quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Para elevar receita, CPTM planeja dois novos projetos de concessão em SP

16/09/2016 - Folha de São Paulo
A CPTM (companhia de trens metropolitanos) planeja dois novos projetos de concessão para elevar sua receita não tarifária, afirma o presidente, Paulo Magalhães

Eles devem seguir os moldes do empreendimento que a empresa prevê criar na região do Brás (centro de São Paulo), que inclui shopping, hotel e prédio empresarial.

Terrenos em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e em São Miguel Paulista, na zona leste da capital, estão em análise. "A estimativa é que cada iniciativa amplie a receita em 5% ou 6%."

As audiências públicas das propostas estão previstas para o primeiro semestre de 2017.

Nesta quinta (15), o executivo receberá Brieuc Pont, cônsul-geral da França em São Paulo, e Nicolas Jachiet, CEO do Grupo Egis, em visita às obras da linha 13-Jade.


O projeto recebeu R$ 1,1 bilhão da Agência Francesa de Desenvolvimento, e deverá ser concluído até a primeira metade de 2018.

CPTM é condenada na Justiça por trem superlotado


13/09/2016 07:17 - Folha de SP
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) condenou a CPTM a pagar indenização de R$ 16,5 mil, por danos morais, a um advogado que viajou em um trem superlotado. A empresa, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), vai recorrer.
O episódio ocorreu em 2 de fevereiro de 2012, às 18h30 –tradicional horário de pico na rede de trem e do metrô.
A ação judicial foi movida pelo advogado Felippe Mendonça, 38, morador da capital paulista. Ele diz que embarcou na estação Pinheiros, da linha 9-esmeralda, sentido Grajaú, e que a composição lotou já na estação seguinte.
A partir de então, disse ter visto funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) empurrando mais gente para dentro do vagão. Ele usou seu celular para registrar toda a situação em fotos e vídeos, que foram anexados ao processo.
O advogado diz que, como foi "impossível continuar no trem", teve que descer na estação Morumbi, uma antes do seu destino final (Granja Julieta). Ele entrou com a ação judicial no dia seguinte.
Em julho de 2012, perdeu em primeira instância. Interpôs recurso e, em agosto de 2013, uma decisão do Tribunal de Justiça lhe deu ganho de causa. O STJ confirmou a decisão no último dia 2, depois de recurso da CPTM.
A superlotação no sistema metroferroviário é alvo de queixas frequentes de usuários –em 2011, por exemplo, conforme reportagem da Folha, 6 das 12 linhas das duas redes tinham média nos picos superior a seis passageiros por metro quadrado, limite considerado aceitável por parâmetros internacionais.
'ESMAGADAS'
"As pessoas não podem ser empurradas ou esmagadas em um trem. Que usem os celulares para fazer provas", defende Mendonça.
O valor da causa foi de R$ 15 mil, além de R$ 1.500 de honorários –como ele advogou em causa própria, poderá ficar com tudo.
Mendonça diz que vai defender um cliente em uma ação similar à dele em breve.
"Não acho que o caso vai gerar automaticamente uma condenação em massa, mas é possível. Talvez sejam mais adequadas ações coletivas da Defensoria Pública", disse.Para Silvio Luis Ferreira da Rocha, chefe do departamento de direito público da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), a indenização da CPTM a Mendonça poderá ter desdobramentos.
RECURSO
A CPTM informou que ainda tentará reverter a decisão judicial por meio de recurso e "que não comentará caso sob análise da Justiça".
A companhia afirmou à reportagem que "está modernizando a infraestrutura das seis linhas, as estações e substituindo todos os trens antigos por novos".
Ainda de acordo com a CPTM, o transporte sobre trilhos é "a melhor opção para os deslocamentos na capital e Grande São Paulo". 


Linha 13-Jade da CPTM terá operação depois das 0h e conexão com aeroporto


Revista Ferroviária

Com cronograma conjunto ao do Aeroporto Internacional, CPTM quer inaugurar linha de conexão até julho de 2018

A Linha 13-Jade da CPTM, que a princípio ligará o Aeroporto Internacional de Guarulhos à Estação Engenheiro Goulart, na zona Leste da capital, em 12,2 km de trilhos, deve ter operação após à meia-noite, o que hoje não ocorre em nenhuma linha da empresa, para atender os passageiros do aeroporto. Além disso, está previsto que a concessionária que administra o aeroporto viabilize uma conexão entre a estação da CPTM e o terminal de embarque do aeroporto. Segundo o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães Bento Gonçalves, que participou ontem (14) de painel na 22ª Semana de Tecnologia da Aeamesp (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô), a empresa está compatibilizando o cronograma com o Aeroporto Internacional de Guarulhos, para que ambos transportes estejam prontos na mesma época. A intenção da CPTM é inaugurar a Linha 13 até julho de 2018.


