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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Trem Intercidades vai incluir linha da CPTM


20/09/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
O CEO da EDLP (Estação da Luz Participações), Guilherme Quintella, anunciou que a PPP do Trem Intercidades vai sofrer alterações em relação ao que estava previsto.

O projeto prevê a ligação, com um trem de passageiros de média velocidade (entre 80 km/h e 120 km/h) entre as cidades de Americana e Santos; e outro trecho de Sorocaba a Taubaté – com ambas as linhas passando pela capital. A previsão é transportar 170 mil passageiros dia.

Contemplando um total de 477 quilômetros, a PPP custaria R$ 5,3 bilhões, com 30% de aporte público e 70% privado. Como o estado não tem recursos para o aporte do trecho inicial, de São Paulo a Americana, a ideia agora é que um trecho hoje operado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para transporte de passageiros nesss ramal seja repassado à concessionária.

Com isso, a nova operadora já teria recursos no começo da operação, o que reduz os custos de financiamento e melhora as garantias para o projeto.


18/09/2017 – Agência iNFRA

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Hélio José apoia ferrovia entre Brasília e Goiânia


08/06/2017 Notícias do Setor ANPTrilhos         
O senador Hélio José (PMDB-DF) apoiou nesta quarta-feira (7) a ativação do trem de média velocidade entre Brasília e Goiânia. Ele ressaltou que a implementação da ferrovia, chamada Transpequi, faz parte da conquista do Brasil Central e do projeto de desenvolvimento nacional.

Hélio José disse que no Distrito Federal há somente 40 quilômetros de ferrovias, atualmente subutilizadas, e o funcionamento da Transpequi reduzirá os engarrafamentos. O senador espera que a parceria público-privada para o empreendimento tenha êxito, e espera que o projeto motive a implementação de outras estradas de ferro de passageiros servindo o entorno do Distrito Federal.

— A rapidez e a segurança das ferrovias poderia melhorar a vida de 2 milhões de pessoas na região — avaliou.

07/06/2017 – Agência Senado

Coreanos pretendem construir o “Transpequi”, entre Brasília e Goiânia

18/05/2017 - Metrópoles

Mesmo a mais de 16 mil quilômetros de distância, os sul-coreanos podem ser a salvação para o futuro do trem expresso que ligará Brasília a Goiânia, o Transpequi ou Expresso Pequi – apelidos dados em homenagem ao fruto típico do Centro-Oeste. Liderados pelo consórcio A’REX, da Coreia do Sul, um grupo de empresários chineses, coreanos e brasileiros demonstrou interesse em tocar o projeto.

O desejo surgiu de uma proposta idealizada pelo grupo brasileiro Sistemas de Transportes Sustentáveis, que traz diversas alterações no plano original da ferrovia. Após submeter o projeto à ANTT durante uma tomada de subsídios realizada em janeiro deste ano, os empresários apresentaram a ideia a investidores internacionais com o objetivo de integrar um consórcio capaz de tirar o plano do papel.

“Nós apresentamos como era o projeto e quais são as alternativas para tornar o trem mais atrativo para o setor privado”, explica Paulo Benites, diretor do grupo Sistemas de Transportes Sustentáveis.

Os coreanos foram os que mais se animaram com o projeto do Transpequi. O A’REX, consórcio que mostrou interesse pela proposta, é formado por 11 empresas do país asiático e opera o Airport Railroad Express, trem que liga a capital Seul a dois aeroportos.

Alterações

O novo projeto prevê preço de R$ 100 para viagens entre Brasília e Goiânia, com saídas a cada 15 minutos e velocidade máxima de 250 km/h. O grupo acredita que a venda de passagens será suficiente para a compensação do investimento.

De acordo com Paulo Benites, a principal alteração no projeto original diz respeito ao tipo de serviço prestado. A proposta inicial previa o transporte de passageiros e cargas, a curtas e longas distâncias. Já o documento apresentado à ANTT propõe prioritariamente a condução de passageiros e a longa distância.

“O nosso projeto exclui o transporte de cargas e atende passageiros de longa distância, com um serviço considerado mais elevado. Também fizemos alterações em algumas características técnicas para colocar a ferrovia em um nível internacional.”"

Paulo Benites, diretor do grupo Sistemas de Transportes Sustentáveis

O grupo prevê a formação de uma Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar o empreendimento, ao invés de um esquema puro de concessão. A contrapartida do governo – R$ 2,9 bilhões, do total de R$ 8,9 bilhões orçados para o Transpequi – seria paga em parcelas de R$ 130 milhões durante 15 anos e de R$ 30 milhões a partir do início das operações, de acordo com a proposta entregue à ANTT.

Nas estações do trem no Distrito Federal também estão previstas mudanças. Inicialmente, haveria um único terminal, na Rodoferroviária de Brasília. A proposta dos empresários, no entanto, estipula a construção de duas estações, uma próxima à Rodoviária Interestadual e uma em Samambaia. “Queremos criar estações de fácil acesso. A rodoviária, por exemplo, fica próxima ao Aeroporto e à Asa Sul, além de estar perto do metrô. Já em Samambaia, existe um desejo de desenvolvimento da região”, afirma Benites.

Exploração imobiliária

Por fim, o projeto prevê a exploração imobiliária das regiões próximas à linha rodoviária por parte da concessionária que operar o trem. “Os empreendimentos imobiliários são extremamente importantes para a realização da nossa proposta. É uma renda fundamental para angariar recursos e fazer a implantação da linha”, finaliza o diretor.

A proposta do Sistemas de Transportes Sustentáveis está em análise pela ANTT. A agência prepara uma licitação para a ferrovia e a previsão é de que o certame seja divulgado no fim deste ano ou no início de 2018.



quinta-feira, 30 de março de 2017

Governo inclui trem de média velocidade de SP em programa de concessão


29/03/2017Notícias do Setor       
Projeto paulista avaliado em cerca de US$ 5 bilhões passa a contar com a possibilidade de ser financiado pelo BNDES

O governo decidiu incluir o projeto do trem de média velocidade de São Paulo no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que centraliza os projetos prioritários da área de concessão. Com a medida, o projeto paulista avaliado em cerca de US$ 5 bilhões passa a contar com a possibilidade de ser financiado pelo BNDES.

