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terça-feira, 2 de abril de 2019

Metrô de SP terá subsidiárias para buscar negócios em outras cidades



01/04/2019 person Folha de São Paulo comment Comentários
   Metrô de SP terá subsidiárias para buscar negócios em outras cidades
O Metrô de São Paulo recebeu autorização estadual para criar empresas subsidiárias para atuar em outras frentes que não apenas o de transporte de passageiros em São Paulo.

Neste mês, o governador João Doria (PSDB) sancionou uma lei que instituiu a Política Estadual de Mobilidade Metropolitana. Em um de seus artigos, Doria autorizou o Metrô a criar subsidiárias e a integrar o capital de empresas privadas.

A ideia do governo do Estado é que a estatal explore outras atividades, como de consultoria técnica, e também dispute contratos fora de São Paulo. O Metrô espera com isso obter recursos para bancar com maior margem de segurança as suas operações e auxiliar na construção de novas linhas.

"A mudança na legislação permitirá que o metrô possa fazer parcerias com a iniciativa privada, e isso vai trazer receita para melhorar a qualidade do serviço e até contribuir para a expansão", diz Silvani Pereira, presidente do Metrô.

Também em março, foi criada uma diretoria comercial, com o objetivo de acelerar a busca de novos negócios. Ela é chefiada por Claudio Ferreira, que trabalhou na Editora Abril por 25 anos.

Em 2018, as receitas não tarifárias representaram 11% do faturamento, e a expectativa é aumentar esse percentual significativamente. "Vamos definir uma meta, ainda em 2019, de ampliação dessa receita, que será bem superior ao valor atual, que é tímido", diz Pereira

Para estimar os possíveis ganhos, o Metrô está fazendo um levantamento de como usar melhor seus ativos e captar novos negócios. O foco inicial é a venda de consultoria técnica para outras cidades.

A alteração permite ao Metrô disputar contratos sozinho ou como parte de consórcios. Assim, a estatal paulistana poderá ficar responsável por uma linha de metrô, trem de superfície ou monotrilho em outras cidades, por exemplo, da mesma forma que a ViaQuatro opera a linha 4-amarela em São Paulo.

"Temos condição de ajudar outras regiões a desenvolver modais sobre trilhos, seja na estruturação do projeto, na operação, e na manutenção", diz Pereira.

"O Metrô de São Paulo sempre foi muito consultado por outras cidades por sua operação e manutenção", diz Jurandir Fernandes, ex-secretário paulista de transportes metropolitanos.

A implantação de ramais de metrô em cidades como Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília contou com o auxílio institucional do Metrô paulista. Nesses casos, a legislação permitia que o trabalho da estatal paulista fosse apenas ressarcido e não pago ao preço de mercado, com lucro.

"No metrô de Brasília, o Metrô de São Paulo chegou a instalar um escritório até que os trens estivessem rodando", relembra Conrado Grava de Souza, da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos ) e ex-diretor do Metrô de São Paulo. Fora do país, a companhia paulista também prestou assessoria técnica às cidades de Caracas e Medelín.

Para o uso de ativos físicos, uma das ideias citadas é conceder os terrenos dos terminais de ônibus anexos a estações, via contratos que poderão incluir a cobrança de um percentual dos ganhos dos negócios que venham a operar neles.

"Desde que não gere conflitos com a nossa operação do dia a dia, não tem nenhuma possibilidade sendo descartada nesse momento", diz Pereira.

Há também planos de vender a metodologia de realização da pesquisa Origem e Destino, que o Metrô realiza há 50 anos e é o maior levantamento do país sobre mobilidade numa região metropolitana.

Outra possibilidade de trazer dinheiro é a utilização dos quase 100 kms de vias e túneis do Metrô para a passagem de fibra óptica, que poderiam ser explorados por empresas de tecnologia e comunicação, por exemplo.

O projeto de instalação de cabos de fibra ótica nos túneis das linhas 1, 2 e 3 está sendo feito e deve ser concluído em 2020.

Um dos exemplos internacionais que chamaram a atenção de Pereira é o de Hong Kong, cuja empresa de transportes administra 20 mil unidades habitacionais, 13 shoppings e 18 andares de escritórios, entre outros espaços. Em 2018, a companhia lucrou o equivalente a R$ 8,4 bilhões.