Serão 8 novos trens utilizados na Linha 13-Jade. Estes trens devem contar com bagageiro e maleiro, para atender os passageiros do aeroporto e estão em processo de licitação. Mesmo sem os trens prontos, em julho de 2018, a CPTM vai manter o plano de inauguração da linha, utilizando, segundo Gonçalves, outros trens, como os da frota CAF ou da frota Hyundai Rotem, adquiridos recentemente e que estão sendo entregues. A Linha Jade deve viabilizar a viagem entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos e a Estação Brás, fazendo a integração com a Linha 12-Safira em Engenheiro Goulart, em 34 minutos. A Estação Engenheiro Goulart, aliás, está sendo ampliada para fazer a conexão. De acordo com Gonçalves, as obras na estação, que terá 5 vezes o tamanho original, está com avanço de 65%. O investimento na Linha 13 é de R$ 2,2 bilhões.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

VLT vai entrar em operação experimental nesta terça-feira

26 de setembro de 2016 às 12:49CearáCidadaniaCidadesEconomiaTransportes
O Governo do Ceará iniciará, nesta terça-feira, o processo de implantação do ramal Parangaba-Mucuripe, a ser operado por Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Nesta data, terá início a operação experimental do ramal do sistema, a ser realizada pela Cia. Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), empresa vinculada à Secretaria das Cidades.
Nesta fase experimental, segundo a assessoria da pasta das Cidades, o trem circulará entre as estações Montese e Borges de Melo, no trecho 2 da obra, executada pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra).
Uma coletiva de imprensa ocorrerá nesta terça-feira, na estação Montese, para apresentar mais informações sobre o andamento dos trabalhos no ramal Parangaba-Mucuripe e sobre operação, além de divulgar o hotsite idealizado para o acompanhamento da obra do VLT.
Os 3,6 quilômetros de operação experimental equivalem a 70% do trecho 2 do VLT, composto ainda pelas estações Parangaba e Vila União; e 30% de toda a obra do modal. A operação experimental será realizada sem passageiros, de segunda a sexta-feira, das 10 às 11 horas, com previsão inicial de quatro viagens por dia.

Durante a passagem do VLT, nas Passagens de Nível – PN (Ruas 13 de abril, Almirante Rufino, Luciano Carneiro e Equador), agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), treinados juntamente com técnicos do Centro de Controle Operacional (CCO) da Metrofor, atuarão com viaturas para garantir a segurança dos testes.

Novos trens do metrô chegam a Salvador

Dois chegaram na semana passada e mais um está previsto para chegar amanhã
Maria Landeiro (maria.landeiro@redebahia.com.br)
26/09/2016 15:14:00Atualizado em 26/09/2016 20:45:05


O terceiro novo trem do metrô chegará a Salvador nesta terça-feira (27) à noite. Dois novos equipamentos já estão na capital desde semana passada. Os trens estão no Pátio Pirajá, sede da CCR Metrô Bahia, concessionária responsável pela construção e operação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas. 
Eles irão passar por uma fase de testes e ainda não há previsão para começarem a rodar. Segundo a assessoria da CCR Metrô Bahia, os trens devem ser incluídos na frota gradualmente, de acordo com o aumento da demanda e o avanço da Linha 2 do Metrô, que ligará o Acesso Norte até o Aeroporto Internacional de Salvador. 
Os novos trens são da série 2000 que, além de contarem com ar-condicionado, têm portas de embarque/desembarque mais largas, sistemas de vídeo com câmeras de vigilância, passagem livre entre carros (gangway), sistema de informação aos passageiros por meio de monitores do tipo LCD e sistema de vídeo para comunicação com o usuário. 
Com a chegada dos novos equipamentos, Salvador vai passar a contar agora com 17 trens da série 2000 em fase de testes no pátio da CCR, além de outros onze em operação da Linha 1, com capacidade para 200 mil pessoas. Do total de carros que já estão operando, cinco são da série 2000 e seis da série 1000. Por dia cerca de 47 mil passageiros são transportados. A frota completa, contando com as linhas 1 e 2, terá 40 trens, sendo 34 da série 2000.

O investimento inicial para a implementação do metrô de Salvador foi de R$ 4,2 bilhões. Para completar a frota faltam chegar mais 11 trens, que também serão da série 2000. De acordo com a assessoria da CCR Metrô Bahia, a previsão é de que em outubro cheguem mais dois.

