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terça-feira, 24 de julho de 2018

Obra de expansão do bonde de Santa Teresa será retomada pelo estado



05/07/2018 - O Globo

RIO — As obras de expansão do bondinho de Santa Teresa, paradas há pelo menos dois anos, por causa da crise financeira do estado, finalmente devem sair do papel. O governo anunciou que retomará a ampliação do sistema até o fim do mês. O novo trajeto de 3 km, entre a Praça Odylo Costa Neto, no Largo dos Guimarães, e o Largo do França, deverá ficar pronto em 120 dias. A informação foi divulgada na última quarta-feira (4), no blog do colunista Ancelmo Gois.

Os reparos num dos símbolos do bairro começaram em 2013, dois anos após o acidente que deixou seis pessoas mortas. O trecho percorrido atualmente pelo bonde é de apenas 4 km — entre o Largo da Carioca, no Centro, e a Praça Odylo Costa Neto, no Largo dos Guimarães — e deixa muitos moradores desamparados:

— Desde o acidente, o Largo das Neves está abandonado, porque era o bondinho que levava os turistas até lá. Havia muitas atrações culturais. Hoje, ainda existe um evento ou outro, mas o largo não enche mais como antes — lamentou Eduardo Anunciação, que mora há 32 anos em Santa Teresa. — Pena que essa fase de ampliação não contempla todo o bairro, mas já ficamos animados em saber que o bondinho está voltando, mesmo que lentamente.

PROBLEMAS MARCAM A VOLTA DO TRANSPORTE

O Consórcio Elmo/Azvi continuará responsável pela execução da obra de ampliação, que já apresentou diversos problemas desde que foi iniciada. Em depoimento, em maio, aos membros da CPI da Alerj que investiga irregularidades no setor de transportes, o presidente da Companhia Estadual de Engenharia, Transportes e Logística do Rio (Central), Rogério Azambuja, afirmou que, dos dez quilômetros de trilhos que deveriam ter sido construídos em Santa Teresa, somente quatro haviam sido finalizados.

Azambuja também contou que, das 14 composições previstas para o sistema, apenas cinco foram adquiridas. Destas, só três eram usadas à época pelo público, já que dois bondinhos ficavam, segundo Azambuja, de reserva.

A CADA DIA, 74 VIAGENS

O presidente da Central afirmou ainda durante a CPI que seriam necessários R$ 100 milhões para que fossem comprados novos bondinhos e os trilhos chegassem até o Silvestre. Quando começou, a obra foi orçada em R$ 58,6 milhões.

Ontem, a Secretaria de Estado de Transportes informou que, atualmente, há cinco bondes em funcionamento, quantidade que, segundo o órgão, é suficiente para atender à demanda. São oferecidas, segundo o governo, cerca de 74 viagens por dia. A média de ocupação dos 2.368 lugares é de 44%. A pasta acredita que os números são positivos e “demonstram a aprovação do serviço pela população”.

Moradores de Santa Teresa cadastrados têm direito a viagens gratuitas, assim como estudantes da rede pública uniformizados e pessoas acima de 65 anos. As despesas com funcionários e manutenção do sistema são pagas com a venda de passagens para turistas, que custam R$ 20 (ida e volta).

- Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/obra-de-expansao-do-bonde-de-santa-teresa-sera-retomada-pelo-estado-22853134