Outra decisão do Palácio do Planalto foi a de aprovar a liberação da “faixa de domínio” das atuais ferrovias que operam entre São Paulo, Campinas e Americana, para que o novo projeto seja construído ao lado dessas malhas de cargas, atualmente operadas pelas empresas Rumo ALL e MRS.

“Com isso, estamos dando um passo efetivo para viabilizar esses projetos e atrair investidores”, disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), que participou nesta terça-feira, 28, de encontro no Palácio do Planalto. O compromisso foi firmado, segundo Macris, pelo presidente Michel Temer, em reunião que também contou com a participação do ministro dos Transportes, Maurício Quintella.

Participaram ainda o secretário de coordenação de projetos do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Tarcísio Gomes de Freitas, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado Cauê Macris (PSDB).

Segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o projeto dependia apenas dessas confirmações do governo para que a oferta de parceria público-privada (PPP) do empreendimento seja apresentada ao mercado.

O governo paulista pretende incluir na licitação do trem de média velocidade o trecho 7 da CPTM, que seria incorporado ao projeto “para ajudar no funding” da proposta comercial. O governo paulista não descarta ainda a possibilidade de a PPP ter contrapartidas financeiras da União, reunindo governos federal e estadual e a iniciativa privada no mesmo projeto.

A permissão de atuar nas faixas de domínio das atuais concessionárias deverá ser incluída na medida provisória 752, que trata da renovação das concessões de ferrovias federais.

O projeto tem sido assessorado por técnicos do Banco Mundial. Trens de velocidade são aqueles que fazem viagem de até 200 km por hora, em média. O traçado pretendido pelo projeto é o mesmo que estava inserido no plano do trem de alta velocidade, que era defendido pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Por Renato Souza, 
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) analisa o projeto da construção de um trem de média velocidade que deve ligar Brasília a Goiânia em cerca de 1h30. A obra está estimada em U$ 8,5 bilhões, com trens que atingiriam até 200 km/h. Outra linha de média velocidade, inicialmente em um custo menor, está prevista para ser implantada em São Paulo, ligando a capital à cidade de Americana, passando por Jundiaí e Campinas.

Os projetos já estão na mesa da Secretaria Executiva do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), do governo federal. A ideia é que os custos das duas obras sejam divididas entre a União e empresas privadas. A obra prevista para Brasília está em fase mais avançada. Na capital, o governo deve testar o interesse do mercado privado para o empreendimento. O custo do trem seria de R$ 120 milhões por quilômetro de linha. Todo o trajeto teria 210 quilômetros de extensão.

O trajeto do trem também poderia impactar os custos da obra, já que pode haver remoção de residências e construção de pontes e viadutos. Há anos, o governo planeja trens entre Brasília e Goiânia, dois grandes pólos comerciais, e que concentram boa parte da população do Centro-Oeste.

Fontes do setor ferroviário confirmaram que os valores estão dentro da média verificada em outros países que investiram em trens de média velocidade, aqueles que permitem viagens com velocidade média entre 160 e 180 km/hora, podendo chegar a 200 km/hora. É preciso ponderar, no entanto, que diversos fatores podem influenciar diretamente nesses custos, como a escolha da tecnologia que será usada e as desapropriações necessárias no traçado do trem.

São Paulo 
Por essas estimativas, os 135 km de trilhos entre São Paulo e Americana teriam custo de US$ 5,5 bilhões. Numa conta simples, portanto, os dois empreendimentos somam US$ 14 bilhões, ou cerca de R$ 43 bilhões, se considerado o câmbio atual. No papel, a proposta do governo paulista é ainda mais ambiciosa, incluindo outras interligações com o Vale do Paraíba, a Baixada Santista e Sorocaba.

A última vez que o governo tentou viabilizar, por conta própria, a construção de um projeto de trem de passageiros, foi um fiasco. O Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligaria Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro em viagens a mais de 300 km por hora, uma obras de mais de R$ 30 bilhões, teve discussões infindáveis no governo Dilma Rousseff e gastos milionários com o projeto, mas nunca saiu do papel. 

(*) Renato Souza - Especial para o Correio Braziliense


Governo planeja trens de média velocidade em São Paulo e Brasília

22/02/2017 - Estadão
  
O governo federal planeja a construção de duas linhas de trens de média velocidade, com investimentos que podem superar R$ 40 bilhões. A primeira ligaria São Paulo à cidade de Americana, passando por Jundiaí e Campinas, num trajeto de 135 km. A outra, entre Brasília e Goiânia, teria 210 km.

Os estudos de viabilidade dos dois projetos já estão na mesa da Secretaria Executiva do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), que concentra os projetos federais de infraestrutura logística. O Estado apurou que, nos próximos dias, gestores do PPI se reúnem com representantes do governo paulista para tratar do assunto e tentar avançar no modelo de negócios do empreendimento.

No caso do trem que sairia da capital federal, a proposta já está em fase mais avançada, com análise pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e perspectiva de lançamento de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), para testar o interesse do mercado.

Projetos à parte, todo esforço agora está concentrado em responder uma dúvida básica: de onde vai sair o dinheiro para tirar essas obras do papel. Uma das alternativas é usar PPPs, as parcerias público-privadas.

O custo total do projeto que ligaria Brasília a Goiânia, em uma viagem de aproximadamente 1h30, está estimado em US$ 8,5 bilhões. Esse valor equivale a cerca de US$ 40 milhões – ou aproximadamente R$ 120 milhões – por quilômetro.

Por essas estimativas, os 135 km de trilhos entre São Paulo e Americana teriam custo de US$ 5,5 bilhões. Numa conta simples, portanto, os dois empreendimentos somam US$ 14 bilhões, ou cerca de R$ 43 bilhões, se considerado o câmbio atual. No papel, a proposta do governo paulista é ainda mais ambiciosa, incluindo outras interligações com o Vale do Paraíba, a Baixada Santista e Sorocaba.

Fontes do setor ferroviário confirmaram que os valores estão dentro da média verificada em outros países que investiram em trens de média velocidade, aqueles que permitem viagens com velocidade média entre 160 e 180 km/hora, podendo chegar a 200 km/hora. É preciso ponderar, no entanto, que diversos fatores podem influenciar diretamente nesses custos, como a escolha da tecnologia que será usada e as desapropriações necessárias no traçado do trem.