Apenas 39,4% dos ônibus de linhas regulares do Rio têm ar-condicionado

05/09/2016 09:11 - O Globo

RIO — Nos dias em que precisa ir ao Jardim Botânico, onde faz mestrado em Botânica, Beatriz Castro Miranda, de 28 anos, leva de duas horas e meia a três horas e pega dois ônibus para chegar ao seu destino. Na volta para casa, na Ilha do Governador, é outra longa viagem, geralmente sem refresco. As horas perdidas no trânsito, porém, poderiam ser acompanhadas de mais conforto se estivesse perto de ser cumprida a cláusula do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado pela prefeitura com o Ministério Público, em 2013, estabelecendo prazo até o fim de 2016 para que todos os ônibus do Rio tivessem ar-condicionado.
Mas a Cidade Olímpica está bem longe de alcançar os 100% de coletivos climatizados. Dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação, solicitados pelo GLOBO, mostram um legado de “quentões”. Em julho, dos 7.847 ônibus de linhas regulares do Rio, apenas 3.090 tinham ar-condicionado, ou seja, 39,4% do total. O pedido foi feito no dia 16 de julho e respondido em 23 de agosto pela Coordenadoria Geral de Gestão da Operação da Secretaria municipal de Transportes. A prefeitura, porém, não informou que linhas operam esses veículos refrigerados.
— Certamente, a situação já foi pior do que é hoje. Mas ainda é muito ruim. Às vezes consigo pegar um ônibus refrigerado. Numa cidade quente como a nossa, é cansativo viajar horas num ônibussem ar — diz Beatriz.
A auxiliar de escritório Samira Kader, de 30 anos, passa pelo mesmo incômodo. São três ônibusaté chegar ao trabalho e, na volta, mais três até Honório Gurgel, onde mora. E em companhia da pequena Maria Fernanda, sua filha de 2 anos.
— Pego dois ônibus até a Central, onde deixo minha filha numa creche. Depois pego outro até o trabalho, no Largo da Carioca. Quando saio, apanho a Maria Fernanda e voltamos para casa. São seis ônibus por dia. Se consigo três com ar na semana toda, é um milagre — conta Samira.
Informações repassadas pela prefeitura à 8ª Vara de Fazenda Pública, onde tramita processo impetrado pelo Ministério Público estadual, revelam que, em março deste ano, a frota — que foi reduzida de lá para cá — somava 8.552 ônibus em linhas convencionais e 350 em BRTs. Excetuando-se os que trafegam nos corredores expressos, eram 4.861 coletivos sem ar para 3.691 climatizados (43%).
Segundo dados enviados à Justiça, o consórcio Internorte (que opera na Zona Norte) tem apenas 32% dos veículos com ar; o Intersul (que atende à Zona Sul), 52% ; o Santa Cruz (Zona Oeste), 45%; e o Transcarioca (Barra e Jacarepaguá), 49%.
Para José de Oliveira Guerra, professor de Engenharia de Transporte da Uerj que presidiu a extinta Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) no fim da década de 1990, as desculpas de ontem não valem para hoje:
— Antes, os empresários alegavam dificuldades de peças de reposição para não instalar ar nosônibus. Hoje, não é mais assim. É uma mera questão de investimento. É importante considerar que a aparelhagem entra nos cálculos tarifários. O ressarcimento do investimento se dá através da tarifa. Não sabemos as razões de a exigência não ser cumprida. Estamos diante de uma questão jurídico-institucional. Não se trata de um problema técnico.
A dona de casa Helen dos Santos, moradora de Bonsucesso, é outra que protesta. Porém, na tarde da última sexta-feira, conseguiu algo nada comum: embarcar num ônibus com ar-condicionado, no ponto da Avenida Presidente Vargas, próximo à Central do Brasil.
— Que raridade. Deixa eu correr. Não posso perder. Os ônibus com ar somem principalmente quando está calor — apressa-se Helen, puxando a filha Júlia.
Mesmo a Zona Sul tendo mais ônibus climatizados, as queixas dos usuários não diminuem. É o caso de João Luiz Botto, de 35 anos, que trabalha em um hotel em Copacabana:
— São poucos os ônibus com ar, infelizmente. Além da refrigeração, são mais silenciosos. Os outros são muito barulhentos.
O RioÔnibus — sindicato que representa as empresas —, através de sua assessoria, disse que não daria quaisquer informações sobre a implantação de ar-condicionado em seus coletivos, alegando que quem trata do assunto é a Secretaria municipal de Transportes.
Sindicato não informa percentual
A secretaria, por sua vez, não informa o total de ônibus convencionais com ar. Por e-mail, cita percentual de oito meses atrás: em janeiro, 57,93% das viagens (e não dos ônibus) eram feitas em coletivos refrigerados. Segundo o órgão, esse percentual “ainda não está atualizado com os novos veículos que entraram no sistema este ano, com o início das operações do BRT Transolímplico e do Lote Zero (doTransoeste), além de novos ônibus de linhas convencionais”. Alega que “as pesquisas de transporte de passageiros nesses novos carros ainda estão em curso”, e que “o balanço será fechado no fim do ano”. E, apesar da decisão judicial suspendendo efeitos do decreto que fixou nova meta, reiterou que até o fim deste ano 70% das viagens serão refrigeradas.
Em 2013, o Ministério Público estadual ingressou com ação civil pública visando a compensar os impactos das obras do Porto Maravilha na mobilidade urbana. Ainda naquele ano, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Entre as obrigações, havia a de instalar ar-condicionado em 100% da frota de ônibus do Rio até 31 de dezembro de 2016.
Município não cumpriu a própria meta
Por resolução, em 2015, o município estabeleceu que naquele ano seriam incorporados 2.233 novos ônibus com ar à frota. No fim do ano passado, no entanto, verificou-se que a aquisição dosônibus climatizados passou longe da meta.
— Foram adquiridos apenas 1.553 ônibus climatizados (em 2015), caracterizando déficit de 680 coletivos com ar — conta Laiana Carla Ferreira, assessora jurídica do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema) do MP.
Além disso, por decreto, o município estabeleceu uma meta diferente da fixada pelo TAC. A obrigação passou a ser de 70% das viagens climatizadas até o fim de 2016.
Ao negar o pedido do quarto recurso impetrado pela prefeitura, em julho, o juiz da 8º vara de Fazenda Pública, Leonardo Grandmasson Chaves, não prorrogou o prazo de climatização da frota. Ele suspendeu os efeitos do decreto de 2015 e fixou multa de R$ 20 mil por cada veículo sem ar após 31 de dezembro.
Mas a briga na Justiça não está encerrada. Segundo o MP, o município chegou a entrar com recurso (agravo de instrumentos) contra a decisão de julho, mas 2ª Câmara Cível manteve a sentença de Leonardo Grandmasson Chaves. Há ainda outro recurso (embargo de declaração) impetrado na 8ª Vara.
— Recorrer é direito de todos. Isso não quer dizer que quem recorre será beneficiado no final. Se condenado, terá de pagar as multas e ressarcir danos — diz o advogado Armando de Souza, presidente da Comissão de Trânsito da OAB-RJ.
Trens avançaram na climatização da frota
Mesmo sem decisões judiciais determinando a climatização, outros meios de transporte de passageiros avançaram mais em relação a dotar os veículos de ar-condicionado. No metrô, por exemplo, 100% das composições são refrigeradas. Na SuperVia, 189 dos 201 trens são climatizados. Segundo a concessionária, 95% das viagens são realizadas em trens com ar-condicionado, em média, nos dias úteis, contra 24% em 2010. No ramal de Deodoro, só circulam trens refrigerados. Nos fins de semana e feriados, os passageiros também ficam livres do calor.
A entrada em operação dos trens chineses, em 2006 e 2007, a reforma de composições e a compra de 120 unidades — 20 pela concessionária e cem pelo governo do estado — permitiram a modernização da frota. Com a chegada de outros 12, adquiridos pelo estado, no primeiro trimestre de 2018, as composições antigas estarão aposentadas, e todos os trens serão climatizados.
Quanto às 17 barcas que circulam na Baía de Guanabara, 11 são refrigeradas. Os catamarãs com ar operam em todas as linhas da CCR Barcas. Entretanto, segundo a concessionária, a frota é alocada de acordo com a necessidade da operação, não havendo embarcações específicas para as linhas. Também não há previsão para que todas as barcas tenham ar-condicionado.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Bondinhos do Pão de Açúcar agora são movidos a energia solar