quarta-feira, 2 de maio de 2018

Obras do Bonde de Santa Teresa não têm previsão para acabar



Por
 -
 12 de Abril de 2018
O secretário de Estado de Transportes, Rodrigo Vieira, informou que, por falta de recursos financeiros, as obras de expansão do bonde de Santa Teresa não têm previsão para acabar.
A informação foi passada, nesta quarta-feira (11/04), durante audiência pública realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga as irregularidades da gestão pública no setor de transportes.
Segundo Rodrigo, há planejamento, estudos e o desejo de concluir as obras, mas os recursos ainda não chegaram. “Enquanto a expansão não é feita, estamos trabalhando diariamente para oferecer um serviço com qualidade, com os cinco bondes que operam no trecho que vai da estação do Largo da Carioca até a Praça Odylo Costa Neto, passando pelo Largo dos Guimarães, trecho central e com mais atrativos no bairro”, disse o secretário.
Atualmente o custeio dos bondes é feito com recursos da tarifa turística, R$ 20 (ida e volta). Esse valor cobre as despesas com conta de luz, troca de peças, manutenção e carteirinha para garantir a gratuidade dos moradores do bairro. “No primeiro trimestre desse ano, a receita com a utilização do bonde foi de R$ 426.360,00, 42% superior ao mesmo período do ano passado”, apontou Rodrigo Vieira. O secretário disse ainda que o número de passageiros transportados também cresceu em relação ao ano passado. “Houve um aumento de 40% no volume de passageiros. Nos últimos 15 meses, foram transportadas 300 mil pessoas, 25% gratuitas”, disse.
Em 2011, o bonde de Santa Teresa descarrilou, deixando cinco mortos e 57 feridos. Em 2012, o governo publicou dois editais, um previa a construção de 9,8 quilômetros de via e o outro, a compra de 14 bondes. Até o momento, menos de quatro quilômetros foram finalizados e apenas cinco bondes comprados.
Moradores contestam informações do secretário
Moradores do bairro se mostraram insatisfeitos com a atual situação dos bondes. O presidente da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), Paulo Saad, disse que não contemplar recursos no orçamento para finalizar as obras de expansão do bonde é uma decisão política. “O que temos hoje é um sistema precário que tem uma jornada diária pequena e um trecho limitadíssimo. Hoje o sistema de bondes atende menos de 1/4 do que o bairro necessita”, reclamou.
Segundo Saad, os 2.776 moradores cadastrados para utilizar gratuitamente o transporte comprovam que o bonde não atende às necessidades do bairro. “Considerando que se tem 40 mil domicílios em Santa Teresa, sem contar com as comunidades ao redor, podemos perceber que esse transporte histórico, que tem a ver com a identidade de Santa Teresa, hoje não contempla a população do bairro. No dia a dia de trabalho ninguém pode esperar um intervalo de no mínimo 15 minutos para se deslocar e o trecho de operação do bonde ainda é muito curto”, explicou.
Presidente da CPI quer ouvir ex-secretário Julio Lopes
Presidente da CPI, deputado Eliomar Coelho (PSol), convocou o deputado federal e ex-secretário de Transportes, Julio Lopes, para uma oitiva nesta sexta-feira (13/04). “Ainda não tivemos confirmação da presença do deputado. Para avançarmos, é importante ouvirmos o que ele tem a dizer. Caso ele não compareça, a comissão vai procurar o departamento jurídico da Alerj para saber que medidas podem ser tomadas”, disse o parlamentar.


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Passagem de bondinho de Santa Teresa passa a custar R$ 20 a partir de dezembro

Serviço funciona atualmente com dois trajetos curtos, muito aquém do que era antes do acidente que deixou seis mortos, há seis anos
10/11/2016 10:14:09 
ADRIANO ARAÚJO
Rio - Mesmo com o trajeto muito aquém do que era antigamente, dificultando a locomoção dos moradores de Santa Teresa, o bondinho que corta o bairro vai aumentar sua passagem, a partir de 15 de dezembro, para R$ 20. O decreto que prevê o aumento estratosférico foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira. A reestruturação do serviço, com mudança de trilhos e novos bondes, começou após um acidente que deixou seis mortos, em 2011. Moradores terão gratuidade, mas precisaram se cadastrar.
No decreto, assinado pelo governador Luiz Fernando Pezão, a justificativa para o aumento é a "necessidade de reequilíbrio das finanças estaduais, abaladas pela forte crise que atingiu o estado".
Preço da passagem do bondinho de Santa Teresa vai aumentar para R$ 20, a partir de dezembroDivulgação
Antes do acidente, em agosto de 2011, o preço cobrado no transporte era de R$ 0,60. O aumento é mais de 3 mil porcento. O cadastro dos moradores será realizado pela Secretaria Estadual de Transportes, mas ainda não foi divulgado como e quando terá início. 
Na última segunda-feira, o horário de funcionamento do bondinho foi ampliado. Os bondes passaram a funcionar das 6h30 até às 16h15 de segunda a sexta-feira e as 10h às 18h aos sábados. Entretanto, o período de circulação ainda não agrada a quem realmente precisa: os moradores do bairro.

O trajeto também ainda é muito menor do que antes de 2011, por conta das obras que se arrastam por anos no bairro. Hoje a circulação funciona entre os trechos do Largo da Carioca e Largo dos Guimarães e Largo da Carioca e Francisco Muratori.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Obra do bondinho está parada, mas custos já subiram 113%


Revitalização parou em julho. Bonde de Santa Teresa está sem funcionar há quase cinco anos

O Globo online
POR RENAN RODRIGUES 12/08/2016 4:30 / atualizado 12/08/2016 7:46

RIO - Faltando 15 dias para completar cinco anos do mais grave acidente com o bondinho de Santa Teresa — que deixou seis mortos e levou à suspensão do seu funcionamento —, as obras para a recuperação do sistema foram interrompidas. Desde o fim do mês passado, não se veem mais operários na área e trechos esburacados para a instalação de trilhos foram tapados. Oficialmente, o governo estadual diz que a intervenção “está em fase de planejamento das próximas etapas”, mas, nas ladeiras de Santa Teresa, o temor de quem vive na região é que a grave crise financeira do estado paralise em definitivo a obra, cuja conclusão está agora prevista para dezembro de 2017.