A busca de receitas não tarifárias poderia ser incluída já na fase de projeto das linhas, como reservar um terreno para a construção de um prédio ao lado de uma nova estação.

"Isso teria uma vantagem muito grande, mas aqui temos leis ambientais e de desapropriação que precisam ser compatibilizadas com qualquer iniciativa. Temos que avaliar se modelos de fora são compatíveis", diz Pereira.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/metro-d...

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Área comercial de Metrô paulista tem m² mais caro que em shopping center


18/06/2018 - DCI

Atingindo R$ 910 mensais em algumas linhas, o custo do metro quadrado (m²) de áreas comerciais dentro do Metrô São Paulo supera o preço praticado pelos shopping centers. Segundo especialistas, contudo, nem todos os negócios dão certo nas estações.

Segundo informações repassadas pela empresa ao DCI, o preço para aluguel do m² nas linhas Verde, Vermelha e Azul atingiu, em abril, R$ 910, R$ 870 e R$ 800, respectivamente. “Os preços de aluguel em estações são em média 50% maiores que aqueles de um shopping center”, afirmou o sócio-diretor da consultoria especializada na expansão de redes de varejo GS&BGH, Marcos Hirai.

O Metrô paulista tem atualmente 4.700 m² em áreas comerciais ocupadas, sendo a Linha Vermelha (que conecta as zonas leste e oeste, passando pelo centro da capital) a que concentra maior número de negócios. No ano passado, a vertical gerou R$ 40 milhões em receitas para a companhia. De janeiro a abril deste ano, quase metade deste valor (ou R$ 18 milhões) já foi atingido.

De acordo com Hirai, há potencial para mais. “[Receita de] R$ 40 milhões anuais é menor que o faturamento de um shopping. Há potencial para quadruplicar essa quantia”. Diretora de microfranquias e novos formatos da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Adriana Auriemo tem pensamento semelhante. “De maneira geral, terminais de transporte representam apenas 1% do mercado de franquias. Creio que ainda há muito potencial para ser explorado”, sinalizou.

De acordo com os dois especialistas, a expansão em metrôs conta com algumas vantagens; a principal delas é o alto fluxo. No Metrô São Paulo, a média diária de passageiros por dia útil atingiu 3,7 milhões de pessoas no ano passado.

“O público é certo, com previsibilidade dos horários de picos”, afirma Marcos Hirai, que, no entanto, faz algumas ressalvas. “Não são todos os negócios que dão certo lá.”

“Funciona melhor o tipo de produto que pode ser vendido rapidamente, por impulso”, afirmou Adriana Auriemo. Segundo Hirai, lojas de alimentação rápida e de conveniência estariam nesta categoria.

Já “aquilo que depende de um pouco mais de tempo e paciência não é recomendado”, de acordo com o consultor. Nesta categoria entrariam lojas de vestuário, calçados, agências de viagens e restaurantes.

Um outro entrave seria a burocracia – que acaba contribuindo para que a opção fique fora dos planos de expansão de grandes redes.

Tal cenário abriria espaço para players alternativos, de acordo com Hirai. “Há empresas especializadas em abrir lojas, muitas vezes sem marcas, nas estações. Muitas delas trabalham com comida ‘como commodity’ e se especializaram no segmento, abrindo cinco ou dez lojas”, afirma.

A opção também é vista como oportunidade para empresas de pequeno porte. “Muitas microempresas conseguem [sucesso] caso operem com custos operacionais mais baixos. Ainda assim, algumas vezes a lucratividade não compensa por conta do alto aluguel”, afirma.Adriana, por sua vez, observa que os custos de uma loja no Metrô podem ser bem palatáveis, dependendo do tamanho do espaço. “Geralmente as operações são pequenas, com 4 m² ou 6 m²”.

Sócia-diretora da Nutty Bavarian, a dirigente cita a própria rede como exemplo. “Nossos quiosques têm 2 m²”. Em São Paulo, a marca especializada em castanhas está presente em três estações da Via Quatro (de administração privada), além de outras três na capital fluminense. Conforme Adriana, há expectativa da abertura de mais quatro nas duas cidades.

“Está abrindo um espaço muito grande para franquias e coisas mais profissionais”, observou ela, não sem lembrar que o cotidiano da operação em estações não é tão simples. “No shopping você tem doca para abastecimento, energia constante e segurança, enquanto em estações você está um pouco mais vulnerável”. Adriana também cita problemas com conectividade à internet em certos locais como possível aborrecimento.