Em Energia
16 set 2016
Trem, ônibus, carros menos poluentes… E por que não também o bondinho do Pão de Açúcar?

Um dos pontos turísticos mais conhecidos do Rio de Janeiro agora é movido a energia solar (o que poupará a emissão de aproximadamente seis toneladas de CO2 por ano).
Para o projeto sair do papel, foram implementadas 10 placas fotovoltaicas em uma parede vertical próxima ao bondinho, que inclusive são enxergados pelos visitantes do ponto turístico.
Uma parceria entre a Panasonic e a Alsol, a iniciativa foi um grande desafio por conta da topografia do local. Segundo Gustavo Malagoli, diretor técnico da Alsol, o fato do ambiente estar exposto à salinidade e altas cargas de vento exigiu grande rigor técnico e segurança na hora de implementar a ideia.


VLT do Rio de Janeiro será movido só por fontes de energia alternativas


02/09/2016 - Revista Época

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Rio de Janeiro passará a ser movido só por fontes de energia alternativas a partir de outubro: solar, eólica e de biomassa. Atualmente é movido por energia elétrica.

Inicialmente serão utilizados 1.153 MW médios por mês, subindo a 2.259 MW médios por mês em 2020, uma vez que novas estações entrarão em funcionamento. A energia será fornecida pela Engie, a mesma empresa responsável pelos projetos de luzes das festas de abertura e encerramento da Olimpíada. 