Os moradores não estão receosos à toa. Este ano, nenhum centavo saiu dos cofres públicos para o bondinho. Em 2016, o orçamento prevê a aplicação de R$ 13 milhões, mas nenhum recurso foi pago ou mesmo empenhado. Além dos contratempos, os valores previstos para a obra foram turbinados por uma série de aditivos: em vez de custar R$ 58,6 milhões, ela custará R$ 125 milhões, 113% mais, sob a alegação de adaptações necessárias.

O primeiro aditivo, de R$ 10,5 milhões, foi celebrado no início de junho de 2014. Desde então, vários acréscimos foram feitos, e, em abril deste ano, em meio à crise financeira que tem levado o estado a atrasar o salário de servidores, a Secretaria estadual de Transportes aprovou o sétimo acréscimo, no valor de R$ 27,3 milhões, mesmo com o indicativo de que o governo teria dificuldades para continuar as intervenções. No ano passado, o estado previa gastar com a obra R$ 20 milhões, valor que acabou sendo reduzido para R$ 3,2 milhões. Ainda assim, somente R$ 2,3 milhões foram pagos, e R$ 940 mil ficaram em aberto, segundo dados obtidos pelo deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB).

— Conseguiram milhões para entregar o metrô para a Olimpíada, mas para o bonde de Santa Teresa, uma obra que se arrasta há anos, não. É injustificável que a recuperação do sistema demore tanto tempo — critica o parlamentar.

Hoje, apenas um pequeno trecho do bondinho-símbolo de Santa Teresa está em operação. O serviço, em fase de testes, atende ao circuito Largo da Carioca-Largo dos Guimarães, de segunda a sábado, das 11h às 16h. As saídas ocorrem a cada 20 minutos no ramal Guimarães, e a cada hora, no ramal Muratori.

— Já nos deu uma alegria (a fase atual de operação), mas pedimos que o funcionamento comece às 5h. O estado alega que, devido ao aumento da demanda que geraria, precisaria ampliar e reformar a oficina para ter condições de fazer a manutenção. Disseram que, quando tiverem dinheiro, vão priorizar a oficina, em vez de sair correndo com o trilho — diz Teresa Cruz, uma das diretoras da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast).

Durante a operação assistida, em que são feitos os testes, não há cobrança de tarifa. Mesmo sem pagar passagem, os moradores se queixam, já que o sistema não atende ao restante do bairro. A interrupção da obra que levaria o transporte para outros pontos de Santa Teresa fica visível na Rua Almirante Alexandrino, na altura do número 1.500. Segundo moradores da região, operários do consórcio retiraram materiais que interditavam metade da via na semana passada. Um sinal de trânsito, que havia sido instalado para que os veículos trafegassem em esquema de pare e siga, foi desativado, e os buracos, tapados.

Os sinais da interrupção são muitos. Em metade da rua, a principal do bairro, é possível ver asfalto e trilhos antigos; na outra metade, onde os trilhos já tinham sido retirados e havia obras, o consórcio cobriu a via com areia. Restaram apenas poeira e uma pista desnivelada. Luiz Carlos Santos, de 52 anos, diz que a mãe, de 75, sofre com problemas respiratórios, agravados pela solução adotada — sem asfalto, basta um carro passar para o pó subir.

A manicure Rosa Dutra, de 45 anos, não se importa com a poeira, mas com o bolso e a trabalheira que tem tido:

— A obra parou no fim de julho, e não temos nenhuma previsão de retomada. O bonde faz falta porque ele é mais barato (R$ 0,60) do que o ônibus (R$ 0,80), e mais rápido. O problema é que esses ônibus demoram muito. Às vezes, a espera chega a uma hora. Preciso levar e buscar meu filho de 8 anos na escola, no Centro. São quatro passagens de ônibus que eu pago. Gasto cerca de R$ 300 por mês com isso, um dinheiro que faz falta — reclama.

