurunga, haverá desembarque obrigatório dos passageiros, como já acontece atualmente.

Neste período, serão feitos o balanceamento de energia elétrica, controle operacional, comunicação visual e sonora dos trens, reconhecimento de trecho pela equipe de operadores, posição de parada dos trens nas plataformas e logística de segurança.

A ação antecipa o início da operação comercial no trecho, prevista para já começar nas próximas semanas.

- Fonte: https://noticias.r7.com/bahia/metro-passa-a-testar-linha-que-vai-ate-o-aeroporto-de-salvador-09032018


quarta-feira, 4 de abril de 2018

Trem turístico que vai rodar entre Minas e Rio fará teste em 40 dias



Diversão, conhecimento e histórias, do início ao fim, nos trilhos de dois estados do Sudeste brasileiro. Dentro de 40 dias, deverá apitar pela primeira vez o turístico Trem Rio-Minas, numa viagem-teste entre Cataguases na Zona da Mata, e Três Rios, no lado fluminense. A expectativa é de que, no segundo semestre, o novo transporte comece a operar em definitivo, adianta o presidente da organização não-governamental (ONG) Amigos do Trem, Paulo Henrique do Nascimento: “Será o primeiro trem turístico interestadual do país”, afirma o morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata, que se declara “um apaixonado pelo transporte ferroviário”.
Passando por estações de oito municípios, a maioria em Minas, o trem percorrerá futuramente 160 quilômetros, num trajeto de três horas, nos fins de semana e feriados. No roteiro, Cataguases, Leopoldina, Recreio, Volta Grande e Além Paraíba, na Zona da Mata, Sapucaia (RJ), Chiador (MG) e Três Rios (RJ) – enquanto uma composição fizer o trecho Três Rios-Cataguases, a outra vai operar no sentido inverso, ambas com partidas programadas para a parte da manhã e encontro no meio do caminho. Trata-se do antigo ramal ferroviário Leopoldina e todos os 15 vagões, que pertenceram à Vale para a rota Belo Horizonte-Vitória (ES), estão sendo restaurados na oficina de trens em Recreio.
“Acreditamos que o Rio-Minas será importante para fortalecer não só o turismo, mas também a cultura e o comércio de maneira geral, gerando renda. Há muitos atrativos ao longo da ferrovia. No entorno, vivem cerca de 900 mil pessoas”, afirma Paulo Henrique. Entusiasmado, ele diz que os passageiros poderão ver os rios, a represa de Furnas, fazendas centenárias, as próprias estações, que são um patrimônio histórico, e belas paisagens”. E informou que a reforma das estações, sinalização e pintura de faixas estão a cargo das prefeituras. Na viagem-teste, entrarão em cena duas locomotivas e três vagões, sem passageiros.
EXPECTATIVA Um dos destaques do trajeto é a estação ferroviária de Chiador, primeira do estado, inaugurada em 1869 pelo imperador dom Pedro II (1825–891). O prédio, a 120 quilômetros do Rio de Janeiro e 310 quilômetros de BH, se encontra em ruínas, e uma boa notícia é que já há dois projetos para restauro. A obra será patrocinada por Furnas Centrais Elétricas S.A. e participaram da reunião em que os projetos foram apresentados representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da prefeitura local e outras instituições.
“Estamos em grande expectativa em relação ao novo trem, diz o gestor municipal de Chiador, José Laércio Priori. Em função do novo transporte, que passará perto do lago de Furnas, a prefeitura local está planejando a construção de quiosques e passeios ecológicos. “Ainda não decidimos o tipo de embarcação, se será catamarã, chalana ou outra”, explica. Enquanto a estação ferroviária não sai da degradação – o prazo de reforma poderá ser superior a um ano –, os passageiros serão recebidos num antigo laticínio, que será readequado e terá serviços, como lanchonete.
De Recreio, onde supervisiona a recuperação dos vagões, com mais de 20 pessoas trabalhando, Paulo Henrique conta que o investimento no projeto deve chegar a R$ 1 milhão, totalmente privado, contando com apoio da Ferrovia Centro-Atlântica, que cedeu o trecho ferroviário, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com a oferta de locomotivas e equipamentos, e o Sebrae Minas, responsável por um plano de negócios para a região. Os vagões foram adquiridos da Vale, no valor de R$ 603 mil, pelo grupo de supermercados Bramil, de Três Rios, que fez a doação para a ONG Amigos do Trem.
Na viagem de ida e volta, as composições poderão transportar 858 passageiros, que terão à disposição vagão-restaurante, lanchonete, um para eventos e acessibilidade para deficientes. Os vagões que operavam no trecho BH-Vitória, pela Vale, foram usados até 2015. “Fabricados na Romênia, tinham a África como destino certo, mas acabaram sendo adquiridos especificamente para o nosso trajeto”, conta Paulo Henrique. Com a recuperação em andamento, a equipe da Trem de Minas está em busca de parceiros interessados em divulgar no trem, por meio de anúncios plotados.
Os contatos poderão ser via página no Facebook ou pelo telefone (032) 99961-1463.EMPREGOS Sobre o ineditismo turístico da iniciativa em escala interestadual, Paulo Henrique esclarece que o trem da Vale, que faz o trajeto BH-Vitória, não se enquadra nessa categoria, por ser regular de passageiros, e outros, a exemplo da linha Curitiba-Morretes, trafegam apenas 70 quilômetros no território paranaense.
Com o início das operações do Trem Rio-Minas, deverão ser gerados em torno de 500 empregos diretos e indiretos. O presidente da Amigos do Trem destaca os entendimentos com empresas de turismo para a criação de futuros pacotes de viagens. A médio prazo, existe a possibilidade de o Trem Rio-Minas ganhar um novo ramal. “Com cerca de 40 quilômetros, o futuro trecho teria, inicialmente, três estações: Santo Antônio de Pádua (RJ) e Palma e Recreio, em Minas. É o ramal que, antigamente, chegava até Campos dos Goytacazes”, conclui.
Memória
Luta por estação
Em 26 de outubro de 2012, o Estado de Minas mostrou a luta dos moradores de Chiador, na Zona da Mata, para recuperar a estação ferroviária. Estava na memória de muitos o trem de passageiros que não apitava havia décadas, o movimento na plataforma de embarque e, diante dos olhos, o prédio escorado (foto abaixo). Como esperança, eles se apoiavam na ação ajuizada pelo Ministério Público (MPMG) para restauração do prédio. Agora, caberá à estatal Furnas Centrais Elétricas S.A. pôr a construção de novo nos trilhos para que essa parte da história não se perca.
27/03/2018 – Estado de Minas