Curitiba quer transformar carro elétrico em transporte público

02/09/2016 07:45 - Gazeta do Povo
Se tudo correr bem, Curitiba pode ter 50 carros elétricos em suas ruas, livres para serem compartilhados, até o fim de 2017. Duas empresas apresentaram estudos de viabilidade para o “car-sharing” (ou “compartilhamento de carros”), em resposta ao Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) aberto pela prefeitura. Nesta quinta-feira (1.º), o município anunciou que ambos foram aceitos e vão servir de base para a formulação do edital. A meta da vice-prefeita Mirian Gonçalves, responsável pelo projeto, é abrir a concorrência até dezembro deste ano. O anúncio dos escolhidos e assinatura do contrato seriam feitos no início do próximo ano, já na próxima gestão, seja ela qual for.
As duas propostas apresentadas – da empresa Serttel e do engenheiro Sérgio Bastos – preveem um serviço nos moldes de concessão (e não de parceria público-privada). Para a vice-prefeita, esse é o modelo mais interessante, do ponto de vista econômico, para a prefeitura. Todo o custo de implantação do sistema, como de carros e de postos de recarga, bem como sua operação (manutenção das pessoas, criação de aplicativos, fiscalização) ficaria a cargo da iniciativa privada, sem custos para os cofres públicos.
Ao mesmo tempo, quem vencer o futuro edital ganha o direito de explorar o serviço em um tempo determinado. Um dos ganhos é com a tarifa paga pelo serviço, que deve ter um valor “em conta”, para ser atrativa para o usuário. Mirian acredita que a própria lógica do mercado deve garantir um preço razoável. Pois, caso contrário, ninguém vai usar o serviço e o investidor não vai ter retorno. “Quem faz uma proposta de investimento alto se não tiver quem use?”. Por outro lado, o edital deve prever outras formas de ganhos financeiros, como a exploração do sistema para fins publicitários.
A tarifa pode ser medida tanto em tempo quanto em quilômetros. Ainda não se sabe qual das medidas Curitiba vai adotar, mas as duas propostas selecionadas optaram pelo tempo. A Serttel apresentou um programa de tarifas que varia de R$ 0,80 o minuto (viagens de meia a uma hora) a R$ 0,40 (de três a quatro horas). Já o estudo do engenheiro Sergio Bastos prevê R$ 0,60 por minuto para usuário do plano mensal, caindo para R$ 0,40 no plano anual.
A ideia é começar com 50 carros e cerca de 30 estações. Além de serem pontos de recarga para os veículos elétricos, as estações serão pontos de estacionamento. O usuário tira o carro em um ponto e devolve em outro. O espírito é de viagens curtas, de forma que os veículos permaneçam em movimento constante, ao mesmo tempo que o usuário sempre vai ter um carro disponível nos postos de abastecimento. Quem vai para o trabalho de carro, por exemplo, no lugar de deixar o veículo oito horas parado, ocupando uma vaga de estacionamento, pode deixá-lo na rua para ser utilizado pelo próximo usuário, e assim sucessivamente.
Um dos principais objetivos é desafogar a região central da cidade, que hoje sofre com o excesso de carros individuais. O famoso congestionamento das oito horas da manhã, em que se enfileiram carros nos semáforos, cada um com uma pessoa dentro. A ideia é que o carro compartilhado seja uma opção que motive o cidadão a deixar o seu veículo particular em casa.
O sistema de car-sharing foi pensado para se conectar com outras formas de transporte. O trajeto de casa até a estação, por exemplo, pode ser feito de bicicleta e, de lá, o sujeito pega o carro até o próximo ponto, próximo ao seu trabalho. Outra opção seria usar o veículo público para ir ao mercado e não precisar carregar as compras. “Você tem que ter uma cidade intermodal, permitir que a pessoa possa ter um carro, um ônibus, bicicleta. Ou mesmo um carro particular. Nossa intenção é que as pessoas tenham o carro, mas que ele não seja de uso diário”, afirma a vice-prefeita.
Ao redor do mundo
A experiência curitibana é inspirada em modelos de car-sharing internacionais. O mais famoso é o Autolib’, em Paris, criado em 2011 com 250 carros e 250 estações de recarga. A iniciativa surgiu na esteira do bem sucedido Velib’, de compartilhamento de bicicletas. Não há, no Brasil, modelo de compartilhamento de carros na escala do que se pretende em Curitiba. O que deve influenciar inclusive no edital. O mais provável é que vença um consórcio com alguma empresa internacional, com experiência no assunto, na avaliação do gabinete da vice-prefeita.
Ao redor do mundo, o compartilhamento de carros é um negócio em expansão. Estudo feito pela consultoria WRI Ross Center for Sustainables Cities levantou que o número de sistemas passou de seis, em 2012, para 41, até a metade de 2015. Os modelos variam. Um deles é o “peer-to-peer”, em que qualquer indivíduo pode disponibilizar seu carro para outro usuário que, geralmente por um aplicativo de smartphone, acessa o veículo e faz o pagamento. Outra opção é ter um sistema de carros e estações administrado por um único operador. Pode tanto ser uma empresa privada (uma locadora de carros, por exemplo), ou o setor público, como no caso de Curitiba.
Menos carros