A última vez que o governo tentou viabilizar, por conta própria, a construção de um projeto de trem de passageiros, foi um fiasco. O Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligaria Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro em viagens a mais de 300 km por hora, uma obra de mais de R$ 30 bilhões, teve discussões infindáveis no governo Dilma e gastos milionários com o projeto, mas nunca saiu do papel.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Empresas são autorizadas a realizarem estudos para transporte ferroviário de passageiros entre Luziânia e Brasília

18/07/2016Clipping do Dia ANPTrilhos

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou o grupo formado pelas empresas TACV – Desenvolvimento de Sistema de Transporte LTDA., Sistran Engenharia LTDA., EGL Engenharia LTDA. e Proficenter Negócios em Infraestrutura LTDA e o consórcio das companhias Geodata Engineering S.p.a., Geodata do Brasil Ltda. e Italferr Gruppo Ferrovie dello Stato Italiano a realizarem estudos de viabilidade técnica para subsidiar a outorga do serviço de transporte ferroviário de passageiros entre o município de Luziânia (GO) e Brasília (DF), conforme o Chamamento Público nº 4/2015.

O acompanhamento dos trabalhos e a avaliação dos produtos a serem entregues serão realizados por uma comissão de seleção, designada por meio de portaria específica da Agência. A comissão poderá estabelecer prazos intermediários para apresentação de informações, documentos e relatórios de andamento dos estudos; poderá elaborar agenda de reuniões; entre outras ações.

O autorizado terá o prazo de 240 dias corridos, contados da publicação das resoluções de autorização, para conclusão e apresentação dos estudos à comissão. O prazo pode ser prorrogado mediante decisão da ANTT.

O processo será regido pelas disposições contidas no Edital do Chamamento Público nº 4/2015, seus respectivos anexos, e no Decreto nº 8.428/2015.


15/07/2016 – ANTT

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Malha ferroviária sofreu desmonte



Linha férrea que interligava oito capitais do Nordeste foi encolhendo aos poucos e quase desapareceu

Publicado em 05/07/2016, às 08h01 UOL
    

Ana Linardo Freire lembra do tempo em que ia de Missão Velha a Fortaleza usando o trem / Diego Nigro/JC Imagem

Angela Fernanda Belfort

A privatização da antiga Malha Ferroviária do Nordeste significou o fim do serviço ferroviário nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A malha existente foi reduzida a 26% do que era em 1997, quando passou para a iniciativa privada. Na época, eram 4.679 quilômetros de ferrovias, que iam de Propriá, em Sergipe, até a cidade de São Luís, capital do Maranhão. Interligava as capitais de oito Estados, com ramais que passavam por uma parte significativa do interior, incluindo as cidades de Missão Velha (CE), na região do Cariri, e Salgueiro (PE), a 514 km do Recife. Hoje, só funcionam, regularmente, 1,2 mil quilômetros, no Ceará, Piauí e Maranhão, que levam cargas aos portos de Itaqui (MA) e de Mucuripe (CE).

Na privatização, foram estabelecidas metas de aumento do transporte de carga e de redução de acidentes para a exploração do serviço ferroviário. Mas por que os trens foram desaparecendo? Dona da concessão da antiga Malha Nordeste, a Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) não respondeu aos questionamentos da reportagem do JC. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que fiscaliza a concessão, se limitou a dizer, por e-mail, que a concessionária não cumpriu as metas de transporte de carga acordadas no período de 2009 a 2013 acrescentando que a empresa foi “penalizada” pelo descumprimento dessas obrigações.

Para os anos de 2014 e 2015, a ANTT fixou metas somente nos 1,2 mil km em operação. No ano passado, a empresa movimentou, nesses trechos, 564,3 milhões de Toneladas por Quilômetro Útil (TKU, unidade internacional que retira o peso do vagão da quantidade transportada). “É pouco. Antes da privatização, a Malha Nordeste chegou a movimentar 1,2 bilhão de TKU”, afirma o professor de logística do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fernando Jordão, ex-superintendente da Rede Ferroviária Federal (Rffsa), então uma estatal.

 “Uma concessão privada de ferrovia precisa ter a conotação de resultado, lucro. Esse serviço necessita de muita infraestrutura, manutenção e só se viabiliza com grandes volumes de cargas. No entanto, é preciso oferecer o transporte ferroviário, porque é essencial para a economia e as pessoas”, diz a sócia-executiva do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), Maria Fernanda Hijjar. Faltou justamente a atuação de órgãos governamentais que cobrassem a movimentação da carga com a estrutura que existia. “Foram deixando a ferrovia morrer de inanição. O serviço correspondia basicamente a 30% do custo do frete rodoviário, mas não se fazia propaganda disso e não havia uma agressividade na busca de clientes”, lembra o hoje engenheiro do Metrô do Recife (Metrorec) que também trabalhou na extinta Rffsa Sérgio Sobrinho.

O serviço ferroviário também não tirou proveito do crescimento da economia do Nordeste na última década para agregar novas cargas. O Porto de Suape, por exemplo, saiu de uma movimentação de 4,3 milhões de toneladas de carga em 2005 para 19,7 milhões de toneladas no ano passado.

“Em lugar nenhum do mundo se privilegia o transporte rodoviário, como ocorreu no Nordeste, principalmente quando se tinha uma ferrovia centenária. A solução messiânica foi a Transnordestina (a ferrovia de 1.752 km que deveria ligar a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco). Agora, não tem mais a antiga e nem a nova saiu do papel”, acrescenta Fernando Jordão.

E, por último, as administrações públicas (federal e estadual) deram prioridade às rodovias por uma questão simples: as construtoras se tornaram grandes doadoras nas campanhas eleitorais. Até os anos 90, a Transnordestina era uma nova ligação ferroviária de 240 km que ligava Salgueiro a Petrolina, fazendo conexão com a malha existente. Depois, acharam melhor construir uma ferrovia nova passando por muitas cidades nas quais a antiga malha já estava presente, como ocorreu com grande parte do trecho Missão Velha-Pecém e Salgueiro-Suape.

FIM DA CONCESSÃO

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, defende que a União deveria tomar a concessão da empresa Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) por dois motivos: a falta de compromisso na implantação da Ferrovia Transnordestina e o retrocesso que ocorreu na prestação do serviço ferroviário, que praticamente desapareceu em quatro Estados do Nordeste, incluindo Pernambuco. “As concessões deveriam melhorar. No entanto, piorou muito. A malha ferroviária era velha, mas funcionava”, diz. Ele argumenta que a falta de trens traz “um prejuízo incalculável” à economia da região.

