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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

SP conclui entrega da Linha Amarela do Metrô após 17 anos de obras; veja fotos da nova estação

 17/12/2021 Estadão Edição Impressa

 

Após 17 anos de obras, Estado conclui entrega da Linha Amarela do Metrô Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Estadão – Após 17 anos de obras, o governo estadual conclui a entrega da Linha 4-Amarela, com a inauguração nesta sexta-feira, 17, da Estação Vila Sônia. O trecho acrescenta 1,5 km à linha, que vai da Luz, no centro da capital, à nova estação, na zona oeste. O projeto, que chegou a ser prometido pela gestão Geraldo Alckmin para 2014, é concluído após percalços, como o acidente no canteiro de obras que abriu uma cratera em Pinheiros, em 2007, e o rompimento do contrato com o consórcio que iniciou as obras, em 2015. O Estado planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana.

A linha – a primeira do Metrô a ser operada pela iniciativa privada – tem 11 paradas e 12,8 km de extensão. Para especialistas, esse traçado foi importante para conectar regiões muito verticalizadas, com crescente demanda de mobilidade, e também para implementar o modelo de parceria com empresas.

O projeto inicial foi dividido em duas fases: a primeira com as Estações Luz, República, Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã. Em janeiro de 2007, houve um deslizamento em um canteiro da Estação Pinheiros, com sete mortes e 79 famílias desalojadas. A segunda etapa, iniciada em 2012, envolve as Estações Fradique Coutinho, Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Mas, em 2015, a obra foi paralisada pelo consórcio responsável e retomada só no ano seguinte, após rescisão contratual e nova licitação.

“Quando assumimos a gestão, todos os contratos estavam praticamente paralisados. Conseguimos acelerar os contratos e concluir todas as obras que precisavam ser feitas dentro desta linha”, afirmou ao Estadão o secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, da gestão João Doria (PSDB). A fase 2 teve orçamento de R$ 2,1 bilhões para erguer cinco estações, o que inclui ampliação de Butantã a Vila Sônia e complementação do pátio de manutenção, além da compra de sistemas elétricos e auxiliares.

Testes
Inicialmente, a estação ficará aberta de 10h às 13h em dias úteis, sábados e domingos, com cobrança de tarifa. A fase de testes vai até março, com ampliação gradual do horário. Com o funcionamento integral, a expectativa é de que a estação atenda até 86 mil pessoas por dia. E o total de passageiros na linha deve subir para 896 mil diários.

Conforme a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), foram usados 48.419 m³ de concreto e 980 m² de vidro na construção. O local terá duas plataformas laterais para embarque e desembarque, 20 escadas rolantes, 12 escadas fixas, 46 portas automáticas de plataforma, 4 elevadores e 4 banheiros. Um terminal de ônibus na parte superior também será aberto. O local receberá linhas da capital e intermunicipais. Procurada, a ViaQuatro, concessionária responsável disse que as informações sobre a nova estação são repassadas pela STM.

Ligação
O Estado ainda planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana

Galli defende o modelo de concessão. “Com as características urbanas que nossa região tem, é impossível pensar em transporte de qualidade, com a velocidade e tempo necessários para atender à população se não tiver a participação da gestão privada”, diz. Segundo ele, é discutida a expansão para a Grande São Paulo – hoje a rede é restrita à capital.

“Taboão (de 300 mil habitantes) está nos planos do Estado”, afirma. A ideia é que a condução da obra fique sob responsabilidade da concessionária que opera a linha.

Linha 6
Na quinta-feira, 16, começaram as escavações na Freguesia do Ó para a Linha 6-Laranja, que fará a ligação entre as Estações Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (zona sul) em um trecho de 15 km, com 15 estações distribuídas. Vai passar por diversos bairros onde estão algumas das principais universidades da capital, como a FGV, a PUC, o Mackenzie e a Faap. A previsão de entrega da primeira linha ferroviária totalmente construída pela iniciativa privada no País é para 2025.

Desafios
Cláudio Barbieri da Cunha, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) diz que obras metroviárias são bem-vindas em razão da agilidade. “É um sistema sempre de muito sucesso, pois proporciona alternativa de deslocamento muito mais rápida”, afirma ele, que cobra um ritmo maior de entrega. “É preciso buscar alternativas para que as obras não atrasem tanto.”

O avanço urbano em bairros mais afastados do centro também é apontado pelos especialistas como um fator que cria demanda de mobilidade. “A área da Vila Sônia é uma região verticalizada, que não tem mais para onde crescer. Precisa de transporte de massa para se deslocar”, diz Luiz Vicente de Mello Filho, doutor em Engenharia.

Para tornar o transporte público mais atrativo, especialistas também defendem melhorias em áreas próximas da estação, de modo a privilegiar pedestres e ciclistas. Com a necessidade de cortar emissões de gases de efeito estufa, há necessidade de reduzir o total de veículos nas ruas e oferecer alternativas menos poluentes e mais integradas. “O entorno também precisa ter vias e calçadas bem conservadas. As pessoas com mobilidade reduzida precisam chegar até a estação”, continua Mello Filho.