Cada carro do car-sharing pode tirar até 11 veículos individuais das ruas. Significa 13 toneladas a menos de gás carbônico no ar, segundo estudo do Centro de Pesquisa em Transportes (TSRC) da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Eles analisaram o Car2Go, maior operador de carros compartilhados dos Estados Unidos. Atualmente, a empresa utiliza carros movidos a gasolina, em função de custos. Fossem elétricos, a economia com emissão de gases poderia ser ainda maior.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

‘O carro é o cigarro do futuro’, diz Lerner

02/09/2016 08:30 - Valor Econômico
Ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, Jaime Lerner hoje é mais reconhecido por suas propostas para mobilidade urbana do que pelos 15 anos dedicados à política. O sistema de transportes que implementou na capital paranaense em 1974 foi adotado por mais de 250 cidades no mundo. No Rio, comandou o projeto da região metropolitana para os Jogos Olímpicos, que incluiu o BRT (Bus Rapid Transit) ou transporte rápido de superfície. "Não temos mais tempo nem dinheiro para ver no metrô uma solução. Precisamos 'metronizar' o ônibus e criar um sistema de transportes públicos integrados. Sozinha, a bicicleta também não resolve", diz ele.
Aos 78 anos, com uma agenda internacional que vai de Angola a países asiáticos, Lerner defende a redução de vagas de garagem e a progressiva utilização do carro em sistema de aluguel, como item do mobiliário urbano. Sua busca de soluções para as cidades é tema do documentário "Jaime Lerner - Uma História de Sonhos", de Carlos Deiró, que chega aos cinemas no dia 8. O filme acompanha 30 anos da vida do arquiteto e urbanista, que, nesta entrevista ao Valor, diz acreditar que, no futuro, trataremos o automóvel com os limites dados, atualmente, ao cigarro.
Valor: O arquiteto Paulo Mendes da Rocha afirma que, para corrigir as cidades, é preciso ir em busca dos altos ideais do gênero humano. Há espaço para isso no Brasil de hoje?
Jaime Lerner: Sempre existe. A cidade é o último refúgio da solidariedade. É muito mais do que um conjunto de obras. Não dá só para pensá-la por meio da área econômica, da tecnologia ou da performance. Pensamos a cidade de maneira integrada: é um projeto de vida, trabalho, mobilidade, lazer.
Valor: O senhor já disse que uma cidade que divide ricos e pobres em guetos é mal resolvida. O senhor acha que o Brasil caminha nessa direção?
Lerner: Cada vez mais. As pessoas vão para a Europa, gostam das cidades e, na verdade, gostam da diversidade que elas apresentam. Chegam aqui e querem a cidade separada: morar aqui e trabalhar lá. Separam as funções e as pessoas por renda, idade, religião. Sempre que você faz isso, não acontece coisa boa. Fala-se em tecnologia para mobilidade e cada vez mais em "smart cities", cidades resilientes, competitivas. Na verdade, isso são apenas "gadgets" para serem vendidos. Quando se fala nos grandes problemas, se esquece que o carro continua ocupando o mesmo espaço.
Valor: Como o senhor vê o papel do automóvel hoje para as metrópoles? A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenbrave) divulga uma queda de 28% nos emplacamentos com relação ao ano passado.
Lerner: Ficamos muito dependentes do automóvel como única solução de mobilidade. Procura-se o carro sem motorista, avança-se na tecnologia e na performance. Para resolver o problema da cidade é preciso ter moradia, trabalho, lazer, tudo junto.
Valor: Como o senhor acha que podemos evoluir para isso?
Lerner: Não é difícil. Em vez de pensar na minha casa minha vida, com a moradia cada vez mais longe e a cidade mais espalhada, deveríamos pensar minha casa, minha vida, minha cidade. A mobilidade se resolve por vários meios. Transformando o ônibus em metrô, que é o BRT, tendo bicicleta e "car sharing". Você não precisa ser o dono do veículo, isso tem que existir cada vez mais. Não é ser contra o automóvel. Ele vai continuar a gerar empregos. Você vai ter o automóvel para viagens, para lazer, mas a maneira de usá-lo precisa mudar.
Valor: Como o senhor vê a questão das bicicletas para a questão da mobilidade?
Lerner: Tudo é bom, principalmente com a filosofia de não ser o dono, de usar conforme a necessidade. Mas pensar que bicicleta vai resolver, não é verdade. É um modo de transporte sustentável, que ganha cada vez mais importância nas cidades europeias. Mas tentar resolver só com a bicicleta não dá em São Paulo. Só uma faixa pintada para o ônibus também não. É necessário dar ao transporte público a mesma qualidade e até melhor do que o metrô. Em São Paulo seria como "metronizar" o ônibus, já que 86% dos deslocamentos são feitos na superfície. Se pensa no transporte só com corredores. É uma visão equivocada. O que funciona para mobilidade é uma rede de transportes.
Valor: O pedágio urbano seria uma das soluções?
Lerner: Não. É mais uma vez esperar que se dê o dinheiro para o carro continuar. Em Londres fizeram uma área, foi um sucesso. Depois começaram a ampliar, foi o contrário.
Valor: Aqui a classe média tem a cultura do carro aos 18 anos.
Lerner: Não sou contra. Tenho um neto com carro que usa transporte público. O carro é o cigarro do futuro. Vinte anos atrás, quem imaginaria que seria proibido fumar em todos os recintos fechados? Imagina se na França, na Espanha, no Japão, as pessoas achariam isso possível. No entanto, aconteceu. Com o carro vai acontecer o mesmo. As cidades não se viabilizam mais com o uso do carro no dia a dia. Porque do jeito que está, circular passa a ser uma tortura.
Valor: Que exemplos de cidades o senhor daria?
Lerner: Qualquer cidade europeia. As cidades brasileiras, todas, têm grande possibilidade de ser muito melhores. É possível ter uma São Paulo sem periferia? É. E também um Rio sem periferia. Mas é necessário mudança de paradigmas, com o pensamento de que a cidade só existe quando ela acontece para todos e todas as funções têm que estar juntas.
Valor: O senhor acha que o modelo paulistano de rodízio está superado?
Lerner: Caquético. O rodízio, quando se baseia no modelo carro com final par, carro com final impar, leva o viciado a ter dois automóveis. O rodízio melhora, mas não é solução.


