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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Com 53 estações, laranjinhas do Bike Rio se multiplicam

O Globo 11/09/2015
RIO — O Centro do Rio está mais... laranjinha. As bicicletas do Bike Rio têm servido cada vez mais como meio de transporte na região, que já conta com 53 as estações. Agora, não é difícil encontrar alguém de terno e gravata pedalando pela Avenida Almirante Barroso, por exemplo.
— É uma aventura pedalar de camisa de manga comprida, calça e sapato social. Chego ao trabalho suado, mas bebo bastante água e, em pouco tempo, fico seco, graças ao ar-condicionado. É uma forma de não gastar dinheiro com passagem e me exercitar — afirmou o assistente financeiro Denis Lima, que, na manhã de quinta-feira, pegou uma laranjinha no Largo da Carioca para ir à Lapa.
O consultor Laion Azeredo é outro que adotou as laranjinhas para ir de sua casa, na Tijuca, ao Centro. Ele pedala oito quilômetros até o trabalho, na Avenida Presidente Wilson.
— Se eu pegasse um ônibus, levaria quase uma hora, devido ao trânsito. De bicicleta, chego em 45 minutos, e mais disposto — comparou Azeredo.
Já o engenheiro Eduardo Cavalcanti, que é funcionário da Petrobras, recorre ao Bike Rio para se locomover entre os prédios da empresa na região.
— Gasto cinco minutos. Andando, levaria 20 — disse.
O jornalista João Paulo Malerba, que mora no Bairro de Fátima, também costuma pegar bicicletas nas estações do Centro. Principalmente nos horários de rush, quando são mais disputadas. Hoje, ele tem a laranjinha como principal meio de transporte.
— Dou uma dica para quem está começando agora a usar o Bike Rio no Centro. Antes de retirar uma bicicleta, verifique os pneus e teste a correia e o freio, porque, às vezes, não estão bons — aconselhou Malerba.
Ausência do selim e travamento do passe sem liberação da bicicleta são outros problemas eventualmente enfrentados pelos usuários do sistema. Mas Angelo Leite, presidente da Serttel, empresa responsável pela operação e manutenção das laranjinhas, afirmou que os contratempos vêm diminuindo desde maio, quando foi implantado um sistema inteligente de avaliação do desempenho do Bike Rio.

— Se uma bicicleta não é utilizada por três dias, nosso software acusa essa situação e uma equipe é mobilizada para checar o equipamento. E, quando detectamos um defeito em alguma estação, conseguindo fazer os reparos necessários em até três horas — afirmou Leite

quarta-feira, 16 de julho de 2014

6 cidades brasileiras que implementam ciclorrotas como alternativa de mobilidade

 12/06/2014 09:06:49

EcoD Ciclovia no Rio de Janeiro

Elas representam, na opinião de muitos, os melhores trajetos para se trafegar em bicicleta. Costumam ser sinalizadas em caminhos e vias que já existem e costumam ser utilizadas por ciclistas mais experientes, que conhecem bem as ruas dos bairros. Do quê estamos falando? Das ciclorrotas.

A sinalização, geralmente vertical (placas) e horizontal (pintura de solo), atua tanto para indicar aos ciclistas quais as melhores ruas para se utilizar, quanto para torná-las ainda mais seguras, a fim de diminuir a velocidade dos automóveis e estimular o compartilhamento das vias.

O site Vá de Bike listou algumas cidades brasileiras que têm implementado ciclorrotas como alternativas de Mobilidade Urbana. São elas:

RIO DE JANEIRO
Na capital fluminense, o projeto Ciclorrotas-Centro começou a sair do papel em 2014 e em maio estava 10% implantado nas ruas do centro da cidade. O mapeamento, entregue como um "presente da sociedade civil" à prefeitura, foi idealizado e elaborado pela própria população durante 18 meses de pesquisas, com mão de obra totalmente voluntária e colaborativa.

Segundo Zé Lobo, diretor da Transporte Ativo, todo o processo durou cerca de 100 dias até começar a ser concretizado. Participaram dos levantamentos pessoas de diversas áreas e interesses, entre quem pedala, não pedala e os que gostariam de pedalar.