Linha do tempo
12/2004 – O então governador Geraldo Alckmin (PSDB) diz que a primeira fase da Linha 4, que consiste na construção das estações Butantã, Pinheiros, Faria Lima e Paulista, República e Luz, deve ficar pronta em 2008

01/2007 – Desmoronamento no canteiro de obras da Estação Pinheiros provoca a abertura de uma cratera de 80 metros de diâmetro. Sete pessoas morrem no acidente

05/2010 – As duas primeiras estações da Linha 4-Amarela, Paulista e Faria Lima, são abertas.

10/2011 – Após sucessivos atrasos, a primeira fase da Linha 4 começa a operar completamente, com seis estações (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz)

11/2014 – Inauguração da Estação Fradique Coutinho

07/2015 – O governo de SP rompe contrato com o consórcio responsável pela construção de estações que faltavam na Linha 4. Obras são retomadas no dia seguinte

2018 – Inauguração das Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi

Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,apos-17-anos-de-obras-estado-conclui-entrega-da-linha-amarela-do-metro,70003928601

 

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Prejuízo do Metrô com a Linha 4 pode ser de R$ 2,3 milhões por mês


Estação São Paulo-Morumbi, em construção, deve abrir no terceiro trimestre Foto: Werther Santana/Estadão

16/06/2018 - Estadão

SÃO PAULO - O atraso das obras de extensão da Linha 4-Amarela em São Paulo pode levar o governo paulista a pagar uma indenização de até R$ 70 milhões à concessionária ViaQuatro, responsável por operar o ramal que liga a região da Luz, no centro da capital, ao Butantã, na zona oeste.

Um acordo feito em 2014 definiu que a ampliação da Linha 4 até Vila Sônia, chamada fase 2, fosse concluída até março deste ano, sob pena de o Estado pagar uma compensação mensal de R$ 2,3 milhões à concessionária. O prazo não foi cumprido. A meta agora é terminar no fim de 2020.

Agora, a ViaQuatro e a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos negociam o pagamento da indenização, acertada em um dos aditivos do contrato da parceria público-privada (PPP) que concedeu a linha à empresa, controlada pelo Grupo CCR. Pelo acordo, assinado no governo Geraldo Alckmin (PSDB), a concessionária poderá requerer a compensação a partir de julho deste ano.

A indenização seria uma forma de ressarcir a ViaQuatro. O entendimento foi de que, com menos estações, a linha teria uma demanda de passageiros menor, e a concessionária, que recebe por passageiro transportado, faturaria menos.

Parte das paradas da fase 2 da Linha 4 já foi aberta: Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire (parcialmente) e Fradique Coutinho. Faltam ainda a São Paulo-Morumbi, prevista agora para o terceiro trimestre deste ano, e a Vila Sônia, programada para o quarto trimestre de 2020. Além disso, há obras complementares no pátio de manobras, na Vila Sônia, que só devem terminar no ano que vem.

O possível pagamento dessa indenização é tido como um risco fiscal ao Estado e foi detalhado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em discussão na Assembleia Legislativa.

A segunda fase das obras da Linha 4-Amarela foi licitada em 2011, quando as primeiras seis paradas do ramal, entre Butantã e Luz, já estavam em operação. A licitação havia sido vencida por um consórcio liderado pelas empreiteiras Isolux-Corsán-Corviam, da Espanha, mas em junho de 2015 o Estado rompeu os contratos, após atrasos nas obras, que chegaram a ser paralisadas. Esse é o principal motivo da demora na conclusão do ramal. Na época, o governo aplicou uma multa de R$ 23 milhões ao consórcio e acionou as empresas judicialmente.

Os trabalhos tiveram de ser licitados novamente, e contratos foram assinados em julho de 2016 com um consórcio formado pelas empresas Tiisa e Comsa. No fim, a segunda fase acabou tendo um orçamento de R$ 1,1 bilhão, ou 55% a mais do que o orçamento inicial, que era de pouco mais de R$ 500 milhões, em valores de 2011.

Atrasos

 Os atrasos na primeira fase da obra também resultaram em uma ação da ViaQuatro contra o governo. A empresa da CCR procurou a Justiça para cobrar uma dívida de R$ 428 milhões, também calculada com base em indenizações por não abrir as estações no prazo. Na PPP, o Estado ficou responsável pelas obras civis e desapropriações. À concessionária, coube comprar os trens e instalar todos os sistemas, incluindo o sistema de controle de trens sem maquinistas.

Negociações. A ViaQuatro informou, por nota, que, “alinhada ao seu compromisso com a prestação de um serviço de qualidade e excelência”, as “questões relacionadas a reequilíbrio econômico e compensação financeira do contrato de concessão da Linha 4-Amarela já estão sendo encaminhadas para solução junto ao poder concedente (o governo do Estado)”.

A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, confirma a negociação. Em nota, afirma que “está em tratativas com a concessionária ViaQuatro para avaliar os impactos das alterações de cronograma na fase 2 da construção da Linha 4-Amarela para posteriormente adotar as medidas necessárias a fim de resguardar os interesses tanto da empresa como do poder público”.