Queda de repasses estaduais faz Metrô mudar pagamentos para evitar despejo


ESTADÃO 12/09/201607h05

São Paulo - Em meio à queda dos repasses feitos pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), redução do número de passageiros transportados e paralisações de obras, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) começou a priorizar pagamentos a fornecedores para evitar despejos dos canteiros e a fazer acordos para prorrogar a quitação de dívidas milionárias. Uma delas é no valor de R$ 41 milhões, com o consórcio contratado para "modernizar" 98 trens da Linha 1-azul.

Levantamento do Estado no Diário Oficial encontrou comunicados do Metrô publicados desde abril com indicações de mais de 50 pagamentos a fornecedores fora da ordem cronológica, como prevê a Lei de Licitações. A maioria se refere a contratos de ocupação temporária de terrenos para a construção de linhas ou estações e de aluguel de imóveis usados pela companhia. A prática é prevista em lei, desde que haja "relevantes razões de interesse público" e "mediante prévia justificativa da autoridade competente".

Em julho, por exemplo, a companhia publicou comunicado dizendo que pagaria a Lacônica Brasil Participações fora da ordem cronológica pelo uso de um terreno nas obras do pátio de manobras da Linha 17-Ouro (monotrilho), na zona sul da capital, "em função do recebimento parcial dos recursos financeiros da Secretaria da Fazenda, insuficientes para quitação dos compromissos". A Lacônia chegou a mover uma ação judicial de despejo contra o Metrô em março, no valor de R$ 951 mil, por falta de pagamento, mas o processo foi extinto em junho, após acordo. O contrato foi assinado em dezembro de 2013 no valor de R$ 1,8 milhão - aluguel de R$ 77 mil por mês -, com prazo de dois anos, mas acabou sendo prorrogado até novembro de 2018 por atrasos e paralisação parcial das obras da Linha 17 (Congonhas-Morumbi).
O presidente da Comissão de Direito Administrativo da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, Adib Kassouf Sad, explica que a lei exige que órgãos e empresas públicos paguem seus fornecedores em ordem cronológica para evitar que haja vantagens a determinadas empresas nas transações. "A inversão da ordem cronológica dos pagamentos é a exceção da exceção. Só é admitida em casos de extrema relevância para o interesse público e a justificativa precisa ser comprovada e fiscalizada pelos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE)", diz.
Segundo o especialista, a dificuldade nos pagamentos de fornecedores é reflexo da crise econômica do País, que tem afetado a arrecadação dos Estados e comprometido os investimentos. "A crise enxugou os recursos da administração pública e o primeiro setor a sofrer cortes é o de investimento. Quando você corta recursos e paralisa obras acaba sendo obrigado a priorizar pagamentos."
Dados divulgados pelo Metrô mostram que os repasses do governo Alckmin para a companhia entre janeiro e agosto deste ano tiveram queda real de 32,4% na comparação com igual período em 2015, de R$ 2 bilhões para R$ 1,4 bilhão. Além disso, a empresa perdeu até julho cerca de 300 mil passageiros por dia, afetando a receita tarifária - perda estimada em R$ 60 milhões no ano.
Sem crise
O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que teve de "privilegiar alguns pagamentos menores" relativos a desapropriações para não afetar as obras, mas negou que tenha faltado recursos do governo de São Paulo, como o Metrô informou em comunicado. "É evidente que existe uma crise, mas o governo está mantendo os investimentos."
O secretário disse que, além da dívida de R$ 41 milhões com um consórcio na Linha 1, repactuou um débito com outro fornecedor da Linha 3-Vermelha, mas o valor não foi informado. Em julho, o Metrô também lançou programa de demissão voluntária de funcionários para reduzir a folha salarial.
Empresa diz que objetivo é preservar canteiro de obras
O Metrô de São Paulo informou, em nota, que os pagamentos fora da ordem cronológica estão de acordo com a lei e foram feitos para "preservar os canteiros de obras das linhas em construção ou expansão e evitar qualquer possibilidade de desmobilização destes e de prejuízo aos empreendimentos".