Símbolo do bairro e grande atrativo de turistas, o bondinho também deixa os moradores saudosos dos tempos áureos, quando o veículo dava charme ao lugar e era a melhor opção para se chegar e sair do bairro. Hoje aposentada, Luzy Kremer, de 64 anos, conta que mora em Santa Teresa há 15 anos e que costumava pegar o bonde diariamente para chegar ao trabalho. Ela lamenta a mudança de hábito forçada, provocada após a tragédia de 2011:

— Era mais agradável e mais rápido que o ônibus, que empaca com o trânsito. O bondinho nunca foi muito bem cuidado, é verdade, mas sinto falta. Os moradores de Santa Teresa são muito apegados a ele, que ajuda muita gente. Peguei uma fase em que precisava ir ao trabalho já sem o bonde. A diferença foi nítida: eu chegava muito mais facilmente ao trabalho quando descia de bonde.

SECRETARIA QUER REFORMAR OFICINA ESTE ANO

Em nota, a Secretaria estadual de Transporte justificou o aumento no custo da obra alegando que, “durante a consolidação do projeto e execução da obra foi identificada a necessidade de realização de serviços extras, como remanejamento de tubulações e melhorias dos serviços de captação de água pluvial, e a alteração do processo construtivo para redução de impactos no bairro de Santa Teresa". Segundo a pasta, R$ 60 milhões já foram aplicados na recuperação do sistema. O órgão informa que, este ano, a previsão é “a reforma da oficina dos bondes e a conclusão do trecho que liga a Praça Odylo ao Largo do França. Essas intervenções representam um valor estimado em R$ 25 milhões. Para isso, aguardamos recursos do Tesouro Estadual para a execução dessas obras.”

À Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa, o governo estadual disse que a obra foi paralisada devido à Olimpíada para garantir a mobilidade da cidade. A reportagem do GLOBO não conseguiu localizar os representantes da empresa Azvi, parte do consórcio Elmo-Azvi, reponsável pela execução das obras do bondinho de Santa Teresa. Já a Elmo Montagens, procurada, não se manifestou.


domingo, 31 de janeiro de 2016

Bonde volta a circular em rua de Santa Teresa após 50 anos, no Rio


Após 50 anos, o bonde de Santa Teresa voltou a circular na Rua Francisco Muratori, Região Central do Rio, na manhã desta quarta-feira (27). O serviço, que ainda está no estágio pré-operatório, já vai atender turistas e moradores de Santa Teresa das 11h às 16h.
“O início da pré-operação do bondinho é simbólico e caracteriza um momento muito importante pra nós. Estamos muito contentes com a recuperação deste percurso, que foi danificado durante as chuvas de 1966”, disse o secretário estadual de Transportes, Carlos Osório.
A terceira etapa da restauração do transporte liga a Rua Francisco Muratori ao Largo dos Guimarães, no alto de Santa Teresa, e ao Largo da Carioca, no Centro. Entretanto, há muito trabalho pela frente e a previsão para a conclusão das obras é no primeiro semestre de 2017.
Moradores da região não estão satisfeitos com o horário de funcionamento do bonde, que está circulando em horário reduzido. Segundo eles, somente os turistas estão sendo beneficiados, pois durante os horários de ida e volta do trabalho o serviço não funciona.
Apesar de ser turista e não enfrentar problema quanto ao horário de circulação, Thaís Bretanha, de Porto Alegre, concorda com a queixa dos moradores.
“Acho que os moradores têm razão, o horário de funcionamento do bonde tem que aumentar para atender a todos, principalmente a população local. Praticamente em toda visita ao Rio eu sempre passeava no bondinho. Ele é lindo, simplesmente mais um dos charmes da cidade”, disse ela.
De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes, a circulação do bondinho no trecho inaugurado foi liberado após a realização de vários testes.
Osorio prometeu discutir o assunto com os moradores de Santa Teresa durante uma reunião. Segundo o secretário, a população vai participar de todas as decisões envolvendo os ajustes de funcionamento do serviço.
“É importante pra nós que tenhamos uma reunião com os moradores do local para discutirmos o horário de circulação dos bondes, que antigamente acontecia das 6h40 às 19h30. Entretanto, a mudança só poderá acontecer após a inauguração de fato do bondinho. Também discutiremos o valor da tarifa de embarque e a integração da mesma com o Bilhete Único. Para agilizar o embarque e desembarque, a nossa ideia é fazer a cobrança digital, não existindo catraca igual ao VLT. Isso vai ser decidido em comum acordo com os moradores”, completou Osório.
27/01/2016 – G1 – Rio de Janeiro


terça-feira, 28 de julho de 2015

Volta dos bondes de Santa Teresa registra longas filas e espera de mais de uma hora para embarque



Primeiro dia de operação contou com apenas três bondes, o que gerou reclamação dos passageiros ao longo desta segunda-feira
por Paulo Roberto Junior
27/07/2015 14:32 / Atualizado 27/07/2015 20:27

RIO - Os bondinhos de Santa Teresa voltaram aos trilhos nesta segunda-feira, ainda em fase de testes. Dos quatro veículos aptos a operar nesta etapa de pré-operação, três foram colocados em circulação, transportando mais de 1.600 passageiros. As viagens, que duram entre 10 e 15 minutos, serão realizadas gratuitamente, de segunda a sábado, das 11h às 16h, com saídas a cada 20 minutos. Devido à grande procura, houve filas nas estações e o tempo de espera para embarcar chegou a ultrapassar uma hora. Moradores do bairro e turistas reclamaram da demora para iniciar o percurso de 1,7 quilômetros, entre as estações do Largo da Carioca e do Largo do Curvelo.