Em Pernambuco, além do trecho Recife-Salgueiro, a ferrovia da antiga Malha Nordeste ligava o Estado com Alagoas (pela Mata Sul) e passava também pela Mata Norte, em cidades como Aliança e Lagoa de Itaenga. “Usamos os trens até a década de 90. Cerca de 30% da nossa produção de álcool ia de trem para o Ceará e Maranhão. Cerca de 60% do açúcar a granel ia no vagão para o Porto do Recife e 10% do açúcar ensacado também”, conta o presidente do conselho de administração da Usina Petribú, Jorge Petribú. “Na época, o preço era 20% mais barato do que o frete rodoviário, mas também era ambientalmente melhor”, comenta. O produto embarcava num ramal ferroviário que chegava até a sede da usina em Lagoa de Itaenga. Atualmente, para escoar toda a produção da companhia são necessárias cerca de seis mil viagens de caminhão por ano.

Mas não eram só as cargas que usavam o trem. Nos anos 70, era possível sair de Fortaleza de trem passar por Salgueiro e chegar ao Recife. Era o expresso Sonho Azul. Toda essa linha foi desativada.  Veja os depoimentos de Francisco Pereira, que foi conferente da antiga Rffsa em Missão Velha e de Ana Linardo Freire, que usou o Sonho Azul:

Em Pernambuco, da antiga Malha Nordeste restaram 18 km em operação que vão de Cajueiro Seco a Prazeres, sendo utilizado para o transporte de passageiros antes da privatização da Malha.


Com uma extensão de 608 km, a linha tronco Recife-Salgueiro foi totalmente desativada porque será substituída, um dia, pela Ferrovia Transnordestina. E a FTL já formalizou um pedido de devolução desse trecho ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) que está concluindo o quanto vale esse trecho da ferrovia para definir a indenização a ser paga pela FTL. Uma parte dos trilhos desse trecho foi arrancado por vândalos.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Reuniões nesta semana discutem trem Brasília-Goiânia

21/06/2016 - Portogente

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realiza a primeira reunião que discutirá o trem Brasília-Goiânia nesta terça-feira (21/06), em Brasília. A segunda reunião acontecerá na capital goiana, na quinta-feira (23/06).

As reuniões serão abertas ao público e terão como objetivo receber contribuições referentes aos estudos de viabilidade técnica, econômica e socioambiental (EVTEA) para o desenvolvimento estratégico do transporte ferroviário de passageiros e cargas no corredor Brasília (DF) – Anápolis (GO) – Goiânia (GO).

Estudos

A agência reguladora divulgou, no início de junho, os estudos de viabilidade para exploração do serviço de transporte ferroviário no trecho. Os documentos englobam a avaliação de alternativas de traçado e de localização das estações, de tecnologias, além dos aspectos econômico-financeiros e socioambientais de modo a dotar a região de trens de passageiros modernos, confortáveis e seguros.


Segundo os estudos, a previsão é de que, no primeiro ano de operação, mais de 40 milhões de passageiros sejam transportados numa velocidade de até 160 quilômetros por hora, em um percurso de 95 minutos entre Brasília e Goiânia. Para implantar essa ligação ferroviária, os estudos preveem a participação da iniciativa privada e um prazo de concessão de 30 anos.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

SC realiza testes para transporte de passageiros de trem

25/09/2014 - G1 SC
Nesta quinta-feira (25) foram realizados testes para o transporte de passageiros de trem entre as cidades de Içara e Tubarão, no Sul de Santa Catarina. Cerca de 200 estudantes do ensino médio participaram da viagem que durou cerca de 1h30 entre os municípios. Os testes fazem parte de um projeto que pretende melhorar a mobilidade urbana na região.
De acordo com a Prefeitura de Içara, o objetivo é que as viagens de trem sirvam como uma alternativa de transporte para estudantes universitários que precisam se deslocar entre uma cidade e outra. Caso seja implantada, a opção deve diminuir o custo e o tempo do deslocamento.

O projeto começou a ser debatido em março deste ano entre as prefeituras de Içara e Tubarão e a concessionária que administra a Ferrovia Tereza Cristina. A previsão inicial era de que o transporte de passageiros ocorresse a partir de agosto, mas ainda faltam investimentos. A expectativa é de que as primeiras viagens sejam realizadas até o final do ano.

Conforme dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o trem já foi um dos meios de transporte mais utilizados no Brasil e atualmente não chega a transportar 3% dos passageiros de todo o país.

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/09/cidades-de-sc-realizam-testes-para-transporte-de-passageiros-de-trem.html

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Novo trem de passageiros da EFVM entra em operação

06/08/2014
A Vale iniciou ontem (05/08) a operação do novo trem de passageiros na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). A empresa havia anunciado no início do ano investimento na ordem de US$ 135 milhões na renovação da frota de carros de passageiros. Destes, US$ 80,2 milhões foram utilizados para comprar novos carros, da empresa romena Astra Vagoane, para a EFVM.

Na ferrovia entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo são 56 novos carros - 10 executivos e 30 econômicos. A Vale opera ainda o trem de passageiros na Estrada de Ferro Carajás (EFC).

Para a EFC, que liga o Maranhão ao Pará, a Vale adquiriu 39 carros - seis serão executivos e 21 econômicos - da mesma fabricante romena. Ainda como parte do investimento, foram comprados novos carros restaurante, lanchonete, gerador e cadeirante (destinado a pessoas com dificuldade de locomoção) para ambas as ferrovias.

EFVM e EFC transportam em média, juntas, 1,3 milhão de passageiros por ano. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), até abril deste ano as ferrovias já haviam transportado mais de 350 mil passageiros. Atualmente, estas duas ferrovias são as únicas a oferecerem diariamente o serviço de transporte de passageiros de longa distância no País.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Publicada seleção do Trem Pé-Vermelho como obra do PAC

24/06/2014 - Folha de Londrina
Foi publicada ontem no Diário Oficial a portaria 338, do Ministério das Cidades, tornando pública a proposta do Trem Pé-Vermelho, a "ser apoiada com recursos do Orçamento da União". O trem de passageiros vai ligar as cidades de Londrina e Maringá. A portaria diz que o projeto foi aprovado pelo Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 27 de fevereiro.