Em andamento

No Metrô paulista, a busca por parceiros que aluguem áreas comerciais é “contínua”, conforme informações enviadas ao DCI. “Entre o final de 2016 até abril de 2017 fizemos, por exemplo, licitação para 106 pontos comerciais. Depois disso, lançamos projetos sazonais (de curta duração), feiras (também de curta duração) e ações promocionais”.

No caso das licitações, a exploração ocorre através de contratos de 1 a 5 anos de duração; mais curtas, as autorizações para uso valeriam em períodos de 30 dias a um ano.

“Visando resultados ainda em 2018, iremos licitar 19 pontos nos próximos três meses”, prosseguiu a nota. Cerca de 400 m² serão disponibilizados.

“E já temos previstas outras iniciativas, como uma ação específica para estações com pouca tradição comercial, com mais 17 espaços”, concluiu a empresa, que ainda citou “casos de encerramento de contrato com nova oferta pública ao mercado.”

- Fonte: https://www.dci.com.br/comercio/area-comercial-de-metro-paulista-tem-m-mais-caro-que-em-shopping-center-1.716085


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Governo do Estado assina termo aditivo ao contrato de concessão da SuperVia


08/01/2018 Notícias do Setor ANPTrilhos        
Medida regulará a construção de empreendimentos comerciais

O governador Luiz Fernando Pezão assinará, nesta quinta-feira (21/12), um aditivo ao contrato de concessão da SuperVia que vai regular a construção de empreendimentos comerciais em estações de grande circulação, como a Central do Brasil. Nela, será construído um shopping com 276 lojas (erguido sobre as plataformas dos trens), cinemas e um hotel três estrelas com 200 quartos. Este será o primeiro shopping no conceito “vaga zero” do estado.

Essa infraestrutura comercial trará efeitos positivos para todo o sistema de transporte público, como a equalização do fluxo de passageiros nos horários de pico, reduzindo a variação do número de composições necessário para o atendimento nos momentos de maior demanda. Além disso, aumentará a geração de receitas acessórias que, futuramente, ajudará na redução do custo das tarifas.

Do ponto de vista urbanístico e de mobilidade urbana, a região da Central do Brasil apresenta um grande potencial, já que o entorno conta com estações de trem, metrô e VLT, terminal rodoviário e teleférico. Por ali transitam, diariamente, cerca de 600 mil pessoas, o que a torna um dos principais pontos de passagem da capital.

O projeto também contribuirá com recursos de contrapartida para a restauração de áreas importantes do prédio histórico da Central do Brasil e a reurbanização e organização do entorno, tendo como base os resultados dos estudos conduzidos pelo Estado, Prefeitura e modais, financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

– Não há outro local que agregue tantos modais, empresas e passageiros. Se as pessoas chegarem à estação e puderem usufruir de um shopping, conseguiremos gerenciar melhor a demanda, criando um ambiente mais organizado e seguro. Esse investimento em áreas comerciais é uma tendência mundial e Hong Kong é um caso especial em termos de uso do transporte público integrado – destacou o secretário de Estado de Transportes, Rodrigo Vieira.


21/12/2017 – Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Trensurb aprova projeto de complexo de integração em Novo Hamburgo


16/01/2017 Notícias de Destaque ANPTrilhos

Trensurb aprova projeto de complexo de integração em Novo HamburgoEmpreendimento contará com estacionamento, ponto de táxi, lojas e terminal de ônibus. Projeto ainda deve ser aprovado pela prefeitura do município e obras têm previsão de início no primeiro semestre.

Em reunião na última sexta-feira (16), o diretor-presidente da Trensurb, Francisco Hörbe, entregou ao representante do consórcio Verdi-Cádiz, Laerte Sopper, um ofício aprovando o projeto executivo do complexo de integração intermodal junto à Estação Novo Hamburgo do metrô. O projeto prevê a construção de um centro comercial com 5,7 mil metros quadrados e área de integração de 13,1 mil metros quadrados num terreno de 14,4 mil metros quadrados, com um investimento estimado de R$ 12 milhões por parte do consórcio. O complexo contará com espaço para 20 ônibus, bicicletário com 32 vagas, 4 vagas para táxi, 7 vagas para moto-táxi, estacionamento para automóveis particulares com cerca de 260 vagas e aproximadamente 230 espaços comerciais.

