Mostrando postagens com marcador BRT Transcarioca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BRT Transcarioca. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Número de colisões aumenta 35% no corredor BRT Transcarioca

16/07/2015 08:12
Extra - RJ| Extra - RJ

O número de colisões no BRT Transcarioca aumentou 35% no primeiro semestre deste ano, em comparação com os seis meses anteriores. No período de um ano, nos dois corredores exclusivos da cidade, houve 126 acidentes: uma média de 2,4 batidas por semana.
De acordo com o Consórcio BRT — que enviou vídeos exclusivos das colisões filmadas por câmeras internas dos ônibus —, os principais responsáveis pelos acidentes são carros particulares que avançam o sinal vermelho ou fazem conversões proibidas.
— Um estudo da CET-Rio mostrou que no primeiro ano do Transoeste houve redução no número de acidentes. Mas as colisões causadas pela invasão da pista do BRT por particulares ainda ocorrem em um nível inaceitável — diz Suzy Balloussier, diretora de Relações Institucionais do BRT.
Em março do ano passado, 32 pessoas se feriram após um caminhão invadir o BRT Transoeste e se chocar contra um ônibus, na Grota Funda. A técnica em atendimento de vendas Mirian Carreira, de 25 anos, estava no articulado.
— Foi terrível. O motorista gritou "segura” e deu para alguns se protegerem de alguma forma — conta Mirian, que não se machucou na batida.
Além dos custos de reparo, os acidentes também afetam o serviço. Pelos cálculos do BRT, a cada colisão, 10 mil passageiros perdem o lugar no ônibus.por conta do tempo em que o veículo fica no conserto.
O engenheiro de Transportes Fernando Mac Dowell afirma que é preciso buscar alternativas para evitar as colisões.
— Não adianta ficar só culpando a população. Se o povo é mal educado, basta tirar dele a possibilidade de cometer essa infração — diz ele.
Acidente entre ônibus do BRT Transoeste e um carro de passeio, em agosto de 2014. Acidente entre ônibus do BRT Transoeste e um carro de passeio, em agosto de 2014.
Desnível evitaria conversões proibidas
Para Fernando Mac Dowell, as colisões dentro dos corredores exclusivos não ocorreriam se fossem feitos cruzamentos em desnível — por viaduto ou passagem subterrânea.
— O projeto do BRT não teve uma visão sistêmica do processo. Com cruzamentos em desnível, você eliminaria qualquer possível acidente — diz.
O engenheiro de Transportes José Guerra critica os motoristas que se expõem ao perigo, mas também cita a possibilidade da via em desnível:
— Não precisaria ser feito em todos os cruzamentos, mas nos mais graves. Se houver viabilidade técnica e financeira, é uma possibilidade.
Já o engenheiro de Transportes Luis Antonio Lindau rejeita a opção de criar desníveis na via:
— O corredor Transcarioca não suportaria viadutos ou trevos para os acessos ao desnível — explica. — Acho que seria relevante começar uma campanha mostrando para as pessoas a necessidade de não fazer isso: trocar a vida por uma conversão proibida — opina Lindau.

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) esclarece que o BRT é, por definição, um sistema que trafega no mesmo nível do sistema viário, sujeito a cruzamentos, controles semafóricos e sinalização de trânsito em geral. Todos os cruzamentos foram devidamente projetados e sinalizados buscando as condições de segurança. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

