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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Solução para o transporte público, VLT está abandonado em São Luís


Veículo leve sobre trilhos foi comprado às vésperas da eleição de 2012.
Obra consumiu quase R$ 8 milhões dos cofres públicos.

Um investimento que seria solução de transporte público no Maranhão acabou virando exemplo de desperdício

Dois vagões estão jogados ao relento. O veículo leve sobre trilhos era para atender 200 mil pessoas por dia, mas nunca levou ninguém a lugar nenhum, a não ser na viagem inaugural, onde percorreu 800 metros cheio de passageiros esperançosos, como mostram alguns vídeos na internet. “Isso aqui é um sonho. Eu não quero acordar desse sonho”, diz uma mulher.

Ficou só no sonho. Hoje, o veículo está se estragando com o tempo. A equipe do Jornal Nacional encontrou o VLT fora do galpão onde deveria estar guardado e já deteriorado. O veículo foi comprado em julho de 2012 pelo então prefeito João Castelo, do PSDB, dois meses antes das eleições municipais, sem análise técnica para o projeto ou previsão orçamentária.

Para o Ministério Público, uma obra eleitoreira. “Foi uma obra feita em cima da eleição, sem uma programação suficiente e sem recursos para essa obra continuar após a eleição. Tanto prova que não foi pago e a obra parou”, diz o promotor de justiça José Leonardo Pires Leal.

O projeto previa que fossem construídos 13 quilômetros de trilhos ligando a região central de São Luís ao bairro do Anjo da Guarda, que é um dos mais populosos da cidade. Mas apenas 800 metros foram colocados. A obra consumiu quase R$ 8 milhões dos cofres públicos.

Boa parte dos dormentes usados para fazer os trilhos foi roubada. Muitos trilhos foram cobertos de terra e pedras. A estação construída em um terminal de ônibus é usada como guarita para seguranças.

Depois das eleições de 2012, o prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior, do PDT, alugou um galpão para guardar o elefante branco. Foram gastos mais de R$ 400 mil com aluguel, até que a prefeitura conseguiu na justiça que a empresa que vendeu os vagões, a Bom Sinal Indústria e Comércio, passasse a pagar os custos do aluguel. Só que depois disso o VLT foi retirado de onde estava guardado e está debaixo de sol e chuva.

A prefeitura diz que um projeto para colocar o VLT em circulação está em análise no Ministério das Cidades. Enquanto isso, a população segue vendo o VLT só mesmo pela janela dos ônibus lotados.

A prefeitura de São Luís declarou que o projeto iniciado na gestão anterior não teve planejamento. O ex-prefeito João Castelo, do PSDB, morreu este mês. Já a empresa Bom Sinal Indústria e Comércio declarou que nunca foi notificada pela justiça sobre a responsabilidade de guardar os vagões até que eles sejam usados.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Comprado há dois anos, VLT continua sem utilização em São Luís

04/09/2014 - G1
O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) comprado por R$ 7 milhões em setembro de 2012 pela Prefeitura de São Luís continua sem utilização em um galpão da Transnordestina Logística S. A. localizado no Tirirical, em São Luís. Com a promessa de melhorar a mobilidade urbana na capital maranhense, a compra foi realizada às vésperas das eleições municipais pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB), que não se reelegeu. A informação foi publicada pelo jornal "O Estado do Maranhão".

O jornal afirma que o VLT não tem mais condições de funcionamento e que apresenta sinais de depredação, com as janelas e portas quebradas, bancos enferrujados e painel eletrônico coberto de poeira.

Segundo o jornal, na época, a prefeitura havia informado que o VLT operaria interligando, inicialmente, os bairros do Anel Viário ao Bairro de Fátima, e que outras seis linhas seriam criadas posteriormente.

O jornal informa ainda que, no ano passado, o atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) determinou a criação de comissões para avaliar projetos de mobilidade urbana que incluiam a utilização do VLT. No entanto, o veículo teria sido desmontado da plataforma onde estava instalado no Aterro do Bacanga e guardado no galpão, onde permanece sem utilidade e sem previsão de saída.

Uma única "viagem-teste" de tráfego teria sido realizada em um trecho de 800 metros, do ponto que segue do fundo do Terminal de Integração da Praia Grande, na Avenida Beira-Mar, até as proximidades do Mercado do Peixe - único ponto do projeto que chegou a ser construído.

O VLT tem dois vagões de 18 metros de extensão cada, com seis portas que abrem simultaneamente e capacidade para 358 pessoas (96 sentadas e 262 em pé). O veículo chega a atingir velocidade média de até 100 km/h.

O G1 entrou em contato com a prefeitura de São Luís e aguarda posicionamento do órgão.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

São Luís começa a receber VLTs

Revista Ferroviária 12/09/2012

São Luís, capital do estado do Maranhão, conheceu na manhã do dia 5 de setembro as primeiras unidades do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está sendo implantado pela prefeitura.  Os VLTs estão sendo fabricados pela Bom Sinal, com sede na cidade de Barbalha (CE).

O projeto total prevê sete linhas com sete VLTs trabalhando em cada uma. Atualmente a cidade vê as obras da Linha 1 (Centro - São Cristóvão), que terá uma extensão 13 km e irá até as imediações do aeroporto, passando pelas avenidas dos Africanos e Franceses.
O primeiro trecho de 5 km, que vai até o Bairro de Fátima, na avenida dos Africanos, deve ser finalizado até o fim deste ano. Já foram concluídas as obras no trecho entre o Terminal da Praia Grande e o Mercado do Peixe, cerca de 800 metros.

De acordo com o secretário-adjunto municipal de Trânsito e Transportes, José Arthur Cabral Marques, em breve, serão iniciados os testes com o VLT na via. “Faremos os testes estáticos (via permanente) e dinâmicos (veículo)”.

Algumas desapropriações deverão ser feitas no percurso do Mercado do Peixe, além de um posto de gasolina, o secretário afirmou que essas questões já foram resolvidas.

Com capacidade máxima para 400 pessoas, os VLTs serão compostos por dois e quatro carros,  constituídos de truques motores e duas cabines de comando. A motorização do VLT é à diesel. Ele tem movimentação bidirecional (duas direções). Em cada cabeceira, haverá um motor.