Com a aprovação da Trensurb, o próximo passo é a apresentação do projeto à Prefeitura de Novo Hamburgo, para avaliação e devidos trâmites. Segundo o superintendente de Desenvolvimento Comercial da Trensurb, Euclides Reis, a expectativa é de que as obras tenham início ainda no primeiro semestre. O consórcio prevê que o complexo esteja concluído 18 meses após o começo dos trabalhos no local.

O principal objetivo do empreendimento é “dotar o município de uma infraestrutura para organizar a integração de ônibus e outros modais com o metrô”, conforme afirma o superintendente Euclides Reis. “É uma infraestrutura de mobilidade urbana antes de ser um empreendimento comercial”, conclui.

Para efetuar a desapropriação da área do complexo, a Trensurb desembolsou aproximadamente R$ 10 milhões e, por meio de processo licitatório, concedeu a exploração do espaço para o consórcio Verdi-Cádiz por 30 anos, pelo valor de R$ 29,4 mil mensais. A partir de maio – quando se completa um ano da assinatura do termo de posse e autorização de instalação – até a conclusão das obras, a empresa metroviária será remunerada mensalmente em 10% desse valor. Com o início do funcionamento do terminal, a remuneração passa a ser integral. Após o término do contrato, tanto o terreno quanto as edificações serão entregues à Trensurb.


16/01/2017 – Trensurb

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Crise faz despencar publicidade no Metrô de SP ao pior nível em 6 anos

10/11/2016 - Folha de São Paulo
A receita obtida pelo Metrô com a exploração de publicidade no primeiro semestre deste ano foi duramente impactada pela crise econômica e chegou ao nível mais baixo dos últimos seis anos.
De acordo com dados obtidos pela Folha via Lei de Acesso à Informação, os R$ 14,5 milhões arrecadados de janeiro a junho deste ano só ficam aquém dos R$ 12,8 milhões angariados com publicidade nos primeiros seis meses de 2010. Em todos os semestres seguintes os valores sempre superaram o patamar de R$ 16 milhões.
Na comparação com o primeiro semestre do ano passado, houve queda de 10% nas receitas dessa área. A redução na receita publicitária ocorre em mau momento para a companhia. Já prejudicada pela queda de passageiros pagantes neste ano, em que espera receita de R$ 60 milhões a menos do que em 2015, a empresa pode ver o quadro se agravar.
O prefeito eleito João Doria (PSDB) promete manter congelada a tarifa dos ônibus na cidade, enquanto a companhia avalia ser necessário o reajuste de suas tarifas. A diferença de preços pode espantar ainda mais usuários.
Outro fator que impacta as contas do Metrô é o aumento de beneficiários de gratuidades e descontos, tais como estudantes, idosos e deficientes. Aquilo que a empresa deixa de arrecadar com essas gratuidades deve ser reembolsado pelo governo do Estado. No ano passado, contudo, a gestão Alckmin (PSDB) deixou de repassar R$ 66 milhões dos R$ 330 milhões orçados para tais gastos.
Além disso, por falta de moedas para o troco, a companhia tem sido forçada neste ano a dar descontos nas passagens de R$ 3,80 compradas em dinheiro nos guichês –o que já a levou a perdas de R$ 6 milhões.
Diante desse contexto, alavancar outras fontes de receita seria medida fundamental para o caixa da empresa e também para garantir o atendimento aos mais de 4,7 milhões de passageiros diários.
Com menos recursos, o Metrô corta custos de operação, o que prejudica a manutenção de trens e a qualidade do serviço. Os investimentos na expansão da rede não são afetados, pois as obras são pagas pelo governo.
Raquel Verdenacci, gerente de novos negócios da empresa, reconhece que a publicidade tem sido o setor mais afetado pela crise, mas pondera que há oportunidades. "Consideramos o espaço do metrô como o último mobiliário urbano da cidade, pois já foram feitas licitações para os relógios e pontos de ônibus municipais."
Verdenacci diz ainda que a companhia pensa em alterar seu modelo de negócio para essa área. Em vez de vender cada espaço de forma individual, em negociações caso a caso, o Metrô estuda promover uma licitação e conceder, em troca de um valor fixo, o direito de exploração integral da publicidade a uma só empresa, que centralizaria a negociação de contratos.
Além disso, a gerente de novos negócios avalia que a empresa precisa entrar no mundo da publicidade digital. Atualmente, o modelo da companhia é voltado a material estático. "Poderíamos ter painéis digitais nas estações, por exemplo." Esse tipo de publicidade já é explorado com sucesso pela concessionária da linha 4-amarela.
Em nota, o Metrô afirma que "a crise econômica do país afetou não somente os setores produtivos e a indústria, mas também a prestação de serviços e os investimentos em publicidade em geral no último ano".