Inicialmente, apenas dois bondes fariam o trajeto nesta segunda-feira. No fim da manhã, após identificar o grandde fluxo de passageiros, o secretário estadual de Transporte, Carlos Roberto Osorio, determinou a entrada de um terceiro veículo em circulação. Segundo ele, a partir desta terça-feira o sistema passará a operar com os três carros durante todo o dia.

— Os bondes estão se adaptando à realidade do bairro. Esperamos reduzir o intervalo de cada viagem a partir desta terça. Na próxima semana, vamos avaliar a necessidade de botar um quarto veículo em operação, e a possibilidade de circulação aos domingos — explicou Osorio.

No fim da manhã desta segunda, um grupo de 70 pessoas, a maioria turistas, aguardava há 40 minutos pelo embarque, na estação do Largo do Curvelo. O gerente de logística Ifraim Rosa, de São Paulo, que estava com a mulher e quatro filhas, achou precária a estrutura montada, mesmo para uma etapa de testes:

— Está demorando muito. Também senti falta de informações de segurança mais detalhadas. Para o turista, não está legal.

Moradora de Santa Teresa há quatro anos, a musicista Flávia Belchior, de 33 anos, disse que falta preocupação do governo com o objetivo principal do bonde, que é servir como meio de locomoção para quem vive no bairro:

— De dez quilômetros no total, estão entregando menos de dois. É uma tentativa de dizer que as obras estão andando, sendo que os moradores acompanham diariamente o descaso com a região
.
BONDE DEVE CHEGAR AO LARGO DOS GUIMARÃES ATÉ SETEMBRO
O retorno do tradicional bondinho acontece quatro anos depois do acidente que deixou seis mortos e mais de 50 pessoas feridas, paralisando totalmente a operação do transporte. Há meses o bairro foi transformado em um canteiro de obras, causando transtornos aos moradores devido a atrasos e erros no planejamento da obra.


— Foram anos de abandono. Apenas esse trechinho de quase dois quilômetros não resolve nada, é mais uma viagem para turistas. Queremos o bonde em todo o bairro, como sempre foi. Vamos acreditar que tudo vai dar certo, pois de promessas estamos cheios — desabafou Marli Soares, moradora de Santa Teresa há 40 anos.

Bonde de Santa Teresa é testado com passageiros a partir desta 2ª


27/07/2015 - G1
Um trecho de 900m dos 10km do bondinho de Santa Teresa poderá ser testado por passageiros a partir desta segunda-feira (27) na região central do Rio. Durante o período, batizado de pré-operação, não haverá pagamento de passagem. De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), o serviço vai funcionar entre 11h e 16h, com intervalos de 20 minutos entre as viagensm, e capacidade de 32 passageiros.

A circulação volta a acontecer praticamente quatro anos após um acidente com o bondinho matar seis pessoas e deixar mais de 50 feridos. A tragédia não sai da memória do presidente da Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast), Jacques Schwarzstein, que não vê a cerimônia com otimismo.

"Não podemos nos iludir. Estamos no começo do processo de restauração do bonde de Santa Teresa, bem no comecinho mesmo. Temos muitas dificuldades, estamos longe de poder dizer que os bondes voltaram a Santa Tresa. Pode demandar um ano, dois anos, não sabemos. Não temos nem certeza de que o processo de restauração será concluído", afirmou ao Bom Dia Rio desta segunda-feira (27).


Nos novos bondes, não será permitido viajar em pé, nem nos estribos – que são retráteis e acionáveis no momento de parada nos pontos. O embarque e desembarque só poderá ser feito nos pontos de parada. Agentes da Setrans ficarão posicionados nas duas estações terminais para orientarem os passageiros.

Desde o dia 7 de julho, os bondes passaram por testes no trajeto entre o Largo da Carioca e o Largo do Curvelo, que compreende cerca de 900m de trilhos. Eles circularam sem passageiros para que fossem testados os freios magnéticos.

