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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Investimento precisa crescer 8 vezes para país ter transporte de qualidade.

22/06/2015 - UOL
O Brasil precisa aumentar em oito vezes seus investimentos em linhas de metrô, trem e corredores de ônibus para que, daqui a 12 anos, a rede de transporte público das maiores regiões urbanas seja de qualidade e compatível com a demanda existente.

A conta foi feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) –que, pela primeira vez, fez a radiografia do deficit de mobilidade urbana nas 15 maiores regiões metropolitanas.


O estudo aponta a necessidade de investir mais de R$ 234 bilhões, quase cinco vezes as despesas anuais da capital paulista em todas as áreas, inclusive com servidores.


Somente na Grande São Paulo, seria preciso R$ 83,5 bilhões, dos quais R$ 56 bilhões exclusivamente para tirar do papel 93 km de metrô.
Conforme revelou a Folha no mês passado, nas últimas duas décadas, houve gastos do Estado de R$ 30 bilhões na expansão do metrô paulista –que tem uma rede de 78 km e outros 65 km em obras.


No ritmo histórico de investimentos, levaria quase quatro décadas para que a cidade tivesse um sistema de dimensões adequadas.
O BNDES aponta que, de 1995 a 2013, a mobilidade urbana teve investimentos anuais de 0,05% do PIB -em todas as esferas de governo.


Ele considera ser necessário construir uma malha de 1.633 km de trilhos e corredores nas grandes cidades. Para tirar isso do papel, a taxa de investimento deveria subir para 0,4% do PIB.


O consultor Claudio Frischtak avalia que, “com ajuste fiscal e empreiteiras enroladas na Lava Jato [operação da PF], isso parece impensável”.
O BNDES considerou nos cálculos um método que avalia densidade habitacional de cada região, tipo de transporte ideal em cada e malha existente ou em implantação.


O estudo não indica os trajetos a serem criados.


Rodolfo Torres, um dos autores do trabalho do BNDES, diz que, se os investimentos necessários fossem realizados, as regiões seriam atendidas por transportes compatíveis com a demanda.


“Isto significa que as regiões onde há necessidade de metrô terão padrão de atendimento de metrô e não serão mais atendidas apenas por ônibus, vans ou automóveis, que são menos eficientes, geram mais congestionamentos, acidentes e poluição.”


Dario Lopes, secretário de mobilidade do Ministério das Cidades, diz que os investimentos em transporte coordenados pela União já somam R$ 154 bilhões.



Ele afirma que a pasta estimula os Estados e as prefeituras a buscarem novos modelos de financiamento.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

BNDES já desembolsou R$ 4,1 bilhões para Linha 4 do metrô do Rio

13/05/2015 - Uol
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou hoje que os financiamentos da instituição para as obras da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro somam R$ 6,6 bilhões. Hoje, a presidente Dilma Rousseff visitou as obras do túnel entre São Conrado e Barra da Tijuca, que fazem parte da Linha 4.

Do total aprovado para a Linha 4, o BNDES já desembolsou R$ 4,1 bilhões. O financiamento do banco foi concedido ao Estado do Rio de Janeiro - a quem cabe a execução de toda a infraestrutura de túneis, vias e estações, além dos sistemas auxiliares e elétricos -, e os investimentos somam R$ 9,2 bilhões.

Com a entrada em operação, em 2016, dos 16 quilômetros da Linha 4 - interligando a estação General Osório, em Ipanema, na zona sul, à estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca -, o metrô do Rio passará a contar com quase 60 quilômetros de extensão. Em seu primeiro ano de operação, estima-se que vão embarcar em dias úteis nas estações da Linha 4 aproximadamente 300 mil pessoas. A Linha é composta de seis estações: Praça Nossa Sra. da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico.

À concessionária RioBarra, responsável pela operação do trecho, cabem investimentos referentes aos principais sistemas operacionais (sinalização e pilotagem automática), à aquisição de material rodante (15 trens) e a investimentos diversos, no valor de R$ 1,2 bilhão.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

BNDES aprova financiamento à SuperVia.

Autor(es): Por Daniel Rittner | De Brasília
Valor Econômico - 23/07/2013

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 1,6 bilhão à SuperVia, empresa controlada pela Odebrecht TransPort, que opera o serviço de trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Os recursos serão aplicados na adequação e modernização de 89 estações ferroviárias, reforma e compra de novos trens e melhoria dos sistemas de comunicação, controle e sinalização da rede.

A SuperVia e o governo do Estado do Rio de Janeiro fizeram um acordo que envolve investimentos de R$ 3,3 bilhões até o fim de 2020. A execução do plano é condição necessária para prorrogar, por 25 anos, o contrato de concessão da empresa, que expira originalmente em 2023.

Com esses investimentos, a expectativa é duplicar, em cinco anos, o número de passageiros transportados todos os dias, que hoje é de 550 mil. A SuperVia administra 270 quilômetros de linhas férreas, distribuídas em oito ramais, com 102 estações.

Do total de R$ 3,3 bilhões de investimentos, R$ 1,6 bilhão sairá do financiamento do BNDES e R$ 1,18 bilhão virá do Tesouro estadual. O restante provém do caixa próprio da SuperVia. Coube ao governo a aquisição de 90 trens de quatro vagões cada, dos quais 30 já foram entregues e 60 estão contratados. Outras 30 composições de fabricação nacional serão adquiridas pela concessionária, totalizando 120 novos trens.

"Esse financiamento vai permitir a melhoria efetiva das operações da SuperVia", afirma o diretor da área de infraestrutura social do BNDES, Guilherme Lacerda. "Há uma profunda transformação na gestão da rede e esse é um projeto de referência."

De acordo com o diretor, os recursos serão liberados à medida que houver necessidade para as obras e a aquisição de equipamentos. Um empréstimo-ponte de R$ 200 milhões à SuperVia já havia saído anteriormente.

Lacerda lembrou a aprovação de dois financiamentos recentes para ilustrar o apoio crescente do banco a projetos estruturantes de mobilidade urbana: um empréstimo de R$ 4,3 bilhões para a linha 4 do metrô do Rio (Ipanema-Barra da Tijuca) e outro, no valor de R$ 2,3 bilhões, para a expansão da linha 2-verde e a construção da linha 15-prata (em monotrilho) do metrô de São Paulo.

Também está em análise um financiamento de R$ 3,9 bilhões para a linha 6-laranja do metrô de São Paulo, que será construído por parceria público-privada, e já teve edital de licitação lançado.

O papel do BNDES no financiamento de projetos de transportes coletivos deverá aumentar nos próximos meses. Em junho, uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) permitiu empréstimos do banco a empreendimentos do PAC Mobilidade, para grandes e médias cidades. Até então, a única alternativa de financiamento para esses projetos era a Caixa Econômica Federal (CEF). "Estamos preparados para receber esses projetos", afirma Guilherme Lacerda. "Não faz sentido ser apenas a CEF. O BNDES tem recursos suficientes."

O banco de fomento pode ser uma opção especialmente interessante para cidades médias, que ganharam capacidade de endividamento se o dinheiro for usado nos projetos de mobilidade habilitados pelo Ministério das Cidades. Essa linha do PAC não tem desembolso direto do Orçamento Geral da União, apenas financiamento subsidiado.