O documento publicado no Diário Oficial não estabelece prazos, nem dá detalhes do projeto. Mas, segundo Alexandre Faria, da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa, trata-se de uma autorização para o governo contratar o projeto executivo da obra, estimado em R$ 10 milhões. A obra propriamente dita deve custar R$ 700 milhões.

"É uma formalidade que a gente estava aguardando. É uma um passo para a concretização do projeto", afirma o executivo. O solicitante da obra é o governo do Estado. "As próximas etapas serão definidas entre os governos do Estado e o federal", conta. A execução depende de convênio entre os dois entes federativos e de licitação.

O estudo de viabilidade do Trem Pé Vemelho foi feito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e seria submetido a uma audiência pública marcada para Apucarana, em junho do ano passado. Mas, o evento foi suspenso pelo Ministério dos Transportes e ainda não foi remarcado.

Inicialmente, o traçado do Ferrovia ia de Maringá a Londrina, mas, durante o estudo, foram incluídas no extremo oeste a cidade de Paiçandu e, no lado contrário, Ibiporã. São 152,6 km de trilhos, servindo a 13 cidades que concentram juntas 1,8 milhão de pessoas.

O trem faz parte do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros, do governo federal. Foram estudados 68 trechos no País e 14 selecionados como viáveis. A proposta é que a composição saia de Paiçandu, passe por Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina e Ibiporã.

Contrariando estimativa inicial, o estudo de viabilidade concluiu que não será possível aproveitar os trilhos hoje existentes no trecho. Segundo apurou a FOLHA junto à UFSC em junho do ano passado, o programa prevê o tráfego mútuo de cargas e passageiros, desde que um não prejudique o outro. E o estudo concluiu que a Ferrovia hoje existente já está com sua capacidade esgotada. Ou seja, será necessário construir uma outra ao lada da atual.
Os técnicos da universidade fizeram uma viagem entre Londrina e Apucarana e só este trecho demorou nove horas. Entre os 14 projetos selecionados no País, o trem Pé-Vermelho é o segundo com processo mais adiantado.

A reportagem tentou contato ontem à tarde com os ministérios do Transporte e das Cidades, mas não conseguiu entrevistas devido ao jogo do Brasil na Copa do Mundo. Também não foi possível localizar o prefeito Alexandre Kireeff para repercutir a divulgação da portaria.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Plano retoma trens de passageiros

07/05/2014 - O Estado de S. Paulo

O governo analisa um plano em investimentos e custeio de operação nos próximos seis anos para retomar o transporte de passageiros em trens em todo o País. É um estudo elaborado sob coordenação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e com participação de especialistas do mercado e da academia para reaproveitar a malha já existente e criar uma alternativa de mobilidade urbana.

O relatório final propõe a criação de mais uma estatal - a administração petista criou pelo menos sete, que vão desde a produção de derivados de sangue até a exploração do pré-sal -, dessa vez para implementar uma nova política nacional para o transporte regional, metropolitano e urbano. Ela foi batizada de Empresa Brasileira dos Transportes Terrestres (EBTT).

O estudo consumiu um ano de discussão. O relatório já foi entregue ao Ministério dos Transportes. O titular da pasta, César Borges, disse que vai entregar cópias aos Ministérios das Cidades e do Planejamento. De fato, explica um técnico da área, o resultado final das discussões é muito mais uma proposta de mobilidade urbana, que não é exatamente um tema dos Transportes. Dado o calendário eleitoral, a tendência é que o estudo sirva de base para um programa do próximo governo.

Estudos em fase mais adiantada indicam que algumas linhas poderiam ser concedidas para exploração pela iniciativa privada, com rentabilidade (ou Taxa Interna de Retorno, TIR), na faixa de 10% a 15%. Essas são as taxas calculadas para seis linhas que já têm estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira concluídos. Pelo fato de estarem em estágio mais avançado, essas linhas foram selecionadas para funcionar como piloto das demais.

Nesse grupo há, por exemplo, uma ligação ferroviária entre Londrina e Maringá, no Paraná. Também o trem entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e entre São Luiz e Itapecuru, no Maranhão.
PAC 3. O grupo recomendou que essas linhas sejam incluídas na terceira versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será lançado para um eventual segundo mandato de Dilma Rousseff. Assim, haveria recursos para fazer os projetos de engenharia e iniciar as obras ainda em 2015.

A proposta, porém, não fica restrita a essas linhas. O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós -Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) identificaram 64 rotas no País que poderiam ser financeiramente sustentáveis para trens de passageiros. Dessas, 16 já deram algum passo no longo processo burocrático rumo à sua transformação em empreendimento.

Além das seis que já dispõem de estudos, há outros trechos numa etapa anterior: estão sendo analisados para determinar, com maior grau de segurança, se são ou não viáveis do ponto de vista econômico. É o caso, por exemplo, da ligação de Brasília a Luziânia (GO), uma rota que passa por diversas cidades-satélites da capital federal.

Modelo. Ainda não está definido, porém, como seriam feitas as concessões. Se, por exemplo, elas seriam tocadas pelo governo federal ou do Estado. O mais provável, dizem os técnicos, é que variará de caso a caso, dependendo da capacidade gerencial do governo local.

Também tende a ser variável o modelo de concessão. Em alguns casos, poderá ser contratado somente o serviço de passageiros. Em outros, a manutenção da linha e o transporte de pessoas.

TAV deixa de ser prioridade do governo
A presidente Dilma Rousseff deve encerrar o mandato sem tirar do papel seu projeto mais emblemático na área de infraestrutura: o Trem de Alta Velocidade (TAV), o trem-bala que ligaria Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. O assunto não saiu de pauta, mas não está sendo priorizado nesse momento, admitiu ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o ministro dos Transportes, César Borges. Particularmente, acho que é um assunto para o próximo governo.

Em agosto, termina o prazo de um ano pedido pelos empreendedores estrangeiros para estruturar uma proposta para o TAV. Assim, em tese, o governo poderia retomar a concessão da linha. Porém, na avaliação do ministro, o calendário eleitoral pode pesar no apetite das empresas. Não trabalhamos com o horizonte de fazer qualquer ação no sentido de leiloar, disse Cesar Borges, que é favorável ao projeto. Vamos esperar para ver o mercado.