“Cabe ressaltar que todas as questões relativas aos contratos de concessão são submetidas a manifestações da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Comissão de Acompanhamento dos Contratos de Parcerias Público-Privadas (CAC-PPP) e do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas (CGPPP)”, informa em nota o governo. O Estado também frisou que tem “envidado todos os esforços para concluir as obras da fase 2 da Linha 4-Amarela no menor prazo possível”.

Para lembrar

Além das obras em execução na Linha 4-Amarela, o Metrô promete entregar oito estações ainda neste ano. Na Linha 5-Lilás, que faz a conexão com o extremo sul da cidade, devem ser abertas até o fim de 2018 as Estações AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz, Chácara Klabin e, por último, a Campo Belo.

Já na Linha 15-Prata, o monotrilho da zona leste, a promessa é concluir a linha até o terminal de ônibus de São Mateus, concluindo as paradas Sapopemba, Fazenda da Juta e a própria São Mateus. O Metrô também tem obras da Linha 17-Ouro, o monotrilho da zona sul, que estavam previstas para o ano que vem. Anteontem, entretanto, uma decisão da Justiça suspendeu os trabalhos, por causa de uma disputa entre a empresa e as empreiteiras da obra.


- Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,prejuizo-do-metro-com-a-linha-4-pode-ser-de-r-2-3-mimes,70002352290


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ViaQuatro apresenta solução para vão entre o trem e a plataforma


17/08/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         
Dispositivo feito de material totalmente reciclável, reduz em 50% o espaço entre o trem e a plataforma

Para garantir ainda mais segurança aos seus passageiros, a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô, instalou um dispositivo que reduzir pela metade o vão que separa os trens e a plataforma em todas as suas estações.

Além de proporcionar mais conforto, segurança ao facilitar o embarque e desembarque dos passageiros, a implantação visa diminuir o número de objetos na via e colaborar com o meio ambiente.

Desenvolvido pela ViaQuatro, este é o primeiro dispositivo a utilizar material totalmente reciclável, de alta resistência e com pintura de proteção que atende as normas do Corpo de Bombeiros de São Paulo (Norma IT.10). Ao todo, 2.200 peças foram instaladas nas sete estações da Linha 4-Amarela, que transporta atualmente cerca de 700 mil usuários por dia útil.


Toda a ação segue em conformidade com os valores da concessionária de manter o respeito pelo indivíduo, pela vida e pela natureza.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

CCR faz acordo para adquirir fatia de 15% da Odebrecht na ViaQuatro


09/05/2017 - Valor Econômico

O grupo de concessões CCR anunciou nesta quinta-feira (9) que assinou contrato para adquirir a totalidade da participação da Odebrecht Transport Participações (OTTP) — o correspondente a 15% — na ViaQuatro, pelo valor de R$ 171,1 milhões.

A OTTP é antiga acionista da ViaQuatro, em decorrência de sua cisão e incorporação das partes cindidas por seus então acionistas OTTP e RuasInvest Participações.

O contrato prevê ainda que a consumação da aquisição e o pagamento do preço estão sujeitos ao cumprimento de certas condições suspensivas.

A ViaQuatro é a concessionária responsável pela exploração dos serviços de transporte de passageiros da Linha 4 — Amarela do Metrô de São Paulo e tem como acionistas a CCR, que atualmente detém 60% das ações representativas do seu capital social. A OTPP detém 15%, a Ruas Invest Participações, 15% e a Mitsui & Co, 10%.

A CCR também informou hoje que alterou o preço de aquisição da totalidade da participação da Odebrecht Rodovias (ODBR) na ViaRio — o correspondente a 33,33% — para R$ 61,5 milhões. O preço anterior era de R$ 107,7 milhões.

O adititivo de contrato que altera o preço também prevê o cumprimento de certas condições suspensivas para a aquisição.

A ViaRio é a concessionária responsável, pelo prazo de 35 anos, pelos serviços de implantação, operação, manutenção, monitoramento, conservação e realização de melhorias da Ligação Transolímpica, via expressa com 13 km, ligando o bairro de Deodoro à Barra da Tijuca, na Cidade do Rio de Janeiro.

Nota:
A Linha 4-Amarela do metrô iniciou sua operação em maio de 2010, com a inauguração das estações Paulista e Faria Lima pelo Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a ViaQuatro. A primeira fase da linha, já concluída, com seis estações em operação: Butantã, Pinheiros, Faria Lima e Paulista, República e Luz.

Na segunda fase do projeto, estão previstas mais cinco estações: Fradique Coutinho ( inaugurada em novembro de 2014), Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.


Quando estiver totalmente pronta, a Linha terá 12,8 quilômetros de extensão em operação e 11 estações, ligando a região Luz, no centro de São Paulo, ao bairro de Vila Sônia, na zona sudoeste.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

MP investiga fraude na Linha 4 do Metrô paulista e desvio de pelo menos R$ 47 mi


10/02/2017 - Estadão

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga um esquema de fraude e superfaturamento em dois trechos das obras da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo que teria desviado ao menos R$ 47,8 milhões. Os promotores identificaram pagamentos milionários feitos pela estatal paulista ao consórcio espanhol Corsan Corviam durante meses em que a construção ficou completamente paralisada, entre 2014 e 2015.