O trajeto completo dos bondes, entre o Silvestre e o Largo das Neves, deverá ter 10km de extensão. As obras deveriam ter sido concluídas antes da Copa do Mundo de 2014, mas sofreram diversos atrasos e adiamentos.
Além da demora para restabelecimento do sistema de transporte, os canteiros de obras no Bairro de Santa Teresa provocaram uma série de transtornos aos moradores, que se organizaram em seguidos protestos. O prazo para conclusão total das obras ainda não foi determinado pela Setrans.


Os bondinhos pararam de circular em agosto de 2011, quando a falta de manutenção do sistema provocou um acidente grave, deixando seis pessoas mortas e 50 feridas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Segundo bonde fabricado em Três Rios chega a Santa Teresa

Jornal Entrerios - Rio de Janeiro/RJ - HOME - 08/10/2014 - 08:30:00

O segundo dos 14 novos bondes de Santa Teresa chegou, no último domingo (05), à Estação Carioca. Outros 12 bondes estão sendo fabricados na empresa TTrans, em Três Rios. Até novembro, está prevista a chegada do terceiro veículo.

O veículo já está passando por testes estáticos, que incluem equipamentos, componentes e comandos. Em seguida, serão realizadas as avaliações dinâmicas, com simulação de carga com sacos de areia, teste para maiores inclinações e operação assistida sem passageiros.

O primeiro bonde, que passa desde agosto por avaliações estáticas e dinâmicas na Rua Joaquim Murtinho, iniciou os testes nos Arcos da Lapa na semana passada. Desde o dia 1º de outubro, o trecho em operação vai do Largo do Curvelo até a Estação Carioca.

Os novos bondes serão colocados em funcionamento com estrutura de aço reforçado, revestida com fibra de vidro, para garantir mais segurança aos passageiros. Os veículos contam com moderno painel de comando, sistema de tração controlado eletronicamente, motores de última geração com menor consumo de energia, sistemas de freios dinâmico e magnético, GPS, sistema de som para comunicação com os usuários, estribos retráteis e quatro câmeras de monitoramento.

Os novos bondes, que tiveram o visual original aprovado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), preservam as características estéticas tradicionais, entre elas a identidade visual, dimensões, cores, conjunto estético e os bancos de madeira.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Novo bondinho de Santa Teresa chega ao bairro puxado por caminhão


‘Inauguração’ é marcada por protestos
O Dia 26/08/2014
Rio - Entre materiais de construção e poeira de obra, o primeiro novo bonde de Santa Teresa foi colocado no trilho na noite desta terça-feira. Puxado por um caminhão, o bondinho subiu a Rua Joaquim Murtinho e foi estacionado no Largo do Curvelo.

Em esquema de testes, o funcionamento para transporte de passageiros não tem previsão de começar. “A fase de testes não vai durar menos do que 30 dias. A prioridade é a segurança”, explicou o subsecretário da Casa Civil, Rodrigo Vieira. Há exatos três anos, em 27 de agosto de 2011, um descarrilamento que matou seis e deixou o bairro sem seu principal símbolo. Os moradores, que reclamam dos transtornos e da demora nas obras, protestaram ontem contra a ‘inauguração’. Nesta quarta-feira, três atos em homenagem às vítimas de 2011 acontecem no bairro.


Testes em Santa Teresa vão durar mais de 30 dias e ainda não há prazo para funcionamento do veículo
Foto:  André Luiz Mello

“Quando chegamos, percebemos que havia muito mais coisas a fazer, além do bonde, por isso a demora nas obras. A CEG e a Cedae também estão trabalhando. Não existe obra sem transtorno”, justificou o subsecretário.

No cronograma inicial da Secretaria Estadual da Casa Civil, responsável pela obra, o início da operação do bondinho era prevista para o primeiro trimestre de 2014. Depois, a circulação foi prometida para Copa, em junho. Moradores do bairro, insatisfeitos com o transtorno das obras e com a ausência do bondinho, estiveram ontem à noite na apresentação do novo bondinho com cartazes de protesto.

“Em meio a um canteiro de obras inacabadas, temos hoje (terça-feira) a colocação de um protótipo de bonde. No ritmo que está, a obra só vai terminar em cinco anos”, disse o morador Jacques Schwarzstein, de 64 anos, diretor de transportes da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). Já o jornalista Flávio Abreu, de 46, criticou a segurança. “Estão fazendo tudo às pressas, com os canteiros abertos, sem a mínima observação da segurança das pessoas”.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

UFRJ inaugura trem que levita no Fundão e bonde cruza Arcos da Lapa

Testes marcam tradição e futuro nos trilhos
O Dia
Rio - Dois eventos marcaram nesta quarta o resgate da tradição e a sinalização do futuro nos transportes do Rio. Enquanto o bondinho de Santa Teresa atravessou, pela primeira vez depois de três anos, os Arcos da Lapa, o trem de levitação magnética desenvolvido pelos pesquisadores da Coppe, da UFRJ, iniciou a fase de testes na Ilha do Fundão.