Em meados do ano passado, o governo fez sua melhor tentativa de leiloar o TAV. Acolheu propostas dos interessados e chegou a divulgar cartas dos bancos manifestando interesse em financiar os projetos. Porém, suspendeu a concorrência ao ser informado que apenas os franceses apresentariam uma proposta. Nos bastidores, espanhóis e alemães pediram mais tempo, por isso foi dado mais um ano. O processo foi complicado também porque muitas das interessadas estavam envolvidas nas investigações sobre formação de cartel em trens.

Já naquela ocasião, ficou clara a tendência de deixar o projeto para um eventual segundo mandato de Dilma. Um sinal do desinteresse foi a redução dos recursos para elaboração dos estudos. Enquanto a EPL falava em R$ 1 bilhão, o valor destinado ficou em R$ 247 milhões. De acordo com fonte da área técnica ouvidos pelo Broadcast, não houve, até agora, novos interessados no empreendimento.

A taxa de retorno não compensaria o risco do projeto, que é elevado. Este ano não sai mesmo, diz a fonte. E a única forma de tirar do papel a partir do ano que vem é o governo se responsabilizar pelo projeto executivo de engenharia. Esse estudo custaria cerca de R$ 1 bilhão

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Projeto do Trem Regional está no PAC 3

  • Rádio Alvorada AM - - NOTÍCIAS - 20/03/2014 -
A reativação do transporte ferroviário de passageiros na Serra Gaúcha entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves, interligando Farroupilha, Garibaldi e Carlos Barbosa, terá recursos assegurados no Programa de Aceleração do Crescimento - Fase 3 (PAC 3) como trecho piloto do Programa Federal de Trens Regionais de Passageiros. A informação foi dada hoje pelo Grupo de Trabalho da Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em reunião realizada nesta quinta (20), em Brasília, ao Vice Prefeito Antonio Feldmann, coordenador da Comissão Especial do Trem Regional e ao secretário de Gestão e Mobilidade de Bento Gonçalves, Mauro Moro, também presente no encontro.

Segundo o Grupo de Trabalho da ANTT, o projeto do trecho Caxias/Bento é o mais avançado dos 64 projetos em tramitação, pois já tem o ?Programa de Estudo e Viabilidade Técnica e Econômica Financeira, Social e Ambiental? aprovado, como também já realizou a audiência pública promovida pelo Ministério dos Transportes. A proposição do Grupo de Trabalho será levada ao Seminário Nacional de Trens Regionais agendado para o dia 29 de abril e apresentada aos Ministérios dos Transportes e das Cidades.

Conforme Antonio Feldmann, a proposta da ANTT é que, com recursos assegurados pelo PAC 3, este trecho piloto do Trem da Serra Gaúcha tenha seu Projeto Executivo e início da implantação nos exercícios de 2014 e 2015.

SOBRE O TREM REGIONAL: Na reunião desta quinta-feira o Grupo de Trabalho da ANTT elegeu a Alternativa 1 do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Financeira, Social e Ambiental. Esta opção estabelece a linha férrea Caxias do Sul-Farroupilha-Bento Gonçalves com 60 quilômetros, 14 deles totalmente novos e 46 reaproveitados com adequações. Serão 13 estações convencionais e mais uma de integração.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Trem Pé-Vermelho está mais próximo de sair do papel

Ligando Paiçandu a Ibiporã, projeto vai ser submetido a audiência pública dia 20 de junho

O Trem Pé-Vermelho, entre Paiçandu e Ibiporã, tem grande chance de sair do papel. Seu estudo de viabilidade, que foi realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (USFC), será submetido a audiência pública pelo Ministério dos Transportes, dia 20 de junho, em Apucarana. Com custo total estimado em R$ 700 milhões, o projeto para o transporte de passageiros tem 152,6 km de trilhos, servindo a 13 cidades que concentram juntas 1,8 milhão de pessoas.

O trem faz parte do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros, do governo federal.

"Foram estudados 68 trechos no País e 14 selecionados como viáveis. O nosso trecho ficou no topo da lista dos mais viáveis", afirma o vice-presidente da Agência Terra Roxa de Desenvolvimento, Fernando Kireeff. Na semana passada, ele apresentou o projeto a um grupo de empresários italianos, em Curitiba.

Inicialmente, o estudo previa a ferrovia entre Maringá e Londrina. Mas prefeituras e entidades da região pediram ao Laboratório de Transporte e Logística Lab Trans, da UFSC, responsável pelo estudo de viabilidade, a inclusão do município de Paiçandu, na Região Metropolitana de Maringá, e de Ibiporã, na de Londrina.

A proposta é que a composição saia de Paiçandu, passe por Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina e Ibiporã.

Contrariando a estimativa inicial, o estudo concluiu que não será possível aproveitar os trilhos hoje existentes no trecho. O engenheiro de transporte, professor da UFSC e coordenador do estudo, Rodolfo Nicolezzi Philippi, explica que o programa do governo federal prevê o tráfego mútuo de cargas e passageiros, desde que um não prejudique o outro. O Lab Trans contou 13 pares de trens de carga diários operando entre Londrina e Maringá. "A via dá mostras de capacidade esgotada no segmento Londrina – Apucarana", afirma.

A viagem entre as duas cidades pela linha concedida hoje à ALL Logística demorou nove horas. Por isso, decidiu-se pela construção de uma nova ferrovia, que deve ficar a poucos metros à direita da atual (sentido Londrina-Maringá).

Segundo o professor, dos 14 trechos selecionados em todo o País, o do Norte do Paraná é o segundo com processo mais adiantado.

"Finalmente, existe uma política de transporte ferroviário dentro do Ministério dos Transportes. O governo está fazendo este trabalho com seriedade", ressalta.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Trem regional terá passagens a R$ 18 entre São José e SP

O governo do Estado pretende lançar em novembro o edital da licitação para construir o Trem Intercidades, também chamado de Trem Regional, projeto de uma malha ferroviária de 431 quilômetros que vai unir regiões metropolitanas à capital.

