segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Novos trens do Corcovado começam a operar na próxima semana


  02/10/2019
 O Globo



Vai ficar mais fácil apreciar os micos, macacos-pregos e tucanos que costumam dar boas-vindas aos turistas que cortam a Floresta da Tijuca a bordo do trem do Corcovado. O bucólico meio de transporte, que percorre os 3.824 metros entre a Estação do Cosme Velho e o Cristo Redentor, agora tem teto panorâmico, aumentando a visibilidade. A nova frota, que está em fase de testes, com a circulação de duas composições, entrará em operação oficial na próxima quarta-feira, quando a Estrada de Ferro completa 135 anos.
Ao todo, serão três novos trens. Além de permitirem que os usuários apreciem melhor a paisagem, eles também vão encurtar o tempo de viagem.
- As composições antigas subiam em 17 minutos e desciam em 22. Agora, o percurso de subida será realizado em 15 minutos e o de descida em quase 17 - afirma o gerente de manutenção, José Joaquim Pinto, acrescentando que os veículos elétricos também economizam energia - a redução poderá chegar a 18%.
Como os veículos vão demorar menos para subir e descer a estrada de ferro, o Trem do Corcovado, concessionária que administra o transporte, pretende reduzir os intervalos entre as composições - as partidas vão acontecer a cada 15 minutos. A expectativa, no entanto, é que, no futuro, os intervalos sejam ainda menores, de acordo com o porta-voz do Trem do Corcovado, Riccardo Pina.
- Nós sempre trabalhamos com apenas três viagens a cada hora. Agora, pretendemos chegar a cinco.
Outra novidade é o tamanho das novas composições, com 27 metros cada - dois a mais do que as anteriores. Com mais espaço, elas transportarão mais passageiros: antes, eram 115; agora serão 154, sendo 20 em pé. Com a mudança, é possível levar mais de 600 turistas por hora, o dobro da capacidade atual.
A nova frota já foi aprovada pela cabeleireira Michele Siqueira, que fez ontem um passeio com amigos.
- Traz uma sensação bastante agradável - disse.


Linha 3 do VLT começa a rodar no dia 26 de outubro, promete Crivella


  16/10/2019

  Linha 3 do VLT começa a rodar no dia 26 de outubro, promete Crivella Veículo do VLT na Zona 

Portuária do Rio Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
Um decreto assinado pelo prefeito Marcelo Crivella na manhã desta terça-feira promete, enfim, garantir a inauguração da Linha 3 do VLT (Central - Aeroporto Santos Dumont). Com obras finalizadas há dez meses, o serviço ficará disponível aos cariocas a partir de 26 de outubro. Durante o imbróglio com o consórcio, Crivella chamou o serviço de "porcaria". O grupo empresarial, por sua vez, chegou a pedir a rescisão do contrato na Justiça em julho - a ação continua em trâmite .

O decreto assinado cria um grupo de trabalho formado por técnicos da Prefeitura e da concessionária do VLT, como parte do acordo noticiado pelo GLOBO na última sexta-feira.- O Município não tinha condições de pagar a diferença exigida no contrato anterior. Agora o VLT pode começar a funcionar e a prefeitura não terá de pagar, por ora, nenhum valor excedente - afirmou Crivella.

O impasse

O consórcio alegava um pendência financeira com a prefeitura, que já ultrapassava os R$ 140 milhões em junho. A Prefeitura do Rio deveria custear o valor de 85% das passagens de uma previsão de 260 mil usuários diários. O problema é que os bondinhos tem uma média diária de apenas 80 mil passageiros em dias úteis. Com o aperto financeira, a concessionária ameaçou parar os trenzinhos. 

Para alcançarem o acordo, as partes decidiram criar um grupo de estudos, com técnicos do município e da empresa, onde serão discutidos ao longo dos proximos dez meses os pontos de divergência do contrato, firmado antes das Olimpíadas.

Com a inauguração da Linha 3 do VLT, a concessionária acredita que o número de usuários do serviço, já no primeiro mês, deve pular dos 80 mil por dia útil para mais de 100 mil. O que também é visto internamente como positivo é a demonstração da prefeitura de que está aberta ao diálogo e à negociação, reforçado na reunião desta terça em que Crivella repetiu diversas vezes à imprensa que a "prefeitura cumpre os contratos".

O trajeto do bonde moderno

A Linha 3 do VLT tem um caminho que sai da estação Central, segue na praça Cristiano Ottoni, pela Marechal Floriano até chegar à Rio Branco, onde se integra com as outras linhas.A Linha 3 do VLT Carioca é o último trecho previsto do sistema. Ela liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont e conta com 10 paradas, sendo três novas: Cristiano Ottoni-Pequena África (na praça de mesmo nome, também na região da Central), Camerino-Rosas Negras (na Marechal Floriano, próxima à rua de mesmo nome) e Santa Rita-Pretos Novos (também na Marechal Floriano, à altura da igreja homônima - na última quadra da Marechal Floriano, antes da Rua Visconde de Inhaúma). Os nomes contam com homenagens a ícones da cultura africana, batizados em consenso com o Iphan e entidades do movimento negro e sociedade civil. 