O contrato foi rescindido unilateralmente pelo Metrô em setembro de 2015, por causa dos sucessivos atrasos na obra. Um novo negócio foi fechado para concluir a extensão da Linha 4 com mais quatro estações até a Vila Sônia, zona sul, elevando o custo do empreendimento em 55% e prorrogando o prazo de entrega para 2019, cinco anos depois do prometido. O Metrô afirma que todos os pagamentos “foram liberados somente mediante confirmação dos serviços realizados” e o consórcio nega as irregularidades.

A investigação, contudo, reúne uma série de documentos sobre as fraudes, como comprovantes de pagamentos feitos pelo Metrô por serviços não prestados, papéis que indicam sonegação de impostos, provas de saques em dinheiro na boca do caixa, além de e-mails trocados entre os gerentes da estatal e do consórcio que indicam o superfaturamento nas medições da evolução física da obra. Parte da documentação foi obtida a partir de uma denúncia anônima, que também motivou a abertura do inquérito.

Um relatório produzido pelos promotores Cassio Conserino e Fernando Henrique de Moraes Araújo, responsáveis pela investigação, lista 29 irregularidades e 50 funcionários do Metrô e da Corsan Corviam que devem ser investigados. Para os promotores, houve crime de fraude em licitação, peculato (corrupção praticada por funcionário público), corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsificação de documentos, apropriação indébita previdenciária, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Fraudes. Em um dos casos, a investigação aponta que as obras do trecho 2 da Linha 4 (Estação Vila Sônia e extensão) pararam totalmente a partir de novembro de 2014, mas já não tinham nenhuma evolução física desde agosto daquele ano. Mesmo com o canteiro completamente paralisado, foram repassados pelo Metrô ao consórcio R$ 12,6 milhões, segundo os promotores. O contrato com a Corsan Corviam foi assinado em 2012. De acordo com o MPE, desde novembro de 2013 o trecho 2 “andou” apenas 3%, mas o Metrô desembolsou R$ 55,3 milhões, valor que correspondia a 14,3% do custo total.

Já na Estação São Paulo-Morumbi, as obras pararam em março de 2014, mas continuaram recebendo repasses por mais de um ano, ainda segundo o relatório da Promotoria. “Foram feitas 16 medições após a interrupção. Constatamos pelo menos 11 repasses que totalizaram R$ 8,5 milhões. No mês de março de 2015, houve um pagamento de mais de R$ 1,4 milhão para obras no trecho - parado há mais de um ano.”

Outra irregularidade foi constatada na Estação Oscar Freire, nos Jardins. Um relatório de maio de 2015 diz que as obras estavam praticamente paradas, sem nenhum avanço físico. O Metrô, porém, executou sete pagamentos que totalizaram R$ 377,6 mil após a interrupção dos trabalhos. No terminal e no pátio de manobra da Vila Sônia, o relatório diz que, apesar de “ausência de atividades e baixa mobilização de mão de obra”, foram repassados R$ 338 mil e depois R$ 743 mil com base em medições fraudadas.

Aparelhos. Outro fato que chamou a atenção dos investigadores foi que, um mês antes do cancelamento do contrato com o consórcio, o Metrô autorizou a compra de dez aparelhos de mudança de vias, enquanto o contrato previa a aquisição de apenas um equipamento desse tipo. Foram gastos quase R$ 5,9 milhões, embora o previsto era pagar apenas R$ 509 mil por uma unidade.

“O fato, além de ser suspeito, se constituiu no segundo maior pagamento feito em três anos de obra nesse trecho”, afirmam os promotores no relatório que foi encaminhado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para avaliar se a competência da investigação é estadual ou federal, uma vez que a obra recebeu financiamento de instituições internacionais, como o Banco Mundial, e a empresa investigada é uma multinacional com sede na Espanha.

Segundo Conserino, há indícios claros de desvio de recursos públicos. “Seria o mesmo que fazer um orçamento com um pintor, ele cobrar R$ 1 mil e você pagar R$ 4 mil. Só que no caso do Metrô isso foi feito com dinheiro público.” Banco Mundial auditou contratos, diz companhia.

O Metrô de São Paulo afirmou, em nota, que não teve acesso ao inquérito criminal aberto pelo Ministério Público Estadual, mas destacou que as duas licitações vencidas pelo consórcio Corsan Corivam, em 2012, para as obras da fase 2 da Linha 4-Amarela “seguiram as severas regras de compliance do Banco Mundial”, órgão internacional que financiou parte da construção e possui regras próprias para as contratações.

Segundo a estatal, o Banco Mundial audita e aprova todo o processo de licitação e execução contratual, o que é condição para liberação do financiamento. Nesses casos, afirma, não se segue integralmente a lei federal de licitações (8.666/93). “Todos os pagamentos efetuados à Corsan Corviam foram liberados somente mediante confirmação dos serviços realizados, em valores firmados pelos contratos e em conformidade com as Normas de Medição - documento público, anexo ao contrato”, afirma a companhia.

O Metrô alega ainda que “mesmo nos casos de redução do ritmo das obras e até paralisação está previsto em contrato a responsabilidade da contratada de manutenção e segurança patrimonial dos canteiros de obras e principalmente das atividades imprescindíveis para a segurança física das escavações e estruturas paralisadas”.