Na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, o trem terá estações em São José dos Campos, Jacareí, Taubaté e Pindamonhangaba.
A previsão do governo é de que o valor da tarifa da viagem entre São José e São Paulo seja em torno de R$ 18, mais barata do que o preço cobrado pelas empresas de ônibus que atuam na região, entre R$ 21 e R$ 23.

O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), disse, por meio de nota, que a ideia do trem é estimular o transporte de passageiros sobre trilhos e criar uma alternativa para concorrer com os automóveis, que lotam as estradas.

Segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional, a premissa para o desenvolvimento dos estudos é que a tarifa dos serviços seja "competitiva com os outros modos, para ser atrativa em demanda de passageiros".

A pasta também não descartou viagens entre as cidades da RMVale.
"O estudo funcional em desenvolvimento deverá determinar as melhores alternativas de paradas para captação de demanda e manutenção de tempo de viagem atrativa".

Rota/ Inicialmente, o Trem Intercidades interligará dois dos principais eixos do Estado. O primeiro entre capital e Campinas, Americana, Jundiaí, Santo André, São Bernardo, São Caetano e Santos. O segundo ligará São Paulo a Sorocaba, São Roque, São José, Taubaté e Pinda, passando por Jacareí.

O projeto será feito por meio de PPP (Parceria Público-Privada) entre o governo estadual e a iniciativa privada, com custo estimado em R$ 18,5 bilhões. A duração do contrato será de 30 anos.

Em nota, a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional informou que a parceria será na modalidade de concessão patrocinada, com um gasto público de 30% da obra, o que dá R% 5,5 bilhões. Os recursos públicos já estão previstos no orçamento.

Obras/ Serão licitadas a construção da infraestrutura, implantação de equipamentos e sistemas e compra de material para a operação. As obras devem começar no final de 2014.

O primeiro trecho que deve ficar pronto é o da capital até Jundiaí, em 2015. Depois, virão o de Sorocaba e o de Santos. O do Vale do Paraíba ainda não tem data definida para ser iniciado.

Na Região Metropolitana de São Paulo, o projeto vai aproveitar a faixa de domínio da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que não tem linhas na RMVale, o que deve atrasar a construção do trem na região.

Trem Intercidades

Trem que interligará regiões metropolitanas à capital em uma rede de 431 quilômetros

Licitação
O edital de licitação para o projeto do Trem Intercidades será lançado em novembro

Obra
Orçada em R$ 18,5 bilhões, a obra deve começar em 2014 e será feita por meio de uma PPP (Parceria Público Privada), com o governo estadual gastando R$ 5,5 bilhões

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ministério lança consulta do Trem Pé-Vermelho

18/04/2013
O Ministério dos Transportes está fazendo uma consulta pública para colher informações da população sobre o Trem Pé-Vermelho, que faria a ligação entre as regiões metropolitanas de Maringá e Londrina. A intenção é buscar dados da comunidade para melhorar o estudo de viabilidade econômico-financeira feito pelo governo federal.

Inicialmente, o trem passaria por um trecho de 122 quilômetros, mas há a possibilidade que a linha vá de Ibiporã (16 km de Londrina) a Paiçandu (16 km de Londrina), o que acarretaria em um distância de 152,7 quilômetros entre os dois extremos na linha ferroviária.

A linha integra os municípios de Paiçandu, Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina e Ibiporã. As pessoas podem enviar opiniões sobre o estudo até o dia 30 de abril. As fichas da consulta estão disponíveis no site do Ministério dos Transportes.

O Trem Pé-Vermelho é uma reivindicação antiga da região norte do Paraná para aumentar a mobilidade entre os municípios e contribuir com o desenvolvimento econômico. Os recursos para elaboração do projeto executivo da linha ferroviária virão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Reunião debate projeto de trem na Serra

Um importante passo foi dado para a retomada das atividades do trem que liga Caxias do Sul a Bento Gonçalves. O Ministério dos Transportes divulgou ontem o estudo de viabilidade técnica para operação do trecho, que teve sua circulação encerrada em 1986. A iniciativa, orçada em R$ 156,1 milhões, ainda inclui paradas em Farroupilha, Carlos Barbosa e Garibaldi. Entre hoje e amanhã, representantes da pasta federal e dos municípios envolvidos se reúnem para debater o projeto na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

A instituição de ensino catarinense, através do seu Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), foi quem realizou o levantamento. A UFSC fez também o estudo de viabilidade do trem regional entre Londrina e Maringá, no Paraná. As duas ações são as primeiras de 14 que integram o Projeto Trens Regionais, do governo federal. Até 30 de abril, ambos estarão em fase de consulta pública. Qualquer cidadão pode mandar sugestões para o transporte de passageiros no trem de média velocidade (Os projetos e o formulário estão disponíveis no site www.transportes.gov.br/index/conteudo/id/78215).

Apesar do caráter inicial da iniciativa, o clima é de otimismo na Serra gaúcha. ―É uma grande notícia. O estudo de viabilidade levou dois anos para ser feito, por sua complexidade. Acredito que, ainda neste ano, há condições de se começar a contratar o projeto executivo, diz Antonio Felmann, vice-prefeito de Caxias do Sul e coordenador da Comissão Especial do Trem Regional. Segundo ele, a contratação do projeto executivo indicará que a ação, efetivamente, sairá do papel.

Depois da fase de consulta pública, em 6 de maio, a cidade terá uma audiência pública na Câmara de Vereadores para tratar do assunto. Os demais municípios serranos envolvidos

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Reunião debate projeto de trem na Serra

Um importante passo foi dado para a retomada das atividades do trem que liga Caxias do Sul a Bento Gonçalves. O Ministério dos Transportes divulgou ontem o estudo de viabilidade técnica para operação do trecho, que teve sua circulação encerrada em 1986. A iniciativa, orçada em R$ 156,1 milhões, ainda inclui paradas em Farroupilha, Carlos Barbosa e Garibaldi. Entre hoje e amanhã, representantes da pasta federal e dos municípios envolvidos se reúnem para debater o projeto na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

A instituição de ensino catarinense, através do seu Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), foi quem realizou o levantamento. A UFSC fez também o estudo de viabilidade do trem regional entre Londrina e Maringá, no Paraná. As duas ações são as primeiras de 14 que integram o Projeto Trens Regionais, do governo federal. Até 30 de abril, ambos estarão em fase de consulta pública. Qualquer cidadão pode mandar sugestões para o transporte de passageiros no trem de média velocidade (Os projetos e o formulário estão disponíveis no site www.transportes.gov.br/index/conteudo/id/78215).