Na Cidade Universitária, os principais especialistas em levitação magnética do mundo, reunidos para uma conferência, acompanharam de perto a primeira viagem do veículo pelos 200 metros que ligam dois centros de tecnologia do campus. Batizado de Maglev-Cobra, o trem será o primeiro a utilizar a levitação magnética por supercondutividade no transporte de passageiros.

 O Maglev-Cobra, desenvolvido pela Coppe, flutua sobre os trilhos
Foto:  Divulgação

“O próximo passo será buscar financiadores e parceiros para que o projeto entre em operação comercial”, afirmou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ. A etapa de testes dura até 2015, quando alunos, professores e funcionários poderão utilizar o veículo para se locomover. Segundo os pesquisadores, o novo trem é mais econômico do que as tecnologias já existentes e poderá alcançar até 100 quilômetros por hora.

Em Santa Teresa, o novo trecho de testes para o bondinho foi inaugurado ontem, mas os moradores continuam sem poder usar o transporte. No fim de agosto, quando o novo bonde chegou à Rua Joaquim Murtinho, o subsecretário da Casa Civil, Rodrigo Vieira, previu que, em um mês, o transporte de passageiros já estivesse liberado naquele trecho, o que ainda não aconteceu.
 


Cerca de 3,5 km de trilhos e rede aérea já foram instalados no bairro
Foto:  Divulgação

A Secretaria da Casa Civil explicou, em nota, que a demora para a volta do bondinho é uma medida de segurança. Os testes agora ocorrem da Carioca ao Curvelo, em um trajeto de 1,6 quilômetro. O percurso total previsto é de 10,5 quilômetros.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Governo do Rio descumpre promessa, e Santa Teresa não terá bondes na Copa


Gustavo Maia
Do UOL, no Rio 25/05/2014

A promessa do Governo do Rio de Janeiro era clara: os bondinhos de Santa Teresa, na região central da capital fluminense, voltariam a circular no bairro em junho deste ano, antes da Copa do Mundo. No entanto, a menos de três semanas da Copa, os canteiros de obras inacabados continuam espalhados pelo bairro, e a previsão de entrega foi atualizada pelo governo estadual para o "início do segundo semestre de 2014". Moradores do bairro dizem não acreditar que os bondes voltarão a circular nem mesmo neste ano.

O sistema de bondes está desativado desde o dia 27 de agosto de 2011, quando um acidente com um dos veículos matou seis pessoas. Dentro de três meses, portanto, o bairro completará três anos sem um dos seus maiores símbolos.

A previsão de que a primeira etapa das obras de reestruturação do sistema estaria pronta antes do início da competição da Fifa, que começa no dia 12 de junho, foi anunciada em novembro do ano passado, quando começaram as intervenções no bairro.

"O que nós mais queremos é que essa obra se encaminhe com rapidez, segurança e qualidade e que o bonde volte a circular. Mas a impressão que nós temos da obra, do que vimos até agora, é que ela sofre de falta de planejamento. Em seis meses, dos 14 mil metros de trilhos do sistema de bondes, foram trocados 1.300", afirmou Jacques Schwarzstein, diretor de Transportes da Amast (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa). "No ritmo que a obra vai, ela pode durar cinco anos. Se dermos um desconto, no mínimo dois anos e meio." 

No anúncio do início das obras, no dia 8 de novembro do ano passado, o subsecretário da Casa Civil, Rodrigo Vieira, afirmou que veículos que circulariam na primeira etapa da obra, de 7,2 km (entre os Arcos da Lapa e a estação Dois Irmãos), começariam a ser testados na ruas em março, quando os trilhos já teriam sido trocados.

Questionado sobre os motivos do atraso, o Governo do Estado limitou-se a informar, em nota enviada pela assessoria de imprensa, que "concessionárias de serviços públicos também estão fazendo a troca dos sistemas de água, gás e drenagem".

Também não foi informado quantos quilômetros de trilhos já foram trocados. Na rua Joaquim Murtinho, que tem 1.200 metros de extensão, apenas um dos sentidos dos trilhos está pronto.

A necessidade de reparos nas antigas redes da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) e da CEG (Companhia Estadual de Gás) foi apontada como a justificativa para os atrasos e para a falta de um prazo definido para entrega das obras por um engenheiro do consórcio Elmo-Azvi, vencedor de licitação, que estava em Santa Teresa na última quinta (22) e pediu para não ser identificado. 

