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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Novo entrave atrasa plano de trem para ligar região de Campinas a São Paulo


07/10/2018 - Folha de SP

Cidade que integra a primeira fase do projeto de implantação do Trem Intercidades, orçado em R$ 5,4 bilhões, Americana, no interior de São Paulo, não comporta tráfego adicional de trens na linha ferroviária que corta o município.

A informação, que pode até significar um entrave no projeto, é da concessionária Rumo, que administra o trecho ferroviário no interior paulista.

O trem foi anunciado em fevereiro pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB) e foi encampado pelos principais candidatos ao Governo do Estado de São Paulo.

Americana fica na linha tronco da concessão, o chamado corredor de exportações, que sai de Rondonópolis (MT) e segue até Santos, passando por cidades paulistas como São José do Rio Preto, Araraquara, Rio Claro e Campinas.

“Mesmo que considerados todos os esforços contínuos que vêm sendo empreendidos e os investimentos que vêm sendo realizados, o tráfego adicional de trens na linha tronco se mostra incompatível com o transporte de passageiros. Atualmente, o trecho já apresenta saturação de capacidade”, diz a empresa.

A Rumo diz que, além dela, utilizam a ferrovia, por meio do direito de passagem, composições de outras concessionárias.

Se não for possível o compartilhamento da malha, o trecho entre Americana e Campinas poderá necessitar de desapropriações e estudos ambientais, segundo relatos de dirigentes de entidades do setor ferroviário. Esses avaliam ainda que, dependendo das exigências do projeto, poderá ser inviável levá-lo até Americana —​nesse caso, Campinas seria a ponta final do trecho.

Já o trecho entre Jundiaí e Campinas pode ter tráfego adicional, segundo a empresa, “desde que sejam devidamente conduzidos estudos específicos nesse sentido, visando entender e dimensionar as adequações necessárias”.

“Não se chegou ainda a detalhamento nenhum, as prefeituras estão fora da discussão. Como não está definido 100% onde vai ser a linha, não dá para falar nada, mas é um modal muito importante, que precisa ser feito”, disse o secretário do Planejamento de Americana, Claudio Amarante.

Em fevereiro, São Paulo contratou a Deutsche Bahn, junto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial, para elaborar o plano de mobilidade para a implantação de um sistema de transportes para a macrometrópole paulista, com investimento de US$ 6 milhões no projeto (cerca de R$ 25 milhões, no câmbio atual).

A macrometrópole é uma área que engloba a região metropolitana da capital, Santos, Sorocaba, Campinas, São José dos Campos e conexão com São Sebastião. Concentra 80% do PIB do estado e três quartos da população paulista.

A primeira fase contempla o trecho entre São Paulo e Americana, passando por Jundiaí e Campinas, com 135 km de trilhos e nove estações, segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

A estimativa é que o ramal transporte 68 mil passageiros por dia. O trem deve operar junto com a linha 7-Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que já segue de São Paulo até Jundiaí.

Dos R$ 5,4 bilhões previstos para toda a obra, R$ 1,8 bilhão deve ser investido pelo estado, conforme a pasta.

TREM INTERCIDADES

De acordo com o governo, a primeira versão do estudo foi entregue em julho e está sendo refinada para ser apresentada pelo estado e nortear a publicação do edital. Depois, será apresentada à União para que sejam definidas as regras de compartilhamento de vias férreas.

A Folha solicitou acesso ao projeto e uma entrevista com técnicos, mas o pedido não foi atendido.

“Especificações mais detalhadas foram solicitadas em alguns estudos como investimento necessário, compartilhamento da malha existente e demanda de passageiros. A qualidade do projeto depende deste compartilhamento de informações e é determinante para a constituição de uma proposta realmente atraente para os investidores”, diz trecho de nota do governo.

O prazo para concluir os estudos de toda a macrometrópole é de 20 meses.

Questionada sobre autorização para uso da faixa de domínio da ferrovia, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que a utilização “demanda um processo complexo, que exige a atuação de diversos órgãos”.

ELEIÇÕES

A implantação do projeto no trecho entre Jundiaí e Campinas está em discussão com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, segundo a concessionária Rumo. O governador Márcio França (PSB) visitou o trecho no mês passado.

Além dele, candidato à reeleição, concorrentes a ocupar a sua cadeira no Palácio dos Bandeirantes como João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) também defenderam a obra.

Doria disse em entrevista no interior que ela será feita com recursos privados, via PPP (parceria público-privada), por exemplo, posição defendida por Skaf, que chegou a andar nos trilhos em Campinas.