A companhia ressalta que o contrato com o consórcio espanhol foi rescindido unilateralmente em setembro de 2015 por “abandono da obra, não atendimento das normas de qualidade, segurança do trabalho e meio ambiente e ausência de pagamento das subcontratadas”. Foram aplicadas multas de R$ 23,4 milhões à Corsan Corviam, que perdeu uma ação na Justiça para tentar suspender a sanção.

Sobre a denúncia de que teria comprado nove aparelhos de mudança de via a mais do que o único equipamento citado no contrato, o Metrô diz que dez aparelhos já estavam contratualmente previstos e serão instalados no Pátio Vila Sonia. Os pagamentos, acrescenta, são feitos em duas etapas: no recebimento e na instalação dos itens.

Quanto à suspeita de envolvimento de funcionários na fraude investigada, o Metrô afirma que “tem padrões rígidos e regras de conduta e não aceita nem compactua com qualquer tipo de irregularidade e colaborará com as investigações”. A estatal informou ter recebido da Promotoria pedido de cópia dos processos de licitação e de execução contratual no último dia 30 e enviará todas as informações solicitadas no prazo. “Diante de eventual abertura de processo judicial, a empresa tomará as medidas administrativas cabíveis”, conclui.

Consórcio. Já a empresa Corsan Corviam afirmou, em nota, ter ficado “surpresa” com a investigação e diz que nunca foi procurada nem intimada para prestar esclarecimentos sobre o caso. Ela informou ainda que “está segura que não cometeu nenhuma irregularidade durante o período em que permaneceu como responsável pelas obras”.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

CCR firma novo aditivo ao acordo da linha 4 do metrô de SP


01/02/2017Notícias do Setor ANPTrilhos         

A CCR firmou o terceiro termo aditivo ao acordo de acionistas da concessionária da Linha 4 do metrô de São Paulo (ViaQuatro), entre os acionistas originais, CCR e Mitsui, e com os novos acionistas, OTPP e RuasInvest.

A mudança ocorre pela cisão da Montgomery Participações e incorporação das partes pelos acionistas Odebrecht Transport Participações (OTPP) e RuasInvest.

Segundo o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os novos acionistas manterão, mediante acordo de voto específico, os direitos anteriormente detidos pela Montgomery, sendo mantida também a interveniência-anuência da ViaQuatro.


01/02/2017 – Exame

terça-feira, 1 de novembro de 2016

SP repassa R$ 135 mi ao Metrô para cobrir dívida


31/10/2016 - Estadão
Um ano após firmar acordo com a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), no qual reconheceu a responsabilidade de cobrir o déficit tarifário criado na operação da Linha 4-Amarela, administrada pelo setor privado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu pagar R$ 135,9 milhões à estatal paulista para quitar a dívida surgida ao longo de 2015.

Em decreto publicado nesta sexta-feira, 28, no Diário Oficial, Alckmin retirou parte dos recursos previstos para modernização de linhas e trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para recompor o caixa da estatal. Segundo o governo, esses R$ 135,9 milhões estavam congelados no orçamento e poderão ser usados pelo Metrô em obras de expansão da rede, como na Linha 5-Lilás, prevista para 2017.
“Isso é o cumprimento daquele acordo que firmamos com o governo do Estado no ano passado para recompor a diferença que existe entre a tarifa de remuneração da Linha 4 e a tarifa pública”, disse José Carlos Nascimento, diretor de Finanças do Metrô, sobre o acerto feito com o governo paulista no dia 30 de outubro de 2015. “Esse valor pago através de decreto quita integralmente o valor apurado em 2015”, completa.
Pelo acordo, ficou acertado que a partir do ano passado o Estado cobriria o déficit gerado na Linha 4, operada por meio de uma parceria público-privada (PPP), mas que a dívida acumulada desde 2011, quando a linha que hoje vai da Luz ao Butantã começou a operar, seria absorvida pela estatal, resultando em um calote de R$ 332,7 milhões.
Compensação. O déficit corresponde à diferença entre a tarifa de remuneração prevista no contrato de PPP assinado com a concessionária ViaQuatro, que opera a Linha Amarela, e a tarifa pública, de R$ 3,80. Como os reajustes contratuais são anuais, a tarifa recebida pela concessionária é ligeiramente maior. O Metrô não informou os valores. Além disso, somente 35% dos usuários pagam a tarifa cheia, enquanto 65% pagam valores diferentes por causa de benefícios como meia-entrada a estudantes e descontos nas integrações entre as linhas, quando o passageiro utiliza mais de uma linha da rede, mas paga apenas uma tarifa.
O dinheiro para recompor essa estrutura tarifária é depositado pelo governo em uma conta única, chamada Câmara de Compensação, na qual a concessionária ViaQuatro tem “prioridade” no saque dos recursos. Se o saldo na câmara é insuficiente para cobrir todo o déficit tarifário, é o Metrô, e não a concessionária, que fica sem receber.
“O descompasso no reajuste das tarifas públicas e da tarifa de remuneração, o pagamento da tarifa de remuneração inclusive dos passageiros gratuitos e a integração livre entre as linhas do Metrô e da CPTM com a Linha 4-Amarela, somados à prioridade de recebimento da receita tarifária pela Concessionária Privada, geram impacto financeiro para as empresas públicas do sistema metroferroviário”, informou o Metrô no seu balanço de 2013.
Segundo Nascimento, o acordo feito há um ano era o instrumento que faltava para permitir que o governo fizesse os repasses para cobrir o déficit. “A concessionária tem, por contrato, preferência para receber. Quando o Metrô comparece na Câmara de Compensação, encontra uma situação em que não há recurso suficiente para a companhia. Faltava documento, um instrumento contratual, para que o Metrô pudesse receber esse recurso”, explicou.