Para o representante da Amast, Jacques Schwarzstein, faltou ao consórcio e ao governo realizar um estudo de terreno e manter um diálogo aberto com a população do bairro. "Santa Teresa não é para principiantes. A gente não quer criar problemas, queremos ajudar", declarou. 

"Nos sabemos que esse início dos trabalhos foi complicado, que o trecho é difícil, mas gostaríamos que o governo fosse sincero e aberto conosco e que nos apresentasse um cronograma da obra, nos dissesse o que a população deve esperar", disse Schwarzstein. 

O investimento do Governo do Estado para a reestruturação do sistema totaliza R$ 110 milhões e inclui a aquisição de 14 novos bondes (R$ 40 milhões), a troca das redes viária e aérea e da subestação de energia (R$ 60 milhões) e a reforma dos pontos e da oficina dos veículos (R$ 10 milhões).

Transtornos e descrença
Para os moradores de Santa Teresa, os transtornos causados pelas obras desde novembro já eram esperados. Moradora há 20 anos da rua Joaquim Murtinho, onde fica o primeiro trecho a entrar em obras, de 1.200 metros, a historiadora Anete Ferreira reclama, no entanto, do descumprimento do prazo inicial para a conclusão da intervenção no local.

"O nosso maior problema é que a gente nem sabe qual é o prazo. O primeiro que foi prometido para a  rua Joaquim Murtinho era de quatro meses. Já entramos no sétimo mês de obra e a metade ainda não ficou pronta", afirmou. "O que nós, moradores, questionamos é a forma de organização dessa obra, o planejamento que não foi feito e a maneira como ela impacta no nosso cotidiano negativamente."

Dono de um albergue localizado na mesma rua, o austríaco Oliver Franklin, que mora na cidade há um ano e nem chegou a ver os bondinhos circulando, acredita que o maior problema é a falta de transparência por parte dos responsáveis pela obra.

"Eu quero que ele [o bondinho] volte rápido. A obra fica na frente do albergue e dá muita poeira, tudo fica sujo, tem barulho. A pior coisa pra mim é que está demorando muito sem que eles avisem de uma forma transparente porque está demorando tanto", declarou Oliver, que vestia uma camisa com a imagem de um bonde com uma lágrima. "Antes de começar, eles deram um cronograma das obras para os moradores, e já era para ter avançado muito mais."

Além dos atrasos, a dificuldade de mobilidade dentro do bairro é outra reclamação frequente dos moradores. "Antes eu sempre pegava o bondinho pra andar por aqui e para ir ao Centro. Agora eu tenho sempre que pegar ônibus e, com essas obras, é muito complicado", disse o estudante Bernardo Janot. "Eles vão abrindo obra aqui e ali embaixo e não terminam nenhuma delas, e vai ficando difícil de passar carro e ônibus."

Até mesmo receber visitas se tornou uma missão difícil em meio aos canteiros de obras. "Tem seis meses que eu não recebo ninguém lá em casa. Se eu quiser ver os amigos, eu que vá, porque está impossível", disse a socióloga Graça Almeida.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Trilhos de Santa Teresa estão sendo substituídos


11/12/2013

O Governo do Estado do Rio de Janeiro iniciou em novembro a substituição dos trilhos do Sistema de Bondes de Santa Teresa. Nesta etapa, os trilhos estão sendo substituídos por modelos originais do sistema, os trilhos bilabiados, específicos para bondes, em 10 quilômetros de traçado. 

A reestruturação do Bonde de Santa Teresa engloba a aquisição de 14 novos bondes - que estão sendo fabricados pela T´Trans - , instalação de trilhos novo, reforma de subestação,  rede aérea de energia, oficina e paradas. Além disso, serão revitalizados dois trechos desativados que somam 3,3 quilômetros: Carioca-Francisco Muratori e Dois Irmãos-Silvestre.

Algumas fases das obras já foram concluídas ao longo dos últimos meses, como a retirada completa dos trilhos, dormentes, lastro, fixações e rede aérea nos Arcos da Lapa e região da Carioca. O governo do Rio investirá cerca de R$ 110 milhões no projeto todo.
A revitalização do sistema deve ser concluída no primeiro semestre de 2014. O trecho entre os Arcos até a Praça Odylo Costa Neto será concluído até março. O trecho entre a Praça Odylo Costa Neto e o Dois Irmãos ficará pronto até junho. Enquanto o restabelecimento do trecho desativado até Silvestre deve ficar pronto no segundo semestre de 2014.