Via assessoria, a Prefeitura de Campinas, governada por Jonas Donizette, do mesmo partido do governador, informou que apoia a obra. “Essa é uma demanda antiga, não é um projeto novo e vem sofrendo adequações ao longo dos anos. O Trem Intercidades é uma solução mais do que necessária, que depende de viabilidade econômico-financeira.”

Amarante disse que há espaço físico para a implantação em Americana –os trilhos cortam a região central da cidade. “Não temos é questões operacionais, local em que seria o pátio de manobras, esses detalhes.”

DÚVIDA

Especialista em preservação ferroviária, Ralph Giesbrecht disse não crer que o projeto sairá do papel e que a viabilidade já foi demonstrada pela história das ferrovias no país –implantadas a partir de 1854.

“Gostaria muito que saísse, principalmente porque é um trem regular, não turístico.”

Já o técnico em informática Cristiano Almeida, de Americana, afirmou esperar que ele seja implantado e facilite o seu deslocamento até a capital, feito duas vezes por semana. “Nós estamos tão perto de São Paulo mas, ao mesmo tempo, longe demais, já que o transporte atual torna tudo lento.”

Cada trem de carga equivale à saída das rodovias de cerca de 300 caminhões.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/10/novo-entrave-atrasa-plano-de-trem-para-ligar-regiao-de-campinas-a-sao-paulo.shtml

quinta-feira, 30 de março de 2017

Governo inclui trem de média velocidade de SP em programa de concessão


29/03/2017Notícias do Setor       
Projeto paulista avaliado em cerca de US$ 5 bilhões passa a contar com a possibilidade de ser financiado pelo BNDES

O governo decidiu incluir o projeto do trem de média velocidade de São Paulo no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que centraliza os projetos prioritários da área de concessão. Com a medida, o projeto paulista avaliado em cerca de US$ 5 bilhões passa a contar com a possibilidade de ser financiado pelo BNDES.

Outra decisão do Palácio do Planalto foi a de aprovar a liberação da “faixa de domínio” das atuais ferrovias que operam entre São Paulo, Campinas e Americana, para que o novo projeto seja construído ao lado dessas malhas de cargas, atualmente operadas pelas empresas Rumo ALL e MRS.

“Com isso, estamos dando um passo efetivo para viabilizar esses projetos e atrair investidores”, disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), que participou nesta terça-feira, 28, de encontro no Palácio do Planalto. O compromisso foi firmado, segundo Macris, pelo presidente Michel Temer, em reunião que também contou com a participação do ministro dos Transportes, Maurício Quintella.

Participaram ainda o secretário de coordenação de projetos do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Tarcísio Gomes de Freitas, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado Cauê Macris (PSDB).

Segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o projeto dependia apenas dessas confirmações do governo para que a oferta de parceria público-privada (PPP) do empreendimento seja apresentada ao mercado.

O governo paulista pretende incluir na licitação do trem de média velocidade o trecho 7 da CPTM, que seria incorporado ao projeto “para ajudar no funding” da proposta comercial. O governo paulista não descarta ainda a possibilidade de a PPP ter contrapartidas financeiras da União, reunindo governos federal e estadual e a iniciativa privada no mesmo projeto.

A permissão de atuar nas faixas de domínio das atuais concessionárias deverá ser incluída na medida provisória 752, que trata da renovação das concessões de ferrovias federais.

O projeto tem sido assessorado por técnicos do Banco Mundial. Trens de velocidade são aqueles que fazem viagem de até 200 km por hora, em média. O traçado pretendido pelo projeto é o mesmo que estava inserido no plano do trem de alta velocidade, que era defendido pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Por Renato Souza, 
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) analisa o projeto da construção de um trem de média velocidade que deve ligar Brasília a Goiânia em cerca de 1h30. A obra está estimada em U$ 8,5 bilhões, com trens que atingiriam até 200 km/h. Outra linha de média velocidade, inicialmente em um custo menor, está prevista para ser implantada em São Paulo, ligando a capital à cidade de Americana, passando por Jundiaí e Campinas.

Os projetos já estão na mesa da Secretaria Executiva do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), do governo federal. A ideia é que os custos das duas obras sejam divididas entre a União e empresas privadas. A obra prevista para Brasília está em fase mais avançada. Na capital, o governo deve testar o interesse do mercado privado para o empreendimento. O custo do trem seria de R$ 120 milhões por quilômetro de linha. Todo o trajeto teria 210 quilômetros de extensão.

O trajeto do trem também poderia impactar os custos da obra, já que pode haver remoção de residências e construção de pontes e viadutos. Há anos, o governo planeja trens entre Brasília e Goiânia, dois grandes pólos comerciais, e que concentram boa parte da população do Centro-Oeste.