Para enfrentar esse problema, a companhia esclarece que "revisou contratos e estruturou novas licitações" e ressalta que já se nota ligeira reação positiva no segundo semestre do ano.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Iniciativa privada deve ter papel estratégico no crescimento do setor metroferroviário


·         “Enquanto as operadoras investem em oferecer um serviço eficiente, o poder público deve ter a coragem de atrair o usuário para o transporte público”, afirma Peter Zwetkoff, presidente da ViaQuatro
·         Paulo Menezes Figueiredo, diretor-presidente da Companhia do Metrô de São Paulo: “Somos especialistas em transportar pessoas a há os especialistas em explorar as oportunidades”

Ampliar a participação da iniciativa privada nos empreendimentos metroferroviários é o grande desafio do segmento, segundo lideranças empresariais que participam da NT Expo – 19ª Negócios nos Trilhos, principal evento do setor na América Latina que acontece até quinta (10) no Expo Center Norte, em São Paulo. “As PPPs (Parcerias Público-Privadas) já comprovaram que são viáveis”, ressalta Harald Peter Zwetkoff, presidente da ViaQuatro, concessionária que opera a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo.
Para ele, as empresas têm condições, além da celeridade na aplicação de recursos com menos burocracia, de serem parceiras do estado na busca por soluções para questões envolvendo a mobilidade urbana. “Enquanto as operadoras investem em oferecer um serviço eficiente, o poder público deve ter a coragem de atrair o usuário para o transporte público, a exemplo do que ocorreu em Londres, que passou a cobrar mais de quem não adere ao sistema”, observa Zwetkoff.
Ir além do papel de operadora do sistema de transporte metroferroviário é outro caminho que as empresas concessionárias estão procurando seguir. A Supervia, companhia responsável pelos trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro, anunciou, durante esta NT Expo, por exemplo, que o projeto do shopping center da tradicional estação Central do Brasil será entregue em 2020. O empreendimento de R$ 300 milhões terá uma área 36 mil metros quadrados e um hotel três estrelas.

“Somos especialistas em transportar pessoas a há os especialistas em explorar as oportunidades”, frisa Paulo Menezes Figueiredo, diretor-presidente da Companhia do Metrô de São Paulo, justificando porque é importante atrair outros tipos de atividades para dentro do sistema metroferroviário. “Temos cinco shoppings instalados em nossa estrutura que colaboram para que nossa arrecadação acessória anual seja de R$ 170 milhões. Temos capacidade para fomentar novos investimentos e triplicar este volume. São 4,5 milhões de pessoas passando pelo nosso sistema diariamente”

SuperVia apresenta projeto de novo shopping center carioca

A SuperVia, companhia responsável pelos trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro, apresentou durante o painel promovido pela ANPTrilhos, o projeto de revitalização da estação Central do Brasil, localizada no centro da capital carioca. O objetivo do projeto é implantar uma infraestrutura moderna e completa no entorno da principal estação da Cidade, que terá, entre outras melhorias, um shopping center (com aproximadamente 36 mil metros quadrados) e um hotel três estrelas.
“Iniciaremos as construções em 2018 e pretendemos inaugurar em 2020. Para isso, estamos investindo R$ 300 milhões”, antecipou o presidente da SuperVia, José Carlos Prober. Com a construção do empreendimento serão gerados mais de oito mil novos postos de trabalho na região. “Desse total, 2700 serão empregos diretos, enquanto seis mil serão vagas indiretas”, ressalta o executivo.