Interesse. Segundo o Metrô, o calote ou o atraso na restituição dos recursos não causa prejuízo ao usuário nem à qualidade dos serviços. O acordo de 2015 prevê que o governo pode repassar o valor à companhia, “a seu critério” ou “em caso de problemas na sustentabilidade econômico-financeira da companhia”. O Metrô afirma ainda que “o governo, como principal acionista, tem todo interesse que o Metrô prossiga obtendo resultados positivos em sua operação” e só neste ano deve repassar mais de R$ 3 bilhões à empresa para as obras de expansão de suas linhas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Concessão de metrô não chegou a modelo ideal, diz chefe da linha 4



Dez anos após a assinatura do primeiro contrato de PPP (parceria público-privada) do metrô de São Paulo, o presidente da ViaQuatro, Harald Peter Zwetkoff, 59, responsável pela linha 4-amarela, avalia que o modelo ideal de concessão do transporte sobre trilhos ainda não foi achado.

A participação de empresas era citada no Estado como aposta para expandir a rede com mais rapidez. Mas a linha 4 é a única em funcionamento até hoje com gestão privada –o contrato foi firmado em novembro de 2006. A gestão Alckmin planeja conceder 60% da rede sobre trilhos nos próximos anos.
A primeira PPP plena –a mesma empresa constrói e opera o metrô no futuro– foi feita com a linha 6-laranja (Brasilândia-São Joaquim), mas, sem financiamento, a construção acabou interrompida no mês passado pelo consórcio Move São Paulo.
O presidente da ViaQuatro (que tem a CCR como maior acionista) diz que “transporte público no mundo todo exige uma contrapartida grande do Estado” e vê dificuldade financeira para a “sustentabilidade” do sistema, já que a tendência é haver diferentes concessionárias, com linhas integradas, e uma só tarifa paga pelos passageiros.
“É um problema a ser resolvido, que vai mostrar mais claramente o deficit do sistema de transporte. Não tem jeito, vai ter que colocar dinheiro no Metrô e na CPTM”, diz ele, defensor de uma agência para regular isso.
*
Folha – As concessões eram a grande aposta há dez anos para acelerar as obras de metrô. Mas até agora a linha 4 é a única em funcionamento em SP, e ainda assim incompleta, com investimentos a passos lentos. O que deu errado?
Harald Peter Zwetkoff – O processo é de aprendizagem para todo mundo, tanto para o governo do Estado quanto para a iniciativa privada. Apesar de a linha 4 ser a única operadora em atividade, existem outras linhas contratadas ou em andamento, como a 6 [laranja, Brasilândia-São Joaquim], a 18 [bronze, Tamanduateí-ABC] e a 5 [lilás, Capão Redondo-Chácara Klabin].
Houve uma evolução dos modelos de concessão nesse período. O da linha 6 já é bastante diferente, na chamada PPP integral [a iniciativa privada cuida tanto da construção da infraestrutura quanto da operação, diferentemente da linha 4, que teve contratos separados para essas tarefas]. Isso mostra que o modelo tem evoluído.
Mas mesmo na linha 6 não deu certo, porque aí foi a iniciativa privada que não cumpriu sua parte e está atrasando…
O que mostra que a gente não chegou ainda ao modelo ideal. [O metrô] é uma concessão diferente de outras que se sustentam somente pela receita dos serviços.
Transporte público no mundo todo exige uma contrapartida grande do Estado, que ele vai recuperar via benefício econômico, redução de congestionamento, aumento de produtividade, melhoria da saúde. Ele recupera isso, mas exige, sim, uma contrapartida do Estado.
E qual seria o modelo ideal?
Por um lado, temos um legado operacional muito bom, conseguimos provar que a iniciativa privada é capaz de operar em níveis de excelência, algo de que em 2006 o próprio Metrô, reconhecido por sua competência técnica, desconfiava. Sob o aspecto de inovação, temos acessibilidade, entre outras coisas [a linha 4 estreou o trem automatizado, sem condutor].
Essa etapa vencemos. Há outras por vencer. Uma é a busca pelo modelo ideal de concessão. O investimento em infraestrutura sempre terá interessados, apesar de problemas de percurso. O maior desafio é o segundo, a sustentabilidade.
Hoje, há uma tarifa de R$ 3,80 do Metrô, que atende a ViaQuatro, o Metrô e a CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos]. Amanhã tem mais um operador da linha 6, depois de amanhã mais um da linha 5, aí outro na linha 17, e essa tarifa tem de ser redistribuída de forma justa para todos os players.
Nesse cenário, começa a fazer falta a figura de uma autoridade metropolitana ou de uma agência de regulação que cuide não só da divisão da tarifa, mas de capturar valores perdidos na cadeia.
Até que essa autoridade exista, fica um problema de distribuição da tarifa entre os diversos concessionários. Não pode faltar dinheiro?
A obrigação de me pagar é do Estado. O Estado convencionou que vai me pagar via tarifa do sistema de arrecadação. Se não tiver dinheiro nessa conta, ele tem que me pagar de outra forma. Não faz sentido dizer “essa fonte secou, você não vai ter esse dinheiro”. Essa forma de pagar a concessionária tem que ser clara e transparente.
É um problema a ser resolvido, que vai mostrar mais claramente qual o deficit do sistema de transporte, mas não pode de forma alguma penalizar as próximas concessionárias. Não tem jeito, vai ter que colocar dinheiro no Metrô e na CPTM.
A ViaQuatro tem entre seus acionistas empresas ligadas à Odebrecht, à Andrade Gutierrez e à Camargo Correa, todas investigadas pela Operação Lava Jato. O que isso afeta?
Em absolutamente nada. Eu não contrato obras, quem faz isso é o governo do Estado. Meu contrato é de operação e manutenção.
Na operação, o que mais agrada o passageiro e o que ele mais odeia na linha 4?
O que ele mais preza é o conforto, a rapidez e a regularidade. O pior item é a tarifa, pela crise que as pessoas estão passando, mas é um problema geral. Temos avaliação positiva de 93,9%.
Uma queixa histórica da linha 4 é a integração entre as estações Paulista e Consolação [onde usuários ficam espremidos]. Ali o problema continua.
O problema continua, e a gente espera uma solução. Ali falta um outro túnel. Nós temos apoiado o poder concedente, e a solução é fazer um túnel adicional, criando mão e contramão.
Não se bateu o martelo ainda. É uma operação muito mais complexa do que custosa. Uma vez decidido o que fazer, em dois anos pode-se concluir a obra.
Foto: Diego Padgurschi/Folhapress