Segundo a estatal, a redução dos repasses do governo "é reflexo direto do status ou estágio de andamento das obras", como as paralisações das obras das Linhas 4 e 17 e a fase de acabamento da Linha 5, que demanda menos dinheiro. "Quando analisados períodos anteriores, registramos aumentos. Entre janeiro e agosto de 2013/2014, os repasses cresceram 46%, de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,8 bilhões." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presidente da CBTU assina ordem de serviço para expansão do VLT em Maceió


O presidente da CBTU, José Marques e o superintendente Marcelo Aguiar, assinaram a ordem de serviço para a expansão do sistema ferroviário da Estação Central até o bairro de Jaraguá, em Maceió (AL).
A obra que vai ser iniciada imediatamente terá um prazo de conclusão de doze meses e está orçada em 3 milhões e 400 mil reais. Durante a solenidade no pátio de Jaraguá, o Coordenador de Engenharia da CBTU, Ronan Cabral apresentou o projeto arquitetônico da obra e detalhou o que será feito na extensão de 2,5 quilômetros. Uma das novidades da obra, é que os trilhos ficarão totalmente embutidos ao nível do asfalto de acordo com o projeto arquitetônico que será apresentado no local.
No contrato está prevista toda a sinalização da área e cerca de 1 mil e 500 pessoas serão atendidas inicialmente pelo VLT.
Na solenidade de assinatura da ordem de serviço, além do presidente da CBTU, José Marques, também estiveram presentes o representante do Ministro das Cidades, Bruno Araújo, Hélio Leite, os superintendentes da CBTU de Belo Horizonte, Miguel da Silva Marques e de Pernambuco, Leonardo Vila Beltrão, senador Benedito de lira, do secretário de Planejamento da Prefeitura de Maceió, Manoel Messias, técnicos da CBTU e do representante da Walmar Logística, construtora da obra.

06/09/2016 – CBTU Maceió

População de Belém sofre com obra inacabada do BRT


05/09/2016 08:53 - Diário do Pará
Apesar de ter sido “inaugurado” como experimental em 1º de julho passado e de ser usado nas propagadas para reeleição do atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), o Sistema BRT (Bus Rapid Transit) permanece inacabada e sem uma perspectiva de pleno funcionamento. Muitas partes ainda estão em construção e em outras sequer há sinal de obra, a exemplo do trecho situado em frente a um shopping center até a avenida Independência

Nem mesmo o Terminal de Integração do Mangueirão, ponto de partida dos ônibus do sistema, foi concluído. Na manhã do último sábado (3), era possível observar operários trabalhando na área de embarque e desembarque. Um funcionário da empresa responsável pela obra, que não quis se identificar, informou que ainda falta muito para a conclusão dos trabalhos ali, como serviços na estrutura de ferro da cobertura e o próprio telhado. Mesmo assim, a Prefeitura de Belém já anunciou que, a partir de hoje (5), será iniciada a integração entre 3 linhas de ônibus comuns e os do BRT, que operam no trecho que vai do Terminal Mangueirão até o fim da avenida Almirante Barroso.
Até neste perímetro, a obra ainda não foi finalizada. Operários trabalham durante o dia e a noite para erguer estações como a da travessa Perebebuí e em frente ao Bosque, causando uma impressão de que tudo está sendo feito apressadamente.
MUDANÇAS
Para a população que depende do transporte público, resta apenas esperar, já que não há como prever quando o sistema BRT estará funcionando na sua totalidade e, assim, atender a real necessidade da população. Na Augusto Montenegro, há parada de ônibus que muda de local todos os dias. Na manhã de sábado (3), havia passageiros aguardando pelo transporte em pleno canteiro central da avenida, debaixo de sol forte.

Nas calçadas, há tubulações expostas. A situação é incômoda aos olhos do eletricista Edivaldo Pereira, 60. Usuário do transporte coletivo, ele diz que, como operário, avalia a obra como mal feita. “O acabamento foi feito na correria. Tem até ferro na área da ciclovia. Isso se chama ‘pedindo voto’”, critica.
RESPOSTA

Em nota, a Prefeitura de Belém informa que o horário de funcionamento dos ônibus do BRT é das 8h às 17h. Para justificar a demora na implantação do sistema, a Prefeitura diz que “a integração entre as linhas de ônibus está ocorrendo de forma gradual, para familiarizar a população antes da adesão completa aos serviços”, e que o trânsito na Augusto Montenegro voltará ao normal quando as obras naquele trecho forem concluídas.