Para o presidente do Metrô de São Paulo, Paulo Menezes Figueiredo, o investimento da iniciativa privada em importantes estações é uma alternativa que deve ser considerada. “A construção de centros comerciais nas estações de metrôs e trens urbanos é o caminho, isso traz mais atratividade às instalações, aumenta o fluxo de passageiros e, consequentemente, a renda de todos os envolvidos. Em São Paulo, temos bons exemplos que trazem ótimos resultados, como o Shopping Metrô Tatuapé”, completa.
08/11/2016 – NT EXPO / Conteúdo Empresarial

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Para elevar receita, CPTM planeja dois novos projetos de concessão em SP

16/09/2016 - Folha de São Paulo
A CPTM (companhia de trens metropolitanos) planeja dois novos projetos de concessão para elevar sua receita não tarifária, afirma o presidente, Paulo Magalhães

Eles devem seguir os moldes do empreendimento que a empresa prevê criar na região do Brás (centro de São Paulo), que inclui shopping, hotel e prédio empresarial.

Terrenos em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e em São Miguel Paulista, na zona leste da capital, estão em análise. "A estimativa é que cada iniciativa amplie a receita em 5% ou 6%."

As audiências públicas das propostas estão previstas para o primeiro semestre de 2017.

Nesta quinta (15), o executivo receberá Brieuc Pont, cônsul-geral da França em São Paulo, e Nicolas Jachiet, CEO do Grupo Egis, em visita às obras da linha 13-Jade.


O projeto recebeu R$ 1,1 bilhão da Agência Francesa de Desenvolvimento, e deverá ser concluído até a primeira metade de 2018.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Metrô de SP aposta em shoppings nas estações para ampliar receita

24/08/2016 - Folha de São Paulo (Cliping Revista Ferroviária)
Com dificuldades financeiras e número de passageiros pagantes em queda, o Metrô de São Paulo quer turbinar suas atividades fora dos trilhos para obter mais receitas.

Uma das estratégias da empresa para isso é a concessão à iniciativa privada de centros comerciais e shoppings em estações integradas a terminais de ônibus da cidade.

Cinco projetos já estão em andamento: a expansão do shopping Itaquera, com aumento de 50% em seu tamanho e investimento de R$ 275 milhões, e a construção de shoppings ou centros comerciais nas estações Marechal Deodoro, Vila Mariana, Vila Madalena e São Bento.

O plano do Metrô é atingir 17 terminais de integração com empreendimentos privados nos próximos anos.

Raquel Verdenacci, gerente de novos negócios da companhia, disse à Folha que, nesse pacote de 17 estações, a empresa não está aberta somente para shoppings, mas também para centros hospitalares ou educacionais.

"O que fazemos é oferecer a exploração do espaço aéreo das nossas propriedades. O que será explorado fica a critério dos interessados", diz.

Atualmente, o Metrô tem cinco shoppings que funcionam em sistema de concessão. Esse modelo define uma remuneração mínima anual ou um percentual do faturamento bruto do centro comercial (o valor que for maior) como contrapartida em troca da exploração da área.

Somados, os shoppings Itaquera, Santa Cruz, Tucuruvi, Boulevard Tatuapé e Tatuapé renderam receita de R$ 46 milhões ao Metrô em 2015.

Isso representa 25% do total de R$ 186,4 milhões das receitas não tarifárias obtidas pela companhia no ano passado. É um valor superior ao obtido na exploração de publicidade, lojas e espaços nas estações e telefonia.

Embora os números e prazos desse projeto de expansão comercial ainda sejam sigilosos, somente a ampliação do shopping Itaquera renderá R$ 4 milhões adicionais à empresa. Essa obra deverá estar pronta para o Dia das Mães de 2018, ano em que também deve ser inaugurado o empreendimento da estação Marechal Deodoro, cuja documentação já está em análise na prefeitura.

"A crise econômica traz efeitos para todos, mas estamos trabalhando para minimizar seu impacto na companhia, desonerar seus custos. Ter um empreendimento colado em uma estação do metrô é uma ótima oportunidade, temos mais de 4 milhões de usuários por dia", afirma José Carlos Nascimento, diretor financeiro do Metrô.

Em 2015, a empresa arrecadou R$ 1,7 bilhão com receitas tarifárias. Em 2016, a companhia espera arrecadar R$ 60 milhões a menos, razão pela qual deseja alavancar outras fontes de receita.