14/10/2016 – Folha de S.Paulo

sexta-feira, 4 de março de 2016

ViaQuatro recebe novo trem para Linha 4 Amarela

A ViaQuatro recebe nestes dias o primeiro trem do segundo lote de 15 composições adquirido pela empresa. Imagens de um comboio que transportava parte da nova composição na cidade de São Paulo circula nas redes sociais. A empresa já havia divulgado a compra de 15 trens da empresa Hyundai Rotem.
Em 2013 o presidente da ViaQuatro, Luís Valença, afirmou que as novas composições fazem parte do contrato inicial firmado com o consórcio. Os trens serão dos mesmos modelos dos atuais, com seis carros cada, e serão usados para a operação das novas estações, previstas para inaugurarem até 2018.
Adiamento da licitação
O metrô de São Paulo recentemente divulgou nota que aponta que por orientação do BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), o prazo para a abertura das propostas para a conclusão da segunda fase da Linha foi estendido em 30 dias. O prazo inicial era para este mês de fevereiro.

18/02/2016 – Via Trolebus

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Governo de SP rescinde contrato de consórcio responsável por obras do metrô

Por O Globo | Agência O Globo – 4 horas atrás

SÃO PAULO. O governo de São Paulo rescindiu o contrato com o consórcio Isoluz Córsan-Corviam, responsável por obras da Linha 4-Amarela do Metrô. A decisão da Secretaria de Transportes Metropolitano decorreu de atrasos na obra e violações contratuais por parte do consórcio, que poderá ser multado em até R$ 23 milhões. O consórcio tem dois contratos, um para obras das estações Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, Pátio e Terminal Vila Sônia. Outro para as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. A TV Globo antecipou a informação sobre a rescisão do contrato.


O governador Geraldo Alckmin já havia admitido a possibilidade de rescindir o contrato no início deste ano, em função dos atrasos para entrega das estações.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Governo de SP dá prazo para retomada de obra da linha 4 do metrô

19/02/201507h52
  • Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) deu prazo até o fim do mês para que o consórcio Isolux-Corsán-Corviam retome as obras da linha 4-amarela do metrô de São Paulo. A construção do ramal está parcialmente parada ao menos desde novembro de 2014, como mostrou o jornal "O Estado de S. Paulo".

Se as obras não voltarem ao ritmo normal, os contratos de quase R$ 560 milhões do empreendimento poderão ser rescindidos. O Metrô informou que já multou a empreiteira, que nega ter sido autuada.

O imbróglio entre o governo e o consórcio se arrasta há meses e pode atrasar a entrega das futuras estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie. As duas últimas são as únicas que o Metrô vinha prometendo entregar neste ano.

Todas elas estão atrasadas em relação ao cronograma original das obras da linha 4, que previa a sua abertura completa, com 11 estações, em 2009 (a construção se iniciou em 2004). Até hoje, sete paradas foram inauguradas, a última delas em outubro.

De um lado, o Metrô põe a culpa no consórcio, que não estaria conseguindo honrar o cronograma estipulado nos contratos dos dois lotes em que se divide a chamada segunda fase da construção da linha 4-amarela. Do outro, o consórcio Isolux-Corsán-Corviam diz que o Metrô é o responsável pelo atraso, por uma suposta demora na entrega dos projetos executivos.