BELO HORIZONTE
Na capital mineira a necessidade de mapeamento das ciclorrotas surgiu junto com o anúncio de instalação das bicicletas públicas na cidade e foi solicitado pela BHTrans, órgão de trânsito de Belo Horizonte. "Estamos no começo do processo ainda. Nos dividimos em dois grupos, entre pessoas que pedalam e que gostariam de pedalar. Fizemos pesquisa de origem e destino e vamos começar a definir as tipologias de infraestrutura para cada via", explicou o diretor da organização não governamental BH em Ciclo, Guilherme Tampieri.

A metodologia utilizada é a mesma da Transporte Ativo.

O projeto está sendo realizado em parceria entre poder público, sociedade civil e o meio acadêmico, e conta com a participação de cerca de 50 pessoas.

ARACAJU
Em Aracaju, a Associação Ciclo Urbano começou a articular o mapeamento das ciclorrotas em abril desse ano. A meta, segundo o presidente da associação, Luciano Aranha, é contemplar a capital inteira e ampliar a malha cicloviária de 60km para 250km. A capital sergipana acabou de lançar seu sistema de bicicletas públicas, batizada de Caju Bike.

A associação está pedindo sugestões de ciclistas e não-ciclistas da cidade. Você pode contribuir aqui.

VITÓRIA
Em Vitória o processo teve início em janeiro desse ano e foi uma iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria dos Transportes e Obras Públicas (Setop). Segundo representantes do CUC (Movimento Ciclistas Urbanos Capixabas), o projeto faz parte do Programa Cicloviário Metropolitano e tem como meta contemplar a capital e região da Grande Vitória.

Estão participado das reuniões para traçar as ciclorrotas membros do CUC, da Federação Espírito Santense dos Ciclistas (Fesc), do Bike Anjo e das Mulheres de Bike. Em breve a capital capixaba também vai lançar seu sistema de bicicletas públicas compartilhadas.

CURITIBA
Desde setembro de 2013 a prefeitura de Curitiba vem trabalhando, em parceria com a CicloIguaçu e com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), na elaboração das ciclorrotas na cidade.

"Lançamos uma consulta pública na internet durante dois meses para que os ciclistas enviassem suas contribuições. Foram mais de 100 propostas diferentes", informou o coordenador geral da CicloIguaçu, Goura Nataraj.

As ciclorrotas de Curitiba devem começar a ser implantadas em julho de 2014, com previsão de entrega de 90km até 2016. Saiba mais.

SÃO PAULO
Foi lançada recentemente a segunda edição do mapa das ciclorrotas da capital paulista, dessa vez incluindo a região leste da cidade. Esse mapeamento tem servido de guia ao poder público para a implantação de ciclorrotas na capital - com sinalização específica e alterações no viário, como no caso das ciclorrotas do Brooklin e de Moema. Embora tenha dado apoio ao projeto de mapeamento, a prefeitura não tem obrigação de segui-lo à risca.

Para dar mais subsídios técnicos aos órgãos responsáveis pela implantação desse tipo de infraestrutura, a Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo) elaborou, no início de fevereiro, um relatório contendo diversas contribuições e sugestões técnicas às ciclorrotas.

O documento foi entregue à prefeitura que, até o momento, não se manifestou quanto às sugestões. Saiba mais.

Você sabia?
Muitas vezes, as ciclorrotas são implantadas em conjunto com as Zonas 30, ou ao menos associadas à redução do limite de velocidade nas ruas onde são sinalizadas. Em alguns casos, podem fazer parte de uma estrutura mais ampla, que inclua ciclovias ou ciclofaixas (também permanentes).

As vias sinalizadas indicam a presença e a preferência da bicicleta sobre os demais veículos, como rege o código de trânsito para todas as vias. Portanto, o principal objetivo de uma ciclorrota é legitimar o direito de circulação das bicicletas. A sinalização cumpre uma função educativa para com os motoristas, trazendo à luz a presença de bicicletas e estampando a necessidade de compartilhar a via.

(EcoD)