BRT aumenta integração dos transportes no Rio de Janeiro

Passageiros dizem ter economizado tempo nos deslocamentos, mas reclamam que conduções estão mais cheias
Gustavo Ribeiro gustavo.ribeiro@odia.com.br
Um dos pontos centrais dos planos para transformar a mobilidade no Rio de Janeiro, a integração de diferentes meios de transportes registrou um salto significativo no último ano. Inaugurado há 12 meses, o BRT Transcarioca, que liga as zonas Norte e Oeste da cidade, quase dobrou a quantidade de passageiros que embarcam diariamente na estação de trem de Madureira conectada ao corredor exclusivo para ônibus. Uma estação da Linha 2 do metrô próxima dali, em Vicente de Carvalho, também localizada ao lado do BRT, sentiu o impacto de 8% na demanda.
Os passageiros reconhecem que a integração dos transportes gera economia de tempo nas viagens, mas reclamam do maior desconforto para entrar no trem e no metrô com a implantação do BRT, já que as estações ficaram mais cheias.
O balanço da SuperVia, concessionária responsável pelo serviço de trens no Estado do Rio, aponta que os embarques na Estação Madureira pularam de 23 mil por dia em maio de 2014, para 42 mil atualmente. A concessionária MetrôRio, que opera o metrô, identificou um acréscimo de 1.200 passageiros diariamente na Estação Vicente de Carvalho.
Com base na bilhetagem eletrônica, a SuperVia sabe que pelo menos 10 mil embarques diários em Madureira são de passageiros que descem do BRT. Esse dado mais afinado é subestimado, já que só contabiliza os usuários que usam a integração tarifária com o Bilhete Único. Além disso, a SuperVia não registrou aumento do fluxo na Estação Madureira entre 2013 e 2014, o que indica que a maioria dos novos usuários vem do BRT. O MetrôRio informou que não tem o mesmo detalhamento a partir da bilhetagem eletrônica, porque não possui integração tarifária com o transporte por ônibus.
Na opinião do secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, os dados refletem uma realidade positiva, em linha com que estado e município projetam para os transportes de massa do Rio. “A conveniência da integração, por um lado, gera comodidade ao passageiro, e, por outro, facilita a opção pelo transporte público”, comenta Osorio.
Quando a avaliação é dos passageiros, o conceito de comodidade mencionado pelo secretário de Transportes é questionado. Na volta do trabalho à noite, a moradora da Baixada Fluminense Alessandra do Vale dos Santos, de 34 anos, pega o coletivo do BRT da Zona Oeste para a Zona Norte, onde toma um trem para casa. Antes, parte do percurso era feito em ônibus comum. Ela chega a ganhar 40 minutos no trajeto atual, mas os transtornos na baldeação aumentaram.
“Demoro menos hoje, mas o trem sai muito mais cheio, não dá nem para entrar. É preciso colocar mais trens e ônibus do BRT”, reivindica a operadora de caixa.
Trens e metrô têm de se adaptar às novas demandas
Especialistas em transportes concordam que as concessionárias precisam se adequar às novas demandas geradas pelo BRT, principalmente a SuperVia, que teve maior impacto na Estação Madureira.
“No horário de pico da manhã, deveriam sair partidas extras de trem de Madureira para a região central, a fim de absorver esses passageiros. Já existem as integrações física (entre as estações) e tarifária (com o Bilhete Único). Agora é preciso promover a integração operacional”, ressalta Eva Vider, professora de Engenharia de Transportes da UFRJ.
O engenheiro deTransportes Alexandre Rojas, da Uerj, acredita que a solução para reduzir os intervalos na SuperVia é o maior controle das invasões na via, que reduzem a velocidade dos trens. Para o metrô, sugere remodelagem da estação Vicente de Carvalho.
A SuperVia lembrou que, desde outubro, os intervalos entre os trens foram reduzidos de dez para seis minutos no ramal Deodoro, e que outros dois ramais passaram a contar com viagens expressas, parando apenas em estações estratégicas em vez de fazerem o serviço parador. Com a previsão de concluir a implantação do sistema de segurança ATP até o fim deste ano em toda a rede, que permitirá que os trens andem mais próximos, a empresa apontou que os intervalos vão diminuir mais. Até 2016, 112 trens da SuperVia terão sido substituídos, mas não há previsão de novo aumento da frota, que conta com 201 composições, 41 a mais que em 2011. O estado aguarda a liberação de recursos do PAC para construir muros, viadutos e passarelas, a fim de evitar invasões. O MetrôRio considera que o impacto do BRT é pequeno e se enquadra no planejamento atual. Já o Consórcio BRT esclareceu que os intervalos e frotas adotados no sistema seguem o planejamento da prefeitura.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Transoeste e Transcarioca somam 55 acidentes em pouco mais de dois anos

O sistema BRT, implantado há pouco mais de dois anos com a promessa de facilitar a mobilidade dos cariocas, já causou 55 acidentes, totalizando 22 vítimas fatais, ou quase uma morte por mês, conforme levantamento feito pelo EXTRA. Os números apontam ainda total de 188 feridos nos corredores Transoeste e Transcarioca.