Os trilhos encontrarão a Linha 1, entre as paradas São Bento e Candelária. A partir desse ponto, a Linha 3 reforçará o atendimento aos passageiros que seguem para o aeroporto. As sete restantes já em atividade serão compartilhadas com as linhas 1 e 2. O percurso total de quatro quilômetros será feito, de uma ponta a outra, em até 18 minutos. Linhas de ônibus no Centro mudarão trajeto

O prefeito voltou a afirmar que retirará linhas de ônibus do Centro da cidade. A definição de quais linhas e quando isso pode acontecer ainda será um dos temas discutidos pelo grupo de trabalho até agosto de 2020.

- Esperamos ter o VLT funcionando em todos os pontos. E ele precisa de demanda. A retirada dos ônibus é prevista em contrato. Vamos sentar e colocar no lápis para ver o que será feito - explicou Crivella.

A frente do grupo de trabalho representando a prefeitura estará a subsecretária Executiva da Secretaria Municipal de Fazenda, Rosemary Macedo. Ela afirma que o estudo será "complexo", mas pode ter definições antes dos dez meses previstos.

- Precisamos estudar quais serão as linhas. Precisamos ver quais são as linhas que rodam a noite pelo Centro, já que o VLT ainda não opera nesse horário. Na hora em que tiro ônibus, tenho que restabelecer o equilíbrio dos consórcios de ônibus e do VLT. A ideia é reduzir o número de ônibus que circulam pelo Centro. Aumentará a demanta do VLT e reduz a emissão de carbono, que é o ganho pela criação do sistema - explica.

Desfecho positivo

Em janeiro, o prefeito Marcelo Crivella se reuniu com representantes do consórcio para resolver o impasse relativo a uma dívida, que não estaria sendo paga desde maio de 2018. Na ocasião, o prefeito infomou que as duas partes tinham chegado a um acordo e sua expectativa era de que o trecho começasse a operar até os primeiros dias de fevereiro. Em maio, o consórcio anunciou que, sem chegar a um acordo, tinha negociado com seus fornecedores e solicitou autorização do município para colocar o trecho em funcionamento, mas não obteve retorno.

- É uma satisfação finalmente entregar a Linha 3 para a cidade. A ação judicial continua, mas ela é uma das questões que no grupo de trabalho discutiremos - afirmou Márcio Hannas, presidente do Consórcio VLT Carioca.

Crivella disse que um reajuste do valor da tarifa está em pauta, mas apenas no futuro.- Até dez meses teremos resolvido as linhas de ônibus que vão sair, os reajustes necessários no acordo com o VLT e toda questão - concluiu o prefeito."Quanto custou aquela porcaria?", criticou Crivella.

Em março, para uma plateia de cerca de 80 servidores, o prefeito Marcelo Crivella, que está em seu terceiro ano de mandato, fez um discurso em que afirmou que o Rio é "uma esculhambação completa". Outro alvo do prefeito foi o VLT - a qual chamou de "porcaria". A reunião, não divulgada na agenda oficial do prefeito, aconteceu na Divisão de Hortos da Fundação Parques e Jardins, na Taquara.

"Tenho 1.500 escolas precisando de reforma. Isso é maluquice. Quanto custou aquela porcaria? Um bilhão" disse.

Crivella e o consórcio que administra o bonde moderno vinham travando uma queda de braço sobre o contrato. Ele estimou que o município teria que investir R$ 18 milhões mensais no sistema, seguindo o acordo anterior no qual a prefeitura tinha de garantir a passagem de 260 mil passageiros por dia no modal (e, segundo Crivella, à época, existiam apenas 60 mil usuários diários):

- Tenho 1500 escolas precisando de reforma, tenho hospitais. Isso é maluquice, doideira. Como vou garantir que tem que ter passageiro no VLT? Corrupção. Quanto custou aquela porcaria? Um bilhão. O Lula nos deu meio bilhão, a fundo perdido, e uma empresa entrou com quinhentos milhões. Agora além dela receber a passagem de todo dia, ainda tneho que garantir mais passagem? Do final, só da minha parte (do cofres do Município), serão R$ 5 bi. Pô, que isso? - contestou Crivella.

De acordo com o portal Rio Transparente, o valor total do contrato do VLT é R$ 2,7 bilhões. Desse montante, a prefeitura tem um saldo a pagar de aproximadamente R$ 2 bilhões até 2025, quando termina a concessão. Em 2018, Crivella destinou R$ 70,3 milhões às obras na Avenida Marechal Floriano.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/linha-3-do-vlt-comeca-roda...