Apesar do caráter inicial da iniciativa, o clima é de otimismo na Serra gaúcha.

―É uma grande notícia. O estudo de viabilidade levou dois anos para ser feito, por sua complexidade. Acredito que, ainda neste ano, há condições de se começar a contratar o projeto executivo, diz Antonio Felmann, vice-prefeito de Caxias do Sul e coordenador da Comissão Especial do Trem Regional.

Segundo ele, a contratação do projeto executivo indicará que a ação, efetivamente, sairá do papel.

Depois da fase de consulta pública, em 6 de maio, a cidade terá uma audiência pública na Câmara de Vereadores para tratar do assunto. Os demais municípios serranos envolvidos

Governo vai analisar inclusão de linhas mineiras de trens para passageiros

O Ministério dos Transportes deve analisar a inclusão de três linhas mineiras no programa de trens de passageiros, além das três em estudo pelo governo de Minas. Prefeituras do interior do estado fizeram solicitação ao governo federal para que sejam feitos estudos de viabilidade econômica para os trechos que ligam Montes Claros a Janaúba e Januária, no Norte; Uberlândia, Uberaba, Araguari, no Triângulo, e Araxá, no Alto Paranaíba; e Lavras e Varginha, no Sul. Caso os pedidos sejam acatados, as linhas se somam a 14 consideradas prioritárias pela União em todo o país e que totalizam quase 2 mil quilômetros.

Atualmente, no que tange ao projeto de trens de passageiros do Plano de Revitalização das Ferrovias, seis trechos estão com estudos em andamento. As linhas estão localizadas no Rio Grande do Sul (2), Paraná (1), Bahia (1), Piauí (1) e Maranhão (1). Em relação a dois deles, o Ministério dos Transportes já abriu consulta pública sobre os estudos: Caixas do Sul a Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e Londrina a Maringá, no Paraná. Os processos ficarão abertos até o dia 30, com objetivo de colher subsídios para reforçar os estudos elaborados durante a década de 1990. Em maio deve ser realizada audiência pública em Brasília para que moradores e governos opinem sobre os projetos. ―A ideia é que técnicos da área deem contribuição para que caso necessário sejam feitas correções, afirma o coordenador do programa de trens de passageiros do Ministério dos Transportes, Euler Costa Sampaio.

Sobre as linhas mineiras, ele explica que foram feitos contatos e as prefeituras primeiro precisam preencher formulários com informações sobre o trecho para que os técnicos do ministério verifiquem a necessidade do trecho. Os dados extrapolam o nível de interesse. Aprovados, em parceria com instituições de ensino (a Universidade Federal de Minas Gerais é uma das parceiras) são feitos estudos para mostrar origem e destino; nível de demanda e a caracterização da malha. No caso da linha do Triângulo, alguns dados já foram levantados e falta agendamento de reunião para discutir possível participação da Universidade Federal de Uberlândia no processo.

A julgar pelo porte das cidades, tem sua atração, avalia o coordenador do programa, que lembra que os projetos são para unir cidades com distância entre 100 e 200 quilômetros.
Estudos

quinta-feira, 14 de março de 2013

Trem de Londrina-Maringá deverá sair do papel

07/03/2013 - G1 PR
O Governo Federal anunciou, nesta quarta-feira (6), a liberação de aproximadamente R$ 1,2 bilhão para obras em médias e grandes cidades do Paraná. O dinheiro será transferido por meio do Programa de Aceleração do Crescimento e deve ser utilizado em obras de pavimentação, saneamento, distribuição de água e mobilidade.

Dentre os municípios que podem receber o recurso estão Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu. Do total, devem ser investidos R$ 236,4 milhões em obras para melhorar a mobilidade urbana das cidades. Outros R$ 367,2 milhões serão usados para a pavimentação de estradas.

Os 658,7 milhões restantes devem ser usados em uma parceria com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), para melhorar a distribuição de água e de esgoto nas cidades.

De acordo com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, uma das obras que devem ser contempladas com o investimento federal é a construção do chamado "Trem Pé Vermelho", que deverá ligar as regiões centrais de Londrina e Maringá, no norte do estado.

SP: 13 grupos apresentam MIP para trens intercidades

15/02/2013
Treze grupos apresentaram Manifestação de Interesse Privado (MIP) para o desenvolvimento de estudos e modelagem para a implantação de 431 km de linhas de trens intercidades no Estado de São Paulo.  As empresas interessadas no projeto foram BTG Pactual Gestora de Recursos Ltda / EDLP Estação da Luz Participações Ltda; Empresa Global de Projetos Ltda;  Construtora Andrade e Gutierrez S/A; Planos Engenharia S/S Ltda;  Socicam Administração, Projetos e Representações Ltda; CONSTRUCAP-CCPS Engenharia e Comércio S/A; CR Almeida S/A Engenharia de Obras; KPMG Structured Finance S/A; Mitsui & CO (Brasil) S/A; Construtora Ferreira Guedes S/A; Prointec S/A; Samsung C&T do Brasil Construtora Ltda; Contern Construções e Comércio Ltda.

O Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas (CGPPP) do Estado de São Paulo publicou no final de janeiro o chamamento para os interessados apresentarem suas propostas para  o desenvolvimento do projeto da rede integrada de linhas ferroviárias de passageiros que o estado quer fazer passando pelas cidades de Santos, Mauá, São Caetano, Santo André, Jundiaí, Campinas, Americana, São José dos Campos, Taubaté e Sorocaba, e se conectará a uma estação central na cidade de São Paulo.  A Estação da Luz Participações (EDLP) e o BTG Pactual já tinham apresentado no final de novembro uma MIP para o Conselho Gestor das PPPs.

Segundo o edital, a MIP apresentada deve ter o projeto de engenharia; o estudo de demanda; a análise de viabilidade econômico e financeira; a análise dos aspectos operacionais; a análise dos aspectos jurídicos institucionais e o modelo de remuneração. O aproveitamento dos estudos não obriga o poder público contratar o projeto apresentado. No caso de aproveitamento do material, a empresa responsável pelos levantamentos será remunerada. O prazo de para a conclusão e apresentação dos estudos desenvolvidos é de seis meses