Obtida pela Folha, a proposta do Metrô prevê 1.700 m² de área locável, em um total de 4.500 m². A manutenção desse espaço deverá ser realizada pela iniciativa privada.
Inicialmente batizado de Complexo São Bento, o empreendimento terá prazo de dez anos de concessão, com possibilidade de renovação por igual período.

A remuneração mínima esperada pela companhia é de R$ 960 mil anuais, distribuídos entre a arrecadação com aluguel e o alívio em contas de manutenção, segurança e IPTU.
É exigido ainda um investimento mínimo inicial de R$ 3 milhões em infraestrutura, com reformas de rede hidráulica e elétrica, instalação de sistema de exaustão e equipamento de segurança e incêndio.

"Esse empreendimento está do lado da ladeira Porto Geral, imaginamos que será muito atraente para quem descer na São Bento para fazer compras na 25 de Março", avalia José Carlos Nascimento, diretor financeiro do Metrô.

Nascimento acredita que, com a revitalização, o complexo também volte a oferecer atrações culturais.

Destinada a operadoras de shoppings, centros comerciais e consórcios de franquias, a licitação deve ter seu edital publicado até o final de setembro.

Já no caso dos outros empreendimentos, uma audiência pública será realizada no próximo mês para que seus planos ainda sejam discutidos.


Segundo a mineradora, foram adotadas todas as ações judiciais cabíveis para liberar a ferrovia. Além da ação de reintegração de posse, a empresa informou que ingressará com ação criminal contra os líderes dos movimentos que obstruíram a ferrovia e seus possíveis financiadores.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Receitas não-tarifárias completam orçamento do Metrô de SP

04/12/2014
As receitas provenientes de fontes não ligadas à tarifa do serviço de transporte, como publicidade, aluguel de terrenos e cessão de espaços ao varejo, entre outras, são essenciais para que o Metrô de São Paulo equilibre suas contas. Este foi um dos resultados apresentados por George Millard, gerente de negócios do Metrô paulista, no Fórum Movecidades, ontem (03/12), em São Paulo.

Segundo Millard, o Metrô de São Paulo consegue hoje captar até US$ 0,07 por passageiro em receitas não-tarifárias. O índice ainda é baixo comparado com o metrô de Hong Kong, por exemplo, o mais eficaz do mundo em receitas desse tipo, que atingem quase US$ 0,40 por passageiro. Mas, ao menos, o volume arrecadado pelo metrô paulista garante que, somado às receitas com a tarifa, as contas fechem de forma equilibrada. "Conseguimos empatar com os custos", afirmou Millard.

O Metrô de São Paulo trabalha essencialmente com quatro fontes de receitas não-tarifárias: publicidade, desenvolvimento imobiliário, varejo, e um quarto conceito denominado "inovação". Somadas essas frentes, a arrecadação não-tarifária atinge cerca de 10% do equivalente à receita com tarifas, o que representa um reforço de caixa que diminui a dependência de repasses do governo estadual.

Dessas quatro frentes de arrecadação, segundo Millard, cerca de 49% é proveniente do que a companhia denomina "desenvolvimento imobiliário". São as receitas que vêm de contratos de uso de seus terrenos, explorados por shopping centers, estacionamentos, terminais de ônibus, entre outros. O Metrô de São Paulo conta hoje com cinco shoppings junto a algumas de suas estações, e dois outros estão em construção.

O segmento do varejo, que responde por 23% das receitas não-tarifárias, é o que gera ganhos com a cessão de espaços em suas estações para lojas, quiosques, estandes e máquinas dispensadoras de produtos. Millard explicou que apenas 40% da capacidade de seu espaço é cedida a locatários varejistas. É necessário estabelecer limites para não comprometer a circulação do público.

Outros 22% são provenientes de publicidade, tanto dentro dos trens quanto nas paredes das estações. O restante vem do que a companhia chama de "inovação", que corresponde à exploração de novos serviços de modo criativo, como aplicativos de geolocalização que integram o metrô a empresas nos arredores das estações, oferencendo ao público passante serviços em tempo real, entre outras possibilidades.


George Millard concluiu sua apresentação explicando que convém planejar essas maneiras de se gerar receitas não-tarifárias antes mesmo das estações serem construídas. Atualmente, o Metrô constrói os espaços e depois procura descobrir como rentabilizar essas áreas disponíveis. O ideal é planejar isso previamente, o que aumentaria ainda mais o potencial de arrecadação com esses tipos de serviços.