Há 6 anos expostos ao tempo, vagões do VLT se degradam; veja



Com uma manutenção anual orçada em cerca de R$ 4 milhões por ano e parados há seis anos, os 280 vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) apresentam problemas visíveis, que vão desde pintura descascada até vidro quebrado.
Os trens estão estacionados, desde 2012, em um espaço que deveria ser o Centro de Manutenção e Operações do modal, ao lado do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Para ter acesso a eles, é preciso percorrer uma estrada de chão localizada ao lado do terminal aeroportuário.
A reportagem do MidiaNews foi até o local nesta sexta-feira (28), durante uma vistoria feita por vereadores da Capital e de Várzea Grande à obra, e registrou que o meio de transporte apresenta problemas visíveis.
Vidro trincado, pinturas com falhas causadas pelo tempo, extintor de incêndio descarregado e dezenas de ferros enferrujados fazem parte da realidade atual do VLT. Além disso, desenhos feitos com os dedos nas janelas empoeiradas dos vagões dão a entender que a segurança do local pode estar comprometida.
O prédio, chamado pela assessoria do consórcio responsável pelo modal como "coração do VLT", também não foi concluído.
Apenas o "esqueleto" do prédio está de pé. De longe, as vigas de ferro que compõem a estrutura do Centro de Manutenção já foram tomada por ferrugens, algumas mais profundas que outras. Um dos espaços também está repleto de água parada.
O lodo, o matagal e os restos de construção civil ocupam boa parte do "coração do VLT". Os políticos que visitavam o local, inclusive, apelidaram-no de "cemitério".
Custo do abandono
O modal, que existe em cidades da Europa e México, foi "vendido" no Estado como uma promessa de modernização do transporte público da Grande Cuiabá par a Copa do Mundo. Após consumir mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, nunca chegou perto de ser concluído.
Um dos engenheiros da CAF Brasil Indústria e Comércio, multinacional que faz parte do Consórcio VLT, explicou que uma equipe realiza as manutenções nos vagões diariamente.
De acordo com ele, o fato de os veículos estarem expostos há anos sob sol e chuva não é um problema, já que foram construídos para suportar tais impactos.
Os vagões também precisam ser movimentados manualmente, já que as rodas não podem ficar totalmente paradas. Uma equipe de três profissionais participa dos trabalhos para manter os veículos "intactos", segundo ele.
Apesar das manutenções diárias citadas pelo engenheiro, os vagões apresentam problemas e sinais de invasão.
Por dentro são espaços modernos e exalam "cheiro de coisa nova".
Esperançoso com a possível retomada da obra, o engenheiro explicou que, quando o VLT estiver rodando pela cidade, os passageiros ainda poderão desfrutar de músicas do ritmo new wave. "Tudo que há de mais moderno", afirmou o profissional.
Consórcio VLT
A assessoria do Consórcio VLT, composto pelas empresas CR Almeida, Santa Bárbara, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda, informou, por meio de nota, que o modal é composto de equipamentos e materiais de "altíssima qualidade e durabilidade".
A equipe também afirmou que o meio de transporte é fabricado para resistir às mais adversas condições climáticas, "do mais intenso frio europeu ao mais intenso calor cuiabano". A vida útil do modal, de acordo com o consórcio, é de, pelo menos, 30 anos.
A manutenção tem sido custeada integralmente pelas empresas desde a paralisação das obras. A nota também ressalta que o ressarcimento não foi efetuado. 
Obras paradas
Inicialmente orçada em R$ 1,477 bilhão, as obras do VLT estão paradas desde 2012. O rompimento do contrato entre o Consórcio VLT e o Governo do Estado foi anunciado em dezembro de 2017. Entre os motivos, a realização da Operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal, em agosto daquele ano.
A operação investigou fraudes em procedimentos licitatórios, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais que teriam ocorrido durante a escolha do modal do VLT e a execução da obra na capital mato-grossense.
O valor para a retomada das obras também foi uma das discordâncias para a retomada da obra.
Leia a nota na íntegra:
"O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande reafirma seu pleno interesse em retomar e concluir as obras do VLT, modal de transporte público moderno, seguro, de qualidade para uso da população. Temos a convicção de que terminar o VLT é a melhor solução para Mato Grosso e para os usuários do transporte coletivo.
O VLT é vetor de desenvolvimento regional, para uma transformação urbana em Cuiabá e Várzea Grande.
Todas as cidades que têm VLT avançaram significativamente em urbanismo, aquecimento econômico e qualidade de vida.
Sempre estivemos à disposição do contratante, governo do Estado, e demais autoridades públicas para esclarecimentos sobre os benefícios do projeto, sobre nossa atuação e para a construção de um entendimento em prol do interesse público em colocar o VLT em operação.