Fontes do setor ferroviário confirmaram que os valores estão dentro da média verificada em outros países que investiram em trens de média velocidade, aqueles que permitem viagens com velocidade média entre 160 e 180 km/hora, podendo chegar a 200 km/hora. É preciso ponderar, no entanto, que diversos fatores podem influenciar diretamente nesses custos, como a escolha da tecnologia que será usada e as desapropriações necessárias no traçado do trem.

São Paulo 
Por essas estimativas, os 135 km de trilhos entre São Paulo e Americana teriam custo de US$ 5,5 bilhões. Numa conta simples, portanto, os dois empreendimentos somam US$ 14 bilhões, ou cerca de R$ 43 bilhões, se considerado o câmbio atual. No papel, a proposta do governo paulista é ainda mais ambiciosa, incluindo outras interligações com o Vale do Paraíba, a Baixada Santista e Sorocaba.

A última vez que o governo tentou viabilizar, por conta própria, a construção de um projeto de trem de passageiros, foi um fiasco. O Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligaria Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro em viagens a mais de 300 km por hora, uma obras de mais de R$ 30 bilhões, teve discussões infindáveis no governo Dilma Rousseff e gastos milionários com o projeto, mas nunca saiu do papel. 

(*) Renato Souza - Especial para o Correio Braziliense


Governo planeja trens de média velocidade em São Paulo e Brasília

22/02/2017 - Estadão
  
O governo federal planeja a construção de duas linhas de trens de média velocidade, com investimentos que podem superar R$ 40 bilhões. A primeira ligaria São Paulo à cidade de Americana, passando por Jundiaí e Campinas, num trajeto de 135 km. A outra, entre Brasília e Goiânia, teria 210 km.

Os estudos de viabilidade dos dois projetos já estão na mesa da Secretaria Executiva do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), que concentra os projetos federais de infraestrutura logística. O Estado apurou que, nos próximos dias, gestores do PPI se reúnem com representantes do governo paulista para tratar do assunto e tentar avançar no modelo de negócios do empreendimento.

No caso do trem que sairia da capital federal, a proposta já está em fase mais avançada, com análise pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e perspectiva de lançamento de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), para testar o interesse do mercado.

Projetos à parte, todo esforço agora está concentrado em responder uma dúvida básica: de onde vai sair o dinheiro para tirar essas obras do papel. Uma das alternativas é usar PPPs, as parcerias público-privadas.

O custo total do projeto que ligaria Brasília a Goiânia, em uma viagem de aproximadamente 1h30, está estimado em US$ 8,5 bilhões. Esse valor equivale a cerca de US$ 40 milhões – ou aproximadamente R$ 120 milhões – por quilômetro.

Por essas estimativas, os 135 km de trilhos entre São Paulo e Americana teriam custo de US$ 5,5 bilhões. Numa conta simples, portanto, os dois empreendimentos somam US$ 14 bilhões, ou cerca de R$ 43 bilhões, se considerado o câmbio atual. No papel, a proposta do governo paulista é ainda mais ambiciosa, incluindo outras interligações com o Vale do Paraíba, a Baixada Santista e Sorocaba.

Fontes do setor ferroviário confirmaram que os valores estão dentro da média verificada em outros países que investiram em trens de média velocidade, aqueles que permitem viagens com velocidade média entre 160 e 180 km/hora, podendo chegar a 200 km/hora. É preciso ponderar, no entanto, que diversos fatores podem influenciar diretamente nesses custos, como a escolha da tecnologia que será usada e as desapropriações necessárias no traçado do trem.


A última vez que o governo tentou viabilizar, por conta própria, a construção de um projeto de trem de passageiros, foi um fiasco. O Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligaria Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro em viagens a mais de 300 km por hora, uma obra de mais de R$ 30 bilhões, teve discussões infindáveis no governo Dilma e gastos milionários com o projeto, mas nunca saiu do papel.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Trem São Paulo-Campinas só depende da União, afirma Alckmin


08/03/2017 - Estadão

A viabilidade da licitação do trem de passageiros de média velocidade para interligar Campinas e São Paulo depende da liberação, pelo governo federal, da “faixa de domínio” da ferrovia de carga que já liga as duas cidades.

Segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o projeto espera essa confirmação para que a oferta de Parceria Público Privada (PPP) do empreendimento seja apresentada. “É um projeto extremamente importante e sua viabilidade depende do terreno”, disse Alckmin.

“O estudo que nós fizemos mostra que cabe mais uma linha do trem de carga. Dá para dobrar a capacidade, além das duas linhas do trem de média velocidade, na mesma faixa de domínio”, comentou o governador, que confirmou ter entregado a proposta ao presidente Michel Temer no mês passado. “Só estamos aguardando o governo federal dar um ok”, disse o tucano.