Até que o impasse seja resolvido, os canteiros das futuras estações permanecem praticamente vazios. Apenas alguns funcionários da Isolux comparecem aos locais das obras, para bater o ponto.

No espaço onde ficará a entrada principal da estação Oscar Freire, um guindaste está parado. No quarteirão vizinho, a escavações iniciadas para o acesso secundário da parada viraram um estacionamento improvisado para alguns carros.

O Metrô informou, por meio de nota, que acionou o consórcio por causa da redução do número de funcionários e do ritmo das obras. O Metrô divulgou ainda que o consórcio "já recebeu do Metrô todos os projetos executivos necessários para o prosseguimento das obras".

Mas o Isolux-Corsán-Corviam sustentou, também por meio de nota, que "atrasos na entrega e definição dos projetos executivos, por parte do Metrô", levaram a um "desequilíbrio econômico-financeiro das obras da linha 4", o que fez o consórcio adotar "grandes esforços para reajustar seu fluxo de pagamentos". As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Linha 4-Amarela completa dois anos de operação plena

16/10/2013
A Linha 4-Amarela, que liga os bairros da Luz ao Butatã, completa neste dia 16 de outubro dois anos de operação comercial plena. Segundo a ViaQuatro, consórcio operador, a linha já transportou nesses dois anos de existência 347 milhões de pessoas em seus 14 trens, uma média de média de 650 mil passageiros transportados por dia útil.

Os trens da linha realizaram mais de 450 mil viagens no trecho entre as estações Luz e Butantã, equivalente a uma distância de 4,5 milhões de quilômetros percorridos nos atuais 9,5 km de trilhos. “Transportamos pouco menos de dois Brasis na nossa Linha. O número mostra que temos demanda reprimida e que podemos transportar muito mais com um sistema integrado” afirma Luis Valença, presidente da ViaQuatro, concessionária responsável pela manutenção e operação da Linha 4-Amarela.

Quando as cinco novas estações (Fradique Coutinho, Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia) da Fase II estiverem prontas, a Linha 4-Amarela terá 12,8 quilômetros de extensão e 11 estações, ligando a região da Luz, no centro da cidade, ao bairro de Vila Sônia, na zona oeste. A expectativa é que transporte, com as 11 estações, cerca de um milhão de passageiros diariamente, serão 29 trens em operação para atender à essa demanda


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Novos 15 trens da Linha 4 de SP serão coreanos

17/09/2013

Os 15 novos trens que a ViaQuatro para a Linha 4-Amarela de São Paulo serão fabricados pelo consórcio Siemens/Hyundai-Rotem, na Coreia do Sul.  O consórcio é o mesmo que fabricou os 14 trens em operação na linha, que é a primeira com sistema driverless (sem condutor) da América Latina.

Segundo o presidente da ViaQuatro, Luís Valença,  os trens estão adquiridos e a opção de compra dos novos trens faz parte contrato inicial firmado com o consórcio. Os trens serão os mesmos modelos dos atuais, com seis carros cada.

Em relação aos prazos de entrega, Valença não informou datas e disse que os trens serão entregues em função da conclusão das novas estações da Linha 4, previstas para 2014. “Não faz sentido ter trem para ficar parado e nem trem faltando para a operação das novas estações”, explicou Valença ao dizer que os atuais trens atendem a demanda.

Em agosto, a Companhia de Participações em Concessões (CPC), empresa para concessões do Grupo CCR, do qual a ViaQuatro faz parte, venceu a licitação da PPP para construção, manutenção, compra de material rodante e operação do metrô de Salvador.

A construção do metrô baiano iniciou em 2000 e somente seis quilômetros entre a Lapa e o
Acesso Norte foram construídos, mas nunca operados. Seis trens foram comprados do consórcio Mitsui/Hyndai-Rotem e aguardam seu destino na estação Acesso Norte. Os trens passarão por inspeção, que será definida pelo vencedor da licitação.

O fabricante dos trens do metrô baiano é o mesmo dos trens da Linha 4-Amarela de São Paulo. Valença explica que o contrato de Salvador exige índice de nacionalização e a chance dos trens serem comprados no formato da Linha 4, que são trens 100% importados, são mínimas. Mas com a parceria entre a Iesa e Hyndai-Rotem para montar a fabrica na área da Iesa, em Araraquara, existe a possibilidade de o grupo CCR adquirir os 49 novos trens para a capital baiana da fabricante coreana.

“Vai ganhar quem apresentar o melhor negócio. Apesar dele (fabricante Hyndai-Rotem) ter uma vantagem, ele precisa saber aproveitar a vantagem. Ele nos conhece e sabe que quanto mais uniforme a frota, melhor para todo mundo. As companhias áreas fazem isso. A Tam era notadamente Airbus, a Gol Boing. Evidentemente, essa vantagem o fornecedor tem que aproveitar e ser mais competitivo. Se não for mais competitivo, essa vantagem desaparece”, explicou Valença, ressaltando que a escolha do fabricante dos trens para Salvador não esta definida.