Com mais tempo de existência, o Transoeste, que liga o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, a Campo Grande e Santa Cruz, totaliza 45 acidentes, 20 mortes e 159 feridos. Os três últimos ocorreram no espaço de uma semana, no fim de agosto, e resultaram em duas vítimas fatais e uma terceira, que teve parte da perna amputada.

Já o Transcarioca, que completou três meses na terça-feira passada, soma dez acidentes, com duas mortes e 29 feridos. O corredor, ainda em processo de implantação, liga o Terminal Alvorada ao Galeão, na Ilha do Governador.

-O alto número de acidentes é uma questão que precisa ser estudada - afirma Marcos Poggi, especialista em análise de Mobilidade Urbana e projetos em transporte, para quem o BRT não é a melhor opção em grandes metrópoles, onde a demanda costuma ser muito superior à capacidade.

Os operadores do sistema, entretanto, apontam a imprudência de motoristas e pedestres como a principal causa da maioria dos acidentes.

A presidente da CET-Rio, Cláudia Secin, diz que a entrada em funcionamento do BRT não implicou no aumento de acidentes. Segundo ela, estatísticas do Corpo de Bombeiros apontam queda de 23,93% de ocorrências na Avenida das Américas, no primeiro ano de funcionamento do Transoeste em comparação com o mesmo período do ano anterior à implantação. Ainda segundo Cláudia, na comparação com a frota circulante, os acidentes caíram 17,84%, no mesmo corredor, de janeiro de 2013 para janeiro de 2014.

O Consórcio BRT informou que lamenta os acidentes e destacou que a preocupação com segurança e treinamento dos motoristas é constante.

terça-feira, 10 de junho de 2014

RJTV percorre a Transcarioca, maior obra de mobilidade para a Copa no RJ

13/05/2014

Após três anos de obra, prefeitura promete obra entregue antes do Mundial.São 39 quilômetros da via em que um BRT ligará a Barra ao Galeão.

A série do RJTV, "Infraestrutura da Copa", fala nesta terça-feira (13) sobre transporte. A equipe de reportagem percorreu os 39 quilômetros da maior obra de Mobilidade Urbana prometida para o mundial: a TransCarioca. A via vai cortar bairros do subúrbio, desde a Barra da Tijuca até o aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador.
Por mais importantes que sejam uma Copa do Mundo não é feita só de aeroportos e estádios. Um evento desse porte requer do país anfitrião boas condições para que moradores e turistas possam se deslocar pelas cidades sede. A essa facilidade de deslocamento, principalmente entre aeroportos, hotéis e estádios, se dá o nome de Mobilidade Urbana.

BRT
Do aeroporto até a Barra da Tijuca, a Transcarioca terá 45 estações. O custo inicial, R$ 1,5 bilhão, sem as desapropriações, já estourou. "Hoje a Transcarioca está em torno de R$ 1,7 bilhão. Motivada por reajustes contratuais", disse o secretário municipal de obras, Alexandre Pinto.

A estação de Vicente de Carvalho parece estar praticamente pronta. O problema é a área ao redor, são muitos buracos e tubulações expostas. Dessa maneira fica difícil imaginar que vai estar pronto até o início da Copa. Já se passaram três anos de obras, transtornos e poeira.
Um rio passa em frente à estação de Vicente de Carvalho. "Está sendo um transtorno horrível, principalmente quando tem vazamento de água. A gente não consegue sair do prédio", disse a escritora Valéria Pinto. As obras desapropriaram 1.513 imóveis.

Só três estações na Copa
Mas ainda que as obras terminem, a Prefeitura já anunciou que só as estações Galeão, Vicente de Carvalho e Alvorada devem funcionar na Copa. O turista terá que fazer baldeação para o metrô. "Público que chega no Galeão, vai poder pegar BRT na porta Galeão, vai até o metrô de Vicente Carvalho e vai direto para o Maracanã", explicou Eduardo Paes.
Galeão

Enquanto o BRT não sai, na área de desembarque do Galeão são muitos destinos para tão poucas opções de transporte, que são caras. Para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, por exemplo, o Frescão custa R$ 13,50. Os táxis também têm preços salgados.
Maurício, que mora em Vicente de Carvalho, no Subúrbio, segue pagando R$ 40 pela corrida até o Galeão. Quase 13 vezes mais do que a tarifa dos novos ônibus, que vai custar R$ 3.